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NOTAS DE 1 TESSALONICENSES

  CARTA  DE  1ª TESSALONICENSES

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Esboço de 1ª TESSALONICENSES


Saudações Cristãs (1.1)


I. A Gratidão Pessoal de Paulo aos Tessalonicenses (1.2—3.13)

A. Regozija-se na Nova Vida dos Tessalonicenses em Cristo (1.2-10)

1. A Fé, Amor e Esperança dos Tessalonicenses (1.2,3)

2. Sua Conversão Genuína (1.4-6)

3. Seu Bom Exemplo para os Outros (1.7-10)

B. Reminiscências do Seu Trabalho na Vida dos Tessalonicenses (2.1—3.8)

1. Recorda Seus Labores entre os Tessalonicenses (2.1-12)

2. Recorda a Aceitação por Parte dos Tessalonicenses (2.13-16)

3. Mantém o Seu Interesse pelos Tessalonicenses (2.17—3.8)

C. Oração para que Deus lhe Conceda Voltar, e pelo Progresso Espiritual dos Tessalonicenses e Sua Conservação em Santidade (3.9-13)

II. Instruções Práticas aos Tessalonicenses (4.1—5.22)

A. A Respeito da Pureza Sexual (4.1-8)

B. A Respeito do Amor Fraternal (4.9,10)

C. A Respeito do Trabalho Honesto (4.11,12)

D. A Respeito da Vinda de Cristo (4.13—5.11)

1. O Estado dos Mortos em Cristo (4.13-18)

2. A Preparação dos Vivos em Cristo (5.1-11)

E. A Respeito da Estima aos Dirigentes Espirituais (5.12,13)

F. A Respeito da Vida Cristã (5.14-18)

G. A Respeito do Discernimento Espiritual (5.19-22)

Conclusão (5.23-28)


A. Oração pela Santificação e Preservação dos Tessalonicenses (5.23,24)

B. Petições Finais e Bênção (5.25-28)

 

Autor:
Paulo
Tema:
A Volta de Cristo
Data:
Cerca de 51 d.C.

 

Considerações Preliminares

Tessalônica, situada há pouco menos de 160 km a sudoeste de Filipos, era a capital, cidade principal e porto da província romana da Macedônia. Entre os 200.000 habitantes da cidade, havia ali uma grande comunidade judaica.
Quando Paulo fundou a igreja tessalonicense, na sua segunda viagem missionária, seu frutífero ministério ali foi encerrado prematuramente devido à intensa hostilidade judaica (At 17.1-9).
Forçado a sair de Tessalônica, Paulo foi a Beréia, onde outro ministério breve, porém bem- sucedido, foi interrompido pela perseguição movida pelos judeus que o seguiram desde Tessalônica (At 17.10-13). A seguir, viajou para
Atenas (At 17.15-34), onde Timóteo se encontrou com ele; depois, Paulo enviou Timóteo de volta à Tessalônica para verificar a condição da nova igreja (3.1-5); ao mesmo tempo, Paulo seguiu para Corinto (At 18.1-17). Timóteo,
ao completar sua tarefa, viajou para Corinto levando a Paulo informações sobre a igreja tessalonicense (3.6-8), o que levou Paulo a escrever esta carta, talvez três a seis meses após fundada a igreja.

Propósito

Por ter sido Paulo forçado pela perseguição a sair de Tessalônica, os novos convertidos receberam apenas um mínimo de ensino sobre a vida cristã. Ao saber Paulo, por meio de Timóteo, das reais circunstâncias, escreveu esta
epístola (1) para expressar sua alegria pela fé e perseverança dos tessalonicenses em meio à perseguição, (2) para instruí-los na santidade e na vida piedosa e (3) para elucidar certas doutrinas, especialmente no tocante à situação dos
crentes que morrem antes da volta de Cristo.

Visão Panorâmica

Depois de saudar a igreja (1.1), Paulo, com alegria, enaltece os tessalonicenses pelo seu zelo e fé perseverantes em meio à adversidade (1.2-10; 2.13-16). Responde às críticas contra ele, relembrando à igreja a pureza dos seus
motivos (2.1-6), a sinceridade da sua afeição e solicitude pelo rebanho (2.7,8,17-20; 3.1-10) e a integridade da sua conduta entre eles (2.9-12). Paulo destaca a necessidade e importância da santidade e do poder na vida cristã. O
crente precisa ser santo (3.13; 4.1-8; 5.23,24), e o evangelho, acompanhado pelo poder e manifestação do Espírito Santo (1.5). Paulo admoesta os tessalonicenses a não extinguirem o Espírito, ao desprezar as suas manifestações,
especialmente a profecia (5.19,20).
Um tema de destaque é a volta de Cristo para livrar seu povo da ira de Deus sobre a terra (1.10; 4.13-18; 5.1-11). Parece que alguns crentes haviam morrido em Tessalônica, motivando preocupação sobre a sua salvação final. Por
isso, Paulo explica o plano de Deus para os santos que já tiverem partido quando Cristo voltar para buscar a sua igreja (4.13-18), e exorta os vivos sobre a importância de estarem preparados quando Ele vier (5.1-11). Paulo termina
a carta com uma oração pela santificação e preservação espiritual dos tessalonicenses (5.23,24).

Características Especiais

São quatro as características principais desta epístola. (1) Ela foi um dos primeiros livros escritos do NT. (2) Contém textos chaves do NT sobre a ressurreição dos santos falecidos por ocasião do arrebatamento da igreja (4.13-18),
e a respeito do “Dia do Senhor” (5.1-11). (3) Todos os cinco capítulos fazem referência à volta de Cristo e à relevância deste evento para os salvos (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.1-11,23). (4) Oferece uma visão única (a) do estado
de uma igreja zelosa, mas imatura, no começo da década de 50 d.C., e (b) das características do ministério de Paulo como pioneiro do evangelho.


 

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NOTAS DE  1ª TESSALONICENSES 1º

1.4 A VOSSA ELEIÇÃO. A descrição que Paulo faz dos eleitos de Deus acha-se nos versículos 6-10. São os que seguem a Cristo, sofrem as tribulações com gozo do Espírito Santo e se tornam exemplos de fé e retidão para o próximo.
Deixaram o pecado, servem a Deus e esperam a segunda vinda do Filho de Deus. A doutrina que alguns defendem, de que se alguém professar Cristo como Salvador será salvo, independente do seu modo de viver (i.e., de se arrepender, aceitar Cristo como Senhor, perseverar na fé ou possuir o fruto do Espírito Santo), não se acha em parte alguma da Palavra de Deus, e é uma flagrante corrupção da doutrina original da salvação pregada por Cristo e pelos apóstolos (ver os estudos ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO e FÉ e GRAÇA)

1.5 EM PODER... NO ESPÍRITO SANTO. A pregação apostólica do evangelho consistia em quatro elementos essenciais.

(1) Os apóstolos pregavam aos outros a Palavra de Deus (2.8) e de Cristo (3.2).

(2) Pregavam a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo (Mt 3.11; At 1.5-8; 2.4). Esse poder resultava na convicção do pecado, na libertação da escravidão de Satanás e na operação de milagres e curas (ver At 4.30, nota; 1 Co 2.4, nota).

(3) A mensagem era proclamada com profunda convicção. Porque tinham fé em Cristo e o Espírito Santo operando nele; possuíam em seus corações a plena certeza da veracidade e do poder da mensagem (cf. Rm 1.16).

(4) Aqueles que criam na mensagem obedeciam à Palavra e a praticavam; eram santos e justos diante de todos. Sem esses quatro elementos para acompanhar a proclamação do evangelho, a plena redenção em Cristo não será experimentada nas igrejas.

1.10 ESPERAR DOS CÉUS A SEU FILHO. A grande esperança dos crentes tessalonicenses era a vinda de Cristo, que os livraria "da ira futura".

(1) A genuína conversão a Cristo, segundo o NT, abrange

(a) desviar-se do pecado, e

(b) voltar-se para Deus a fim de aguardar a volta do seu Filho (v. 9). Esperar a volta de Cristo envolve uma expectativa contínua e estado de prontidão.

(2) "A ira futura" refere-se à ira e juízo divinos que serão derramados sobre o mundo durante o período da tribulação. Os crentes, porém, não precisam temê-la, porque Deus enviará Jesus para nos livrar daquele tempo de ira. É fato claro que a volta de Cristo antecede essa ira (ver Ap 3.10 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).

(3) Essa é a primeira referência em 1 Tessalonicenses à volta de Cristo, quando, então, para arrebatar os seus santos e levá-los à casa do Pai (ver Jo 14.3 nota; outros trechos são 2.19; 3.13; 4.17; 5.1-11,23)
 

 

 

 

 

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NOTAS DE 1ª TESSALONICENSES 2º

2.1 NOSSA ENTRADA PARA CONVOSCO. No capítulo 2, Paulo justifica a sua conduta durante o tempo em que esteve entre os tessalonicenses. Ele havia sido caluniado e acusado de falsidade na pregação do evangelho.

2.4 FALAMOS, NÃO COMO PARA AGRADAR AOS HOMENS. Todo pregador do evangelho enfrenta a tentação de agradar aos homens (v. 4), i.e., procurar a aceitação, a aprovação e a glória da parte dos outros (v. 6), pregando somente aquilo que não ofende a ninguém.

(1) Ceder a essa tentação pode resultar em tolerância ao pecado e mornidão na igreja (cf. Ap 2.20; 3.15,16). Pode significar também a linguagem de bajulação, cujo emprego visa a obtenção de ofertas financeiras, ganhos materiais, cargos políticos ou aplausos (vv. 4-6).

(2) Se isso ocorrer, danos irreparáveis serão causados à retidão e integridade da igreja de Cristo. Por essa razão, é essencial que nosso objetivo na pregação seja procurar sempre a aprovação de Deus, e não a do homem (1 Co 4.5; Gl 1.9,10; ver Lc 1.17 nota; 2 Tm 4.3,4 nota).

2.7 COMO A AMA QUE CRIA SEUS FILHOS. Paulo e seus auxiliares oferecem um exemplo de atitude espiritual que todos os missionários, evangelistas e pastores devem adotar ao pregar o evangelho.

(1) Como missionários, agiam como a mãe que tem crianças pequenas. Isso dá a entender que, com grandes sacrifícios, faziam um esforço especial para nutrir e proteger os novos convertidos, e prover suas necessidades espirituais.

(2) Sua brandura (v. 7) subentende que não se portavam como pessoas importantes ou superiores.

(3) Os missionários tinham tanto anseio e amor aos tessalonicenses, que estavam dispostos a consumir a sua própria vida por eles (v. 8).

(4) Dedicavam-lhes longas horas, até ao ponto de grande fadiga, a fim de lhes dar o evangelho (v. 9)

(5) Viviam de modo justo e irrepreensível diante dos tessalonicenses, exortando-os e corrigindo-os, como faria qualquer bom pai (vv. 10-12).

2.10 JUSTA E IRREPREENSIVELMENTE NOS HOUVEMOS. Paulo não aceita o conceito errôneo de um "cristianismo pecaminoso", o qual propala que a salvação provida por Cristo e seu sangue expiador não são suficientes para nos salvar do cativeiro e do poder do pecado. Essa doutrina antibíblica afirma que todos os cristãos devem pressupor que pecarão contra Deus todos os dias, por palavras e obras no decurso de toda a sua vida. Refutando a doutrina supra, (1) Paulo afirma, no tocante à sua própria conduta entre os tessalonicenses, que ele se comportara "santa, justa e irrepreensivelmente". (2) Paulo conclamou tanto a igreja quanto o próprio Deus como testemunhas de que a graça suficiente de Deus em Cristo o capacitara a purificar-se "de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (2 Co 7.1; cf. 2 Co 1.12; 2.17; 6.3-10; 1 Ts 1.5; 2 Tm 1.3).

2.16 A IRA DE DEUS CAIU SOBRE ELES. Paulo censura os judeus que se opõem ao evangelho (vv. 14-16) e fala da ira de Deus que já paira sobre eles. Essa ira inclui a entrega dos judeus, já endurecidos, à cegueira e a uma mentalidade reprovável (cf. Rm 1.21), e o futuro derramamento da sua ira, conforme Cristo predissera (Mt 21.43; 23.38; 24.15-28; Lc 21.5-24; 23.27-31).

2.18 MAS SATANÁS NO-LO IMPEDIU. Os esforços missionários de Paulo foram, às vezes, frustrados por Satanás. A verdade bíblica a respeito da oposição de Satanás aos crentes fiéis inclui o seguinte:

(1) Satanás recebe de Deus permissão para guerrear contra nós e estorvar-nos na realização daquilo que realmente desejam fazer por Cristo (Ef 6.11,12; cf. Dn 10.13,20,21; Zc 3.1; Mt 4.1-10).

(2) O poder de Satanás está sujeito, porém, à soberania divina (Jó 1.9-12; 2.6; ver 1.12 nota). Deus pode suplantar as atividades de Satanás e mudá-las em benefício do reino de Deus (2 Co 12.7-9).

(3) Atividades de Satanás pode ser vencida mediante as orações dos santos, o sangue do Cordeiro, a palavra do nosso testemunho e nosso leal amor a Deus (cf. Ap 12.11). Logo, a oposição de Satanás não é algo permanente (cf. 3.11). Com esse propósito, devemos orar diariamente pelo livramento dos seus ardis e do seu poder (ver 3.5 nota; Mt 4.10, nota sobre Satanás; 6.13; Ef 6.12 nota; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

 

 

 

 

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NOTAS DE 1ª TESSALONICENSES 3º

3.3 TRIBULAÇÕES. Os seguidores de Cristo não devem considerar a tribulação, a perseguição e a aflição coisas estranhas à vida cristã.

(1) Os crentes verdadeiros, que rejeitam as características prevalecentes no meio onde vivem, sofrerão tribulação (v. 4; cf. At 14.22; Rm 8.18; 2 Tm 3.12; Mt 5.10 nota).

(2) Essas tribulações não devem ser identificadas com o derramamento da ira de Deus sobre os ímpios nos tempos do fim (5.9; Mt 24.21; 2 Ts 1.6; Ap 3.10 nota).

3.5 O TENTADOR VOS TENTASSE. Esta é a segunda vez que Paulo se refere nesta epístola à atividade de Satanás (cf. 2.18). Paulo acreditava firmemente em Satanás e no mundo dos espíritos malignos (Ef 2.2; 2 Ts 2.9), da mesma forma que Jesus Cristo (Mt 13.39; Mc 3.14,15; 4.15; Lc 4.1-13,33-41).Hoje em dia, muitos já não acreditam num Satanás pessoal. Igrejas há em que ele não é mencionado diretamente nem confrontado. O diabo nos tenta a acreditar que ele já não é um inimigo real que aprisiona as pessoas, e que já não precisamos expulsar os espíritos malignos, conforme fazia Jesus e os crentes do NT. Muitas igrejas não sentem necessidade de enfrentar Satanás diretamente com o poder do reino de Cristo (ver Mt 4.10, nota sobre Satanás; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

3.13 IRREPREENSÍVEIS EM SANTIDADE... NA VINDA DE NOSSO SENHOR. Paulo freqüentemente orava pensando na volta de Cristo (cf. Fp 1.10). Considerava que seria uma tragédia se, na volta do Senhor, alguns da igreja fossem surpreendidos vivendo em pecado ou indiferentes. Jesus salientou esse mesmo interesse (Mt 24.42-51; 25.1-13). À luz da volta de Cristo, o padrão bíblico é estarmos "irrepreensíveis em santidade". Devemos ser sincera e totalmente dedicados ao Senhor e separados de tudo quanto o ofende. O termo "com todos os seus santos" se refere aos crentes fiéis que já morreram, e que agora estão com o Senhor no céu (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

 

 

 

 

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NOTAS DE 1ª TESSALONICENSES 4º

4.3 ESTA É A VONTADE DE DEUS. Embora vivessem numa sociedade onde o pecado sexual era comum e aceitável, os apóstolos não transigiam com a verdade e a santidade de Deus. Não rebaixaram os padrões morais para acomodá-los às idéias e tendências daquela sociedade. Sempre que se deparavam com baixo padrões morais em alguma igreja (cf. Ap 2.14,15,20), repreendiam-na e procuravam corrigi-la. Considerando padrões a baixa moralidade que prevalece em nossos dias, precisamos de dirigentes do tipo dos apóstolos, para conclamar a igreja a obedecer aos padrões divinos de retidão

4.3-7 QUE VOS ABSTENHAIS DA PROSTITUIÇÃO. Deus determina para todos os crentes normas elevadas de pureza e santidade concernentes a assuntos sexuais (para um estudo deste assunto, ver o estudo PADRÕES DA MORALIDADE SEXUAL).

4.6 NINGUÉM... ENGANE A SEU IRMÃO. A imoralidade sexual de de um cônjuge prejudica o outro, seja ele crente ou não. "Enganar" (gr. pleonokteo) significa "ultrapassar o certo", "transgredir", "exceder". Todo tipo de relacionamento sexual fora do casamento, além de pecaminoso, constitui terrível ato de injustiça contra a outra pessoa. O adultério viola os direitos do outro cônjuge. Intimidades sexuais antes do casamento arruínam a santidade e a castidade estabelecidas por Deus para o gênero humano. Destroem a pureza e a virgindade, que devem ser conservadas para o casamento.

4.8 NÃO DESPREZA AO HOMEM, MAS, SIM, A DEUS. Aqueles que rejeitam a instrução do apóstolo sobre santificação e pureza estão rejeitando a Deus.

(1) Desconsiderar a admoestação de Paulo é resistir deliberadamente ao Espírito Santo e à pureza que Ele deseja. Deus julgará e castigará membros da igreja que se dão ao relaxamento moral para satisfação de sua própria lascívia (v. 6; Hb 13.4).

(2) Todos os que, no mundo ou dentro da igreja, rejeitam a verdade e têm "prazer na iniqüidade" (ver 2 Ts 2.12 nota) serão abandonados por Cristo quando os crentes fiéis forem arrebatados para "encontrar o Senhor nos ares" (v. 17; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Sofrerão destruição (5.3), ira (5.9), castigo (2 Ts 1.8) e condenação (2 Ts 1.9; 2.12), quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, para julgar todos os que "não obedecem ao evangelho" (2 Ts 1.7,8)

4.13 ACERCA DOS QUE JÁ DORMEM. Esta expressão refere-se aos crentes que já tinham morrido e cujas almas estavam no céu; não significa que os mortos estejam inconscientes, como num tipo de sono da alma (cf. Fp 1.21 nota).
Os tessalonicenses não compreendiam o nexo entre a ressurreição dos cristãos falecidos e o arrebatamento dos vivos (ver Jo 14.3 nota). Ao que parece, eles acreditavam que os mortos ressuscitaria, mas muitos depois da vinda de Cristo (vv. 16, 17). Paulo lhes informa que os mortos em Cristo ressuscitarão na mesma ocasião em que o Senhor voltar para buscar a sua igreja (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

4.14-18 A VINDA DO SENHOR. O evento descrito por Paulo nestes versículos é freqüentemente chamado "o arrebatamento da igreja". Para um exame desse evento futuro, ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA

4.18 CONSOLAI-VOS UNS AOS OUTROS. Paulo inspira esperança nos tessalonicenses, não lhes dizendo que se preparem para o martírio durante o período do "Dia do Senhor" (5.2-10), i.e., a tribulação (Ap 6.19), mas mediante a mensagem sobre o arrebatamento (vv. 14-17; Jo 14.3 nota; 1 Co 15.51-58; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Mediante o conhecimento dessa doutrina, poderão consolar uns aos outros.

 


 

 

 

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NOTAS DE 1ª TESSALONICENSES 5º

5.1 DOS TEMPOS E DAS ESTAÇÕES. Tendo falado a respeito da volta de Cristo a fim de arrebatar os seus seguidores (v.v. 13-18), Paulo agora passa ao assunto do derradeiro juízo divino contra os que rejeitaram a salvação em Cristo, nesse tempo terrível chamado "o Dia do Senhor" (5. 2). O arrebatamento dos crentes (v. 17) deve ser simultâneo com o início do "Dia do Senhor", para que a volta de Cristo seja iminente e inesperada, como Ele ensinou (ver Mt 24.42,44 notas).


5.2 O DIA DO SENHOR. O "Dia do Senhor" refere-se, normalmente, não a um dia de 24 horas, mas a um extenso período de tempo durante o qual os inimigos de Deus são derrotados (Is 2.12-21; 13.9-16; 34.1-4; Jr 46.10; Jl 1.15-2.11,28; 3.9,12-17; Am 5.18-20; Zc 14.1-3), vindo a seguir o reino terrestre de Cristo (Sf 3.14-17; Ap 20.4-7).

(1) Esse "Dia" começa quando o juízo e tribulação divinos e diretos, caírem sobre o mundo, no fim desta era (v. 3). O período da tribulação está incluso no "Dia do Senhor" (Ap 6.19; ver 6.1 nota). Essa ira de Deus culmina com a vinda de Cristo para destruir todos os ímpios (Jl 3.14; ver Ap 16.16 nota; 19.11-2.1).

(2) Segundo parece, o Dia do Senhor começa num momento em que as pessoas estão confiantes na paz e na segurança (v. 3).

(3) O "Dia" não surpreenderá os crentes como um ladrão de noite, porque eles foram destinados à salvação, e não à ira, e estão alertas, espiritualmente vigilantes e vivendo na fé, no amor e na justiça (vv. 4-9).

(4) Os crentes serão livres da "ira futura" (1.10 nota) pelo Senhor Jesus Cristo (v. 9), quando Ele vier nas nuvens para arrebatar sua igreja e levá-la ao céu (cf. 4.17; ver Jo 14.3 nota; Ap 3.10 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA).

(5) O Dia do Senhor terminará depois do reino milenar de Cristo (Ap 20.4-10), na ocasião da criação do novo céu e da nova terra (cf. 2 Pe 3.13; Ap 21.1)

5.2 COMO O LADRÃO DE NOITE. A metáfora sobre o ladrão de noite significa que o tempo do início do Dia do Senhor é incerto e imprevisto. Não há maneira de prever a sua data (ver Mt 24.42-44, notas sobre o ensino do Senhor a respeito do tempo inesperado da sua vinda para buscar a igreja).

5.3 PAZ E SEGURANÇA. São os incrédulos que estarão dizendo: "Há paz e segurança". Isso talvez signifique que o mundo estará numa expectativa e esperança de paz. O "Dia do Senhor", trazendo tribulação mundial, lhes sobrevirá repentinamente, destruindo qualquer esperança de paz e segurança.

5.4 VÓS, IRMÃOS, JÁ NÃO ESTAIS EM TREVAS. Os crentes não vivem em pecado e rebelião contra Deus. Pertencem ao dia, e não experimentarão a noite da ira determinada por Deus (vv. 8,9; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

5.6 VIGIEMOS. "Vigiar" (gr. gregoreo) significa "manter-se acordado e alerta". O contexto (vv. 4-9) indica que Paulo não está exortando seus leitores a ficarem à espera do "Dia do Senhor" (v. 2), mas a estarem espiritualmente preparados para escapar da ira do Dia do Senhor (cf. 2.11,12; Lc 21.34-36).

(1) Se quisermos escapar da ira de Deus (v. 3), devemos permanecer espiritualmente acordados e moralmente alertas, e devemos continuar na fé, no amor e na esperança da salvação (vv. 8,9; ver Lc 21.36 nota; Ef 6.11 nota).

(2) Visto que os fiéis serão protegidos da ira de Deus, por meio do arrebatamento (ver v. 2 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), não devem temer o "Dia do Senhor", mas "esperar dos céus a seu Filho... Jesus, que nos livra da ira futura" (1.10)

5.6 SEJAMOS SÓBRIOS. A palavra "sóbrio" (gr. nepho) tinha dois significados nos tempos do NT.

(1) O significado primário e literal, conforme explicam vários léxicos do grego, é "um estado de abstinência de vinho", "não beber vinho",
"abster-se de vinho", "estar totalmente livre dos efeitos do vinho" ou "estar sóbrio, abstinente de vinho". A palavra tem um segundo sentido, metafórico, de alerta, vigilância ou domínio próprio, i.e., estar espiritualmente alerta e controlado, exatamente como alguém que não toma bebida alcoólica.

(2) O contexto deste versículo deixa ver que Paulo tinha em mente o significado literal. As palavras "vigiemos e sejamos sóbrios" são contrastadas com as palavras do versículo seguinte: "os que se embebedam embebedam-se de noite" (v. 7). Sendo assim, o contraste que Paulo fez entre nepho e a embriaguez física indica que ele tinha em mente o sentido literal: "abstinência do vinho". Compare com a declaração de Jesus a respeito dos que comem e bebem com os ébrios, e assim são apanhados desprevenidos na sua volta (Mt 24.48-51).

5.9 DEUS NÃO NOS DESTINOU PARA A IRA. Uma razão por que a esperança da volta de Cristo é tão grande consolo para os crentes (4.17,18) é que Ele nos livra da terrível ira de Deus, i.e., os juízos do Dia do Senhor (vv. 2,3; cf. Ap 6.16,17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).

5.10 VIVAMOS JUNTAMENTE COM ELE. Paulo identifica nosso livramento do dia da ira de Deus, bem como nossa esperança da salvação, com a morte sacrificial de Cristo e seu retorno para nos levar à vida eterna juntamente com Ele.

5.17 ORAI SEM CESSAR. Isso significa permanecer na presença do Pai, pedindo continuamente sua graça e bênção. "Sem cessar" não significa estar constantemente repetindo orações formais. Pelo contrário, implica em orações de todos os tipos, que vêm ao nosso espírito em todas as ocasiões, durante o dia (Lc 18.1; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18).

5.19,20 NÃO EXTINGAIS O ESPÍRITO.

(1) Paulo compara o extinguir o fogo do Espírito com o desprezo e rejeição às manifestações sobrenaturais do Espírito Santo, tais como a profecia (vv. 19,20). Reprimir ou rejeitar o uso correto e ordenado da profecia, ou de outros dons espirituais, resultará na perda em geral da manifestação do Espírito (1 Co 12.7-10,28-30). O ministério do Espírito Santo a favor dos crentes é descrito em Jo 14.26; 15.26,27; 16.13,14; At 1.8; 13.2; Rm 8.4,11,16,26; 1 Co 2.9-14; 12.1-11; Gl 5.22-25.

(2) Estes dois versículos mostram com clareza que outras igrejas tinham em seu meio a manifestação de dons espirituais nos cultos de oração. Note-se bem que as mensagens proféticas não desprezadas, mas também aceitas após exame cuidadoso (v. 21; ver 1 Co 14.29 nota).

5.23 VOS SANTIFIQUE EM TUDO. A oração final de Paulo em favor dos crentes tessalonicenses é que sejam santificados. Para um melhor exame do assunto, ver o estudo A SANTIFICAÇÃO
 

 

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