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Esboço de LEVÍTICO
I. O Caminho para Deus: A Expiação (1.1—16.34)
A. Através dos Sacrifícios (1.1—7.38)
1. O Holocausto (1.1-17)
2. A Oferta de Manjares (2.1-16)
3. O Sacrifício Pacífico (3.1-17)
4. A Oferta pelo Pecado Não Intencional (4.1—5.13)
5. A Oferta pela Culpa (5.14—6.7)
6. O Holocausto Contínuo e as Ofertas dos Sacerdotes (6.8-23)
7. A Disposição da Vítima na Oferta pelo Pecado, na Oferta pela Culpa, e no
Sacrifício Pacífico (6.24—7.27)
8. A Oferta Alçada e o Resumo das Ofertas (7.28-38)
B. Através da Intercessão Sacerdotal (8.1—10.20)
C. Através das Leis da Purificação (11.1—15.33)
D. Através do Dia Anual da Expiação (16.1-34)
II. Requisito para o Andar Diante de Deus: a Santidade (17.1—27.34)
A. Santidade Através da Revelação do Sangue (17.1-16)
B. Santidade Através dos Padrões Morais (18.1—22.33)
C. Santidade Através da Adoração Normal (23.1—24.23)
D. Santidade Através das Leis da Reparação, da Obediência e da Consagração
(25.1—27.34)
Autor:
Moisés
Tema:
Santidade
Data:
Cerca de 1445-1405 a.C.
Considerações Preliminares
Levítico está estreitamente ligado ao livro de Êxodo. Êxodo registra como os
israelitas foram libertos do Egito, receberam a lei de Deus, e construíram o
Tabernáculo segundo o modelo determinado por Deus; termina quando o Santo
vem habitar no Tabernáculo recém-construído (Ex 40.34). Levítico contém as leis
que Deus deu a Moisés durante os dois meses entre o término do Tabernáculo (Ex
40.17) e a partida de Israel do monte Sinai (Nm 10.11). O título
“Levítico” deriva, não da Bíblia hebraica, mas das versões em grego e latim.
Esse título poderia levar alguém a julgar que o livro trata somente do
sacerdócio levítico. O caso é diferente, pois boa parte do livro relaciona-se
com todo
o Israel.
Levítico é o terceiro livro de Moisés. Mais de cinqüenta vezes, o livro declara
que seu conteúdo encerra as palavras e a revelação que Deus deu diretamente a
Moisés para Israel, as quais, Moisés, a seguir, reduziu à forma escrita.
Jesus faz referência a um trecho de Levítico e o atribui a Moisés (Mc 1.44). O
apóstolo Paulo refere-se a um trecho deste livro ao afirmar “Moisés descreve...
dizendo...” (Rm 10.5). Os críticos que atribuem Levítico a um escritor
sacerdotal de época muito posterior, rejeitam a autenticidade do testemunho
bíblico (ver a introdução a Êxodo).
Propósito
Levítico foi escrito para instruir os israelitas e seus mediadores sacerdotais
acerca do seu acesso a Deus por meio do sangue expiador e para expor o padrão
divino da vida santa que deve ter o povo escolhido de Deus.
Visão Panorâmica
Dois temas muito importantes sobressaem em Levítico: a expiação e a santidade.
(A) Os caps. 1—16 contêm o provimento de Deus para a redenção do pecado e para
desfazer a separação entre Deus e a humanidade, em
conseqüência do pecado. O substantivo“expiação” (hb. kaphar) ocorre cerca de
quarenta e oito vezes em Levítico. O seu significado básico é “cobrir, prover
uma cobertura”. Os sacrifícios vicários do AT (1—7) cobriam
temporariamente o pecado, mediante o sangue (cf. Hb 10.4), até o dia em que
Jesus Cristo morresse como o sacrifício perfeito para “tirar o pecado do mundo”
(cf. Jo 1.29; Rm 3.25; Hb 10.11,12). Os sacerdotes levíticos (8—10)
prenunciam o ministério de mediador de Cristo, enquanto que o dia anual da
expiação (cap. 16) prenuncia a sua crucificação. (B) Os caps. 17—27 apresentam
uma série de normas práticas, pelas quais Deus chamava o seu povo à
pureza e à vida santa. O mandamento reiterado por Deus é: “Santos sereis, porque
eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (19.2; 20.7, 26). Os termos hebraicos que
significam “santo” ocorrem mais de cem vezes em Levítico, e,
quando aplicados ao ser humano, falam de pureza e de obediência. A santidade é
vista nas cerimônias (cap. 17) e na adoração (23—25), mas principalmente nos
eventos da vida diária (18—22). Levítico termina com uma
admoestação por Moisés (cap. 26) e com instruções a respeito de certos votos
especiais (cap. 27).
Características Especiais
Quatro características assinalam Levítico. (1) A revelação divina, no sentido da
palavra direta da parte de Deus, é mais patente em Levítico do que em qualquer
outro livro da Bíblia. Nada menos que trinta e oito vezes, o livro de
Levítico declara expressamente que o Senhor falou a Moisés. (2) O livro dá
instruções detalhadas sobre os diversos sacrifícios e a expiação vicária. (3) O
cap. 16 é o principal da Bíblia no detalhamento do Dia da Expiação. (4)
Levítico ressalta o fato de que o povo de Israel devia cumprir sua vocação
sacerdotal, vivendo em pureza moral e espiritual, separado doutras nações e
obediente a Deus.
O Livro de Levítico e Seu Cumprimento no NT
Devido à ênfase redobrada à expiação pelo sangue e à santidade, Levítico tem
relevância permanente para os crentes do novo concerto. O NT ensina que o sangue
expiador de animais sacrificiais, realçado em Levítico, era “a
sombra dos bens futuros” (Hb 10.1) a indicar o sacrifício, uma vez para sempre,
de Cristo, pelo pecado (Hb 9.12). O mandamento bíblico para que o crente seja
santo pode ser perfeitamente cumprido pelo crente do novo concerto,
através do sangue precioso de Cristo; a chamada do crente é para que ele seja
santo em todas as áreas da sua vida (1 Pe 1.15). O segundo grande mandamento,
conforme Jesus o definiu, deriva de Lv 19.18: “Amarás o teu próximo
como a ti mesmo” (Mt 22.39).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 1º
1.2 OFERECER OFERTA. O termo "oferta" (heb. corban) é cognato do verbo que significa "aproximar-se". Portanto, o sacrifício era uma dádiva que o israelita fiel trazia a Deus, a fim de poder aproximar-se dEle e desfrutar da sua comunhão e bênção (cf. Sl 73.28).
(1) Cinco ofertas são descritas nos caps. 1-7: o holocausto (1.3-17), a oferta de manjares, i.e., de cereais (2.1-16), a oferta pacífica (3.1-17), a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa (5.14-6.7; 7.1-7).
(2) Os adoradores apresentavam ofertas com a finalidade de expressarem gratidão e fé, de renovarem a comunhão, de aprofundarem a sua dedicação ao Senhor, ou de pedirem perdão. As ofertas eram realmente orações em forma de atos (cf. Sl 116.17; Os 14.2; Hb 13.15).
(3) Em muitos casos, a oferta envolvia um sacrifício, i.e., era ceifada a vida de um animal (ver 9.8 nota).
(4) Essas ofertas ensinavam a Israel que:
(a) o ser humano é basicamente pecaminoso, cujos pecados merecem a morte;
(b) sem derramamento de sangue não há perdão (17.11; Hb 9.22);
(c) a expiação pelo pecado precisa ser feita mediante substituição (v. 4; 17.11);
(d) a santidade de Deus deve regular e dirigir todas as áreas da vida humana (cf. 10.3); e
(e) Deus quer ser gracioso, perdoar e ter comunhão com homens e mulheres (Êx 34.6,7).
(5) Para que a oferta fosse aceita por Deus, devia haver, da parte do ofertante, arrependimento genuíno, do profundo do coração e uma sincera resolução de viver uma vida de bondade e de retidão (23.27-29; Is 1.11-17; Mq 6.6-8).
1.3 HOLOCAUSTO. O termo hebraico traduzido por
"holocausto" significa "aquilo que sobe" para Deus. O sacrifício era totalmente
queimado, o que significa que a total consagração do crente a Deus é essencial à
adoração verdadeira. Ao mesmo tempo, esse sacrifício abrangia o perdão do pecado
(v. 4), o que realçava o fato de que antes dos adoradores poderem dedicar-se a
Deus, tinham que estar purificados do pecado (cf. Mt 5.23,24). Segundo o
escritor de Hebreus, Jesus é o cumprimento cabal do holocausto (Hb 10.5-10).
1.4 PORÁ A SUA MÃO. O israelita que sacrificava um
animal curvava-se sobre este, para significar assim que ele se identificava com
o referido animal que estava tomando o seu lugar. Esse ato exprimia a idéia de
substituição (cf. 16.21,22; 24.14). Quando o animal morria, era como se a pessoa
que o trouxera também morresse, no entanto permanecia viva para servir a Deus.
De modo semelhante, o cristão confia-se a Cristo e une-se a Ele na sua morte (Rm
6.3-11; cf. 2 Co 5.21; Cl 3.3; Hb 9.14). Ele é conclamado, portanto, a viver
como se ressurreto dentre os mortos e a apresentar-se como sacrifício vivo a
Deus (Rm 12.1; Hb 13.15).
1.5 DEGOLARÁ O BEZERRO. Ver 9.8 nota.
1.9 DE CHEIRO SUAVE AO SENHOR. Deus muito se
agradava do sacrifício que o crente oferecia com fé obediente. Paulo aplica esta
expressão, tanto ao sacrifício de Cristo (Ef 5.2) como às boas ações dos crentes
(Fp 4.18; cf. Hb 13.16).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 2º
2.1 OFERTA DE MANJARES. A oferta de manjares (ou, melhor, de cereais) era uma dádiva apresentada a Deus como ato de adoração, e que simbolizava a dedicação a Deus, do fruto do trabalho da pessoa. Subentendia que todo o trabalho humano devia ser feito como para o Senhor, e que nosso alimento cotidiano deve ser recebido com ações de graças a Ele (cf. 1 Co 10.31; ver Cl 3.23 nota).
2.11 NENHUM FERMENTO, NEM DE MEL. Não podiam ser
oferecidos no altar porque eram usados para fomentar a fermentação. A
fermentação envolve alteração, decomposição ou deterioração e, geralmente,
simboliza o mal (ver Êx 13.7 nota).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 3º
3.1 SACRIFÍCIO PACÍFICO. O sacrifício pacífico era efetuado diante de Deus, no sentido do ofertante ter comunhão com Ele, expressar gratidão (7.11-15; 22.29) ou fazer um voto (7.16).
(1) Para o ofertante, envolvia um compromisso com o concerto e celebrava a paz e a reconciliação entre Deus e o adorador. (2) Essa oferta prenuncia a paz e a comunhão que o crente tem com Deus e com os irmãos na fé, tendo por base a morte de Cristo na cruz (cf. Cl 1.20; 1Jo 1.3). Prenuncia ainda a nossa comunhão plena, quando todos nos assentarmos com Deus no seu reino (Sl 22.26; Lc 14.15; Ap 19.6-10).
3.17 NENHUMA GORDURA, NEM SANGUE. Esses dois
elementos são imprescindíveis à vida (ver 17.11 nota). Daí, representarem a vida
da vítima oferecida em sacrificio; vida esta que pertencia exclusivamente a Deus
(cf. v. 16).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 4º
4.3 POR EXPIAÇÃO DO PECADO. Deus requeria o sacrifício pelo pecado cometido por ignorância, fraqueza ou involuntariamente (v. 2), para que o perdão fosse concedido. Pecados deliberados e insolentes, por outro lado, eram punidos com a pena de morte (Nm 15.30,31; Hb 10.28). Um sacrifício pela culpa, semelhante ao sacrifício pelo pecado, foi provido para quem cometesse pecado ou dano passível de plena restituição (6.2-6; ver 5.15 nota). O sacrifício pelo pecado era também necessário à purificação ritual (12.6-8; 14.13-17; Nm 6.11).
(1) O sacrifício pelo pecado prefigura a morte expiatória de Cristo e o fato de Ele tomar sobre si o castigo dos nossos pecados. A eficácia da sua morte, porém, foi infinitamente mais perfeita do que o sacrifício pelo pecado do AT, pois que num só ato proveu uma expiação única por todos os pecados (Is 53; 2 Co 5.21; Ef 1.7; Hb 9.11,12; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO.
(2) Nós, crentes do NT, precisamos continuamente do sangue de Cristo para expiar nossos erros, fraquezas e falhas involuntárias que decorrem da fragilidade da natureza humana (Sl 19.12). Os pecados oriundos de uma atitude rebelde e deliberada contra Deus e à sua Palavra, no entanto, resultarão em juízo e morte espiritual, a menos que confessemos e nos arrependamos deles mediante uma fé renovada na expiação efetuada por Cristo (Hb 2.3; 10.26,31; 2 Pe 2.20,21).
4.12 FORA DO ARRAIAL. Queimar o animal oferecido em
sacrifício, "fora do arraial" simbolizava a remoção total do pecado. O NT
relaciona esse fato com o padecimento de Jesus fora da porta (i.e., fora de
Jerusalém), a fim de santificar o seu povo por meio do seu próprio sangue (cf.
Jo 19.17,18; Hb 13.10-13). O cristão também é conclamado assim: "Saiamos, pois,
a ele fora do arraial" (i.e., deixando para trás os prazeres pecaminosos deste
mundo), a fim de buscar uma cidade celestial e de oferecer sacrifício de louvor
e de gratidão a Deus (ver Hb 13.13 nota).
*
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 5º
5.5 CONFESSARÁ. Confessar é reconhecer diante de Deus os nossos pecados, i.e., nossos pensamentos, palavras e obras pecaminosos. Deus requer a confissão do pecado para conceder-nos o perdão (Os 5.15; 1Jo 1.9). A confissão sempre deve ser seguida do abandono do pecado confessado (Pv 28.13; Dn 9.3-19; Mc 1.5), da oração suplicando perdão (Sl 38.18; 51.1) e da humilhação de si mesmo, consciente do julgamento divino (Ne 9.33; Lc 23.41). Ver Lc 15.11-24 para um exemplo da verdadeira confissão e perdão, na história do filho pródigo (cf. At 19.18; Tg 5.16).
5.11 FLOR DE FARINHA, PARA EXPIAÇÃO DO PECADO. O
derramamento do sangue no sacrifício pelo pecado era importante por tipificar a
morte de Jesus e o derramamento do seu sangue na cruz, para a expiação dos
nossos pecados. Mas o que ocorria aos que, por serem tão pobres, não podiam
adquirir um cabrito ou um cordeiro para o seu sacrifício? Deus requeria que
eles, também, confessassem os seus pecados, trouxessem uma oferta e buscassem o
seu perdão. Daí, Ele estipular que tais pessoas podiam trazer como sacrifício
rolas ou pombinhos, ao invés de cabritos ou cordeiros. Se fossem tão pobres, ao
ponto de não poderem fazer isso, podiam trazer um pouco de farinha fina, e Deus
a aceitaria como sacrifício pelo pecado (cf. "quase" em Hb 9.22; ver também Hb
10.1-10). Note que o sacrifício de Cristo no Calvário é o único que realmente
pode remover o pecado (Hb 10.4,12,14).
5.15 PARA EXPIAÇÃO DA CULPA. O sacrifício pela
culpa era requerido quando alguém, de propósito ou não, apoderava-se de
propriedade alheia (cf. 5.14-6.7; Js 7.1; 22.20). Era necessário trazer uma
oferenda, juntamente com o valor da indenização pelo dano causado, mais uma taxa
de vinte e cinco por cento sobre o valor (v. 16; 6.5). Essa oferenda também era
requerida quando alguém, involuntariamente, violava qualquer dos mandamentos do
Senhor (v. 17).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 7º
7.2 SANGUE... SOBRE O ALTAR. No NT, as formas ritualizadas de adoracão eram um meio de comunicação entre Deus e o seu povo. Eram orações encenadas, expressando o arrependimento do povo e sua busca de perdão e reconciliação com Deus. Expressavam, também, a gratidão dos israelitas e sua dedicação a Deus. Da parte de Deus, eram uma forma de expressão visualizada das divinas promessas, advertências e ensinos, revelando a atitude de Deus para com seu povo, e aquilo que Ele esperava da parte deles (ver 1.2 nota).
7.13 PÃO LEVEDADO. O pão levedado podia ser usado
com a oferta pacífica, porque esta não era colocada no altar (cf. 2.11 nota).
7.20 IMUNDÍCIA... EXTIRPADA. Quem estivesse
cerimonialmente impuro e neste estado participasse dos sacrifícios e oferendas
estava sujeito a severo julgamento divino. Essa regra destinava-se a mostrar ao
povo quão abominável era a pessoa julgar-se estar em retidão diante de Deus,
mediante o concerto, mas que deliberada e conscientemente se envolvia com o
pecado. Ver 1 Co 11.27-30, onde Paulo adverte que todos aqueles que participam
da Ceia do Senhor indignamente estão sujeitos à ira e juízo de Deus.
7.30 OFERTA MOVIDA. A "oferta movida" era a porção
do sacrifício pacífico que pertencia aos sacerdotes. Era movida em direção ao
santuário como sinal de sua dedicação a Deus e, a seguir, movida em direção ao
ofertante ou sacerdote, indicando que o Senhor agora punha a dita oferta à
disposição dele.
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 8º
8.2 ARÃO, E A SEUS FILHOS. O cap. 8 descreve a ordenação de Arão e seus filhos ao sacerdócio. No AT, o adorador que se aproximava de Deus precisava, não somente de uma oferenda (caps. 1-7), como também da mediação de um sacerdote (cf. 1 Tm 2.5). O sacerdócio levítico, aqui descrito, tem seu cumprimento em Jesus Cristo, o sumo sacerdote do crente (Hb 2.17).
(1) O sacerdote era nomeado em favor do povo, como mediador entre Deus e o homem (Hb 5.1). Seu propósito era ajudar os homens e mulheres a se aproximarem de Deus e conduzi-los ao perdão e à salvação (Hb 7.24,25; 10.14).
(2) O sacerdote mediava entre o povo e Deus, mediante oferendas e sacrifícios, e o ensino da lei de Deus (Dt 33.8-10; Hb 5.1; 8.3; 9.7,13).
(3) Segundo o novo concerto, o ofício sacerdotal humano já não tem lugar; o NT não inclui nenhum ministério sacerdotal em relação aos dons ministeriais entre os crentes (cf. Ef 4.11). Jesus Cristo é agora o sumo sacerdote do novo concerto (Hb 9.15-20), e substitui o sacerdócio imperfeito do AT. Ele é um sacerdote perfeito para "sempre" (cf. 1 Tm 2.5; Hb 7.25; 9.23-28; ver 2.17 nota; ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO)
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 9º
9.8 DEGOLOU O BEZERRO. Deus instituiu o sacrifício de animais como uma ordenança, pela qual o pecador pudesse aproximar-se dEle, com arrepedimento e fé, e deste modo experimentar o perdão, a salvação e a comunhão da parte dEle.
(1) O sacrifício do animal era uma lição objetiva indicando o princípio do sacrifício e da expiação vicários. A vida do animal inocente era oferecida em lugar do adorador pecaminoso e culpado (ver 1.4 nota).
(2) O sacrifício expressava o arrependimento da pessoa e, se constituía tanto em confissão do pecado, quanto em reconhecimento da necessidade de purificação e de redenção (16.30-34; ver 1.2 nota).
(3) Quando um sacrifício era oferecido com fé e obediência, Deus se aprazia no ato do adorador e, deste modo, outorgava ao penitente a graça e o perdão almejados (4.3,20; 5.15,16).
(4) O sacrifício provia a expiação "cobrindo" o pecado (ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO).
(5) Note que, sob a perspectiva do NT, os sacrifícios de animais eram
imperfeitos por não poderem levar os adoradores à maturidade na fé e à
obediência, que hoje estão disponíveis ao crente do novo concerto (Hb 10.1-4). A
ordenança do sacrifício era um prenúncio ou sumário preliminar do "único
sacrifício pelos pecados", efetuado quando Jesus Cristo ofereceu o seu corpo uma
única vez e para sempre (Hb 10.12)
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 10º
10.1 FOGO ESTRANHO. Nadabe e Abiú puseram nos seus incensários (i.e., queimador de incenso) carvões em brasa de fonte estranha (Êx 30.7-9). Além disso, oferecer incenso no altar tinha que ser feito exclusivamente pelo sumo sacerdote (Êx 30.7-9; Lv 16.11-13). Alguns intérpretes sugerem que Nadabe e Abiú fizeram isso sob o efeito de bebida alcoólica (vv. 9,10).
10.2 SAIU FOGO... E OS CONSUMIU. Nadabe a Abiú
foram mortos porque, como sacerdotes, rebelaram-se contra Deus e sua lei, em
atitude de desafio, e assim profanaram o santuário (v. 3).
(1) Tinham sido claramente proibidos de oferecer "fogo estranho" diante do Senhor (ver a nota anterior; cf. Êx 30.9,10). Agindo assim, eles que deveriam ensinar a lei de Deus, negaram-se a levar a sério os seus mandamentos. Declaravam-se ministros santos de Deus e, no entanto, estavam servindo aos seus próprios interesses, sem qualquer temor de Deus em suas vidas.
(2) Esses dois homens eram líderes do povo de Deus. Quando os ministros de Deus ostensivamente cometem pecado, isso atinge grandemente a excelsa dignidade de Deus e o seu propósito redentor na terra. Tais delitos profanam a Igreja e a totalidade do povo de Deus e desonram o nome do Senhor. Por essa razão, a Bíblia ensina que somente aqueles que levam uma vida cristã de perseverança na fidelidade a Deus e à sua Palavra podem ser escolhidos como dirigentes do povo de Deus (ver 1 Tm 3.1-7; ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
10.9 VINHO... NÃO BEBEREIS. A abstinência do vinho
embriagante era uma exigência para todos os sacerdotes no desempenho de seus
deveres religiosos.
(1) Esperava-se deles que fossem vasos santos diante de Deus e das pessoas, às quais deviam solenemente ensinar o caminho de Deus (vv. 10,11; ver Ef 5.18 notas).
(2) A violação deste preceito da abstinência era tão grave que acarretava a pena de morte. A lição é clara Deus considerava qualquer quantidade de bebida embriagante incompatível com seus elevados padrões de piedade, e com o sábio discernimento, e sensibilidade para com a liderança do Espírito Santo (ver Pv 23.29-35; 1 Tm 3.3 nota; Tt 2.2 nota).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 11º
11.44 SEREIS SANTOS. As instruções no tocante ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11) foram dadas, segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt 14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17; 15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes nessas instruções continuam válidos hoje.
(1) O cristão hodierno deve diferir da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15).
(2) A ênfase nos detalhes à pureza cerimonial ressaltava a necessidade da
separação moral do povo de Deus, em pensamento e obras, em relação ao mundo ao
seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1; ver o estudo
A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).
Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1 Co
10.31)
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 12º
12.2 TIVER UM VARÃO, SERÁ IMUNDA. A paternidade/maternidade é da vontade de Deus para o casal e pode ser uma das maiores alegrias da vida (Gn 1.28; 9.1; Sl 127.3; 128.3). Todavia, os fluídos expelidos no parto eram declarados impuros (cf. 15.16-19; Êx 19.15; ver a nota seguinte) e apontavam para os resultados da queda da raça humana (ver Gn 3.15 nota).
(1) A criança já nasce com a natureza pecaminosa (ver 1 Jo 1.8 nota). As palavras do salmista em Sl 51.5 referem-se a isso: "Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe".
(2) A criança também vive a realidade da morte física (Gn 2.16,17; 3.19; 5.3) e a possibilidade da morte eterna. A morte nunca foi a intenção de Deus, nem a sua perfeita vontade para os seres humanos. A impureza associada aqui ao nascimento de uma criança expressa a verdade de que a criança recém-nascida não está excluída do plano da salvação.
(3) Pais cristãos, cientes das tendências pecaminosas com que seus filhos nascem, devem orar intensamente para que eles aceitem a Cristo como Senhor e nasçam de novo espiritualmente, regenerados pelo Espírito Santo (ver o estudo A REGENERAÇÃO, e PAIS E FILHOS).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 1º
13.3 O DECLARARÁ IMUNDO. A imundícia aqui deve
ser entendida como tudo aquilo que não estava de acordo com a vontade de Deus e
com a sua santidade. Sua causa podiam ser fatos associados à
paternidade/maternidade (ver a nota anterior), doença (caps. 13-14; Nm 5.2;
12.10-14), ou morte (Nm 5.1,2; 31.19; 35.33). Todas essas coisas afastam-se da
perfeição que Deus pretendeu na criação. Noutras palavras, as leis sobre a
impureza faziam o povo lembrar-se constantemente dos resultados devastadores do
seu pecado.
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 15º
15.5 LAVARÁ AS SUAS VESTES, E SE BANHARÁ. Os caps. 11-15 expressam a solicitude de Deus pela saúde física e bem-estar do seu povo. Os povos antigos, vizinhos de Israel, nada sabiam a respeito de higiene, saneamento, a importância de lavar-se, a prevenção de doenças infecciosas, nem dispensavam cuidados adequados aos pobres e enfermos. As leis de Deus promoveram o interesse por essas coisas e predispuseram o povo a uma vida santa e a considerar que Deus é santo.
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 16º
16.1-34 O DIA DA EXPIAÇÃO. Este capítulo inteiro
descreve o Dia da Expiação. Para uma análise desse importante dia judaico e como
o processo da expiação prefigura Jesus Cristo e o novo concerto, ver o estudo
O
DIA DA EXPIAÇÃO
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 17º
17.7 AOS DEMÔNIOS. A palavra traduzida por "demônios" é, literalmente, "cabeludos", e provavelmente refere-se a demônios representados por ídolos em forma de bodes. O versículo em apreço parece indicar que nos dias de Moisés, Israel ofereceu sacrifícios aos demônios do deserto a fim de obter a ajuda ou favor deles. Tal prática evidenciava infidelidade espiritual de Israel para com o Senhor Deus, pois que isso era rigorosamente proibido.
17.11 A ALMA DA CARNE ESTÁ NO SANGUE. Este trecho
explica a razão do derramamento do sangue de um animal como sacrifício, e o
significado disso como expiação. O sangue do animal era identificado com a sua
vida ("alma", também v. 14); sendo assim, o sangue fazia expiação pela vida
humana, pela morte de uma vida. Noutras palavras, o ser humano não precisava
perder sua vida por ter pecado, porque a vida do animal era o preço que
respondia pela vida humana (ver o estudo
O DIA DA EXPIAÇÃO). Esse princípio da
expiação vicária através do sangue alheio ajuda-nos a compreender a importância
do sangue de Cristo para obtermos a nossa salvação sob o novo concerto. Quando
Jesus Cristo derramou o seu sangue na cruz, Ele deu sua vida em substituição à
vida do pecador (Rm 5.1). Visto que a vida de Jesus estava isenta de pecado,
sendo perfeita diante de Deus, seu sangue é de valor infinito e resulta em
perfeita salvação para todos aqueles que o aceitam e o seguem (cf. Cl 1.14; Hb
9.13,14; Jo 1.7; Ap 7.14)
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 18º
18.3 NEM ANDAREIS NOS SEUS ESTATUTOS. O povo de Deus sempre é tentado a aceitar as práticas e os padrões de moralidade da sociedade aonde convivem. Por isso, Deus ordena a seu povo que faça da sua Palavra o único padrão de discernimento entre o certo e o errado. Nunca devemos conformar-nos com a sociedade em meio à qual vivemos, nem aceitar a sua maneira de proceder. Deus deve ser a fonte exclusiva e padrão único de toda conduta moral e espiritual do ser humano (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)
18.6 DESCOBRIR A SUA NUDEZ. Esta expressão traduz
literalmente uma frase hebraica do mesmo teor. "Descobrir a sua nudez", abrange
tudo o que se refere à práticas sexuais impuras e ilícitas. Isso inclui práticas
aproximadas do ato sexual consumado. Qualquer tipo de prática sexual que resulta
em descobrir, expor, ou ver a nudez de alguém que não seja seu legítimo cônjuge,
viola as fronteiras da pureza e comete pecado grave diante de Deus (ver o estudo
PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL)
18.21 PASSAR PELO FOGO. Os cananeus sacrificavam
criancinhas aos seus deuses como parte de sua religião herética. Essa prática
detestável foi rigorosamente proibida por Deus (cf. 20.2-5; Jr 32.35). Hoje, a
prática de matar criancinhas ainda por nascer, por conveniência ou como uma
forma de controle de natalidade, é um pecado igualmente detestável e uma
abominação a Deus.
18.22 ABOMINAÇÃO É. Ato sexual com alguém do mesmo
sexo (i.e, sodomia,
ver Gn 19.5 nota) é "abominação" ao Senhor. Isto é, tal ato
é sobretudo detestável e repulsivo a Deus (ver Rm 1.27 nota).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 19º
19.2 SANTOS SEREIS. O povo de Deus precisa ser semelhante a Ele, por isso Ele o conclama a manifestar e expressar sua natureza divina pela separação dos costumes ímpios dos povos em derredor e pelo serviço a Ele em amor e retidão (ver 11.44 nota). Esse chamado à santidade, Deus o fez primeiramente a Adão e Eva, criados à sua imagem, a fim de refletir o seu caráter (Gn 1.26). Toda geração de crentes deve consistir de "imitadores de Deus" (Ef 5.1) e, "Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (cf. Mt 5.48; Rm 12.1,2; ver os estudos A SANTIFICAÇÃO, p. 1937, e A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).
19.18 AMARÁS O TEU PRÓXIMO. O "próximo" refere-se a
qualquer pessoa com quem temos algum contato, e não apenas alguém que mora perto
de nós. Este mandamento, que regulava a maneira de Israel tratar os outros, foi
citado por Cristo (Mt 22.39), por Paulo (Rm 13.9) e por Tiago (Tg 2.8). Os
versículos 9-18 descrevem maneiras práticas de demonstrarmos amor e solicitude
ao nosso próximo.
19.19 DE DIVERSOS ESTOFOS MISTURADOS. Algumas das
leis de Levítico eram aplicáveis somente a Israel, segundo o velho concerto
(e.g., vv. 19-25), ao passo que outras ainda são aplicáveis aos crentes do novo
concerto (e.g., vv. 11-18,26,31;
ver Mt 5.17 nota). No tocante às primeiras,
algumas foram dadas visando evitar que os israelitas se envolvessem em práticas
pagãs dos povos vizinhos. Por exemplo, a proibição quanto ao uso de diferentes
tipos de tecido no vestuário pode ter sido pelo fato dos sacerdotes pagãos
praticarem feitiçaria, mesclando diferentes tipos de tecidos nas suas roupas. O
versículo como um todo fala do princípio da pureza livre de mistura.
19.31 ADIVINHADORES E ENCANTADORES. Esta expressão
refere-se aos médiuns ou espíritas que alegavam entrar em contato com os mortos,
para obter conhecimentos proféticos. Todo aquele que transgride os mandamentos
de Deus, buscando os espíritas, está, na realidade, envolvendo-se com Satanás e
os demônios (20.6; Dt 18.10,11).
19.34 AMÁ-LO-EIS COMO A VÓS MESMOS. Amar o próximo
inclui amar os estranhos (os forasteiros e residentes estrangeiros) que vêm
morar onde vivemos. Jesus destaca a mesma coisa na parábola do bom samaritano (Lc
10.25-37). O próprio Deus amava o seu povo quando eram estrangeiros, e requer
que façamos o mesmo. Deus quer abençoar todas as nações do mundo (Gn 12.3; Jo
3.6).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 21º
21.1 OS SACERDOTES. O cap. 21 trata das qualificações e dos altos padrões para aqueles que serviriam como ministros do povo de Deus. Deviam ser exemplos de vida santa, tanto nos seus deveres cerimoniais quanto ao seu caráter pessoal e seus atos; daí, Deus requerer deles um padrão mais elevado do que o que Ele exigia de um simples membro do seu povo.
21.6 SANTOS SERÃO A SEU DEUS. Os sacerdotes deviam
separar-se de todos os costumes ímpios e ter uma vida irrepreensível, conformada
à vontade de Deus. Um padrão inferior a este, "profanaria o nome do seu Deus"
("profanar" significa infamar o nome do Senhor e despojá-lo da sua santidade). O
princípio da santidade no ministério, continua no novo concerto, uma vez que a
vontade de Deus é que somente aqueles que vivem uma vida santa e reta sejam seus
escolhidos para cuidar do seu povo (1 Tm 3.1-7; ver 4.12 e
ver 1Tm 4.12 nota).
21.7 NÃO TOMARÃO MULHER PROSTITUTA. Os sacerdotes
eram proibidos de se casarem com mulheres de passado imoral, ou divorciadas;
deviam casar-se somente com virgens ou com viúvas de outros sacerdotes (cf. vv.
13-15; Ez 44.22). Deus revelou através dessa lei que os ministros do seu povo
devem ser exemplo também quanto aos elevados propósitos para o casamento e a
família. No NT, é uma exigência divina que o homem seja um modelo de fidelidade
à sua esposa e família, antes de ser escolhido pastor de uma congregação (ver o
estudo
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
21.17 EM QUEM HOUVER ALGUMA FALTA. Defeitos físicos
desqualificavam os descendentes de Arão para servirem como sacerdotes e
oferecerem sacrifícios em favor do povo (vv. 17-23).
(1) O requisito do corpo físico integral do sacerdote, falava do propósito divino, no sentido do sacerdote ser um exemplo vivo da vida total do ministro a serviço do Senhor. O sacerdote tendo um corpo sem defeito seria mais eficaz no serviço de Deus. Todavia, quem não pudesse servir como ministro devido a tais defeitos, não perdia o direito de participar do pão de Deus (v. 22), i.e., a plena salvação vinda pelo concerto de Deus.
(2) A exigência divina de um corpo perfeito no sacerdócio levítico prefigurava a perfeição moral de Cristo (Hb 9.13,14) e aponta para as qualificações espirituais requeridas por Deus para os ministros do NT. Todo aquele que serve no ministério deve ser inculpável e irrepreensível (ver 1 Tm 3.2 nota; ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 23º
23.2 AS SOLENIDADES DO SENHOR. Este cap. apresenta uma lista das "solenidades do SENHOR", i.e., as festas sagradas destinadas à comemorações e adoração. Essas festas sagradas eram símbolos da redenção e da consagração, e expressavam o fato de que Israel, com tudo o que possuía, pertencia a Deus. Havia dois ciclos dessas solenidades: um ciclo semanal, e um anual. Todas as comemorações eram festivas, exceto o Dia da Expiação o único dia de jejum requerido pela lei. Esses ciclos ajudavam o povo a associar a sua vida espiritual aos eventos da vida diária, pois não deviam diferenciar entre a adoração a Deus e a vida diária.
23.5 A PÁSCOA DO SENHOR. Ver o estudo
A PÁSCOA
23.6 A FESTA DOS ASMOS.
Ver Êx 12.17 nota.
23.10 DAS PRIMÍCIAS. A Festa das Primícias (vv.
10-14), em reconhecimento do fato que o fruto da terra provinha do Senhor, era
celebrada em conjunto com a Festa dos Pães Asmos. As primícias deviam ser
consagradas ao Senhor. Esse fato prenuncia a dedicação do crente do NT, que deve
consagrar ao Senhor a totalidade da sua vida. Os cristãos são as primícias da
obra redentora de Cristo (Tg 1.18; Ap 14.4).
23.15 SETE SEMANAS. Esta festa (cf. Dt 16.10),
também chamada Festa de Pentecoste, era celebrada no fim da colheita do trigo,
cinqüenta dias ("Pentecoste" significa "qüinquagésimo") depois da Festa das
Primícias (v. 16). Nesse dia, o povo de Deus rendia-lhe graças pelas suas
abundantes dádivas de alimento e por tudo quanto os sustinha. Foi no Dia de
Pentecoste que Deus derramou o Espírito Santo sobre os discípulos de Cristo (At
2.1-4).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 24º
24.2 A LUMINÁRIA. Ver Êx 27.20,21 nota.
24.5 DOZE BOLOS. Os doze pães da proposição
representavam as doze tribos de Israel, e a convicção dos israelitas de que
habitavam na
presença do Senhor e que sempre deviam ser comsagrados a Ele (cf. Êx 25.30
nota).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 25º
25.8-34 O ANO DO JUBILEU. Três características distinguiam o ano do Jubileu (ano este, que ocorria a cada cinqüenta anos).
(1) Todos os escravos israelitas eram libertados.
(2) Toda propriedade dos ascendentes que tivesse sido vendida era devolvida à família original.
(3) A terra permanecia em repouso, sem cultivo. O propósito de Deus ao instituir esse ano especial era garantir a justiça e impedir os ricos de acumular riquezas e adquirir terras às custas dos pobres.
25.23 A TERRA É MINHA. Deus disse aos israelitas
que eles não eram os verdadeiros donos da terra, pois ela lhe pertencia; eles
eram simplesmente administradores da terra. Semelhantemente, os bens materiais
dos crentes do NT pertencem ao Senhor. Fomos nomeados encarregados para
administrar todos os nossos bens de modo justo, para Deus, para nós mesmos e
para o próximo (cf. Mt 25.14-27; Lc 16.10-12; 1 Co 4.1-7).
25.36 NÃO TOMARÁS DELE USURA.
Ver Êx 22.25 nota.
25.44 DELES COMPRAREIS ESCRAVOS. A escravidão era
uma realidade comum nos tempos bíblicos. Deus permitindo a Israel comprar
escravos das nações pagãs vizinhas, era uma bênção para esses escravos
comprados, porque Deus ordenou que seu povo tratasse os escravos com muito mais
dignidade, em relação à sua própria pátria (cf. Êx 20.10).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 26º
26.14 SE ME NÃO OUVIRDES. O cap. 26 revela a compaixão, o pesar e o sentimento de Deus, ao deplorar o fato de que, possivelmente, teria de castigar o povo que Ele redimira. Se aquele povo com ingratidão total, rejeitasse o seu amor e não quisesse aceitá-lo como o seu Deus, Ele não teria como deixar de castigá-lo com aflições e calamidades. As promessas e as advertências do Senhor nesse sentido, brotaram das profundezas do seu amor, com o intenso desejo que o seu povo escolhido nunca viesse a necessitar de tal disciplina (ler também Dt 28-30).
26.17 POREI A MINHA FACE CONTRA VÓS. A maior
tragédia do pecado, da rebelião e da desobediência a Deus é que Ele pode pôr a
sua face contra nós, i.e., retirar de nós a sua presença e solicitude, a sua
graça e força. Em lugar disso, enfrentaremos seu juízo direto, bem como todos os
problemas e perigos da vida, sem a sua proteção e direção. O preço de rejeitar a
Deus e a seus justos padrões é muito alto. Estar na sua vontade, na sua presença
e sob seu cuidado é a maior bênção da vida (vv. 3-13).
NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 27º
27.30 AS DÍZIMAS. O dízimo é a décima parte do produto da terra e do gado, que era dado ao Senhor. O dízimo de Israel era entregue para o sustento dos levitas (Nm 18.21) e dos sacerdotes (Nm 18.28), para ajudar nas refeições sagradas (Dt 14.22-27), e para socorrer os pobres, os órfãos e as viúvas (Dt 14.28-29; ver o estudo DÍZIMOS E OFERTAS).
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NOTAS DE LEVÍTICO CAPÍTULO 1º
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