1reis

Notas de 1 Reis

  LIVRO  DE  1º REIS

 

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Esboço


I. O Reinado de Salomão (1.1—11.43)

A. Salomão Sucede a Davi como Rei (1.1—2.11)

B. Salomão Consolida Seu Cargo como Rei (2.12-46)

C. A Sabedoria e Administração de Salomão (3.1—4.34)

D. O Sucesso e Fama de Salomão (5.1—10.29)

1. Preparativos para a Construção do Templo (5.1-18)

2. Construção do Templo (6.1-38)

3. Construção do Palácio de Salomão (7.1-12)

4. Mobiliário do Templo (7.13-51)

5. Dedicação do Templo (8.1-66)

6. Confirmação do Concerto Davídico (9.1-9)

7. Realizações e Fama de Salomão (9.10—10.29)

E. Declínio e Morte de Salomão (11.1-43)

1. A Manifesta Poligamia e Idolatria de Salomão (11.1-8)

2. O Castigo da Divisão do Reino Predito por Deus (11.9-13)

3. Deus Suscita Adversários contra Salomão (11.14-28)

4. A Profecia de Aías (11.29-40)

5. A Morte de Salomão (11.41-43)

II. A Divisão do Reino: Israel e Judá (12.1—22.53)

A. A Consumação do Juízo da Divisão (12.1-24)

B. Reinado de Jeroboão (Israel) (12.25—14.20)

C. Reinado de Roboão (Judá) (14.21-31)

D. Reinado de Abias (Judá) (15.1-8)

E. Reinado de Asa (Judá) (15.9-24)

F. Reinado de Nadabe (Israel) (15.25-31)

G. Reinado de Baasa (Israel) (15.32—16.7)

H. Reinado de Elá (Israel) (16.8-14)

I. Reinado de Zinri (Israel) (16.15-20)

J. Reinado de Onri (Israel) (16.21-28)

K. Reinado de Acabe (Israel) (16.29—22.40)

1. Início do Reinado de Acabe (16.29-34)

2. Acabe e o Profeta Elias (17.1—19.21)

3. Batalhas de Acabe contra a Síria (20.1-43)

4. Acabe e a Vinha de Nabote (21.1-29)

5. Batalha Fatal de Acabe com a Síria (22.1-40)

L. Reinado de Josafá (Judá) (22.41-50)

M. Reinado de Acazias (Israel) (22.51-53)

 

Autor:
Anônimo
Tema:
Reis de Israel e de Judá
Data:
Cerca de 560–550 a.C.

 

Considerações preliminares

Os fatos de 1 e 2 Reis vêm logo a seguir aos de 1 e 2 Samuel. Esses quatro livros em conjunto abrangem, de forma seletiva, toda
a história dos reis de Israel e de Judá (c. 1050–586 a.C.). 1 e 2 Reis abrangem, cronologicamente, quatro séculos dessa história,
do rei Salomão (970 a.C.) ao exílio babilônico (586 a.C.). 1 Reis, isoladamente, abarca cerca de 120 anos — o reinado de
Salomão, de quarenta anos de duração (970–930 a.C.) e aproximadamente os primeiros oitenta seguintes à divisão do reino
(cerca de 930–852 a.C.).
1 e 2 Reis formavam, originalmente, um só volume no AT hebraico. Portanto, quanto à autoria são considerados um único livro.
O último evento registrado (2 Rs 25.27) é a libertação do rei Joaquim da sua prisão em Babilônia (c. 560 a.C.). Por conseguinte,
1 e 2 Reis, na sua forma completa, provavelmente datam da década de 560–550 a.C. Não há menção nominal do autor, mas é
evidente que se tratava de um historiador profético inspirado, que abordou os reinados de todos os reis de Israel e de Judá à luz
do concerto de Deus com o povo hebreu. Está claro, também, que utilizou várias fontes literárias, citando-as nominalmente: (1)
“o livro da história de Salomão” (11.41); (2) “o livro das crônicas dos reis de Israel” (14.19); (3) “o livro das crônicas dos reis
de Judá” (14.29). Essas fontes literárias eram provavelmente registros escritos e conservados pelos profetas, e não anais oficiais
da corte. É provável, ainda, que o autor tenha consultado outras fontes documentárias proféticas tais como as mencionadas em
1 Cr 29.29. Para uma visão panorâmica dos reis de Israel e de Judá, ver o diagrama dos REIS DE ISRAEL E DE JUDÁ.

Propósito

1 e 2 Reis foram escritos para prover ao povo hebraico no exílio babilônico uma versão bíblica da sua história, e assim
compreenderem por que a nação dividiu-se em 930 a.C., por que o Reino do Norte, Israel, caiu em 722 a.C., e por que o reino
davídico e Jerusalém caíram em 586 a.C. Os livros de Reis salientam que a divisão e o colapso de Israel e de Judá foram uma
conseqüência direta e inevitável da idolatria e da impiedade dos reis e da nação como um todo. Tendo em vista esse fato, os
livros abordam o sucesso ou fracasso de cada rei, de conformidade com sua fidelidade ou infidelidade a Deus e ao concerto.
Esta perspectiva bíblica tinha por objetivo fazer com que os cativos repudiassem para sempre a idolatria, buscassem a Deus e
cumprissem seus mandamentos nas gerações futuras.

Visão Panorâmica

1 Reis divide-se em duas partes principais: (1) A primeira descreve o reinado do rei Salomão (caps. 1–11). Os primeiros
capítulos descrevem as circunstâncias que o conduziram ao reinado (caps. 1–2) e sua oração por sabedoria para governar a
nação (cap. 3). Os sete caps. seguintes descrevem a ascensão de Salomão no âmbito mundial, e o apogeu de Israel em
prosperidade, paz, poder e glória — tudo durante os primeiros vinte anos do reinado de Salomão. Durante esse período,
Salomão edificou e dedicou o templo de Jerusalém (caps. 6; 8). O cap. 11 descreve o segundo período de vinte anos do reinado
de Salomão — anos de sensualismo, de declarada poligamia, de idolatria e de desintegração dos alicerces da nação. Por ocasião
da morte de Salomão, o caminho estava preparado para a divisão e declínio do reino. (2) A segunda parte descreve a divisão do
reino, na época do filho de Salomão, Roboão, e os oitenta anos seguintes, de declínio político e espiritual dos dois reinos com
sua sucessão à parte, de reis (12—22). Os personagens principais desta metade do livro são: os reis Roboão do Reino do Sul, e
Jeroboão do Reino do Norte; o rei Acabe e sua perversa esposa Jezabel (Norte), e o profeta Elias (Norte).

Características Especiais

Quatro características principais distinguem 1 Reis. (1) Apresenta os profetas como os representantes e porta-vozes de Deus
diante dos reis de Israel e Judá — e.g., Aías (11.29-40; 14.5-18), Semaías (12.22-24), Micaías (22.8-28), e principalmente Elias
(17—19). (2) Salienta a profecia e o seu cumprimento na história dos reis. Registra numerosas vezes o cumprimento de
profecias proferidas (e.g., 2 Sm 7.13 e 1 Rs 8.20; 11.29-39 e 12.15; cap. 13 e 2 Rs 23.16-18). (3) Reúne muitas histórias
bíblicas bem conhecidas — e.g., a sabedoria de Salomão (3—4), a dedicação do templo (cap. 8), a visita da rainha de Sabá a
Jerusalém (cap. 10) e o ministério de Elias, especialmente seu confronto com os falsos profetas de Baal, no monte Carmelo
(cap. 18). (4) Inclui uma elevada soma de dados cronológicos sobre os reis de Israel e de Judá, cuja sincronização, às vezes, é
muito difícil. A resolução satisfatória da maior parte desses problemas depende de reconhecermos os casos de prováveis
reinados coincidentes em parte com outros, de co-regências de filhos com seus pais, e de modos diferentes de calcular as datas
iniciais do reinado de cada rei.

O Livro de 1 Reis e o NT

No NT, Jesus declarou à sua geração que a grandeza da sua vida e do seu reino ultrapassam a sabedoria, autoridade, glória e
esplendor de Salomão e do seu reinado: “Eis que está aqui quem é mais do que Salomão” (Mt 12.42). Além disso, a glória de
Deus que encheu o templo de Salomão, quando foi dedicado, veio habitar entre a raça humana, na pessoa de Jesus, o Filho
Unigênito do Pai (Jo 1.14).

 

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NOTAS DE 1° REIS 1º

1.6 NUNCA SEU PAI O TINHA CONTRARIADO. Adonias, o quarto filho de Davi, rebelou-se contra seu pai e proclamou-se rei de Israel, embora Deus e também Davi tivessem designado Salomão como o próximo rei (vv. 5,17,30; 2.15).

(1) Até à sua morte, Davi teve problemas com seus filhos. Apesar do seu conceito de bom governante, foi um grande fracasso como pai, negligenciando ou deixando de ensinar, guiar e "contrariar" (i.e., disciplinar) seus filhos de modo correto, segundo os preceitos de Deuteronômio 6.1-9. Como resultado, Davi em sua vida sofreu muitas mágoas e tristezas. Seu primeiro filho, Amnom, violentou sua meio-irmã Tamar, e a seguir foi morto pelo seu meio-irmão, Absalão (2 Sm 13.1-33). O terceiro filho de Davi, Absalão, rebelou-se contra o pai e intentou matá-lo (2 Sm 15-18). Agora, seu quarto filho rebelou-se e posteriormente foi executado por Salomão (2.23-25).

(2) Por Davi não executar a vontade de Deus no tocante à família, experimentou uma série de tristezas no decurso da sua vida. O fruto do discipulado mais importante na nossa vida é o nosso empenho para, de todo coração, sermos sempre fiéis ao nosso cônjuge e a nossos filhos, e conduzi-los num viver segundo a vontade de Deus, mediante o ensino e o exemplo (ver o estudo PAIS E FILHOS)
1.50 PONTAS DO ALTAR. As pontas do altar simbolizavam a misericórdia, perdão e proteção de Deus. Adonias refugiou-se no altar, crendo que Salomão não o mataria num lugar tão sagrado (cf. Ex 21.13,14).

 

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NOTAS DE 1° REIS 2º

2.4 SE TEUS FILHOS GUARDAREM O SEU CAMINHO. Davi tinha aprendido, mediante árdua experiência e disciplina, que o sucesso e a bênção de Deus dependiam da firmeza nos caminhos e na verdade de Deus. Por isso, Davi estava muito empenhado no sentido de que Salomão vivesse em obediência e lealdade a Deus. Mesmo assim, Salomão e seus filhos acabaram ignorando as admoestações de Davi, e se desviaram de Deus e do seu concerto (2 Cr 7.17-22). O resultado foi o juízo divino contra Salomão (11.1-13), a divisão do reino (12.1-33), e, finalmente, a destruição, tanto do Reino do Norte, quanto do Reino do Sul. O pleno cumprimento das promessas de Deus a Davi realizou-se somente em Jesus Cristo (At 15.16-18).
2.5 JOABE... FEZ AOS DOIS CHEFES DO EXÉRCITO. Davi instruiu Salomão a começar seu reino executando justiça contra Joabe, que era digno de morte por ter assassinado Abner e Amasa (2 Sm 3.27; 20.9,10; cf. Mt 26.52).
2.9 FAZER... QUE... DESÇAM À SEPULTURA COM SANGUE. É lamentável que a última ordem registrada de Davi a Salomão foi para cometer um mal que o próprio Davi jurara que não faria (v. 8). Davi, portanto, estava quebrando sua promessa feita a Simei (2 Sm 19.23). Essa severidade inclemente não deve ser atenuada como algo agradável e justo diante de Deus, nem tampouco deve ser julgada unicamente segundo os padrões do NT (At 17.30).
2.27 PARA CUMPRIR A PALAVRA DO SENHOR. Quase 120 anos antes disso, um homem de Deus pronunciara uma palavra profética ao sumo sacerdote Eli, a respeito do castigo divino contra sua casa (1 Sm 2.27-36). Parte dessa profecia cumpriu-se logo (1 Sm 4.10-22); a outra parte requereu um longo tempo. A remoção de Abiatar do sacerdócio era parte do cumprimento da palavra de Deus a Eli. Deus nunca se esquece. Ele sempre vela sobre sua palavra para a cumprir (Jr 1.12), embora esse cumprimento às vezes leve muito tempo, até mesmo décadas e gerações. A palavra de Deus cumprir-se-á plenamente.

 

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NOTAS DE 1° REIS 3º

3.2 O POVO SACRIFICAVA SOBRE OS ALTOS. Antes do templo ser construído em Jerusalém como o lugar central de sacrifício, Israel oferecia sacrifícios a Deus nos cumes dos montes ou noutros lugares altos; às vezes, nos antigos locais de adoração pagã dos cananeus. Oferecer sacrifícios nesses locais era rigorosamente proibido pela lei do AT, uma vez que todos os altos dos cananeus deviam ser destruídos (Lv 17.3-5; Dt 7.5; 12.3). Os altares para adoração e sacrifício a Deus deviam ser construídos somente em locais designados por Ele (Ex 20.24; Dt 12.5,8,13,14).
3.9 A TEU SERVO, POIS, DÁ UM CORAÇÃO ENTENDIDO. Salomão começou seu reinado com fé no Senhor e amor a Ele (v. 3).
Orou pedindo sabedoria e um coração entendido (vv. 5-9). Deus se agradou do seu pedido (v. 10) e atendeu sua oração (vv. 11-14). O dom da sabedoria que Deus deu a Salomão, porém, não era uma garantia de que ele sempre andaria em retidão. Por essa razão, Deus acentuou que a vida longa de Salomão dependeria de "andares nos meus caminhos" (v. 14). A infidelidade de Salomão posteriormente, impediu a realização integral da vontade de Deus na sua vida (11.1-8).
3.10 ESTA PALAVRA PARECEU BOA AOS OLHOS DO SENHOR. Deus se agrada quando os crentes buscam em oração sincera a sabedoria divina e um coração entendido. "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada" (Tg 1.5; cf. Pv 2.2-6; 3.15; Lc 12.31; Ef 5.17; Tg 3.17).
 

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NOTAS DE 1° REIS 4º

4.24 PAZ DE TODAS AS BANDAS. Durante o reinado de Salomão, Israel como nação atingiu o auge do poder, da paz e da prosperidade (vv. 20-28). Política e materialmente, o reinado de Salomão foi um sucesso; espiritualmente, no entanto, o desvio de Salomão para a idolatria fez com que seu reinado se tornasse um fracasso (11.1-8).
4.29-34 E DEU DEUS A SALOMÃO SABEDORIA. A sabedoria de Salomão envolvia um vasto acervo de entendimento e discernimento a respeito da vida e das suas responsabilidades como rei (cf. 3.9). Escreveu 3.000 provérbios (v. 32), muitos dos quais foram preservados no livro de Provérbios.

(1) Como é que Salomão, detendo tanta sabedoria divina, acabou desviando-se do Senhor, e servindo a outros deuses? É evidente que ter sabedoria e viver com sabedoria são dois casos diferentes. A maior falha de Salomão é que ele não aplicava a sabedoria espiritual em todas as áreas da sua vida. Embora ele fosse o homem mais sábio da sua época, não viveu tão sabiamente como outros fiéis servos de Deus.

(2) Salomão arruinou-se espiritualmente, porque de início teve muitas mulheres estrangeiras (11.1-8). Dois fatores estão implícitos aqui:

(a) Fez isto objetivando alianças políticas e militares, deixando assim de confiar no Senhor para manter o reino livre de ameaças estrangeiras.

(b) Sem dúvida, foi-lhe difícil resistir à cobiça carnal pelas mulheres, que também foi uma falha de caráter do seu pai Davi.
 

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NOTAS DE 1° REIS 5º

5.5 EDIFICAR UMA CASA AO NOME DO SENHOR. Os caps. 5-8 descrevem as providências que Salomão tomou para edificar o templo onde Deus manifestaria continuamente a sua presença e glória. O templo era uma habitação de Deus e um lugar para o povo reunir-se para adorá-lo (8.15-21; 2 Sm 7.12,13). Foi edificado em Jerusalém, no monte Moriá (2 Cr 3.1; cf. Gn 22.2), e foi concluído em sete anos (6.38; ver 6.2 nota). Deus deu a Davi a planta do templo por revelação do Espírito Santo (1 Cr 28.12), e Davi por sua vez providenciou muitos dos recursos para a obra, antes de morrer.

 

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NOTAS DE 1° REIS 6º

6.1 NO ANO DE QUATROCENTOS E OITENTA. Este versículo é fundamental para o cálculo da data do êxodo de Israel, ao sair do Egito. Salomão começou a edificar a casa do Senhor cerca de 966 a.C. Esta data vem da combinação de dados bíblicos com os registros cronológicos assírios. O êxodo ocorreu 480 anos antes da data supra, portanto, em cerca de 1446 a.C. (cf. At 13.19,20).
6.2 A CASA QUE... EDIFICOU AO SENHOR. O templo, que abrigava a arca do concerto (Ex 25.16), simbolizava a presença e a pessoa de Deus entre seu povo. O templo refletia a verdade que Deus desejava habitar entre o seu povo (Lv 26.12; cf.Jo 14.21-23).
Era um sinal e testemunho visível do seu relacionamento pactual com o seu povo (Ex 29.45,46), e foi edificado a fim de que o nome de Deus habitasse ali (5.5; 8.16; 9.3). O nome de Deus é "santo" (Lv 20.3; 1 Cr 16.10,35; Ez 39.7). Por conseguinte, Deus queria ser conhecido e adorado por Israel como o Santo e o Santificador do seu povo (Ex 29.43-46; Ez 37.26-28). Para mais pormenores, ver o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO
6.12 SE ANDARES NOS MEUS ESTATUTOS. Os livros de 1 e 2 Reis registram a trágica história da recusa contínua do povo de Deus para satisfazer essa condição (2.3,4; 3.14).

 

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NOTAS DE 1° REIS 8º

8.1 A ARCA DO CONCERTO. A arca do concerto era o único móvel existente no Lugar Santíssimo. Era um tipo de baú retangular, medindo 1,20 m de comprimento, 90 cm de largura e 90 cm de altura, feito de madeira de acácia, e revestido por dentro e por fora de ouro puro. A arca continha originalmente três objetos memoriais, referentes a Deus como o rei de Israel:

 (1) as tábuas de pedra com o Decálogo nelas gravado (Ex 25.16,21; 40.20; ver Ex 25.10 nota);

(2) uma jarra de ouro, cheia de maná, que Deus enviara diariamente a Israel durante seus anos de jornada no deserto; e

(3) a vara de amendoeira de Arão, que floresceu de modo sobrenatural (Hb 9.4).

Nos dias de Salomão, a arca continha apenas as duas tábuas de pedra (2 Cr 5.10). Sobre a arca, como sua tampa, estava o "propiciatório", onde uma vez por ano era espargido o sangue dos sacrifícios, pelo sumo sacerdote, no Dia da Expiação. Dois querubins de ouro batido e formando uma só peça com o propiciatório, de face voltada um para o outro e com as asas estendidas para a frente, ficavam sobre o propiciatório, formando uma espécie de abóbada. No centro do propiciatório, a presença de Deus era simbolizada por uma luz brilhante sobrenatural denominada Shekinah (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS)
8.4 O TABERNÁCULO DA CONGREGACÃO. O Tabernáculo era uma estrutura em forma de tenda, que serviu de casa portátil de adoração, aos israelitas, enquanto peregrinaram no deserto. Uma vez os israelitas estabelecidos no seu próprio país, Davi expressou o desejo de construir uma casa permanente de adoração ao Senhor (2 Sm 7.1-13; ver o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO)
8.11 A GLÓRIA DO SENHOR. A glória do Senhor encheu o templo depois que trouxeram a arca do concerto para dentro dele (vv. 5-11). Onde a Palavra de Deus habita e é obedecida, ali permanece a glória divina (ver Ex 40.34 nota; cf. Jo 15.7-11; 17.17-22; ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS)
8.13 UMA CASA PARA MORADA. O fato de Deus habitar no templo não significava que Ele não habitava em nenhum outro lugar, pois Deus está em todos os lugares (v. 27). O significado dessas palavras é que a presença e o poder de Deus se manifestariam de modo especial no templo. Da mesma maneira, a presença de Cristo no meio do seu povo manifesta-se de modo especial quando os fiéis se reúnem em seu nome (Mt 18.20).
8.29 O MEU NOME. O nome de Deus representa a sua presença, caráter e glória.
8.39 PERDOA... DÁ A CADA UM CONFORME TODOS OS SEUS CAMINHOS. Salomão sabia que Deus perdoaria o seu povo, se este deixasse os seus pecados e, sinceramente, se arrependesse com pesar e tristeza (vv. 35,36). Reconhecia, também, que Deus poderia resolver disciplinar os seus a fim de que "te temam todos os dias que viverem na terra" (v. 40).
8.46 NÃO HÁ HOMEM QUE NÃO PEQUE. As palavras de Salomão não visam justificar seus pecados, ou os de Israel; pelo contrário, expressam a verdade que, sendo o pecado universal, existe sempre a possibilidade do povo de Deus desviar-se (vv. 46-50; cf. Rm 3.23; 1Jo 1.10). Se vier a ocorrer apostasia, pode haver uma cura disso, se o povo se arrepender e voltar-se para Deus (vv. 46-51).
8.57 O SENHOR, NOSSO DEUS, SEJA CONOSCO. A oração de Salomão é um modelo completo concernente ao que devemos ansiar em nosso andar com o Senhor. Ele rogou:

(1) a presença protetora e ajuda do Senhor (v. 57);

(2) a confirmação por Deus da sua palavra, dando cumprimento às suas promessas (vv. 26,56);

(3) uma operação da graça divina em seus corações para guardarem a palavra de Deus e amarem seus justos caminhos (v. 58);

(4) que Deus atendesse as orações de todos os dias e suprisse as necessidades diárias (v. 59);

(5) uma compreensão cada vez maior da excelsa e mirífica natureza de Deus (v. 60); e

(6) um coração totalmente dedicado a Deus e à vontade dEle (v. 61).
 

 

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NOTAS DE 1° REIS 9º

9.3 E O SENHOR LHE DISSE. Deus ao responder a oração de Salomão declarou que Ele o tinha ouvido e atendido. Todavia, Deus acrescentou que Ele estabeleceria a casa de Salomão e o reino de Israel, somente se o rei e o povo permanecessem fiéis e não se apartassem dos seus mandamentos (vv. 4-9). A Bíblia inteira afirma este princípio: Deus cumpre suas promessas à medida que procuramos segui-lo e aos seus caminhos (ver Jo 14.13-21; 15.7).
9.7 A ESTA CASA... LANÇAREI LONGE DA MINHA PRESENÇA. Deus disse que não manifestaria a sua presença, poder e glória no templo, se o povo deixasse de seguir fielmente os seus caminhos (vv. 6-9). Essa advertência é também válida para o novo concerto.
Se uma igreja deixar de obedecer às palavras de Cristo e aos ensinos dos apóstolos do NT, e enveredar-se pelas falsas doutrinas e caminhos ímpios do mundo, o Espírito e o poder de Deus deixarão essa igreja, e Deus a removerá do seu reino (ver Ap 2.5 nota).

 

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NOTAS DE 1° REIS 11º

11.1 O REI SALOMÃO AMOU MUITAS MULHERES ESTRANHAS. O cap. 11 descreve o declínio espiritual de Salomão, e as conseqüências disso.

(1) Salomão começou como um homem que amava ao Senhor, que andava nos estatutos dEle, e que edificou o templo dEle (3.3; 6.1). Experimentou o amor de Deus, a sua graça e a sua salvação; recebeu conhecimento espiritual especial (3.10-14; 2 Sm 12.24) e escreveu parte das Escrituras Sagradas sob a inspiração do Espírito Santo (ver 4.29-34 nota).

(2) Entretanto, Salomão endureceu-se pelo engano do pecado e desviou-se do Senhor para seguir outros deuses; provocou o Senhor à ira e conseqüentemente foi castigado por Deus (vv. 1-13; Dt 29.14-21; 30.15-20; Hb 3.12-14).

(3) O erro fatal de Salomão foi o de buscar poder, sucesso, riquezas e prazer sensual, contemporizando com a idolatria e o pecado, e tolerando-os. Salomão envolveu-se com:

(a) alianças iníquas com nações pagãs (Tiro, 9.10-14; Egito, 3.1; 10.28,29; e outros povos, 9.25-10.13);

(b) muitas esposas e concubinas estrangeiras para selar essas alianças (vv. 1-8; ver a próxima nota; Gn 29.28 nota);

(c) e cada vez mais riquezas e glória (10.14-19; cf. 1 Tm 6.9). (4) Leia em Deuteronômio 17.14-20, os preceitos de Deus aos reis, quanto a firmar alianças com estrangeiros, adquirir cavalos no Egito, multiplicar esposas e acumular cada vez mais ouro. A Bíblia não declara em nenhum lugar que Salomão depois arrependeu-se dos seus pecados (ver v. 43 nota).
11.2 DAS NAÇÕES... NÃO ENTRAREIS A ELAS. O fato de Salomão ter muitas esposas não somente foi um desprezo ao mandamento de Deus aos reis, para não multiplicarem esposas (cf. Dt 17.17), mas também transgrediu a proibição divina contra casamentos com mulheres pagãs, dentre os cananeus (Ex 34.12-16; Js 23.12,13). É evidente que Salomão deixou de meditar cuidadosamente na lei de Deus "para que aprenda a temer ao SENHOR, seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei" (Dt 17.19).
11.4 NÃO ERA PERFEITO... COMO O CORAÇÃO DE DAVI. O coração de Davi era "perfeito", não no sentido de nunca ter fracassado terrivelmente diante de Deus, mas porque nunca se envolveu com idolatria e adoração a outros deuses. Quando pecou com Bate-Seba, e tentou encobrir tudo, Davi cometeu grave delito, chegando ao ponto de desprezar a Deus e à sua palavra (2 Sm 12.9,10). Contudo, nunca adorou a outros deuses, nem dependia deles, conforme muitos reis de Israel fizeram (cf. 15.5)
11.5-7 SALOMÃO ANDOU EM SEGUIMENTO DE ASTAROTE... MILCOM. De início Salomão tolerava os falsos deuses de suas esposas, mas, a seguir, desviou-se e passou a servi-los (vv. 2-9).

(1) Sendo Salomão um servo de Deus, passou a adorar à deusa sidônia, Astarote (cujo culto continha ritos imorais e adoração às estrelas), ao deus moabita Milcom ou Moloque (que envolvia o sacrifício de criancinhas, cf. Lv 18.21; 20.1-5), e ao deus amonita, Camos (um deus-sol). A essa altura, Salomão não podia dizer que o Senhor do concerto era o único Deus verdadeiro -(cf. Dt 6.4).

(2) A apostasia de Salomão revela que o mero conhecimento de Deus e da sua palavra não é suficiente prevenção contra o pecado e apostasia. O pecado procede do coração e só pode ser debelado à medida que nosso coração se inclina para Deus com fé e amor (Dt 6.4-9; cf. 3.9 nota). Salomão, um pregador que admoestava os
outros, decaiu em pecado tão ostensivo, que aceitou abertamente o espiritismo, fomentou a imoralidade e a crueldade, infamou Israel e manchou o nome do único Deus verdadeiro.
11.11 RASGAREI DE TI ESTE REINO. O castigo divino de Salomão resultou na divisão de Israel em dois reinos, sendo que apenas um deles foi governado pelos sucessores de Salomão (vv. 9-13,31) - a tribo de Judá (incluindo Simeão, cf. Js 19.1) foi dada ao seu filho Roboão, a fim de conservar a linhagem messiânica (vv. 13,32). As dez tribos seriam dadas a Jeroboão, dentro em breve (vv. 31-36).
11.43 E ADORMECEU SALOMÃO. O mesmo capítulo que menciona a apostasia de Salomão, fala da sua morte, sem qualquer indicação de que ele tenha se arrependido e voltado para Deus. O escritor das Crônicas fala da advertência de Davi a Salomão: "porém, se o deixares [a Deus], rejeitar-te-á para sempre" (1 Cr 28.9). A verdade bíblica aqui revelada é que Salomão, antes desfrutando da graça de Deus, não permaneceu nessa graça. A Palavra de Deus nos adverte aqui: se um rei que recebeu grandiosos dons, ministério e graça, caiu, então todo aquele que está em pé tome cuidado para que não caia (1 Co 10.12).

 

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NOTAS DE 1° REIS 12º

12.20 JEROBOÃO... REI SOBRE TODO O ISRAEL. Ao morrer Salomão (11.43), a nação dos hebreus dividiu-se em dois reinos.

(1) O Reino do Norte, chamado Israel, teve Jeroboão como seu primeiro rei. O Reino do Sul, chamado Judá, teve Roboão, filho de Salomão, como seu primeiro rei (v. 17). A divisão continuou até que as dez tribos do Norte foram levadas em cativeiro para a Assíria em 722 a.C. O Reino do Sul foi levado ao cativeiro em 586 a.C. pelos babilônios. A história dos dois reinos acha-se em 1 Rs 12-22; 2 Rs 1-25 ; e 2 Cr 10-36.

(2) A história de Israel e de Judá revela a determinação deles em quebrar o concerto feito com Deus. A Bíblia mostra que todos os reis do Reino do Norte procederam mal aos olhos do Senhor (e.g. 16.25,30; 22.52; 2 Rs 3.3; 10.29), por sua vez, a maioria dos reis de Judá desprezaram o concerto. Poucos reis de Judá, principalmente Ezequias (2 Rs 18.1-20.21) e Josias (2 Rs 22.1-23.29), fizeram "o que era reto aos olhos do SENHOR" (2 Rs 18.3; 22.2).
12.24 EU É QUE FIZ ESTA OBRA. Foi o Senhor quem levou a efeito a divisão do seu povo. A divisão das duas nações foi determinada por Ele (1) como castigo pela sua idolatria, e (2) como meio de preservar um remanescente fiel através de Judá (11.13).
Embora Israel como um todo se desviasse de Deus, um remanescente de Judá permaneceu fiel ao concerto, e através dessas pessoas Deus pôde cumprir suas promessas e propósito redentor.
12.28 DOIS BEZERROS DE OURO... VÊS AQUI TEUS DEUSES. Jeroboão, do Reino do Norte, fundou um falso sistema religioso, levando o povo a adorar falsos deuses, (vv. 27-30; cf. Ex 20.3,4), tendo como modelo o bezerro de ouro feito por Arão (Ex 32.8).
Nomeou sacerdotes "que não eram dos filhos de Levi" (v. 31), e assim pôs no ministério homens que não tinham as qualidades para isso segundo a lei de Deus (ver a nota seguinte). A instituição de um falso sistema religioso, por Jeroboão, produziu dois resultados:

(1) a maior parte do povo do Reino do Norte passou a adorar a Baal, cujo culto incluía a prática imoral da prostituição religiosa.

(2) A maior parte do reino de Israel que permaneceu fiel a Deus e à sua lei, teve grandes perdas, quando "deixaram... a sua possessão" e vieram para o Reino do Sul a fim de adorarem ao Senhor segundo sua revelação original (2 Cr 11.13,14). "De todas as tribos de Israel, os que deram o seu coração a buscarem ao SENHOR, Deus de Israel, vieram a Jerusalém, para oferecerem sacrifícios ao SENHOR Deus de seus pais" (2 Cr 11.16; cf. 15.9).
12.31 FEZ SACERDOTES... QUE NÃO ERAM DOS FILHOS DE LEVI. Jeroboão nomeou sacerdotes, homens que não tinham os requisitos segundo os padrões de Deus, em Nm 3.6-9; 8.5-20. Segundo o novo concerto, o sacerdócio levítico já não existe, mas Deus estabeleceu qualificações essenciais definidas, para aqueles que aspiram ao ministério, como pastores ou dirigentes da igreja. Essas qualificações espirituais e morais estão em (1 Tm 3.1-7 e Tt 1.5-9 ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)

 

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NOTAS DE 1° REIS 13º

13.2 JOSIAS. Esta profecia foi proferida 300 anos antes de Josias nascer. Para o seu cumprimento, ver 2 Rs 23.15-20.
13.9 ASSIM ME ORDENOU O SENHOR PELA SUA PALAVRA. O profeta, como porta-voz de Deus, tinha a máxima responsabilidade de observar toda a palavra do Senhor. Esse profeta, a seguir, desobedeceu às determinações de Deus, e pagou com a sua vida (vv. 11-24).
13.21,22 FOSTE REBELDE À BOCA DO SENHOR. A história do profeta anônimo, desobediente, foi registrada como um exemplo e advertência para os crentes de nossos dias (cf. 1 Co 10.1-13).

(1) As Escrituras são a autoridade suprema do crente, em tudo o que diz respeito à vontade de Deus para a sua vida. As palavras e ensinos de notáveis ministros de Deus, ou até mesmo de anjos, o crente não deve aceitar, caso contradigam os preceitos e padrões da revelação divina escrita, a saber: os ensinos de Cristo e dos apóstolos (1 Co 14.29, Gl 1.8,9; ver 1 Jo 4.1 nota).

(2) A desobediência às determinações de Deus, resulta em castigo, mesmo que a pessoa tenha sido fiel e servido bem (vv. 20-25).

(3) A situação mais perigosa para o crente é ele ser desobediente à Palavra de Deus. A maior causa de fracassos entre os crentes é quando deixam de ter a Palavra de Deus como uma questão de viver ou perecer espiritualmente (Ver Gn 3.4 nota).

(4) Deus requer fidelidade total aos seus mandamentos por parte dos que são chamados a proclamarem a sua Palavra (cf. 1 Tm 3.1-11; Tt 1.5-9; Tg 3.1). Desses é requerido serem exemplos para o povo de Deus.
13.24 UM LEÃO... O MATOU. Ninguém vá pressupor que o profeta morreu sem salvação. Sua desobediência enquadra-se na mesma categoria que Moisés (ver Nm 20.12 nota).

 

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NOTAS DE 1° REIS 14º

14.15 ESPALHARÁ PARA ALÉM DO RIO. Aías profetizou o cativeiro de Israel. Em 722 a.C., Israel foi subjugado e milhares de israelitas foram expatriados para além do rio Eufrates, pelos assírios (cf. 2 Rs 15.29; 17.6,18).
14.22 E FEZ JUDÁ O... MAU. A conduta religiosa da tribo de Judá, governada por Roboão (v. 21), pouco diferiu das outras dez tribos de Israel. Os membros da tribo de Judá também abandonaram o Senhor e se entregaram a pecados terríveis (ver a próxima nota; cf. 2 Cr 11-12).
14.24 RAPAZES ESCANDALOSOS. A apostasia de Judá levou à depravação do homossexualismo, i.e., a prostituição masculina (Rm 1.25-28). O povo de Deus aceitava "as abominações das nações" e, assim, foi subjugado pelas nações ímpias (vv. 25,26). Cristo advertiu quanto a esse princípio de julgamento sobre os crentes que se conformarem com o mundo (ver Mt 5.13 nota). A expressão "rapazes escandalosos", a ARA traduz apropriadamente "prostitutos-cultuais".
14.26 TOMOU OS TESOUROS DA CASA DO SENHOR. Deus permitiu que Sisaque, rei do Egito, invadisse o templo e levasse os seus tesouros. O templo, onde Deus manifestara a sua glória, na fase inicial do reino de Salomão (8.11), veio a ser motivo de vergonha pública em apenas cinco anos, após a morte de Salomão, pois o próprio povo de Deus abandonara os seus retos caminhos.
 

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NOTAS DE 1° REIS 15º

15.3 SEU CORAÇÃO NÃO FOI PERFEITO. Esta expressão normalmente refere-se a idólatras. Está escrito que o coração de Davi era perfeito, porque ele nunca se desviou para seguir a outros deuses; ter um "coração perfeito", não significava perfeição moral (cf. v. 5; - ver 11.4 nota).
15.4 UMA LÂMPADA. Este termo como empregado aqui, significa que Deus resolvera nunca extinguir a linhagem e o concerto davídicos. Essa "lâmpada" veio a ser por fim "a luz do mundo", na pessoa de Jesus Cristo (Jo 8.12; cf. Lc 2.4).
15.9 O REI ASA. Asa foi um bom rei, cujo reinado foi marcado pela fidelidade a Deus. Todavia, deixou de confiar em Deus nos seus últimos anos (2 Cr 16). Seu reinado destacou-se porque levou o povo a deixar seus maus caminhos e repudiar as práticas pecaminosas dos cananeus. Um real reavivamento sempre leva o povo a largar as práticas que ofendem a Deus e que violam a palavra dEle (ver 2 Cr 14-16, para mais, a respeito do reinado de Asa).
15.24 JOSAFÁ. Josafá foi um bom rei, que se esforçou para ensinar ao povo a palavra de Deus e ser fiel ao Senhor (para pormenores a respeito do seu reinado, ver 22.41-50; 2 Cr 17.1-21.1).
 

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NOTAS DE 1° REIS 16º

16.7 O PROFETA JEÚ. Quando o povo de Deus, a começar dos líderes, abandonou o caminho do Senhor e adotou os caminhos pecaminosos dos cananeus, Deus enviou-lhe profetas para lhe proclamar a sua verdade e justiça. Os profetas do Senhor são também uma necessidade hoje (ver os estudos O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO, e DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA)
16.30 ACABE. O pecado e a iniqüidade avolumaram-se cada vez mais no reinado de Acabe. Imperavam a rebeldia insolente e a dureza de coração contra os mandamentos de Deus. Cresceu a adoração a Baal. Diante de tal apostasia, Deus enviou o poderoso profeta Elias a Israel, para lutar contra esse sistema religioso corrupto e proclamar o propósito de Deus para o seu reino (17.1).
16.31 BAAL. Ver Js 23.12 nota; Jz 2.13 nota.
 

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NOTAS DE 1° REIS 17º

17.1 ELIAS. Elias foi profeta do Reino do Norte, nos reinados de Acabe e do seu filho Acazias. O nome Elias, que significa "o Senhor é meu Deus", fala da convicção inabalável que destacou esse profeta (18.21,39). Os fatos principais da sua vida acham-se em 1 Rs 17-19; 21.17-29; 2 Rs 1-2.

(1) A vida de Elias girou em torno do conflito entre a religião do Senhor e a religião de Baal. Sua missão era levar os israelitas a reconhecerem sua apostasia e reconduzi-los à fidelidade ao Deus de Israel (18.21,36,37). Elias era pois um restaurador e um reformador, empenhado em restabelecer o concerto entre Deus e Israel.

 (2) O AT no seu final, registra a profecia que Elias reaparecerá "antes que venha o dia grande e terrível do SENHOR" (Ml 4.5); esta profecia cumpriu-se parcialmente em João Batista (Mt 11.7-14; Lc 1.17) e poderá ter um cumprimento futuro antes da volta de Cristo (cf. Mt 17.11; Ap 11.3-6; ver Ap 11.3 nota).

(3) A fidelidade inabalável de Elias a Deus e ao seu concerto, faz dele para todo o sempre, um exemplo de fé, destemor e lealdade a Deus, ante intensa oposição e perseguição, e um exemplo de resoluta persistência em opor-se às falsas religiões e aos falsos profetas.

17.1 NEM ORVALHO NEM CHUVA HAVERÁ. Elias, na qualidade de mensageiro de Deus, pronunciou uma palavra de juízo da parte do Senhor contra a nação rebelde de Israel. Deus ia reter a chuva durante três anos e meio (cf. Dt 11.13-17). Esse juízo humilhava Baal, pois seus adoradores criam que ele controlava a chuva e que era responsável pela abundância nas colheitas. O NT declara que essa seca em Israel resultou das ferventes orações de Elias (Tg 5.17).
17.4 EU TENHO ORDENADO AOS CORVOS QUE ALI TE SUSTENTEM. Deus sustentou Elias junto ao ribeiro Querite, porque esse profeta tomara posição firme ao lado de Deus contra a apostasia do povo (vv. 3-7; cf. Sl 25.10). Assim, como Elias sustentou a luta pela causa de Deus, o Senhor cuidaria agora da sua causa, i.e., sua subsistência (cf. Sl 68.19,20).
17.7 O RIBEIRO SE SECOU. Quando o ribeiro se secou, Deus dirigiu Elias a ir a uma terra pagã, habitada por adoradores de Baal, e ali Deus o sustentou através de uma viúva pobre (v. 9). Tal experiência reforçou ainda mais a confiança que Elias tinha na providência divina. Às vezes nos surgem adversidades, mesmo quando estamos na vontade de Deus. Em meio a experiências deste tipo, Deus poderá nos assistir de uma maneira diferente e maravilhosa, além do que podemos esperar.
17.15 E ASSIM COMEU ELA... E A SUA CASA MUITOS DIAS. Deus estava atento às necessidades e aflições de uma viúva pobre.
Ele enviou Elias para fortalecer-lhe a fé e trazer-lhe bênçãos materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (v. 12).
A fé que essa viúva tinha em Deus e na sua palavra, através do profeta Elias, levou-a a permutar o certo pelo incerto, e o visível pelo invisível (vv. 10-16; cf. Hb 11.27). A viúva crente recebeu do profeta de Deus, não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual.
17.17 O FILHO... NELE NENHUM FÔLEGO FICOU. Aqui ficamos perplexos ante um dos mistérios mais intrincados da vida.
Precisamente no momento em que Deus, por um milagre, estava a prover farinha e azeite, surgiram aflição e tristeza. Às vezes, enfermidade ou tragédia ainda maior pode ocorrer à quem está fazendo a vontade de Deus e grandemente ocupado na obra do seu reino.
17.22 O SENHOR OUVIU A VOZ DE ELIAS. Deus restaurou a vida do menino em resposta à oração de Elias. Este é o primeiro caso bíblico de alguém ressuscitado dentre os mortos (2 Rs 4.34; At 20.10). Os três milagres relatados no cap. 17 manifestam notavelmente a glória e o amor de Deus. Demonstraram a Elias e à viúva que, no meio de circunstâncias trágicas, o poder e o amor de Deus estão em evidência a favor daqueles que o amam e que são chamados segundo o seu propósito (ver Rm 8.28 nota).

 

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NOTAS DE 1° REIS 18º

18.18 DEIXASTES OS MANDAMENTOS DO SENHOR. O modo corajoso de Elias falar a Acabe e denunciar a impiedade de Israel fez dele um profeta exemplar, e a pessoa mais qualificada para ser o protótipo do precursor do Senhor Jesus Cristo (cf. Ml 4.5,6; Lc 1.17).

(1) Era um verdadeiro "homem de Deus" (17.24), que falava, não para agradar às multidões, mas como um servo fiel de Deus (cf.Gl 1.10; 1 Ts 2.4; ver Lc 1.17 nota).

 (2) Assim como Elias foi chamado para mostrar quem é o verdadeiro Deus de Israel, todos os ministros do novo concerto são chamados para defender o evangelho de Cristo contra distorções, transigência com o mal e desvio doutrinário (ver Fp 1.17 nota; Jd v. 3 nota).

18.21 SE O SENHOR É DEUS, SEGUI-O. Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a Deus ou a Baal (cf. Ez 20.31,39). Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e também Baal. O pecado deles era o de terem o coração dividido (cf. Dt 6.4,5), querendo servir a dois senhores. O próprio Cristo advertiu contra essa atitude fatal (Mt 6.24; cf. Dt 30.19; Js 24.14,15; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)
18.27 ELIAS ZOMBAVA DELES. Elias ao zombar dos profetas de Baal, revela sua ardente indignação ante a idolatria imoral e vil que Israel adotara. Sua ironia e sua atitude intransigente, expressavam sua inalterável lealdade ao Deus, a quem ele amava e servia. Compare a reação de Elias com a ira e determinação de Jesus, ante a profanação do templo (ver Lc 19.45 nota).
18.36 ELIAS... DISSE: Ó SENHOR, DEUS DE ABRAÃO. A coragem e a fé patentes em Elias não têm paralelo em toda a história da redenção. Seu desafio ao rei (vv. 16-19), sua repreensão a todo o Israel (vv. 21-24) e seu confronto com os 450 profetas de Baal (vv. 19, 22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em Deus. Vemos sua confiança em Deus na brevidade e simplicidade da sua oração (41 palavras em hebraico), (vv. 36,37; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ)
18.37 TU FIZESTE TORNAR O SEU CORAÇÃO PARA TRÁS. O propósito de Elias no seu confronto com os profetas de Baal, e a oração que se seguiu, foi revelar a graça de Deus para com o seu povo. Elias queria que o povo se voltasse para Deus (v. 37).
Semelhantemente, João Batista, o "Elias" do NT (ver 17.1 nota), tinha como alvo levar muitos a buscarem a Deus, como preparação para o advento de Cristo.
18.38 ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR. O Senhor milagrosamente produziu fogo para consumir o sacrifício de Elias (cf. 1 Cr 21.26; 2 Cr 7.1). Esse milagre vindicou Elias como profeta de Deus e comprovou que somente o Senhor de Israel era o Deus vivo, a quem deviam servir. De modo semelhante, o crente deve orar, com fé, pela manifestação divina em seu meio, mediante o Espírito Santo (ver 1 Co 12.4-11; 14.1-40).
18.40 E ALI OS MATOU. Note os seguintes fatos a respeito da matança dos profetas de Baal:

(1) A sentença de morte contra eles era justa, pois foi executada em obediência à lei de Moisés (Dt 13.6-9; 17.2-5). O NT não contém qualquer mandamento similar. Ele proíbe a ação repressora contra os falsos mestres (Mt 5.44), embora Deus ordene a sua rejeição e, que nos separemos deles (Mt 24.23,24; 2 Co 6.14-18; Gl 1.6-9; 2 Jo.7-11; Jd.3,4; ver o estudo FALSOS MESTRES).

(2) A ação de Elias contra os falsos profetas de Baal representava a ira de Deus contra os que tentavam destruir a fé do seu povo escolhido, e privá-lo das bênçãos divinas, e também expressava o amor e a lealdade do próprio Elias por seu Senhor.

(3) A destruição dos falsos profetas por Elias manifestava, também, profunda preocupação pelos próprios israelitas, uma vez que estavam sendo destruídos espiritualmente pela falsa religião de Baal.
Jesus manifestou idêntica atitude (Mt 23; Lc 19.27), assim como também o apóstolo Paulo (Gl 1.6-9; ver Gl 1.9 nota). Note, ainda, que a ira de Deus será derramada sobre todos os rebeldes e impenitentes "no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus" (Rm 2.5; cf. 11.22; Ap 19.11-21; 20.7-10)
18.42 ELIAS... METEU O SEU ROSTO ENTRE OS SEUS JOELHOS. De Elias, o NT cita sua fé e oração perseverante como exemplo e estímulo para o povo salvo, no tocante ao poder da oração (Tg 5.18; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). A oração de Elias era:

(1) a oração de um justo (Tg 5.16; cf. Sl 66.18),

(2) a oração de um homem, de natureza humana semelhante à nossa (Tg 5.17),

(3) a oração da fé, sincera e persistente (vv. 18.42-44; Tg 5.17; cf. Mt 21.21,22; Mc 9.23; Lc 18.1; Ef 6.18; Hb 11.6), e

(4) a oração de muita eficácia (v. 45; Tg 5.16,17)


18.43 TORNA LÁ SETE VEZES. O número sete nas Escrituras, simboliza algo integral e completo. Neste capítulo Elias entregou-se a uma intercessão completa, sob três aspectos:

(1) intercedeu para restaurar o altar e a honra de Deus na terra (vv. 21,24,30-39);

(2) intercedeu, travando uma guerra espiritual contra a falsa religião e culto de Baal e Asera (vv. 19,27,40); e

(3) intercedeu com Deus, em oração intensa e persistente, suplicando chuva copiosa (vv. 41-46). Visto que o AT compara o derramamento do Espírito com o derramamento de chuva (e.g., Os 6.1-3; Jl 2.23-29), o confronto de Elias com o baalismo ilustra os três tipos principais de intercessão que devem caracterizar a oração intercessória do povo de Deus:

(1) intercessão pela restauração da glória e honra de Deus e por um avivamento espiritual entre o seu povo; (

2) intercessão pela guerra espiritual contra as fortalezas demoníacas; e

(3) intercessão pela sequidão espiritual, para que ela seja tragada pelo derramamento do Espírito de Deus e pelo despertamento espiritual (ver o estudo A INTERCESSÃO)

 

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NOTAS DE 1° REIS 19º

19.3 ELE [ELIAS], SE LEVANTOU, E, PARA ESCAPAR COM VIDA, SE FOI. À expressão da fé de Elias, e às suas vitórias sobrenaturais, no cap. 18, seguiram-se o medo, a fuga para salvar a vida e o desânimo, tudo resultando do propósito de Jezabel de destruir a vida do profeta (v. 2).

(1) Posto que Elias não recebera nenhuma mensagem do Senhor para permanecer em Jezreel, sua presença ali significava arriscar desnecessariamente a sua vida (cf. 18.1). Seguiu então para o monte Horebe (i.e., o monte Sinai).

(2) A retirada forçada de Elias para o território de Judá e o deserto é um exemplo daqueles que "por causa da justiça" (ver Mt 5.10 nota) são maltratados e forçados a andar errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.37,38). De maneira semelhante a Elias, há profetas que tiveram de deixar suas igrejas; pregadores, os seus púlpitos; professores, as suas salas de aula; e leigos, os seus empregos; por se posicionarem contra o pecado, por falarem segundo a Palavra de Deus, e seguirem o caminho da justiça, por amor do nome de Deus. Grande é o seu galardão no céu (Mt 5.10-12).
19.4 TOMA AGORA A MINHA VIDA. Elias tomado de cansaço, desânimo, tristeza, orou pedindo a Deus que Ele o dispensasse do pesado ministério profético e o deixasse partir para o descanso celestial.

(1) Os sentimentos de Elias não eram muito diferentes dos do

(a) apóstolo Paulo, quando afirmou ter "desejo de partir e estar com Cristo" (Fp 1.23), ou

(b) dos heróis da fé, que "desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial" (Hb 11.16; ver também Moisés, em Nm 11.15).

(2) Algumas das razões de estar Elias profundamente desanimado.

(a) Aparente fracasso: ele esperava a conversão de todo o Israel, e possivelmente, até mesmo de Jezabel; mas agora, pelo contrário, tinha que fugir para salvar sua vida. A esperança, a labuta e o esforço da sua vida inteira findavam agora em fracasso,
conforme parecia (vv. 1-4).

(b) Solidão: julgava ser ele o único que batalhava pela verdade e justiça de Deus (v. 10; cf. Paulo, 2 Tm 4.16).

(c) Exaustão física depois de uma longa e árdua viagem (vv. 3,4; 18.46).

19.5 UM ANJO O TOCOU. Deus cuidou do desalentado Elias de modo compassivo e amorável (Hb 4.14,15).

(1) Permitiu que Elias dormisse (vv. 5,6).

(2) Fortaleceu-o com alimentos (vv. 5-7).

(3) Propiciou-lhe uma revelação inspiradora do seu poder e presença (vv. 11-13).

(4) Concedeu-lhe nova revelação e orientação (vv. 15-18). (5) Deu-lhe um companheiro fiel e fraterno (vv. 16,19-21). Noutras palavras, quando o filho de Deus enfrenta o desânimo, no desempenho que Deus lhe confiou, ele pode suplicar a Deus, em nome de Cristo, que lhe dê força, graça e coragem, e os capacite diante de tais situações (Hb 2.18; 3.6; 7.25).
19.8 QUARENTA DIAS E QUARENTA NOITES. Alguns consideram o jejum aqui mencionado, bem como o de Moisés (Ex 34.28) e o de Jesus (Mt 4.2), como casos de jejuns prolongados. Porém, os casos acima não são de jejum no sentido comum. Moisés, na presença de Deus e envolvido na nuvem, foi sustentado de modo sobrenatural. Elias foi alimentado duas vezes de modo sobrenatural, o que lhe propiciou forças durante quarenta dias (vv. 6-8). Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, e não sentiu fome a não ser depois de quarenta dias (ver Mt 4.2 nota; 6.16 nota).
19.11,12 EIS QUE PASSAVA O SENHOR. Para animar Elias e fortalecer a sua fé, Deus o visitou no monte Horebe (i.e., o monte Sinai, o monte da revelação). Essa visitação foi acompanhada de um forte vendaval, um terremoto e fogo, mas o Senhor não estava em nenhuma dessas coisas. Pelo contrário, a revelação de Deus veio através de "uma voz mansa e delicada". Elias pôde ver que a obra de Deus avança e prossegue, "não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" (Zc 4.6).
De modo algum, Deus abandonara seu profeta, nem o seu povo fiel. Pelo seu Espírito e pela palavra eterna, Ele traria a redenção, a justiça e a salvação eternas.
19.16 A ELISEU... UNGIRÁS PROFETA. Deus mandou Elias ungir Eliseu como seu sucessor. Note que não somente sacerdotes e reis eram ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas, Eliseu iria

(1) auxiliar Elias,

(2) auxiliar Hazael, rei da Síria, e Jeú, rei de Israel, a derrotar os inimigos de Deus (vv. 16,17), e

(3) proclamar a palavra de Deus ao remanescente fiel (v. 18). Os ministérios de Elias e Eliseu abrangeram um período de 75 anos (875-800 a.C., durante os reinados de Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz e Jeoás). Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou conhecido como aquele "que deitava água sobre as mãos de Elias" (2 Rs 3.11).
19.18 EM ISRAEL SETE MIL. Os sete mil de Israel, que não dobraram os joelhos a Baal, são parte dos fiéis sofredores, em todas as gerações, livres de apostasia, de transigência com o erro e de mundanismo entre o povo de Deus, e que perseveram no amor, na fé e na obediência a Deus e à sua Palavra. São os que fogem dos maus caminhos do mundo, que lavaram as suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.14), que são perseguidos por amor à justiça (Mt 5.10) e que permanecem firmemente no caminho estreito (Mt 7.14; ver os estudos A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE; e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO). Do começo ao fim das Escrituras, é o remanescente fiel e vencedor que é conhecido pelo Senhor (2 Tm 2.19). Deus promete guardar esse remanescente leal, pelo seu poder, através da fé (1 Pe 1.5), e o Cordeiro os conduzirá ao lar celestial (Ap 7.17)
 

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NOTAS DE 1° REIS 20º

20.13 HOJE TA ENTREGAREI NAS TUAS MÃOS. Apesar da infidelidade de Acabe e do povo de Israel, Deus usou de misericórdia para com eles e livrou a Samaria do exército sírio (v. 20). Um ano mais tarde, Deus deu a Israel uma grande vitória sobre a Síria, a leste do rio Jordão, perto da cidade de Afeque (vv. 22-29). Contudo, Acabe não quis submeter-se ao verdadeiro Deus de Israel e adorá-lo.
20.35 FILHOS DOS PROFETAS. Trata-se dos discípulos dos profetas, que eram ensinados pelos profetas de mais idade e de renome, tais como Eliseu (cf. 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38; 5.22; 6.1; 9.1). Eles estavam sempre com o profeta-dirigente, opunham-se à adoração a Baal e promoviam a obediência e fidelidade ao Senhor Deus. Eles profetizavam mediante o poder do Espírito e, deste modo, tornaram-se conhecidos.
 

 

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NOTAS DE 1° REIS 21º

21.17 VEIO A PALAVRA DO SENHOR A ELIAS. Deus abomina a injustiça cometida pelo seu povo, uns contra os outros. Pela morte de Nabote, o inocente, Acabe e Jezabel iam sofrer as conseqüências (vv. 17-29). O princípio divino da retribuição e da justiça continua no novo concerto. Paulo, por exemplo, declara que "quem fizer agravo [a outra pessoa] receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas " (ver Cl 3.25 nota). Os crentes devem se tratar com retidão, sinceridade e misericórdia (Mq 6.8; Cl 4.1; cf. Gl 6.7).
21.19 OS CÃES LAMBERÃO O TEU SANGUE. Essa profecia foi cumprida quando Acabe foi morto na batalha e os cães lamberam o seu sangue, ao ser lavado o seu carro, no qual ele morreu (22.35,38). Os filhos de Acabe também morreram de modo violento: Acazias morreu de uma queda (2 Rs 1.2,17); Jeorão foi morto por Jeú, e seu corpo foi jogado no terreno de Nabote (2 Rs 9.22-26). A esposa de Acabe, Jezabel, também teve uma morte violenta (2 Rs 9.30-37).
21.25 JEZABEL. O alvo dessa esposa ímpia de Acabe era extinguir o culto ao Senhor, e colocar Baal de Tiro como o deus principal de Israel; não conseguiu seus intentos. Muito pelo contrário, o nome dela veio a ser sinônimo de iniqüidade, de feitiçaria, de traição e de sedução espiritual. João cita o nome de Jezabel, como o de uma falsa profetisa da igreja da Tiatira, que estava levando o povo de Deus à imoralidade e ao mundanismo (ver Ap 2.20 nota).

 

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NOTAS DE 1° REIS 22º

22.6 QUATROCENTOS HOMENS. Esses quatrocentos profetas de Acabe (vv. 22,23) eram falsos profetas; profetizavam aquilo que o rei queria ouvir, e não as verdadeiras profecias do Senhor (v. 8; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO)
22.15 SOBE E SERÁS PRÓSPERO. Micaías, por zombaria, imitou a predição dos falsos profetas, Acabe logo notou que ele não estava falando sério (cf. v. 16). Micaías passou, então, a comunicar a real visão profética que recebera (v. 17). O significado era claro: Acabe morreria, e Israel bateria em retirada.
22.23 O ESPÍRITO DA MENTIRA. O espírito da mentira, neste caso aqui, é um dos agentes de Satanás, i.e., um espírito maligno sob o controle de Deus, para destruir Acabe e os falsos profetas, no seu pecado. Seus corações estavam endurecidos contra a verdade, de tal maneira que Deus, por fim, os entregou à mentira, como a justa penalidade pelo seu pecado (cf. Rm 1.21-27). Esse mesmo tipo de julgamento ocorrerá nos últimos dias da nossa era quando, então, Deus "enviará a operação do erro" (2 Ts 2.11) sobre todos aqueles que "não receberam o amor da verdade... antes, tiveram prazer na iniqüidade" (2 Ts 2.10,12). O engano será "segundo a eficácia de Satanás... para que sejam julgados todos os que não creram a verdade" (2 Ts 2.9,12; ver 2 Ts 2.10-12 notas).
22.41 JOSAFÁ. Para detalhes sobre o reino de Josafá, ver 15.24 nota.

 

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