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NOTAS DE LUCAS

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Esboço de LUCAS


I.  Prefácio (1.1-4)

II. A Vinda do Salvador (1.5—2.52)

A. Anúncio do Nascimento de João Batista (1.5-25)

B. Anúncio do Nascimento de Jesus (1.26-56)

C. Nascimento de João Batista (1.57-80)

D. Nascimento de Jesus (2.1-20)

E. O menino Jesus no Templo (2.21-39)

F. Jesus Vai ao Templo aos Doze Anos (2.40-52)

III.  Preparação do Salvador para o Seu Ministério (3.1—4.13)

A. Pregação de João Batista (3.1-20)

B. Batismo de Jesus (3.21-22)

C.Genealogia de Jesus (3.23-38)

D. Tentação de Jesus (4.1-13)

IV. Ministério na Galiléia (4.14–9.50)

A. Início do Ministério de Jesus e Rejeição em Nazaré (4.14-30)

B. Cafarnaum: Jesus Manifesta a Sua Autoridade Divina (4.31-44)

C. A Pesca Maravilhosa (5.1-11)

D. Curando o Leproso (5.12-16)

E. Desafio à Autoridade de Jesus (5.17-26)

F. O Salvador dos Pecadores (5.27-32)

G. Uma Nova Dispensação (5.33—6.49)

H. Demonstração de Poder Divino (7.1—8.56)

I.  Jesus Outorga Poder aos Seus Discípulos (9.1-6)

J. Herodes e João Batista (9.7-9)

L. A Multiplicação dos Pães para Cinco Mil (9.10-17)

M. A Confissão de Pedro e a Resposta de Jesus (9.18-27)

N. A Glória do Salvador Revelada (9.28-50)

V.A Viagem Final de Jesus a Jerusalém (9.51—19.28)

A. A Missão Redentora do Salvador (9.51–10.37)

B. Jesus Ensina Sobre o Serviço e a Oração (10.38—11.13)

C.  Jesus Adverte a Oponentes e Seguidores (11.14—14.35)

D. Parábolas Sobre Perdidos e Achados (15.1-32)

E. Mandamentos de Jesus aos Seus Seguidores (16.1—17.10)

F. Ingratidão de Nove Leprosos Curados (17.11-19)

G. A Volta Repentina de Jesus (17.20—18.14)

H. O Salvador, as Criancinhas e o Jovem Rico (18.15-30)

I. Perto do Fim da Viagem (18.31—19.28)

VI. A semana da Paixão (19.29-23.56)

A. Jesus Entra em Jerusalém (19.29-48)

B. Jesus Ensina Diariamente no Templo (20.1—21.4)

C. Jesus Prediz a Destruição do Templo e a Sua Volta (21.5-38)

D. Preparativos Finais e a Última Ceia (22.1-38)

E.  Jesus em Getsêmani: Sua Oração e Traição (22.39-53)

F. O Julgamento de Jesus pelos Judeus (22.54-71)

G. O Julgamento de Jesus pelos Romanos (23.1-25)

H. A Crucificação (23.26-49)

I. O Sepultamento (23.50-56)

VII. Ressurreição e Ascensão (24.1-53)

A. A Manhã da Ressurreição (24.1-12)

B. As Aparições do Senhor Ressurreto (24.13-43)

C. As Instruções de Despedida (24.44-53)

 

Autor:
Lucas
Tema:
Jesus, o Salvador Divino-Humano
Data:
Data:     60-63 d.C.

 

Considerações Preliminares

O Evangelho segundo Lucas é o primeiro dos dois livros endereçados a um certo Teófilo (1.3; At 1.1). Embora o autor não se identifique pelo nome em nenhum dos dois livros, o testemunho unânime do cristianismo primitivo e as evidências
internas indicam a autoria de Lucas nos dois casos.
Segundo parece, Lucas era um gentio convertido, sendo o único autor humano não-judeu de um livro da Bíblia. O Espírito Santo o moveu a escrever a Teófilo (cujo nome significa “aquele que ama a Deus”) a fim de suprir uma necessidade da
igreja gentia, de um relato completo do começo do cristianismo. A obra tem duas partes: (1) o nascimento, vida e ministério, morte, ressurreição e ascensão de Jesus (Lucas), e (2) o derramamento do Espírito em Jerusalém e o desenvolvimento
subseqüente da igreja primitiva (Atos). Esses dois livros perfazem mais de uma quarta parte do NT.
Pelas epístolas de Paulo sabemos que Lucas era um “médico amado” (Cl 4.14) e um leal cooperador do apóstolo (2 Tm 4.11; Fm 24; cf. os trechos em Atos na primeira pessoa do plural; ver a introdução a Atos). Pelos escritos de Lucas,
vemos que ele era um escritor culto e hábil, um historiador atento e teólogo inspirado. Segundo parece, quando Lucas escreveu o seu Evangelho, a igreja gentia não tinha nenhum desses livros completo ou bem conhecido, a respeito de Jesus.
Primeiramente Mateus escreveu um Evangelho para os judeus, e Marcos escreveu um Evangelho conciso para a igreja em Roma. O mundo gentio de língua grega dispunha de relatos orais de Jesus, dados por testemunhas oculares, bem como
breves tratados escritos, mas nenhum Evangelho completo com os fatos na devida ordem (ver 1.1-4). Daí, Lucas se propôs a investigar tudo cuidadosamente “desde o princípio” (1.3), e, provavelmente, fez pesquisas na Palestina enquanto
Paulo esteve na prisão em Cesaréia (At 21.17; 23.23—26.32) e terminou o seu Evangelho perto do fim daquele período, ou pouco depois de chegar a Roma com Paulo (At 28.16).

Propósito

Lucas escreveu este Evangelho aos gentios para proporcionar-lhes um registro completo e exato de “tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia que foi recebido em cima” (At 1.1b,2a). Escrevendo sob a inspiração do
Espírito Santo, sua intenção foi transmitir a Teófilo e outros convertidos e interessados gentios, com certeza, a plena verdade sobre o que já tinham sido oralmente inteirados (1.3,4). Lucas no seu Evangelho deixa claro que ele escreveu para os
gentios. Por exemplo, ele apresenta a genealogia humana de Jesus, recuando-a até Adão (3.23-38) e não até Abraão, conforme fez Mateus (cf. Mt 1.1-17). Em Lucas, Jesus é visto claramente como o Salvador divino-humano, que veio como a
provisão divina da salvação para todos os descendentes de Adão.

Visão Panorâmica

O Evangelho segundo Lucas começa com as narrativas mais completas da infância de Jesus (1.5—2.40), bem como apresenta o único vislumbre, nos Evangelhos, da juventude de Jesus (2.41-52). Depois de descrever o ministério de João
Batista e apresentar a genealogia de Jesus, Lucas divide o ministério de Jesus em três seções principais: (1) seu ministério na Galiléia e arredores (4.14—9.50), (2) seu ministério durante a viagem final a Jerusalém (9.51—19.27); e (3) sua última semana em Jerusalém (19.28—24.43).


Embora os milagres ocupem lugar de destaque no registro de Lucas sobre o ministério de Jesus na Galiléia, o enfoque principal deste Evangelho consiste nos ensinos e parábolas de Jesus durante seu extenso ministério a caminho de Jerusalém
(9.51—19.27). Esta é a maior seção de assuntos exclusivos de Lucas, e inclui muitas histórias e parábolas prediletas. O versículo determinante (9.51) e o versículo-chave (19.10) do Evangelho ocorrem no início e perto do fim dessa seção especial.

Características Especiais

São oito as características principais do Evangelho segundo Lucas. (1) Seu amplo alcance no registro dos eventos na vida de Jesus, desde a anunciação do seu nascimento até a sua ascensão. (2) A qualidade excepcional do seu estilo literário,
empregando um vocabulário rico e escrito com um domínio excelente da língua grega. (3) O alcance universal do Evangelho — que Jesus veio para salvar a todos: judeus e gentios igualmente. (4) Ele salienta a solicitude de Jesus para com os
necessitados, inclusive mulheres, crianças, os pobres e os socialmente marginalizados. (5) Sua ênfase na vida de oração de Jesus e nos seus ensinos a respeito da oração. (6) O notável título de Jesus neste Evangelho, a saber: “Filho do Homem”.
(7) Seu enfoque sobre a alegria que caracteriza aqueles que aceitam a Jesus e a sua mensagem. (8) Sua ênfase na importância e proeminência do Espírito Santo na vida de Jesus e do seu povo (e.g., 1.15, 41, 67; 2.25-27; 4.1, 14, 18; 10.21; 12.12; 24.49).


 

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NOTAS DE LUCAS 1º

1.6 JUSTOS PERANTE DEUS. Ver 2.25 nota.

1.15 VINHO... BEBIDA FORTE. A palavra grega usada para bebida forte é sikera. Seu significado exato não se conhece, mas sem dúvida corresponde à palavra shekar do AT. Pode referir-se ao suco doce ou xarope de palmeira, nas suas várias formas, muitas vezes fermentado. Alguns intérpretes traduzem shekar como bebida forte , em certas passagens do AT (cf. 1 Sm 1.15; Pv 20.1; 31.4,6; Is 28.7; 56.12; Mq 2.11). A Enciclopédia Judaica (XII, 533) de 1901 declara que desde cerca de 200 a.C. até 200 d.C., vinho (hb. yayin; gr. oinos) era distinguido da bebida forte (hb. shekar; gr. sikera), pelo fato de o vinho ser diluído em água, ao passo que a bebida forte não era diluída (ver os estudos VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO e VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1) e (2)).

1.15 CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Note o resultado da vida e do ministério de João, na plenitude do Espírito Santo. Mediante o Espírito Santo, João:

(1) pela pregação convence o povo dos seus pecados e o leva ao arrependimento e à conversão a Deus (vv. 15-17; ver Jo 16.8 nota);

(2) prega no espírito e poder de Elias (v. 17; ver At 1.8 notas); e

(3) reconcilia as famílias, e conduz muitos a uma vida de retidão (v. 17).


1.17 ESPÍRITO E VIRTUDE DE ELIAS. João será semelhante em muitos aspectos ao destemido profeta Elias (ver Ml 4.5 nota). Por ser cheio do Espírito Santo (v. 15), será um pregador da retidão moral ( 3.7-14; Mt 3.1-10). Demonstrará o ministério do Espírito Santo e pregará sobre o pecado, a justiça e o juízo (ver Jo 16.8 nota). Converterá os rebeldes, à prudência dos justos (v.17; ver Mt 11.7 nota). Não transigirá com a sua consciência, nem perverterá princípios bíblicos, para conseguir posição social ou proteção (3.19,20; Mt 14.1-11). Seu propósito será obedecer a Deus e permanecer leal a toda a verdade. Em suma: João será um homem de Deus .

1.17 DOS PAIS AOS FILHOS. Isto se refere a Ml 4.6, um texto expondo um dos maiores pecados do povo de Deus no AT: os pais não amarem devidamente seus filhos e filhas, para lhes ensinar os caminhos e mandamentos de Deus (ver Ml 4.6 nota). Com a chegada de João e do evangelho de Cristo, os corações dos pais se voltarão para os filhos para os amar.

(1) Pelo exposto, fica claro que um dos alvos prioritários do evangelho é o recomeço de um correto relacionamento familiar entre pais e filhos, e filhos e pais. Mediante a pregação do arrependimento e o senhorio de Cristo nas vidas, os pais, por sua retidão, dedicar-se-ão aos filhos.

(2) Se a igreja dos nossos dias não for aquilo que Deus quer que ela seja, uma das causas disso será o fato de mais uma vez os pais, nos seus corações, abandonarem os filhos, e deixarem de amá-los, e de estar com eles, e de ensinar-lhes a Palavra de Deus e os padrões da sua retidão. O resultado voltará a ser o mesmo do AT: a rejeição dos caminhos de Deus pelos filhos (Ml 4.6). (3) Os trechos bíblicos abaixo tratam de pais e filhos:

(a) os pais ensinar aos filhos a fidelidade à vontade de Deus (ver Ex 10.2; 13.8; Dt 4.9,10; 6.6-25; 11.18-21; Sl 78.5-8; Is 38.19; Jl 1.3; Ef 6.4; 1 Ts 2.11);

(b) amor e disciplina (ver Sl 103.13; Pv 3.12; 13.24; 23.13,14; Ml 4.6; Lc 11.11-13; 2 Co 12.14; Ef 6.4; Cl 3.21; 1 Ts 2.11; 1 Tm 3.4,5,12; 5.8; Tt 2.4; Hb 12.7); e (c) oração dos pais pelos filhos (ver Gn 17.18; 2 Sm 12.16; 1 Cr 22.11,12; 29.19; Jó 1.5; (cf.Jo 17.1 nota; ver também o estudo PAIS E FILHOS)

1.28 AGRACIADA. Maria foi agraciada mais do que todas as outras mulheres, porque lhe foi concedido ser a mãe de Jesus. Mas as Escrituras não ensinam em lugar algum que devemos dirigir-lhe orações, nem adorá-la, nem atribuir-lhe títulos especiais. Maria é digna do nosso respeito, mas somente o Filho é digno da nossa adoração.

(1) Maria foi escolhida por Deus porque ela achou graça diante dEle (cf. Gn 6.8). Sua vida santa e humilde agradou tanto a Deus, que Ele a escolheu para tão sublime missão (2 Tm 2.21).

(2) A bênção de Maria, por ter sido escolhida, trouxe-lhe grande alegria, mas também muita dor e sofrimento (ver 2.35), uma vez que seu Filho seria rejeitado e crucificado. Nesta vida, a chamada de Deus sempre envolve bênção e sofrimento, alegria e tristeza, sucesso e desilusão.

1.35 O SANTO. Tanto Mateus como Lucas declaram de modo explícito e inconfundível que Jesus nasceu de uma virgem (v. 27; Mt 1.18,23 nota). O Espírito Santo viria sobre ela, e o Filho seria concebido mediante uma intervenção divina milagrosa.
Por causa da sua concepção milagrosa, Jesus será o Santo , ou seja: Ele não terá qualquer mácula do pecado. Ver mais no estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO

1.38 SEGUNDO A TUA PALAVRA. Maria submeteu-se plenamente à vontade de Deus e confiou na sua mensagem através do anjo. Aceitou alegremente a honra e ao mesmo tempo o opróbrio resultante de ser a mãe da divina criança. As jovens crentes devem seguir o exemplo de Maria quanto à castidade, ao amor a Deus, à fidelidade à sua Palavra e à disposição de obedecer ao Espírito Santo.

1.47 DEUS MEU SALVADOR. Nestas palavras de Maria, ela reconhece sua própria necessidade da salvação. Maria, como pecadora, necessitava de Cristo como Salvador . A idéia de que Maria foi concebida imaculada e que viveu sem pecado não se acha em nenhuma parte das Escrituras (cf. Rm 3.9,23).

1.67 ZACARIAS CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Lucas registra que o Espírito Santo encheu de poder muitas pessoas importantes, ligadas ao nascimento de Cristo (vv. 15,35,41,67; 2.25). Depois da ascensão de Cristo, o caminho ficou aberto para que todos os crentes sejam cheios do Espírito Santo (At 1,2).

1.75 SANTIDADE E JUSTIÇA. O sumo propósito da nossa redenção é sermos libertos do domínio de Satanás (At 26.18), a fim de servirmos a Deus em santidade e justiça perante Ele, todos os dias da nossa vida (cf. Ef 1.4). Todo filho de Deus deve visar a ter uma vida de santidade e justiça em meio a um mundo mau. Essa vida santa é perante ele , i.e., na sua presença.

 

 

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NOTAS DE LUCAS 2º

2.7 NUMA MANJEDOURA. Cristo nasceu numa estrebaria, onde guardavam gado, situada talvez numa caverna. A manjedoura era uma espécie de gamela onde o gado se alimentava. O nascimento do Salvador, o maior evento de toda a História, ocorreu em circunstâncias as mais humildes. Jesus, sendo o Rei dos reis, não nasceu nesta vida como rei, nem viveu como um rei aqui na terra. Os filhos de Deus são sacerdotes e reis, mas nesta vida devemos ser como Ele era humilde e simples.

2.11 O SALVADOR... CRISTO, O SENHOR. Na ocasião do seu nascimento, Jesus é chamado Salvador . (1) Como Salvador, veio nos libertar do pecado, do domínio de Satanás, do mundo ímpio, do medo, da morte e da condenação pelas nossas transgressões (ver Mt 1.21 nota). (2) O Salvador também é Cristo, o Senhor . Foi ungido como o Messias de Deus, e o Senhor que reina sobre o seu povo (ver Mt 1.1, nota sobre o nome de Cristo). Ninguém pode ter Cristo como Salvador, enquanto o
recusar como Senhor.

2.22 PARA O APRESENTAREM AO SENHOR. Assim como José e Maria apresentaram Jesus ao Senhor, também todos os pais devem consagrar seus filhos ao Senhor. Devem orar constantemente para que, desde o início até o fim da vida, eles andem na vontade do Senhor, servindo e glorificando a Deus, com total devoção.
2.24 A OFERTA... UM PAR DE ROLAS. A oferta de um par de rolas indica que José e Maria eram pobres (Lv 12.8). Desde o início do seu ministério, Cristo identificou-se com os necessitados (9.58; Mt 8.20; ver Ap 2.9 nota).

2.25 JUSTO E TEMENTE A DEUS. O vocábulo grego aqui para justo é dikaios (no hb. yasher). A idéia original é reto . No AT, este termo não significa uma simples conformidade com regras e leis, mas que o homem vive em retidão diante de Deus, tanto no coração como no viver.

(1) A retidão que Deus requeria no AT era a do coração, baseada na verdadeira fé, no amor e temor a Deus (Dt. 4.10,29 nota; 5.29). A evidência dessa condição do coração nos pais de João Batista revela-se nas palavras vivendo irrepreensivelmente em todos os mandamentos e preceitos do Senhor (ver 1.6; Gn 7.1; 17.1; 1 Rs 9.4, onde o termo inclui a integridade de coração ).

(2) Os justos do AT não eram perfeitos. Quando cometiam pecado, obtinham perdão, oferecendo a Deus um sacrifício de animal, em atitude de sincero arrependimento e fé (Lv 4.27-35; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO)

2.25 ESPERANDO A CONSOLAÇÃO. Numa época de condições espirituais deploráveis, o justo Simeão era dedicado a Deus e cheio do Espírito Santo, esperando com fé, paciência e grande anseio a vinda do Messias. Semelhantemente, nos últimos dias da presente era, quando muitos abandonam a fé apostólica do NT e a bendita esperança da vinda de Cristo (Tt 2.13), sempre haverá os Simeões fiéis. Outras pessoas podem depositar suas esperanças nesta vida e neste mundo, mas os fiéis serão como o servo leal que mantém-se em vigília durante a longa e escura noite, esperando a volta do seu Mestre (Mt 24.45-47). Nossa maior bênção será ver face a face o Cristo do Senhor (v. 26; cf. Ap 22.4), estar pronto na sua vinda e habitar para sempre na sua presença (Ap 21,22).

2.36,37 ANA... SERVINDO A DEUS. Ana era uma profetisa que esperava devotadamente a vinda de Cristo. Permaneceu viúva durante muitos anos, sem voltar a casar-se, dedicando-se ao Senhor em jejuns e orações, de noite e de dia (v. 37). A Bíblia ensina que o estado de solteiro pode ser uma bênção maior do que o estado marital. Paulo declara que os solteiros têm maior oportunidade para ocupar-se com as coisas do Senhor, para agradar-lhe e a Ele dedicar-se com toda devoção (ver 1 Co 7.32-35).

2.40 O MENINO CRESCIA. Como verdadeiro homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Crescia em sabedoria, conforme a graça de Deus. Era perfeito quanto à natureza humana, prosseguindo para a maturidade, segundo a vontade de Deus.

2.52 CRESCIA JESUS EM SABEDORIA. Entre 2.52 e 3.1, passaram-se cerca de 18 anos da vida de Jesus, sem haver menção deles. Como foi a sua vida durante esses anos? Mt 13.55 e Mc 6.3 nos deixam ver que Jesus cresceu em uma família numerosa, que seu pai era carpinteiro e que Ele aprendera aquele ofício. É provável que José tenha morrido antes de Jesus começar seu ministério público, e que Jesus tenha sustentado sua mãe e seus irmãos e irmãs mais novos. O ofício de carpinteiro incluía os consertos domésticos, a fabricação de móveis e a construção de implementos agrícolas, tais como arados e jugos. Durante todos esses anos, Ele crescia e se desenvolvia tanto física como espiritualmente, de conformidade com a vontade de Deus, plenamente consciente de que Deus era seu Pai (v. 49).

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 3º

3.8 FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO. Ver Mt 3.8 nota. O termo hebraico mais comum para arrependimento é metanoia, que tem sentido idêntico, porém, com maior realce. A mensagem do arrependimento dos pecados destina-se aos crentes (Ap 2.5-16; 3.3,19). Ela reluz fortemente no NT.

(1) João Batista a pregava com ênfase (Mt 3.2-11; Mc 1.4; Lc 3.3-8; At 13.25; 19.4).

(2) Jesus, a sua mensagem redentora inicial foi a do arrependimento dos pecados (Mt 4.17; Mc 1.15; cf. Lc 5.32; 13.3,5).

(3) Os apóstolos de Jesus, bem como a igreja como um todo, pregavam o arrependimento (At. 2.38; 3.19; 17.30; Lc 24.47). O arrependimento deve acompanhar o crente em toda sua vida. O crente que contritamente se arrepende quando erra, quando falha, quando peca, é um crente vitorioso (cf. 2 Co 7.9,10; 2 Tm 2.25). (4) O real arrependimento é obra de Deus no indivíduo (Rm 2.4; At 11.18; 1 Pe 3.9).

3.16 ESTE VOS BATIZARÁ COM O ESPÍRITO SANTO. O batismo com [ou em] o Espírito Santo (cf. Mt 3.11), que Cristo outorga aos seus seguidores, é o novo sinal de identificação do povo de Deus.

(1) Foi prometido em Jl 2.28 e reafirmado por Cristo depois da sua ressurreição em 24.49; At 1.4-8. Essa predição teve seu cumprimento inicial no dia do Pentecoste (ver At 2.4, notas).

(2) O ministério de Cristo, de batizar no Espírito Santo, é um ministério contínuo durante toda a era atual. Assim, deixa claro o texto grego de Jo 1.33 ( o que batiza com o Espírito Santo ); essa expressão emprega o particípio presente (ho baptizon), que significa aquele que continuará a batizar . Logo, as referências em LC e Jo não somente dizem respeito ao primeiro derramamento do Espírito Santo no Pentecoste, mas também à missão principal e ao ministério de Jesus, como aquele que batiza no Espírito Santo durante toda a era atual: porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe (At 2.39).

3.17 QUEIMARÁ A PALHA. Aqueles que abandonam o pecado e recebem Cristo e a sua Palavra serão batizados no Espírito Santo. Aqueles que se apegam aos seus pecados serão castigados com fogo que nunca se apaga (ver Mt 10.28 nota).

3.22 O ESPÍRITO SANTO DESCEU. O Espírito Santo, pelo qual Jesus fora concebido inicialmente (1.35), agora, unge-o pessoalmente e também o reveste de poder para exercer o seu ministério (mais sobre o significado do batismo de Jesus no Espírito Santo, veja o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO)

3.23 A GENEALOGIA DE JESUS. Ver Mt 1.1 notas.
 

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 4º

 

4.1 JESUS, CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo conferiu poder a Jesus e o guiou, ao enfrentar a tentação de Satanás (vv. 1,2). Para comentários sobre a importância do Espírito na vida de Jesus, ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO

4.2 TENTADO PELO DIABO. Um dos aspectos principais da tentação de Jesus girou em torno do tipo de Messias que Ele seria e como empregaria a sua unção da parte de Deus.

(1) Jesus foi tentado a utilizar sua unção e posição para servir a seus próprios interesses (vv. 3,4), obter glória e poder sobre as nações, ao invés de aceitar a cruz e o caminho do sofrimento (vv. 5-8), e ajustar-se à expectativa popular de um Messias sensacional (vv. 9-11).

(2) Satanás ainda tenta os líderes cristãos a usarem sua unção, posição e capacidade em seu próprio benefício, para estabelecer sua própria glória e reino, e para agradar o povo mais do que a Deus. Quem se entrega ao egoísmo, na realidade já se rendeu a Satanás.

4.2 NÃO COMEU COISA ALGUMA. Ver Mt 4.2, nota sobre o jejum.

4.4 NEM SÓ DE PÃO VIVERÁ. Jesus cita o AT (Dt 8.3), ao enfrentar a tentação de Satanás.

(1) Jesus está dizendo que tudo o que é importante na vida depende de Deus e da sua vontade (Jo 4.34). Esforçar-se por sucesso, felicidade ou coisas materiais, à parte do caminho e propósito de Deus, levará à amarga desilusão e terminará em fracasso.

(2) Jesus salienta essa verdade ao ensinar que devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus (i.e., o governo, atividade e poder de Deus em nossa vida); somente então é que outras coisas necessárias serão concedidas, de acordo com a sua vontade e propósito (ver Mt 5.6 nota; 6.33 nota).

4.5 OS REINOS DO MUNDO. Jesus rejeita a oferta que Satanás lhe fez, do domínio sobre todos os reinos do mundo.

(1) O reino de Jesus, na presente era, não é um reino deste mundo (Jo 18.36,37). Ele recusa um reino para si através dos métodos mundanos de transigência, poder terreno, artifícios políticos, violência, domínio, popularidade, honra e glória humanas.

(2) O reino de Jesus é um reino espiritual, no coração dos seus, os quais foram tirados do mundo. Como reino celestial:

(a) é alcançado através do sofrimento, da abnegação, da humildade e da mansidão;

(b) requer que dediquemos nosso corpo como sacrifício vivo e santo (Rm 12.1), em completa devoção e obediência a Deus;

(c) implica em lutar com armas espirituais contra o pecado, a tentação e Satanás (Ef 6.10-20); e

(d) importa em resistirmos à conformação com este mundo (Rm 12.2; ver o estudo O REINO DE DEUS)

4.9 LEVOU-O... A JERUSALÉM. Ver Mt 4.10 nota sobre Satanás.

4.10 PORQUE ESTÁ ESCRITO. Ver Mt 4.6 nota.

4.18 O ESPÍRITO... SOBRE MIM. Ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO

4.18 ME UNGIU. Aqui, Jesus explica o propósito do seu ministério ungido pelo Espírito Santo.

(1) É para pregar o evangelho aos pobres, aos necessitados, aos aflitos, aos humildes, aos abatidos de espírito, aos quebrantados de coração e aos que temem a sua Palavra (cf. Is 61.1-3 nota; 66.2 nota).

(2) É para curar os aflitos e oprimidos. Essa cura envolve a pessoa inteira, tanto física quanto espiritual.

(3) É abrir os olhos espirituais dos que foram cegados pelo mundo e por Satanás, para agora verem a verdade das boas-novas de Deus (cf. Jo 9.39).

(4) É para proclamar o tempo da verdadeira liberdade e salvação do domínio de Satanás, do pecado, do medo e da culpa (cf. Jo 8.36; At 26.18). Todos os que são cheios do Espírito Santo devem participar do ministério de Jesus, da maneira descrita acima. Para fazermos assim, precisamos estar profundamente conscientes da extrema necessidade e miséria da raça humana, resultante do pecado e do poder de Satanás uma condição de escravidão do mal, desolação, cegueira espiritual e males físicos.


4.33 ESPÍRITO... IMUNDO. Lucas registra que um dos primeiros atos de Jesus depois de anunciar que era o Messias, foi o conflito direto com as forças demoníacas.

(1) O empenho principal de Jesus no seu ministério foi destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8). O reino de Deus não pode estabelecer-se sem confronto com o reino de Satanás (ver Mt 12.28; ver o estudo O REINO DE DEUS).

(2) Um sinal inconfundível que o reino deixou de manifestar-se entre o povo de Deus é a inexistência de confronto direto com o poder do mal, libertando os pecadores da escravidão do pecado e das forças demoníacas (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

4.40 OS CURAVA. Ver Mt 4.23 nota; ver o estudo A CURA DIVINA

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 5º

5.10 SERÁS PESCADOR DE HOMENS. Ver Mt 4.19 nota.

5.16 ELE RETIRAVA-SE PARA OS DESERTOS E ALI ORAVA. (1) Lucas ressalta mais do que os outros Evangelhos a prática da oração na vida e na obra de Jesus. Quando o Espírito Santo desceu sobre Jesus no Jordão, Ele estava orando (3.21); em certas ocasiões, afastava-se das multidões para orar (5.16), e passou a noite em oração antes de escolher os doze apóstolos (6.12).

Ficou orando em particular antes de fazer uma pergunta importante aos seus discípulos (9.18); por ocasião da sua transfiguração, Ele subiu ao monte a orar (9.28); sua transfiguração ocorreu estando Ele orando (v.29); e estava ele a orar antes de ensinar aos discípulos a chamada Oração do Senhor (11.1). No Getsêmani, Ele orava mais intensamente (22.44); na cruz, orou pelos outros (23.34); e suas últimas palavras antes de morrer foram uma oração (23.46).

Está registrado que Ele também orou depois da sua ressurreição (24.30). (2) Ao observarmos a vida de Jesus nos outros Evangelhos, nota-se que Ele orou antes do convite, Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos (Mt 11.25-28); Ele orou junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42) e durante a instituição da Ceia do Senhor (Jo 17). Para mais detalhes da oração na vida de Jesus, ver Mt 14.23 nota.

5.18 TRANSPORTARAM.. UM HOMEM ... PARALÍTICO. Os amigos do paralítico tinham uma grande fé em Jesus para realizar a cura, pois estavam resolutos a levá-lo a Jesus. Nós também devemos ter fé em Cristo, ante as necessidades dos nossos conhecidos. Devemos também aproveitar todas as oportunidades para trazê-los a Jesus. O Espírito de Deus proporcionará essas oportunidades, se realmente desejamos levar outras pessoas a Cristo.

5.22 JESUS... CONHECENDO SEUS PENSAMENTOS. Todo crente deve saber que Deus conhece, e sempre está avaliando todo nosso pensamento, desejo e imaginação (ver Mt 17.25; Jo 1.48; 2.25; 21.17; Sl 139; Hb 4.13).

5.24 O FILHO DO HOMEM. O Filho do Homem é a expressão predileta usada por Jesus ao referir-se a si mesmo. Dn 7.13 parece ser o antecedente no uso que Jesus fez da expressão. Daniel empregou o título, para descrever uma pessoa que viu numa visão; alguém como um filho de homem , vindo nas nuvens do céu, e que recebe um domínio eterno (ver Dn 7.13 nota). Com este título, Jesus declara a verdade que Ele é o Messias prometido e enviado por Deus. Jesus emprega o termo:

(1) como substituto do termo eu (Mt 11.19);

(2) quando faz declarações importantes (Mt 20.28; Mc 10.45);

(3) quando prediz sua própria morte na cruz (Mt 17.22; Mc 8.31; Lc 9.44);

(4) quando fala a respeito da sua ressurreição (Mt 17.9);

(5) quando se refere à sua volta em glória à terra (Mt 24.27; Mc 13.26; 14.62); e

(6) quando fala da sua atuação no juízo futuro (Mt 13.41).

5.30 COMEIS E BEBEIS COM... PECADORES. Ver Mt 9.11 nota.

5.35 ENTÃO... JEJUARÃO. Ver Mt 9.15 nota.

5.37 VINHO NOVO EM ODRES VELHOS. Ver Mt 9.17 notas.

5.39 MELHOR É O VELHO. O versículo 39 é, provavelmente, um comentário irônico a respeito dos judeus, que rejeitavam o vinho novo do evangelho e afirmavam que o vinho velho ( o judaísmo do século I) era satisfatório. Aqui, Cristo dá a entender que aqueles que estão acostumados a beber o vinho fermentado desenvolvem um forte desejo por ele, e não querem o vinho não fermentado (ver o estudo VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO e VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1) ).

Ele reconhece o efeito vicioso e de dependência das bebidas alcoólicas. Não é Jesus, mas aquele que bebe o vinho velho quem diz melhor é o velho .

(1) Não podemos interpretar este versículo para fazê-lo dizer que o vinho velho (i.e., o judaísmo) é melhor do que o vinho novo (i.e., o evangelho de Cristo), pois isso seria uma inversão do significado da parábola. O que Jesus declara aqui é que os fariseus e seus seguidores nem sequer reconhecem os méritos do novo; acham que o velho é bom.

(2) Os fariseus não querem o vinho melhor. Recusam a revelação nova e natural da parte de Deus e, contrariamente, procuram somente aquilo que os seres humanos alteraram (i.e., fermentaram). Mesmo assim, para aqueles que aceitam a Jesus, o suco fresco e novo da uva (o evangelho) é preferível ao vinho velho, fermentado (a religião farisaica).

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 6º

6.1 SÁBADO. Ver Mt 12.1, nota sobre o sábado.
6.2-10 JESUS E O SÁBADO. Embora os fariseus acusem Jesus de violar o sábado, Ele, na realidade, apenas não observou a interpretação exagerada que eles davam a respeito. Jesus declara que a observância do sábado não deveria transformar-se num ritual mantido à custa das necessidades essenciais do homem. Cristo é Senhor do sábado (v. 5). No entanto, fica o conceito de que o trabalho diário deve ser interrompido, um dia na semana, para buscarmos a Deus, reconhecendo que Ele é Senhor da totalidade da vida. Outrossim, as palavras e ações de Jesus, aqui (vv. 6-10), ensinam-nos que o dia do Senhor deve ser uma oportunidade de buscar e ajudar os necessitados, no âmbito espiritual e no físico.

6.12 PASSOU A NOITE EM ORAÇÃO. Constantemente, Jesus procurava estar a sós em oração com o Pai, principalmente nos momentos de grandes decisões (ver 5.16 nota).

(1) Uma noite inteira em fervente oração dará resultados surpreendentes (ver Tg 5.16 nota). Depois de passar aquela noite em oração, Jesus escolheu os doze para serem seus apóstolos (vv. 13-16), curou muitos que estavam enfermos (vv. 17-19) e pregou seu sermão mais conhecido (vv. 20-49). Se Jesus, o perfeito Filho
de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e nossos fracassos, precisamos orar muito e cultivar uma íntima comunhão com nosso Pai celestial.

(2) Observemos que foi oração a Deus ; i.e., a oração de Jesus tinha endereço certo. Muitas orações não são respondidas porque não têm o destino certo; estão com o endereço errado, ou não têm endereço nenhum.

6.17-49 O SERMÃO NUM LUGAR PLANO. Ver Mt 5-7, notas sobre o Sermão da Montanha.

6.20 BEM-AVENTURADOS. Ver Mt 5.3 nota.

6.20 VÓS, OS POBRES. Ver o estudo RIQUEZA E POBREZA para comentários sobre este versículo

6.21 VÓS, QUE... CHORAIS. Ver Mt 5.4 nota.

6.22 QUANDO OS HOMENS VOS ABORRECEREM. Os discípulos de Jesus devem folgar e exultar (v. 23) quando, por causa da sua fidelidade a Cristo e aos seus padrões divinos, são criticados e desprezados. A perseguição por causa da justiça comprova que esses discípulos estão em verdadeira comunhão com o Senhor, pois o próprio Jesus também era odiado e maltratado pelo mundo (Jo 15.18-21; ver Mt 5.10 nota).

6.23 ASSIM FAZIAM OS SEUS PAIS. No AT, Israel muitas vezes rejeitou a mensagem dos profetas de Deus (1 Rs 19.10; Mt 5.12; 23.31,37; At 7.51,52).

(1) As igrejas dos nossos dias devem saber que Deus lhes envia profetas (Ef 4.11; 1 Co 12.28) com o propósito de conclamar tanto os líderes, como o povo, a uma vida de retidão e de fidelidade à toda Escritura e à separação do mundo (ver Ap 2; 3).

(2) As igrejas da atualidade podem agir como Israel no passado, rejeitando as palavras dos seus profetas e perder as bênçãos divinas e a salvação. Ou podem acatar a mensagem de Deus, afastar-se do pecado, aprofundar sua lealdade a Deus e continuar como povo de Deus. As igrejas que rejeitarem os fiéis profetas de Deus, que expõem a sua Palavra, acabarão sendo rejeitadas pelo próprio Deus (13.34,35; Ap 2,3).

(3) Satanás, propositalmente, enviará falsos profetas às igrejas (Mt 13.24-30, 36-43), os quais rejeitam a autoridade absoluta da Palavra de Deus, alegam ter autoridade idêntica à Palavra de Deus, que sua revelação é infalível e que seus ensinos estão isentos de julgamento das igrejas (ver o estudo FALSOS MESTRES). Tais falsos profetas devem ser totalmente rejeitados

6.24 AI DE VÓS, RICOS! Jesus está falando a respeito daqueles, cujos propósitos, felicidade, ou alvos, na vida consistem principalmente em coisas materiais ou na busca de grandes riquezas (ver o estudo RIQUEZA E POBREZA)

6.26 AI DE VÓS QUANDO TODOS OS HOMENS FALAREM BEM DE VÓS. Quando uma grande parte do mundo incrédulo fala bem do crente ou de um professo ministro de Deus, isso pode indicar que ele não é um verdadeiro seguidor de Cristo, pois os falsos profetas sempre gozam de popularidade junto àqueles que não são leais a Cristo. O profeta ou ministro que serve a Deus passará pelas mesmas coisas que Cristo: sua vida e mensagem entrarão em conflito direto com os pecados dos
ímpios e, então, será por eles rejeitado.

6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nos versículos 27-42, Jesus nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui.

(1) Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna. Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a Deus e ao seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los a Cristo e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.9).

(2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando necessário for, pela honra de Deus, pelo bem ou segurança do próximo, ou proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).

6.29 NEM A TÚNICA RECUSES. Ver Mt 5.39 nota.

6.37 NÃO JULGUEIS. Ver Mt 7.1 nota.

6.38 DAI. Em conformidade com o princípio do amor, devemos dar aos necessitados (ver 2 Co 8.2 nota; ver o estudo O CUIDADO PELOS POBRES E NECESSITADOS). O próprio Deus medirá a generosidade do crente e o recompensará. A medida da bênção e da recompensa a recebermos será proporcional ao nosso interesse pelos outros e à ajuda que lhes damos (ver 2 Co 9.6).

6.45 SEU CORAÇÃO. Como centro do ser humano, o coração determina sua conduta e deve ser mudado ou convertido (ver Mt 7.20-23 nota e o estudo A REGENERAÇÃO). Sem tal mudança interna, ninguém consegue fazer a vontade de Deus (cf. Jr 24.7; 31.33; 32.39; Ez 36.23,27; Mt 7.16-20; 12.33-35; 15.18,19; 21.43; Lc 1.17; Rm 6.17).

6.46 NÃO FAZEIS O QUE EU DIGO. Ver Mt 7.21 nota.
 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 7º

7.9 TANTA FÉ. Ver Mt 8.10 nota.

7.13 ÍNTIMA COMPAIXÃO POR ELA. A compaixão que Jesus sentiu por essa viúva revela o seu amor e cuidado especiais pelas viúvas e qualquer outra pessoa que fica sozinha no mundo. O marido desta viúva morrera primeiro e, agora, o seu filho único (v. 12). Que situação! No tocante a essa compaixão de Deus, as Escrituras ensinam o seguinte:

(1) Deus é pai dos órfãos e defensor das viúvas (Sl 68.5 nota). Estão sob seu cuidado e proteção especiais (Ex 22.22,23; Dt 10.18; Sl 146.9; Pv 15.25).

(2) Mediante o dízimo e a abundância do seu povo, Deus supre as necessidades deles (Dt 14.28,29; 24.19-21; 26.12,13).

(3) Ele abençoa aqueles que os ajudam e os honram (Is 1.17,19; Jr 7.6,7; 22.3,4).

(4) Ele está contra aqueles que tiram proveito deles ou os lesam ( Ex 22.22,24; Dt 24.17; 27.19; Jó 24.3; Sl 94.6,16; Zc 7.10). (5) São beneficiados pelo terno amor e compaixão de Deus (vv. 11-17; Mc 12.42,43; 18.2-8; 21.2-4). (6) A igreja primitiva fez do cuidado deles uma prioridade (At 6.1-6). (7) Tiago declara que um dos aspectos da verdadeira fé em Cristo é cuidar dos órfãos e das viúvas nas suas aflições (Tg 1.27; cf 1 Tm 5.3-8).

7.24 UMA CANA ABALADA. Ver Mt 11.7 nota.

7.28 JOÃO BATISTA. Ver Mt 11.11 nota.

7.33 VINHO. Para um estudo das palavras bíblicas vinho e o seu uso nos tempos do NT, ver 1.15 nota e o estudo VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1).

7.34 COMILÃO... BEBEDOR DE VINHO. Vinho (gr. oinos) referia-se, no NT, a todos os tipos de vinho, tanto o não fermentado, como o fermentado (ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1)).

A declaração de Jesus indica que Ele bebia algum tipo de vinho, ao passo que João não bebia nenhum (v. 33). Não se pode, porém, determinar por meio deste texto que tipo de vinho Ele bebia, uma vez que a acusação dos fariseus a respeito do caráter de Jesus é totalmente falsa. Acusam Jesus de ser um comilão e beberrão, ou de beber com os pecadores, mas eram mentiras difamatórias e costumeiras, com o propósito de destruir a sua influência como mestre da justiça (ver Mt 12.24; Jo 7.20; 8.48). O próprio Jesus disse que quem come e bebe com os ébrios é um mau servo (Mt 24.48,49). Logo, não se pode provar, de modo nenhum, à base deste texto, que Jesus bebia vinho embriagante (para um exame do tipo de vinho que Jesus empregava, ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1) e (2); cf. Pv 23.31)

7.38 CHORANDO. Pelo seu amor e devoção por Jesus, esta mulher rega seus pés com lágrimas. O choro pode ser uma expressão de tristeza e pesar, ou de amor retributivo para com Cristo.

(1) Chorando em oração com fé, o crente exprime diante de Deus aquilo que está no seu coração. As lágrimas são também valiosas como oferenda e serviço a Ele (vv. 37-50; At 20.19,31; 2 Co 2.4; Sl 126.5,6; Jr 9.1; 14.17; 31.15,16; ver Ne 8.9 nota). O crente que, com fé e oração, chora diante de Deus, por contrição, arrependimento ou pela salvação dos pecadores torna-se participante dos sofrimentos de Cristo (2 Co 1.5; Fp 3.10; 1 Pe 4.13).

(2) O próprio Cristo chorou enquanto orava, e foi ouvido (Hb 5.7); Paulo por sua vez serviu ao Senhor com
muitas lágrimas (At 20.19; 2 Co 2.4). Também, hoje, os que choram em Cristo são chamados bem-aventurados (6.21). Deus, no futuro reino de Cristo, enxugará toda lágrima do seu povo (Ap 7.17; 21.4; quanto à oração com lágrimas, ler 2 Rs 20.5; Sl 39.12; Sl 56.8 nota).

7.47 MUITO AMOU. O verdadeiro amor e a sincera devoção a Cristo, da nossa parte, devem proceder da plena conscientização da gravidade dos pecados cometidos no passado, do amor dEle por nós, manifesto na sua morte na cruz, e da convicção pessoal de que Ele cuida daqueles a quem perdoou. A fé sem estes princípios não perdurará.

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 8º

8.3 O SERVIAM COM SUAS FAZENDAS. Essas mulheres, que tinham recebido cura e atendimento especial da parte de Jesus, honravam-no, contribuindo fielmente para o seu sustento e dos seus discípulos. O serviço e a devoção delas continuam sendo um exemplo para toda mulher que nEle crê. As palavras de Jesus em Mt 25.34-40 aplicam-se a nós na proporção em que lhe servimos.

8.4 PARÁBOLAS. Ver Mt 13.3 nota.


8.5 UM SEMEADOR SAIU A SEMEAR. Ver Mc 4.3 nota.

8.12 TIRA-LHES... A PALAVRA. Ver Mc 4.15, nota sobre conversões parciais.

8.13 CRÊEM POR ALGUM TEMPO E SE DESVIAM. Na interpretação da parábola do semeador, por Cristo, Ele mostra com clareza que alguém pode crer e iniciar uma sincera vida de fé, mas desviar-se depois, por não resistir à tentação. Por outro lado, há os que, ouvindo a Palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança (v. 15). Jesus ensina que é essencial que aqueles que recebem a Palavra a conservem ou guardem (11.28; Jo 8.51; 1 Co 15.1,2; Cl 1.21-23; 1 Tm 4.1,16; 2 Tm 3.13-15; 1 Jo 2.24,25; ver Jo 15.6, nota sobre o permanecer em Cristo).

8.14 SUFOCADOS COM OS CUIDADOS, E RIQUEZAS. Nós, que temos crido em Jesus, devemos sempre estar alerta para não deixar que as responsabilidades, abundância ou prazeres deste mundo venham a ocupar nossos pensamentos e alvos, a ponto de destruírem totalmente a nossa vida espiritual. Espinhos e ervas daninhas desse tipo, podem lenta, mas, inevitavelmente, sufocar a Palavra existente em nossa vida. Perguntemos a nós mesmos: O que está acontecendo na minha vida?

Estou sendo cada vez mais aprisionado pelas coisas temporais? Ou a Palavra de Deus e as coisas celestiais estão se tornando cada vez mais importantes na minha vida no decorrer do tempo?

8.18 LHE SERÁ DADO. Ver Mt 25.29 nota.

8.21 MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS. Somente são membros da família de Deus os que ouvem e obedecem a Palavra de Deus. Na família espiritual de Deus não pode haver ninguém tendo fé sem obediência.

8.27-33 UM HOMEM... POSSESSO DE DEMÔNIOS. A possessão demoníaca (a habitação de demônios numa pessoa) é um dos meios usados por Satanás e o seu reino, na sua luta contra o reino de Deus. Para mais sobre esse assunto, ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS

8.44 TOCOU NA ORLA DA SUA VESTE. Ver Mc 5.28 nota.

8.50 NÃO TEMAS: CRÊ SOMENTE. Ver Mc 5.36 nota.
 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 9º

9.1 VIRTUDE E PODER SOBRE TODOS OS DEMÔNIOS. Ver Mt 10.1 nota.

9.2 PREGAR O REINO... CURAR OS ENFERMOS. (1) Esta foi a primeira ocasião em que Jesus enviou os doze discípulos para representá-lo por palavras e atos. A instrução dada aos doze, conforme o trecho paralelo em Mateus, foi ir às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6). Depois da sua ressurreição, no entanto, Jesus ampliou o alcance, para abranger todas as nações, numa comissão que deve continuar até à consumação dos séculos ; até o fim do mundo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-20). (2) Os escritores dos Evangelhos deixam claro que a ordem de Jesus para pregar o reino de Deus (ver o estudo O REINO DE DEUS), raras vezes, foi dada à parte da ordem para curar os enfermos e expulsar demônios (Mt 9.35-38; 10.7,8; Mc 3.14,15; 6.7-13; 16.15,17; Lc 9.2,6; 10.1,9: cf. 4.17-19). É a vontade de Deus que a pregação do evangelho, hoje, seja acompanhada pela mesma demonstração do Espírito e de poder (Mt 10.1 nota; Mc 16.15-18; At 1.8; Rm 15.18,19; 1 Co 2.4,5; 4.20; ver o estudo SINAIS DOS CRENTES) a fim de enfrentar o desafio de Satanás nestes últimos dias (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5). (3) As igrejas de hoje não devem se comparar umas com as outras, mas com esta mensagem e padrão do NT. Estamos vendo e experimentando o reino de Deus da mesma maneira que os cristãos primitivos

9.12-17 ALIMENTADOS OS CINCO MIL. Ver Mt 14.19 nota.

9.23 TOME CADA DIA SUA CRUZ. Aceitar Jesus como Senhor e Salvador requer não somente crer na veracidade do evangelho, mas também assumir o compromisso de segui-lo com abnegação (ver Mc 8.34 nota). Cada dia, é preciso considerar a resolução de negar-se a si mesmo, ou viver para seus próprios desejos egoístas. Essa escolha determinará nosso destino eterno.

9.24 QUALQUER QUE... PERDER A SUA VIDA. Quem quiser viver aqui para o seu próprio prazer e felicidade, em vez de viver para fazer a vontade de Deus e segundo os seus princípios, acabará no engano e perdição. A verdadeira vida e felicidade consiste no abandono dos nossos próprios caminhos e viver em comunhão com Jesus, conforme os ensinos da sua Palavra.

9.26 QUALQUER QUE DE MIM... SE ENVERGONHAR. É sentir vergonha ou constrangimento diante do mundo, ao identificar-se com os caminhos, valores, e alvos que Jesus ensinou. É ter vergonha da sua Palavra, vergonha de afirmar sua inspiração divina e plenária, vergonha de viver à altura dela e de defendê-la. A tais pessoas Cristo rejeitará e condenará (Mt 10.33; Rm 1.16; 2 Tm 1.8,12,16; Ap 3.14-16; Mc 8.34 nota).

9.27 VEJAM O REINO DE DEUS Ver Mt 16.28 nota

9.29 TRANSFIGUROU-SE. Na sua transfiguração, Jesus foi transformado na presença de três discípulos, que viram a sua glória celestial, conforme Ele realmente era: Deus em corpo humano. A experiência da transfiguração foi: (1) um alento para Jesus ante a sua iminente morte de cruz (cf. Mt 16.21); (2) um comunicado aos discípulos de que Jesus teria de sofrer na cruz (v.31); e (3) uma confirmação, por Deus, que Jesus era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir a raça humana (v.35).

9.41 GERAÇÃO INCRÉDULA. Ver Mt 17.17 nota.

9.55 REPREENDEU-OS. O crente precisa ter cuidado para que sua fidelidade a Cristo e o seu fervor por Ele não abriguem um espírito de vingança ou violência contra os descrentes que vivem nas trevas do pecado.

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 10º

10.1 MANDOU-OS... DE DOIS EM DOIS. Este princípio de enviar obreiros de dois em dois é altamente importante na obra do Senhor. Para cada obreiro, isso significa fé e sabedoria reduplicadas, além da estimulante coragem de um companheiro.
Outros trechos que tratam do princípio de dois a dois são: Mt 18.16; Mc 6.7; 14.13; Lc 7.19; Jo 1.35-41; 8.17; At 9.38; 10.7; 15.36-40; 19.22; 2 Co 13.1; 1 Tm 5.19; Hb 10.28; Ec 4.9-12.

10.2 GRANDE É, EM VERDADE, A SEARA. Ver Mt 9.37 nota.

10.3 CORDEIROS AO MEIO DE LOBOS. Os crentes que observam fielmente a vontade de Deus enfrentarão muitos perigos. Serão como cordeiros indefesos em meio de lobos. Daí, todo crente deve buscar a Deus, invocando a sua presença, proteção e provisão.

10.9 CURAI OS ENFERMOS... É CHEGADO A VÓS O REINO DE DEUS . Jesus volta a enfatizar que o reino de Deus está vinculado à cura dos enfermos. Ver mais sobre o assunto em 9.2 nota

10.19 SERPENTES E ESCORPIÕES. São termos indicativos das mais perigosas forças espirituais do mal. O crente tem domínio sobre os espíritos malignos, pois Cristo nos deu seu poder e autoridade sobre Satanás (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

10.20 NÃO VOS ALEGREIS. Cristo adverte os discípulos para não fazerem do poder sobre os demônios, ou do sucesso no ministério, uma fonte fundamental da sua alegria. Devem alegrar-se, sim, por estarem redimidos do pecado e destinados ao céu (ver Mt 7.22,23 notas).

10.21 SÁBIOS E... CRIANCINHAS. Jesus se alegra porque seu Pai celestial proveu a compreensão das verdades espirituais, não aos intelectualmente sábios aos seus próprios olhos, mas aos que aceitam com humildade infantil a verdade revelada na sua Palavra. Aqueles que se julgam suficientemente sábios para questionar os ensinamentos das Escrituras, baseados no seu próprio conhecimento superior , o qual usam como fundamento para aceitar ou rejeitar a Palavra de Deus, estão excluídos da comunhão e do conhecimento do Filho (v.22)

10.27 AMARÁS AO SENHOR TEU DEUS... E AO TEU PRÓXIMO. Ver Mt 22.37-39 notas.

10.30 A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO. A parábola do Bom Samaritano destaca a verdade de que compaixão e cuidado são coisas intrínsecas à fé salvadora e à obediência a Cristo. Amar a Deus deve ser também amar ao próximo.

(1) A vida e a graça que Cristo transmite aos que o aceitam produzem amor, misericórdia e compaixão pelos necessitados e aflitos. Esse amor é um dom da graça de Deus através de Cristo. O crente tem a responsabilidade de viver à altura do amor do Espírito
Santo tendo, dentro dele, um coração não endurecido.

(2) Quem afirma ser cristão, mas tem o coração insensível diante do sofrimento e da necessidade dos outros, demonstra cabalmente que não tem em si a vida eterna (vv. 25-28; 31-37; cf. Mt 25.41-46; 1 Jo 3.16-20).

10.42 UMA SÓ É NECESSÁRIA. Embora o serviço ativo e prático do crente para Deus seja primordial e bom, nossa tarefa primeira e mais importante é o amor e a devoção que se expressam na adoração e oração tranqüilas, em comunhão com o Senhor (ver Mt 26.13 nota). Estamos tão ocupados na obra do Senhor, na freqüência aos cultos da igreja, na execução das boas obras, que nos esquecemos da comunhão espiritual com nosso Salvador?

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 11º

11.2-4 A ORAÇÃO DO SENHOR. Ver Mt 6.9-15, notas sobre a Oração do Senhor.

11.3 O NOSSO PÃO COTIDIANO. O crente deve aprender a orar por seu sustento (cf. Mt 6.11), tendo por base quatro princípios bíblicos. Sua petição deve ser:

(1) de conformidade com a vontade de Deus e para sua glória (Mt 6.10,33; 1 Co 10,31; 1 Jo 5.14,15);

(2) de modo que, por ela, Deus demonstre seu amor paternal ao crente (Mt 6.9, 25-34);

(3) para suprir suas necessidades básicas e dar-lhe condições de praticar os deveres cristãos (2 Co 9.8; 1 Tm 6.8; Hb 13.5); e

(4) para pedir coisas para si somente depois de dar fielmente a Deus e ao próximo (2 Co 9.6; ver 2 Co 8.2 nota).

11.9 PEDI... BUSCAI... BATEI. Ver Mt 7.7 nota.

11.11 LHE DARÁ... UMA SERPENTE. Ver Mt 7.11, nota sobre o cuidado de Deus pelos seus.

11.13 DARÁ... O ESPÍRITO SANTO ÀQUELES QUE LHO PEDIREM. Este versículo, provavelmente, não se refere ao Espírito Santo ser concedido ao crente a partir do novo nascimento (Jo 3.3), uma vez que a partir da conversão todos os crentes passam a ter permanente em si a presença do Espírito Santo (Rm 8.9,10; 1 Co 6.19,20; ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS). Aqui, provavelmente, trata-se de quem já é salvo, e, neste caso, dar o Espírito Santo refere-se à plenitude do Espírito Santo, que Cristo prometeu aos que já são filhos do Pai celestial (ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO)

11.20 OS DEMÔNIOS... O REINO DE DEUS. O trecho de 11.20-26 revela três coisas:

(1) O sucesso do reino de Deus na terra está em proporção direta à destruição do poder de Satanás e à libertação do homem perdido da escravidão do pecado e do demonismo (v. 20);

(2) Satanás lutará contra o estabelecimento do reino de Cristo na terra (vv. 24-26; Mt 13.18-30; Ap 12.12); e

(3) Jesus demonstra o seu poder e autoridade divinos sobre Satanás, ao derrotá-lo, desarmá-lo e despojá-lo de seu poder (vv. 20-22; Cl 2.15). Mais sobre este assunto, nos estudos O REINO DE DEUS e PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS

11.23 QUEM NÃO É COMIGO É CONTRA MIM. Jesus declara que é impossível permanecer neutro no conflito espiritual entre o seu reino e o poder do mal.

(1) Aquele que não se une a Cristo na oposição a Satanás e à iniqüidade deste mundo, posiciona-se, na realidade, contra Jesus Cristo. Cada um, ou está lutando por Cristo e pela justiça, ou por Satanás e pela impiedade.

(2) As palavras de Jesus condenam qualquer intento de posição neutra ante a iniqüidade, bem como obediência parcial.

11.26 SETE ESPÍRITOS PIORES... E... HABITAM ALI. O assunto aqui fica claro, ante o trecho paralelo de Mt 12.43-45 nota, que fala da casa desocupada.

(1) A passagem ressalta o fato de que na sua conversão (Jo 3.3) o crente deve, não somente ser liberto do pecado, mas também, a partir daí, dedicar-se totalmente a Cristo, à oração, à retidão, à Palavra e ao recebimento da plenitude do Espírito Santo.

(2) Satanás não deixa de atacar o crente após a sua conversão. Seu poder é uma ameaça contínua e incessante (22.31; ver Mt 6.13 nota). A nossa proteção contra o pecado e Satanás vem pela nossa plena consagração a Cristo e o emprego de todos os meios de graça que nos são disponíveis através de Cristo (ver Ef 6.11 nota).

(3) O crente que foi liberto de poderes demoníacos, porém não renuncia totalmente ao pecado, não dá liberdade em sua vida ao Espírito de Deus e está dando lugar ao retorno de espíritos maus piores do que os anteriores.

11.34 A CANDEIA DO CORPO É O OLHO. O olho é o meio de que o corpo dispõe para receber luz. Se o olho for saudável, seu dono pode plenamente receber luz e empregá-la. Se o olho for anormal e doentio, a escuridão vai prevalecer, e seu portador não pode caminhar, nem trabalhar porque não enxerga.

(1) Igualmente quando a visão espiritual de alguém, i.e., quando suas atitudes, seus motivos e desejos se inclinam para Deus, então a luz da Palavra divina penetra em seu espírito produzindo bênçãos, fruto e salvação (Gl 5.22,23). Por outro lado, se os desejos dessa pessoa não se coadunam com as coisas de Deus, a revelação e a verdade divinas não surtirão efeito.

(2) Cada crente deve examinar sua vida, conservando plenamente sadia a sua visão espiritual, para que o evangelho possa santificá-lo e renovar sua vida interior. Acolhemos o ensino da Escritura, ouvido, ou lido, com amor sempre crescente a Deus, a Cristo e à própria Palavra? ou apesar de todas as mensagens do evangelho e ensinos bíblicos recebidos, a alma está inerte, dominada pelo pecado? Se está ocorrendo este último caso, a visão espiritual desse crente está arruinada e seu corpo cheio de trevas. Nesse caso, deve haver confissão de pecados, arrependimento e separação de tudo o que leva às trevas.

11.42 AI DE VÓS. Ver Mt 23.13, nota sobre a condenação dos pecados dos fariseus, por Cristo.

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 12º

12.1 HIPOCRISIA. Jesus condena a hipocrisia dos fariseus e adverte seus discípulos a se precaverem contra esse pecado na sua própria vida e ministério.

(1) Hipocrisia é a pessoa fingir ser aquilo que não é, por exemplo, fingir em público ser crente piedoso e fiel, enquanto, na realidade, acalenta pecados ocultos de imoralidade, cobiça, concupiscência e outros mais. O hipócrita é um enganador, em se tratando da retidão prática (ver o estudo FALSOS MESTRES).

(2) Uma vez que a hipocrisia envolve viver a mentira, isso faz do hipócrita um cooperador e aliado de Satanás, o pai da mentira (Jo 8.44).

(3) Jesus adverte seus discípulos de que toda a hipocrisia e pecado oculto serão descobertos; se não for nesta vida, certamente o será no dia do juízo (ver Rm 2.16; 1 Co 3.13; 4.5; Ap 20.12). Aquilo que é feito secretamente, será revelado abertamente em alguma ocasião (vv. 2,3).

(4) A hipocrisia é um sinal de que a pessoa não teme a Deus (v. 5), nem possui o Espírito Santo com sua graça regeneradora (ver Rm 8.5-14; 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5). Quem permanecer nessa condição, não poderá escapar da condenação do inferno (Mt 23.33)

12.5 A ESSE TEMEI. Os discípulos de Jesus devem ter reverente temor da majestade e santidade de Deus e da sua ira contra o pecado (cf. Is 6.1-5).

12.8 ME CONFESSAR DIANTE DOS HOMENS. Ver Mt 10.32 nota.

12.9 QUEM ME NEGAR. Negar a Cristo é: (1) deixar de reconhecer diante dos ímpios que somos seus seguidores; e (2) recusar-se a dar testemunho do evangelho e dos princípios da justiça de Cristo ante uma sociedade carente de valores cristãos.

12.10 BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO. Ver Mt 12.31 nota.

12.15 ACAUTELAI-VOS... DA AVAREZA. Fazer dos ganhos ou das riquezas da terra o propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição eterna (vv. 20,21).

1) A palavra grega traduzida avareza (pleonexia), literalmente significa a sede de possuir mais.

(2) A avareza nada tem com o provimento das nossas próprias necessidades e as da nossa família (cf. Pv 6.6). Enquanto trabalhamos para suprir as nossas necessidades, devemos ser ricos para com Deus e buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça (v. 31; cf. Mt 6.33 nota).

(3) Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus e examinar se há egoísmo e avareza em seu próprio coração (para mais sobre esse assunto, ver o estudo RIQUEZA E POBREZA)

12.22 NÃO ESTEJAIS APREENSIVOS PELA VOSSA VIDA. Ver Mt 6.25 nota.

12.24 QUANTO MAIS VALEIS. Ver Mt 6.25,30 notas.

12.31 BUSCAI... O REINO DE DEUS . Ver Mt 6.33 nota

12.33 VENDEI O QUE TENDES. Ver Mt 19.21 nota; 1 Co 16.2; 2 Co 8.1-5, para o significado do que Jesus diz aqui.

12.34 VOSSO TESOURO... VOSSO CORAÇÃO. O coração, (i.e., sentimentos, pensamentos, desejos, valores, vontade e decisões) da pessoa é atraído pelas coisas que ela considera mais importantes (ver o estudo O CORAÇÃO).

(1) Quem tem como seu tesouro as coisas terrestres, terá seu coração escravizado por tais coisas.

(2) Se o reino de Deus, as coisas celestiais, a sua Palavra, a sua presença, a sua santidade e nosso relacionamento com Ele são o nosso tesouro, nosso coração será atraído às coisas do seu reino e nossa vida estará voltada para o céu e para a volta de nosso Senhor (vv. 35-40)

12.35-40 LOMBOS CINGIDOS E LÂMPADAS ACESAS. No tocante à vinda do Senhor para buscar os seus, a igreja do NT apenas sabia que ela estava perto, podendo ocorrer a qualquer momento (ver Mc 13.35 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Todos os crentes eram exortados a estarem espiritualmente preparados em todo tempo, aguardando a volta do Senhor.

(1) O crente deve estar tão dedicado a Cristo como seu maior tesouro (v. 34), que sua esperança e anseio devem ser a volta de Jesus (vv. 35-37).

(2) o crente deve estar em tudo preparado, na expectativa do momento desconhecido da vinda de Cristo (vv. 38-40 notas);

(3) A vinda de Cristo é iminente, i.e., Ele pode vir a qualquer momento (v. 38). O crente deve estar esperando e aguardando a pessoa de Cristo, e não um conjunto de eventos que pode começar a qualquer momento (ver 1 Co 15.51 notas; Mt 24.42,44 notas; Jo 14.3 nota)

12.36 ESPERAM O SEU SENHOR. Ver Mt 25.1,4 notas.

12.38 BEM-AVENTURADOS SÃO OS TAIS SERVOS. Uma bênção especial da presença e dos cuidados de Cristo está reservada àqueles que, com total prontidão e fidelidade, esperam (v.36) e vigiam (v. 37) pela volta do seu Senhor, durante o tempo entre a sua ascensão e a sua segunda vinda.

12.40 À HORA QUE NÃO IMAGINAIS. Os servos de Deus devem sempre estar espiritualmente preparados e vivendo em obediência (v.35), porque o Senhor virá num momento inesperado. Outros trechos ressaltando a mesma verdade: Mt 24.36, 42-44; Lc 21.34; 1 Ts 5.2-4.

12.42-48 O SERVO FIEL E O INFIEL. Jesus revela aqui que há duas maneiras de viver de todo crente em relação à sua ausência e promessa da sua volta.

(1) Estar ele sempre vigilante e, espiritualmente, pronto para a volta do Senhor a qualquer momento, para receber a bênção do seu Mestre (ver v. 35 nota; Mc 13.35 nota; Jo 14.3 nota).

(2) Viver descuidado, julgando que o Senhor adiará a sua vinda; deixar de resistir ao pecado e afastar-se do caminho da fidelidade. Deste modo, ele será alvo da condenação e da ira do Senhor e herdará eterna vergonha e ruína na sua vinda (vv. 45, 46; cf.Mt 24.44 nota; Jo 5.24 nota; 15.6 nota).

12.45 O MEU SENHOR TARDA EM VIR. Negar que Cristo pode voltar a qualquer momento para julgar o discípulo infiel e negligente torna sem efeito a exortação de Cristo para que perseveremos ante a sua vinda inesperada (vv. 35,37,38,40). É exatamente o fato de não haver oportunidade para arrependimento e conversão, na vinda repentina de Cristo, que a torna uma fatalidade para os crentes apóstatas. A vinda de Cristo é como a morte é definitiva. Ela pode ocorrer a qualquer momento
(ver Mt 24.42,44 notas; Mc 13.35 nota; 2 Ts 2.11 nota).

12.48 COM POUCOS AÇOITES SERÁ CASTIGADO. Assim como haverá diferentes graus de glória no novo céu e na nova terra (1 Co 15.41,42), também haverá diferentes graus de sofrimento no inferno. Aqueles que estão eternamente perdidos sofrerão diferentes graus de castigo, conforme os privilégios e responsabilidades que aqui tiveram (cf. Mt 23.14; Hb 10.29).

12.51 VIM TRAZER... DISSENSÃO. Ver Mt 10.34 nota.

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 13º

13.6-9 FIGUEIRA... MANDARÁS CORTAR. A parábola da figueira refere-se primeiramente a Israel (cf. 3.9; Os 9.10; Jl 1.7). Sua verdade, no entanto, aplica-se a todas as pessoas que professam crer em Jesus, mas não abandonam o pecado.
Embora Deus dê a todos ampla oportunidade de se arrependerem, Ele não tolerará para sempre o pecado. O tempo virá quando a graça e a misericórdia de Deus serão removidas e os impenitentes castigados sem misericórdia (cf. 20.16; 21.20-24).

13.11 UM ESPÍRITO DE ENFERMIDADE. Jesus mostra, aqui, que certas enfermidades são efeito direto da ação ou opressão de demônios. O sofrimento desta mulher aleijada procedia de um espírito , i.e., um emissário de Satanás (vv.11,16; cf. Mt 9.32,33; 12.22; Mc 5.1-5; 9.17,18; At 10.38).

13.16 SOLTAR DA PRISÃO. Um pecado terrível aos olhos de Cristo é o crente deixar de ouvir o clamor da humanidade sofredora (vv. 11-14). Jesus ensina, aqui, que o gênero humano está aprisionado pelo pecado, pela enfermidade e pela morte, vivendo em aflição e grande necessidade (vv. 11,16; Mt 4.23; At 26.18). Hoje, é grande o perigo de nos tornarmos insensíveis ante a miséria e o sofrimento do mundo, por causa dos divertimentos proporcionados pelos meios de comunicação, que cada vez mais primam em apresentar a imoralidade e a violência como formas de prazer. O verdadeiro discípulo será como seu Mestre. Estará atento às aflições do próximo e ouvirá os gemidos da criação (10.33-37; Rm 8.22; ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS)

13.19 AO GRÃO DE MOSTARDA. A parábola do grão de mostarda e a do fermento, que se lhe segue, completam-se entre si. Falam do crescimento do mal dentro do atual reino visível de Deus. A parábola do grão de mostarda fala do pequeno começo desse reino e seu desenvolvimento subseqüente no decurso do tempo. Ele começou apenas com Jesus e um grupo de discípulos dedicados (ver Jo 20.22; At 2.4).

No entanto, a manifestação atual e visível do reino crescerá até tornar-se grande, organizado e poderoso. Ele aceitará, nos seus ramos , (i.e., na sua comunhão) as aves do céu, i.e., elementos malignos que removem as sementes da verdade. Ver Mt 13.4,19, onde as aves figuram os agentes do mal. Ver também Ap 18.2, onde a grande Babilônia (representando a igreja apóstata) torna-se morada de demônios e esconderijo de toda ave imunda e aborrecível (ver o comentário de Ap 2,3, a descrição de Cristo sobre a decadência espiritual infiltrando-se na maioria das sete igrejas; Ap 18.4, nota sobre a igreja falsa).


13.21 FERMENTO. O fermento é, normalmente, considerado, nas Escrituras, tipo da presença do mal ou da impureza. Ele fermenta, desintegra ou corrompe (ver Ex 12.19; 13.6-8; Lv 2.11; 6.17; Dt 16.3,4; Am 4.4,5; Ex 13.17 nota). No NT, o fermento é empregado para representar o falso ensino e as doutrinas malignas dos fariseus, dos saduceus (Mt 16.6,12), e dos herodianos (Mc 8.15). Em 1 Co 5.6-8, o fermento representa a maldade e malícia , em contraste com a sinceridade e verdade (cf. Gl 5.9). Por isso, muitos entendem que esta parábola refere-se a doutrinas falsas e malignas e à injustiça, que se alojam no atual reino visível de Deus.

(1) Esse fermento do mal espalhar-se-á em todos os setores da obra de Deus. Ele acha-se:

(a) no modernismo, no liberalismo religioso e na Teologia da Libertação, que exaltam o raciocínio humano acima da autoridade das Escrituras (cf. Mt 22.23,29);

(b) no mundanismo e práticas imorais permitidos por certas igrejas e seus líderes (cf. Ap 2,3);
(c) na busca da fama ou do poder dentro da igreja, por homens que se preocupam mais com suas próprias ambições do que com a glória de Deus (cf. Mt 23); (d) nas falsas doutrinas (cf. Gl 1.9); (e) nos falsos mestres (cf. Mt 24.11,24); e

(f) nos cristãos professos, que nunca nasceram de novo (cf. Mt 23; Jd 12-19). Perto do fim da presente era, esses males se infiltrarão na obra de Deus, através das denominações, das igrejas locais, dos institutos bíblicos, das faculdades de teologia, dos seminários, e dos ministérios todos liberais, até o ponto de o evangelho apostólico do NT e a vida santificada serem coisas raras de se ver (ver 18.8; Gl 1.9 nota; 1 Tm 4.1 nota; Ap 2 e 3; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO e OS PASTORES E SEUS DEVERES).

(2) Todo cristão deve tomar cuidado para que o fermento do mal não afete sua vida. O segredo da vitória contra isso consiste em sempre olhar para Jesus com fé (Hb 12.2,15; Tt 2.13); em desprezar as coisas do mundo (1 Jo 2.15-17; Tg 1.27); em permanecer na Palavra de Deus (Jo 15.7; Tg 1.21); aguardar a volta de Cristo (12.35-40); em constantemente ouvir e obedecer a voz do Espírito Santo (Rm 8.12-14; Gl 5.16-18); em estar disposto a sofrer com Cristo (Rm 8.17); e por Cristo (Fp 1.29); em lutar contra todas as formas do mal (1 Co 10.6; 1 Ts 5.15; 1 Pe 3.11); em defender o evangelho (Fp 1.17); e em revestir-se de toda a armadura de Deus (Ef 6.11-18)

13.24 A PORTA ESTREITA. Ver Mt 7.14 nota.

13.30 DERRADEIROS SERÃO OS PRIMEIROS. Ver Mt 19.30 nota.

13.34 JERUSALÉM... QUE MATA OS PROFETAS. A tristeza e as lágrimas (cf. 19.41) de nosso Senhor, por causa da rebeldia de Jerusalém, evidenciam a livre vontade do homem em resistir à graça e à vontade de Deus (19.41 nota; At 7.51; Rm 1.18-32; 2.5).

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 14º

14.11 SE EXALTAR SERÁ HUMILHADO. O Salvador adverte que aqueles que se exaltam nesta vida, serão humilhados no futuro reino dos céus. O que importa aqui é nossa posição de honra diante de Deus. Essa honra não pode ser obtida por presunção; ela tem origem somente na humildade e na condição de servo (vv. 12-14) e pela busca da honra que vem só de Deus (Jo 5.44).

14.15-24 A PARÁBOLA DA GRANDE CEIA. Embora esta parábola originalmente se aplique a Israel e à sua rejeição ao evangelho, também se aplica, hoje, às igrejas e a cada crente professo.

(1) O assunto desta parábola é o dia da ressurreição em sua glória celestial futura (vv. 14,15; cf. 22.18), i.e., a volta de Cristo para levar os seus para o reino celestial.

(2) Aqueles que, inicialmente, aceitaram o convite, mas não compareceram, representam os que aceitaram (ou aparentemente aceitaram) o convite de Jesus à salvação, mas seu amor a Cristo e ao seu reino celestial esfriou (vv. 17-20).

(3) Tais pessoas deixaram de ter como objetivo as coisas celestiais (vv. 18-20). Rejeitaram a admoestação bíblica de buscarem as coisas que são de cima, e não as que são da terra, enquanto esperam o aparecimento de Cristo (Cl 3.1-4). Sua esperança e sua vida se centralizam nas coisas deste mundo, e já não desejam uma [pátria] melhor, isto é, a celestial (Hb 11.16).

(4) O versículo 22 indica que também haverá aqueles, cujo coração está ligado com Cristo no céu, e não nas vantagens desta vida. Oram juntamente com o Espírito e a noiva: Ora, vem, Senhor Jesus (Ap 22.20).

14.26 ABORRECER A SEU PAI. A palavra aborrecer , neste versículo, significa amar menos (cf. 14.26 com Mt 10.37; Gn 29.31 nota; Ml 1.3 nota). O que Jesus requer aqui é que nossa lealdade e amor a Ele sejam superiores a todos os demais vínculos em nossa vida, inclusive os da nossa própria família.

14.27 LEVAR A SUA CRUZ. Ver 9.23 nota; Mc 8.34 nota.

14.28-33 O PREÇO DO DISCIPULADO. Jesus ensina que aquele que deseja segui-lo e ser seu discípulo deve resolver primeiro se está disposto a pagar o preço disso. O preço do discipulado verdadeiro é abrir mão de todos os relacionamentos e posses, i.e., tudo quanto temos: bens materiais, família, nossa própria vida, com suas ambições, planos e interesses (v. 33). Isto não significa que devemos abandonar tudo quanto temos, mas que tudo quanto temos deve ser colocado a serviço de Cristo e sob sua direção (ver 13.24; Mt 7.14; cf. Jo 16.33; 2 Tm 3.12).


 

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 15º

15.4 APÓS A PERDIDA. O versículo-chave de Lucas afirma que o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido (19.10). As três parábolas de Lc 15: A Ovelha Perdida, A Dracma Perdida e O Filho Pródigo revelam que Deus é aquele que, no seu amor, busca a pessoa perdida para salvá-la. Nelas aprendemos que:

(1) é da máxima importância para o coração de Deus a nossa busca dos perdidos (vv. 4,8,20,24); (2) tanto Deus quanto o céu se regozijam, mesmo quando um só
pecador se arrepende (vv. 7,10); e (3) nenhum labor ou sofrimento nosso é demasiado grande na busca dos perdidos para levá-los a Cristo (vv. 4,8).

15.7 ALEGRIA NO CÉU. Deus e os anjos, no céu, têm tamanho amor e compaixão daqueles que estão no pecado e na morte espiritual, que quando um só pecador se arrepende alegram-se manifestamente. Sobre o amor de Deus pelos pecadores, ver Is 62.5; Jr 32.41; Ez 18.23,32; Os 11.8; Jo 3.16; Rm 5.6-11; 2 Pe 3.9.

15.8 BUSCA COM DILIGÊNCIA ATÉ A ACHAR. O crente deve orar para que o Espírito Santo encha seu coração de desejo intenso de levar os pecadores à salvação.

15.13 PARTIU PARA UMA TERRA LONGÍNQUA. Nesta parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e de egoísmo, no seu sentido cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou desviado é como o filho mais jovem da parábola, que, em busca dos prazeres do pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe deu. O resultado é desilusão e tristeza, e, às vezes, condições pessoais degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se encontra no relacionamento correto com Deus.

15.17 E CAINDO EM SI. Antes de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado de escravidão do pecado e de separação de Deus (vv. 14-17). Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser (vv. 17-19). É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação pecaminosa.

15.20 QUANDO AINDA ESTAVA LONGE. Pai e mãe crentes devem saber que Deus ama o filho pródigo deles e anseia pela sua salvação ainda mais do que eles. Ore e confie em Deus, para que Ele busque esse filho pródigo até que o mesmo volte ao Pai celestial.

15.20 VIU-O SEU PAI, E SE MOVEU DE ÍNTIMA COMPAIXÃO. A descrição que Jesus faz da reação favorável do pai, diante da volta do filho, ensina várias verdades importantes:

(1) Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles.

(2) O amor de Deus por eles é tão grande que nunca cessa de sentir pesar por eles e esperar a sua volta.

(3) Quando o pecador, de coração, volta para Deus, Ele sempre está plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os plenos direitos de um filho (cf. Jo 1.12). Os benefícios da morte de Cristo, a influência do Espírito Santo e a graça de Deus estão à disposição daqueles que buscam a Deus.

(4) A alegria de Deus pela volta dos pecadores é incomensurável (vv. 6,7,10,22-24).

15.24 MEU FILHO ESTAVA MORTO... PERDIDO. Perdido é empregado no sentido de estar perdido em relação a Deus, como ovelha desgarrada (1 Pe 2.25; cf. Is 53.6). A vida afastada da comunhão com Deus é morte espiritual (Ef 2.1; 1 Jo 3.14). Voltar-se para Deus é alcançar vida verdadeira (Jo 11.26).

15.28 ELE SE INDIGNOU. O filho mais velho representa aqueles que têm sua religião e que, exteriormente, guardam os mandamentos de Deus, porém interiormente estão longe dEle e dos seus propósitos para o seu reino (vv. 28-30).


 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 16º

16.8 LOUVOU... O INJUSTO MORDOMO. Cristo usa esta ilustração para ensinar que os incrédulos têm muito interesse nas coisas materiais, para promover seus próprios interesses e bem-estar. Por outro lado, os crentes freqüentemente não têm suficiente mentalidade celestial para usar seus bens terrenos para promover seus interesses espirituais e celestiais.

16.9 AS RIQUEZAS DA INJUSTIÇA. A injustiça, a cobiça e o poder estão comumente envolvidos na acumulação e emprego das riquezas deste mundo (ver o estudo RIQUEZA E POBREZA). Devemos empregar nossos bens e dinheiro de modo a promover os interesses de Deus e a salvação do próximo

16.11 SE... NÃO FOSTES FIÉIS. Quem não é digno de confiança na aquisição e emprego de bens terrestres, tampouco o será com as coisas espirituais. Por isso, os crentes e, especialmente, os líderes da igreja, devem estar libertos do amor ao dinheiro (1 Tm 3.1-3).

16.13 NÃO PODEIS SERVIR A DEUS E A MAMOM. As riquezas do mundo tornam muito difícil a pessoa ter Deus como centro da sua vida. Mais sobre esse assunto no estudo RIQUEZA E POBREZA

16.14 FARISEUS... AVARENTOS. Os fariseus consideravam as riquezas uma bênção divina, derivada da sua observância fiel da lei. Zombavam de Jesus (v. 14), que era pobre, porque consideravam que sua pobreza era um sinal de que Deus não o honrava (ver o estudo RIQUEZA E POBREZA)

16.18 QUALQUER QUE DEIXA SUA MULHER E CASA COM OUTRA ADULTERA. Jesus declara, em 16.18, que quem se divorcia (ou abandona) seu cônjuge por motivos não bíblicos (ver Mt 19.9 nota), e depois se casa com outrem, adultera . Adulterar , em grego, aqui, é um verbo no presente do indicativo ativo, denotando ação contínua. Isto é, enquanto o cônjuge inocente e abandonado ou divorciado busca ou deseja a reconciliação, o outro culpado de infidelidade estabelece um relacionamento conjugal adúltero com outra pessoa. Visto que, neste caso, Deus não considera nulo o casamento anterior, um novo casamento do cônjuge culpado passa a ser adultério.

(1) A principal questão moral neste caso é se o novo casamento do cônjuge culpado significa abandono das suas obrigações maritais e responsabilidades paternais (ou maternais) do primeiro casamento, ainda possíveis de serem cumpridas. Se houver desejo de reconciliação por parte do ex-cônjuge inocente, o caso acima não deixa dúvida. O cônjuge culpado está em adultério se casar novamente (cf. Mc 10.11,12).

(2) Quando o cônjuge infiel abandona o outro e não pode mais retornar, porque o outro cônjuge não o aceita mais, ou porque o próprio cônjuge infiel já casou de novo de modo adúltero, como Jesus descreveu, é possível tal pessoa regularizar este novo casamento (i.e, deixar de ser adúltero diante de Deus), mediante seu arrependimento sincero e bíblico diante dEle, e a resolução de manter o novo casamento dentro dos princípios divinos.


16.19-31 O RICO E LÁZARO. O rico levou uma vida egocêntrica. Escolheu mal e sofreu eternamente (vv. 22,23). Lázaro viveu a totalidade da sua vida na pobreza, mas seu coração era reto para com Deus. Seu nome significa Deus é meu socorro , e ele nunca abdicou da sua fé em Deus. Morreu e foi imediatamente levado ao Paraíso, para estar com Abraão (v. 22; 23.43; At 7.59; 2 Co 5.8; Fp 1.23). Os destinos desses dois homens foram irreversíveis a partir da sua morte (vv. 24-26).
 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 17º

17.2 AO PESCOÇO UMA PEDRA DE MOINHO. Fazer alguém pecar por causa do nosso exemplo, atitude ou negligência trará castigo tão severo que seria preferível morrer a cometer tal pecado (ver Mt 18.6 nota).

17.3,4 SE ELE SE ARREPENDER, PERDOA-LHE. No tocante à declaração de Jesus a respeito do perdão ao próximo, observemos o que se segue:

(1) Jesus deseja que o crente queira sempre perdoar e ajudar os que o ofendem, em vez de abrigar um espírito de vingança e ódio.

(2) O perdão e a reconciliação não podem ocorrer verdadeiramente, até que o transgressor reconheça sua ação errada e se arrependa sinceramente. Além disso, Jesus não se referia ao mesmo delito repetido constantemente.

(3) O ofendido deve estar disposto a continuar perdoando, se o culpado se arrepender sinceramente (v. 4). Quanto a perdoar sete vezes no dia , Jesus não está justificando a prática do pecado habitual. Nem está Ele dizendo que o crente deve permitir que alguém o maltrate ou abuse dele indefinidamente. Seu ensino é que devemos estar sempre dispostos a ajudar e perdoar o ofensor.

17.6 FÉ. Ver Mt 17.20 nota; 21.21 nota; Mc 11.24 nota; ver o estudo FÉ E GRAÇA

17.16 DANDO-LHE GRAÇAS. Nós, que recebemos de Deus o amor, a graça, a salvação e todas as suas bênçãos espirituais, não devemos esquecer-nos de render-lhe graças. O que Ele tem feito por nós deve nos motivar a nos aproximarmos dEle com um coração agradecido. Nós o amamos porque ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).

17.21 O REINO DE DEUS ESTÁ ENTRE VÓS. Jesus ensina que a natureza atual do reino de Deus é espiritual, e não material, nem política. O Reino de Deus não vem com aparência exterior (v. 20), i.e., não vem como poder político terrestre. Pelo contrário, está dentro dos corações dos crentes, no meio deles, e consiste em justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Ele se manifesta, ao vencermos, pelo poder do Espírito Santo, o poder do pecado, da enfermidade e de Satanás, e não pela conquista de reis e nações (ver o estudo O REINO DE DEUS). Quando Jesus vier novamente a este mundo, o reino será visto com todo o seu poder e glória (v.24; cf. Mt 24.30), quando ele triunfar sobre reis e nações (Ap 11.15-18; 19.11-21)

17.26 NOS DIAS DE NOÉ. Ver Mt 24.37 nota.

17.31 NAQUELE DIA. Ver Mc 13.14, nota sobre a abominação que causa desolação (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)

17.32 LEMBRAI-VOS DA MULHER DE LÓ. O erro trágico da esposa de Ló foi pôr seu coração numa sociedade terrestre, e não num povo celestial (cf. Hb 11.10). Olhou para trás, porque seu coração continuava em Sodoma (Gn 19.17-26). Cada crente deve perguntar: meu coração está mais ligado às coisas terrenas do que a Jesus e à esperança da sua volta?

17.37 O CORPO... AS ÁGUIAS. Este versículo fala da certeza do juízo dos que estão espiritualmente mortos (cf. Mt 24.28; Ap 19.17,18). Tão certo como os abutres vão aonde está a carniça, assim também virá o juízo sobre os ímpios na segunda vinda de Cristo.


 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 18º

18.1 O DEVER DE ORAR SEMPRE. O empenho constante de Jesus era levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, para cumprirem a vontade de Deus na suas vidas (ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Desta parábola da viúva que perseverava em oração, aprendemos que:

(1) Os crentes devem perseverar em oração em todo tempo, até a volta de Jesus (vv. 7,8; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18; 1 Ts 5.17).

(2) Nesta vida, temos um adversário (v. 3), que é Satanás (1 Pe 5.8). A oração pode nos proteger do Maligno (Mt 6.13).

(3) Através da oração, os filhos de Deus devem clamar-lhe contra o pecado e por justiça (v. 7). (4) A oração perseverante é considerada como fé (v. 8). (5) Nos últimos dias antes da volta de Cristo haverá um aumento de oposição diabólica às orações dos fiéis (1 Tm 4.1). Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo, muitos deixarão de ter uma vida de perseverante oração (8.14; Mt 13.22; Mc 4.19)

18.7 ESCOLHIDOS... CLAMAM... DE DIA E DE NOITE. Os verdadeiros escolhidos de Deus (i.e., os que perseveram na fé e na santidade) nunca cessarão de clamar a Deus pela volta de Cristo à terra, a fim de destruir o poder de Satanás e o presente sistema iníquo deste mundo. Perseverarão na oração, para Deus depressa fazer justiça (vv. 3,8) e para Cristo reinar em justiça, sabendo que a sua segunda vinda é a única esperança veraz para este mundo (cf. Jo 14.2; 1 Ts 5.2,3; 2 Ts 2.8; Ap 19.11-21).

18.8 LHES FARÁ JUSTIÇA. Quando Jesus voltar para aqueles que a Ele clamam dia e noite (v. 7), Ele porá fim às suas aflições, seu sofrimento e perseguição da parte de um mundo hostil e maligno e os levará para estar com Ele (Jo 14.2,3 notas). Na sua vinda, os fiéis serão arrebatados... nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17). Então, Deus julgará os ímpios na sua justiça (1 Ts 5.2,3,9).

18.8 ACHARÁ FÉ NA TERRA? Esta pergunta de Jesus, provavelmente, indica que à medida que se aproxima a volta de Cristo, o mal se tornará cada vez pior, de modo que muitos da igreja se apartarão da fé em Cristo (Mt 24.11-13,24; 1 Tm 4.1; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO; O PERÍODO DO ANTICRISTO; e A APOSTASIA PESSOAL). À medida que o fim se aproxima, a preocupação de todo crente deve ser: estou perseverando na fé, firme na oração, buscando a Deus para que prevaleça a justiça e sua santa causa triunfe em tudo, para sempre? Ou estou tão preocupado com as coisas desta vida, que não anseio pela volta de Cristo e seu reino eterno? (Ap 19-22)

18.9-14 O FARISEU E O PUBLICANO.

(1) O fariseu era justo aos seus próprios olhos. A pessoa que pensa ser justa por causa dos seus próprios esforços não tem consciência da sua própria natureza pecaminosa, da sua indignidade e da sua permanente necessidade da ajuda, misericórdia e graça de Deus. Por causa dos seus destacados atos de compaixão e da sua bondade exterior, tal pessoa acha que não precisa da graça de Deus.

(2) O publicano, por outro lado, estava profundamente consciente do seu pecado e culpa e, verdadeiramente arrependido, voltou-se do pecado para Deus, suplicando perdão e misericórdia. Tipifica o verdadeiro filho de Deus.

18.22 VENDE TUDO QUANTO TENS. Ver Mt 19.21 nota.

18.25 UM RICO NO REINO DE DEUS. Os discípulos ficaram atônitos diante da declaração de Cristo a respeito dos ricos (vv. 24-26). Mais sobre este assunto no estudo RIQUEZA E POBREZA

18.30 RECEBER MUITO MAIS. Ver Mc 10.30 nota.


 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 19º

19.1-10 A CONVERSÃO DE ZAQUEU. Esta história revela que Jesus ainda continuava a buscar e salvar os perdidos (v.10), bem poucos dias antes da sua crucificação; foi este o propósito da sua vinda (cf. 15.3-7; Ez 34.16). Zaqueu, um publicano, ou cobrador de impostos, ganhava muito bem a vida, cobrando do povo mais do que devia. Por este motivo, o povo desprezava os publicanos. A solicitude de Jesus por Zaqueu nos impele a levar o evangelho aos repelidos pela sociedade, pois todos os seres humanos estão perdidos e necessitam de Cristo.

19.8 DOU AOS POBRES. A confissão genuína do pecado e a verdadeira fé salvífica em Cristo resultarão na transformação da conduta externa da pessoa. Ninguém pode chegar a conhecer a Cristo, aceitar a sua salvação e, ao mesmo tempo, continuar no pecado, ser desonesto e duro de coração para com o próximo.

19.13 NEGOCIAI ATÉ QUE EU VENHA. A parábola das minas [moedas de ouro] mostra que cada crente redimido tem a responsabilidade de empregar fielmente aquilo que de Deus recebeu. Cada crente recebe de Deus oportunidades, tempo e meios de viver para Cristo, através de atos de bondade, nas orações, nas ofertas e de muitas outras maneiras.

19.17 FOSTE FIEL. Quem foi fiel no seu serviço para o Senhor e compartilhou do seu trabalho aqui na terra receberá uma rica recompensa no reino futuro. Receberá tarefas ainda maiores no novo céu e na nova terra (Ap 21.1). Os que foram menos fiéis receberão uma posição e responsabilidade menores.

19.26 ATÉ O QUE TEM LHE SERÁ TIRADO. Ver Mt 25.29 nota.

19.28 A ENTRADA TRIUNFAL. Ao entrar em Jerusalém montado num jumento, Jesus testifica publicamente que é o predito Rei e Messias de Israel.

(1) Essa entrada em Jerusalém foi predita pelo profeta Zacarias (Zc 9.9).

(2) A entrada humilde de Jesus é uma ação simbólica destinada a demonstrar que o seu reino não é deste mundo e que Ele não veio para governar o mundo pela força ou violência. Sua recusa em agir como um campeão militar comprova que seu reino é espiritual.

19.41 VENDO A CIDADE, CHOROU. Jesus, sabendo que os judeus e seus líderes aguardavam um Messias político e que por fim o rejeitariam como o Messias prometido por Deus, chora por eles, que em breve sofreriam um terrível juízo. A palavra chorou (gr. eklausen), aqui, significa mais do que derramar lágrimas. É lamentação, pranto, soluço e clamor de uma alma em agonia. Jesus, em sua deidade, não somente revela aqui seu sentimento, como também o coração partido do próprio Deus, por causa da condição do homem perdido e da sua recusa em arrepender-se e aceitar a salvação (ver Mc 11.9 nota).

19.43 TEUS INIMIGOS TE CERCARÃO. A predição de Jesus cumpriu-se quarenta anos mais tarde (70 d.C.), quando Jerusalém foi destruída pelo exército romano e centenas de milhares de judeus foram mortos.

19.45 EXPULSAR TODOS OS QUE... VENDIAM. A purificação do templo foi o primeiro grande ato público do ministério de Jesus (Jo 2.13-22) e também o último (cf. Mt 21.12-17; Mc 11.15-17). Com grande indignação, Ele expulsou da casa de Deus os ímpios, os avarentos e os que invalidavam o verdadeiro propósito espiritual dela. A dupla purificação do templo, efetuada por Jesus durante seu ministério de três anos, indica quão importante são suas lições espirituais, que se seguem:

(1) O maior cuidado de Jesus é com a santificação e com a devoção sincera dentro da sua igreja (cf. Jo 17.17,19). Ele morreu para santificá-la, purificando-a, para ser santa e irrepreensível (Ef 5.25-27).

(2) A adoração na igreja deve ser em espírito e em verdade (Jo 4.24). A igreja deve ser um lugar de oração e de comunhão com Deus (cf. Mt 21.13).

(3) Cristo condenará todos aqueles que usam a igreja, o evangelho, ou seu reino, visando a ganhos ou glórias pessoais, ou autopromoção.

(4) Nosso amor sincero a Deus e ao seu propósito redentor resultará num zelo consumidor pela justiça da sua casa e do seu reino (Jo 2.17). Isto quer dizer que ser semelhante a Cristo inclui a intolerância com a iniquidade dentro da igreja (cf. Ap 2,3).

(5) É essencial que todo autêntico ministro cristão proteste contra aqueles que profanam e degradam o reino de Deus (cf. Rm 14.17; 1 Co 6.9-11; Gl 1.6-10; Ap 2,3). (6) Se não deixarmos Cristo entrar em nossas congregações para expurgar o engano, a imoralidade, a secularização e a profanação, (veja Ap 2,3) mais tarde, na sua segunda vinda, Ele executará juízo divino, purificando suas igrejas de modo definitivo (ver Ml 3.2).

19.46 CASA DE ORAÇÃO. Ver Mc 11.17 nota.
 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 20º

20.2 COM QUE AUTORIDADE? Os líderes religiosos questionavam a autoridade de Jesus para purificar o templo ou ensinar o povo (19.45-48). Ficaram ofendidos e irados porque Jesus condenou as práticas iníquas dentro da casa de Deus, enquanto eles mesmos toleravam essas práticas e participavam delas. Esse modo de agir demonstra quão indignos eram de ser ministros e líderes espirituais. Jesus, como verdadeiro líder espiritual, empregou sua autoridade em prol da verdade e da justiça,
embora isso lhe custasse a vida.

20. 9-16 A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS. Ver Mt 21.33 nota.

20.16 DARÁ A OUTROS A VINHA. Ver Mt 21.43, nota sobre o reino de Deus tirado de Israel.

20.18 A PEDRA. Aqueles que não aceitam a Jesus serão esmagados, e aqueles que caírem sob seu juízo serão aniquilados (ver Is 8.14 e Lc 2.34, onde Cristo é apresentado como pedra de tropeço e rocha de escândalo; também Dn 2.34,35,44,45, onde o Messias é a rocha que esmaga os reinos do mundo na sua vinda).

20.25 DAI POIS A CÉSAR. O crente, em circunstâncias normais, deve pagar impostos e submeter-se à autoridade governamental (ver Rm 13.1-7), sabendo que sua lealdade suprema pertence a Deus. Devemos obedecer ao governo secular, a não ser quando este entra em conflito com a lei de Deus; nunca devemos desobedecer ao mandamento de Jesus, de dar a César o que é de César.

20.36 IGUAIS AOS ANJOS. Sobre a vida do crente no futuro, Jesus revela que ela começa com a ressurreição dentre os mortos; e que ela inclui um corpo glorificado que nunca morrerá, porém não inclui relacionamentos terrenos como o casamento. Isto não quer dizer que os crentes não conhecerão uns aos outros. Jesus, depois da sua ressurreição, foi reconhecido por seus discípulos (24.31-39; Mt 28.9).

20.44 DAVI LHE CHAMA SENHOR. Os judeus imaginavam que o Messias seria um descendente de Davi e, portanto, somente um mero governante humano. Jesus demonstra que a declaração de Davi em Sl 110.1, onde chama seu filho Senhor , indica que o Messias é mais que um rei humano; Ele é, também, o divino Filho de Deus (ver Sl 110.1,7 nota).

20.46 GUARDAI-VOS DOS ESCRIBAS. Ver Mt 23.13 nota; ver o estudo FALSOS MESTRES

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 21º

21.1-4 A OFERTA DA VIÚVA. Temos aqui uma lição de Jesus a respeito de como Deus vê nossas contribuições e donativos.

(1) A oferta que damos a Deus é avaliada, não segundo o montante da contribuição, mas pela quantidade de sacrifício nela envolvido. Os ricos, às vezes, contribuem do que lhes sobra não lhes custa nenhum sacrifício. A oferta da viúva custou-lhe tudo. Ela deu tudo o que podia.

(2) Este princípio pode ser aplicado a todo o nosso serviço prestado a Jesus. Ele julga o trabalho que lhe prestamos, não pelo seu volume, influência ou sucesso, mas pelo volume de sincera dedicação, sacrifício, fé e amor nele envolvido (ver 22.24-30 nota; Mt 20.26 nota).

21.6 NÃO DEIXARÁ PEDRA SOBRE PEDRA. O cumprimento desta predição da destruição do templo ocorreu em 70 d.C., quando o general romano Tito, com seu exército, destruiu Jerusalém e incendiou o templo depois de um cerco de 134 dias. O templo foi destruído como um juízo contra Israel, por ter rejeitado o Filho de Deus e a sua redenção.

21.7-19 QUANDO SERÃO POIS, ESTAS COISAS? A resposta de Jesus à pergunta dos discípulos vincula tão estreitamente a destruição de Jerusalém com a sua volta à terra depois da tribulação, que é difícil distinguir entre as palavras que se referem exclusivamente a Jerusalém, e as que se referem à sua segunda vinda. Jesus, provavelmente, quis dizer que a destruição de Jerusalém tipificaria sua vinda para julgar o mundo.

21.8 VEDE QUE NÃO VOS ENGANEM. Ver Mt 24.5 nota.

21.9 GUERRAS E SEDIÇÕES. Ver Mt 24.4 nota.

21.16 SEREIS ENTREGUES... E MATARÃO ALGUNS DE VÓS. Os escritores antigos declaram que todos os apóstolos (menos João) morreram como mártires, sob seus perseguidores. Muitos crentes foram torturados e mortos nos primeiros tempos do cristianismo (ver Mt 24.9 nota).

21.18 NÃO PERECERÁ UM ÚNICO CABELO. Esta promessa garante ao crente a preservação espiritual, e não a física (cf. a morte referida no v.16). Se os crentes permanecerem fiéis, nada lhes poderá acontecer fora da vontade de Deus (cf. Rm 8.28); nada poderá separá-los do seu amor (Rm 8.35-39).

21.19 NA VOSSA PACIÊNCIA. Devemos engajar-nos na mais intensa e fervente devoção a Cristo através dos meios da graça, ou seja: a oração, o testemunho, o estudo da Palavra, a adoração, a comunhão cristã e a luta diária contra o pecado (ver Jo 15.6 nota). Perseverando na verdadeira fé, o crente alcança a vida eterna e triunfa em todas as circunstâncias.

21.20 JERUSALÉM CERCADA DE EXÉRCITOS. Mais uma vez Jesus alude aos acontecimentos do ano 70 d.C. Foi o cumprimento da profecia de Cristo de que a justiça e ira divinas hão de vir sobre esta geração , por terem rejeitado o Messias e por não quererem abandonar seus pecados (cf. Mt 23.36; Lc 23.27-30). Cristo adverte seus discípulos para que deixem a cidade, tão logo vejam o exército invasor (v.21).

21.24 OS TEMPOS DOS GENTIOS. Os tempos dos gentios é o período em que Israel estará sob o controle ou domínio de povos não-judeus. O período começou quando uma parte de Israel foi levada em cativeiro para Babilônia em 586 a.C. (2 Cr 36.1-21; Dn 1.1,2). Terminará, provavelmente, quando Cristo começar seu governo terreno sobre todas as nações (1.32,33; Ap 20.4; Jr 23.5,6; Zc 6.13; 9.10; Rm 11.25,26).

21.25 SINAIS NO SOL... LUA... ESTRELAS. Sinais cósmicos precederão a vinda de Jesus, e o mundo padecerá uma aflição sem igual, por causa da grande tribulação (ver Mt 24.29 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). O impenitente passará por grande terror e desespero

21.27 VIR O FILHO DO HOMEM. Filho do Homem é a expressão que Jesus usava freqüentemente para referir-se a si mesmo (ver Mt 24.30, nota sobre a vinda de Cristo depois da tribulação).

21.31 QUANDO VIRDES ACONTECER ESSAS COISAS. Pode-se perceber a proximidade da vinda gloriosa de Cristo para estabelecer o seu reino, pela observação dos sinais preditos (ver Mt 24.33 nota). Por outro lado, a volta de Cristo para buscar os crentes fiéis das suas igrejas num tempo desconhecido e inesperado i.e., o arrebatamento de todos os salvos (cf. Jo 14.1-4; 1 Ts 4.13-18) é a que provavelmente é vista nos versículos 34-36 (ver Mt 24.44 nota).

21.31 O REINO DE DEUS ESTÁ PERTO. Ver Mt 24.33 nota

21.32 ESTA GERAÇÃO. Ver Mt 24.34 nota.

21.34 VENHA... DE IMPROVISO AQUELE DIA. Jesus termina sua mensagem profética, admoestando seus seguidores para não se deixarem dominar pelos prazeres e cuidados deste mundo, pois, do contrário, estarão despreparados para a sua vinda.

(1) Suas palavras são dirigidas a todo o povo de Deus, em todos os tempos, e não apenas aos que viverem nos dias finais da tribulação. O requisito da fidelidade espiritual é vital, levando em conta o ensino de Jesus, afirmando que Ele voltará para buscar os crentes fiéis num momento inesperado. Como não se pode determinar o momento da sua vinda para buscar a igreja, os crentes devem sempre estar prontos (ver Mt 24.40,42 notas; Jo 14.3 nota).

(2) Cristo, ao arrebatar os salvos (1 Ts 4.16,17), livra-os da ira vindoura (1 Ts 1.10), a fim de que possam evitar todas essas coisas que hão de acontecer aqui na terra (vv. 35,36; cf.vv. 25,26; ver Ap 3.10 nota).

21.36 EVITAR TODAS ESSAS COISAS. Os seguidores de Cristo devem guardar-se do pecado e orar para que seu amor a Cristo não arrefeça, e assim recebam graça e força para perseverar na fé e na retidão em Jesus Cristo. Somente assim, perseverando, poderão evitar todas as coisas terríveis que sobrevirão a este mundo nos últimos dias (ver 1 Ts 1.10 nota; Ap 3.10 nota, e o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). Muitos crêem que, para os fiéis que perseveram em oração, o meio de evitar todos esses males é o arrebatamento da igreja (ver Jo 14.3 nota; e o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 22º

22.1 PÁSCOA. Ver Mt 26.2 nota.
22.3 ENTROU, PORÉM, SATANÁS EM JUDAS. A história trágica de Judas, que antes desfrutara de comunhão íntima com Jesus (Sl 41.9; cf. Jo 13.18), porém depois o abandonou e o traiu (ver Jo 6.64 nota), serve de advertência para todos quantos seguem a Cristo. Nesta vida, sempre há a possibilidade de o crente esfriar no seu amor a Cristo, de deixar Satanás, pouco a pouco, fazê-lo tolerar o pecado e o mundo em sua vida e, finalmente, trair o Senhor e a sua causa.

22.18 DIGO QUE JÁ NÃO BEBEREI DO FRUTO DA VIDE. Ver 1 Co 11.24,25 nota.

22.18 O FRUTO DA VIDE. O que Jesus e os discípulos beberam na ceia da Páscoa é chamado o cálice ou o cálice de bênção (v. 17; Mt 26.27; Mc 14.23; 1 Co 10.16; 11.25) e o fruto da vide (v. 18; Mt 26.29; Mc 14.25). As evidências bíblicas apóiam a posição de que o suco de uva não estava fermentado na Ceia do Senhor. Ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1)

22.20 MEU SANGUE, QUE É DERRAMADO POR VÓS. Ver Mt 26.28 nota.

22.20 O NOVO TESTAMENTO NO MEU SANGUE. Com as palavras: o Novo Testamento no meu sangue , Jesus anuncia o novo concerto ou testamento, firmado mediante a sua morte sacrificial (cf. Mt 26.28; 1 Co 11.25; ver Jr 31.31 nota). A nova aliança tornou-se eficaz somente pela morte de Cristo (Hb 9.15-18). Os discípulos ingressaram na nova aliança quando foram regenerados pelo Espírito Santo, que passou a neles habitar na tarde do dia da ressurreição de Jesus. (Ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS). Depois, foram batizados com o Espírito Santo no dia de Pentecoste (ver At 2.4 nota; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO)

22.24-30 A VERDADEIRA GRANDEZA. A verdadeira grandeza do ser humano é uma questão do nosso ser interior e do coração. É vista na pessoa que expressa sua fé e seu amor a Cristo, em sincera humildade, no desejo de servir tanto a Deus, quanto aos homens, e na disposição de ser considerado o menos importante no reino de Deus (Fp 2.3).

(1) A verdadeira grandeza não está na posição, no cargo, na liderança, no poder, na influência, nos diplomas de nível superior, na fama, na capacidade, nas grandes realizações, nem no sucesso. O que importa não é tanto o que fazemos para Deus, mas o que somos em espírito interiormente diante de Deus (vv. 25-27; Mt 18.3,4; 20.25-28).

(2) A verdadeira grandeza requer que sejamos grandes no que é justo. Temos que procurar ser grandes na fé, no caráter santo, na sabedoria, no autodomínio, na paciência, no amor (Gl 5.22,23). Trata-se de termos a grandeza de Cristo, que amou a justiça e aborreceu a iniqüidade (Hb 1.9).

(3) A verdadeira grandeza é questão de sincero amor, lealdade e dedicação a Deus, e aí o que importa é sermos consagrados e fiéis onde Deus quis colocar-nos. Por isso, aos olhos de Deus, os maiores no seu reino são aqueles que lhe consagram e à sua Palavra, seu total amor, lealdade e dedicação (21.3; Rm 12.1,2). (4) Nossa consagração a Deus melhora os frutos do nosso labor na sua obra, mas somente na área em que Deus nos colocou e de conformidade com dons que Ele nos deu (1 Co 12; Rm 12.3-8).

22.27 AQUELE QUE SERVE. No tocante àqueles que são escolhidos para dirigir a igreja (1 Tm 3.1-7), Cristo diz que devem dirigi-la como servos, ajudando as pessoas sob sua orientação a cumprirem a vontade de Deus para suas vidas. Nunca devem abusar da sua posição, nem traí-la por motivo de fama, poder, riquezas ou privilégios especiais.

22.28 TENDES PERMANECIDO COMIGO. Jesus manifesta diante dos seus discípulos a sua gratidão pela fidelidade deles durante a sua vida, nas circunstâncias difíceis em que foi vivida. Nosso maior cuidado deve ser também o de permanecer leais a Ele, num mundo hostil para com a sua causa e seus padrões de justiça.

22.29 EU VOS DESTINO O REINO. Jesus oferece um reino aos seus seguidores fiéis. Esse reino futuro é estabelecido por Ele mesmo (v. 30). Os discípulos não devem esperar glória terrena e poder neste mundo durante a presente época.

22.31,32 SATANÁS... VOS CIRANDAR COMO TRIGO. A declaração de Jesus a respeito de Pedro revela duas verdades importantes.

(1) Deus permite que Satanás nos tente somente dentro de certos limites (ver Jó 1.10,12 notas). O diabo não tem liberdade de fazer o que quer com o povo de Deus.

(2) Jesus ora para que os seus não fracassem na fé. Como nosso intercessor celestial, Ele ora por todos aqueles que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles (Hb 7.25).
Deus é fiel para, em todas as nossas tentações, prover um modo de escape delas (1 Co 10.13). Mesmo assim, o cumprimento das orações de Jesus é condicional. Se alguém recusa a graça de Deus, a intercessão de Cristo não tem efeito nessa pessoa (ver 19.41 nota).

22.36 ESPADA... COMPRE-A. As palavras de Jesus para seus discípulos comprarem espada podem ter sido ironia. Considere-se que, até então, Ele os incentivara a viver a vida da cruz, ao invés de adotarem métodos do mundo. A seguir, Jesus passa a declarar (v. 37) seu propósito em seguir o caminho da cruz, segundo a vontade de Deus. O versículo 38 deixa claro que os discípulos não compreenderam o que Jesus queria dizer.

22.42 ESTE CÁLICE. Ver Mt 26.39 nota.

22.44 SUOR TORNOU-SE EM... SANGUE. Quanto aos eventos dos sofrimentos de Cristo para a nossa redenção, ver Mt 26.37ss.

22.54 PRENDENDO-O, O LEVARAM. Para a ordem dos eventos da prisão de Cristo à sua crucificação, ver Mt 26.57 nota.
22.62 PEDRO... CHOROU AMARGAMENTE. Foi por fraqueza, e não por iniqüidade, que Pedro negou o Senhor, pois nunca cessara de amar seu Mestre e de crer nEle. Pedro estava espiritualmente fraco e incapaz de resistir uma grande tentação, porque ele, assim como os demais discípulos, ainda não tinham recebido o Espírito Santo com sua graça regeneradora no sentido pleno do Novo Concerto. Foi somente no dia da ressurreição que receberam a presença do Espírito Santo para habitar neles (ver Mc 14.50 nota; ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS)

22.63 ZOMBAVAM DELE. Ver Mt 26.67 nota.
 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 23º

23.1 PILATOS. Pilatos era o governador romano presente em Jerusalém na época da Páscoa. Jesus foi levado a ele porque, de conformidade com a lei romana, os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte. Pilatos tornou-se o símbolo dos que tomam decisões religiosas à base da conveniência política, e não à base da verdade e justiça. Todo crente deve tomar cuidado para não transigir com a Palavra de Deus. Ele deve tomar posição por aquilo que é justo, e não por coisas que servirão apenas a suas ambições egoístas.

23.3 TU ÉS O REI DOS JUDEUS? Ver Mt 27.2 nota.

23.8-11 JESUS PERANTE O REI HERODES. Este é o mesmo Herodes que mandou decapitar João Batista. Devido à tão grande dureza do coração de Herodes, Jesus se recusa a dirigir-lhe uma única palavra. Irado, Herodes, juntamente com seus soldados, zomba da reivindicação de Jesus, afirmando ser o rei dos judeus.

23.11 ESCARNECENDO DELE... UMA ROUPA RESPLANDECENTE. Ver Mt 27.28,29 nota.

23.14 NENHUMA CULPA... ACHO NESTE HOMEM. Jesus foi acusado de traição contra Roma. Pilatos, falando com Jesus, chega à conclusão que Ele é inocente de qualquer rebelião contra o governo romano. Jesus declara a Pilatos que seu reino não é um reino político deste mundo, mas um reino espiritual (ver Jo 18.36).

23.22 CASTIGA-LO-EI. Ver Mt 27.26 nota.

23.25 ENTREGOU JESUS À VONTADE DELES. É por conveniência política que Pilatos entrega Jesus às autoridades judaicas (ver v. 1 nota).

23.31 MADEIRO VERDE... SECO. Se Jesus, inocente, sofre semelhante condenação, qual não será a da tão culposa Jerusalém?

23.33 LUGAR CHAMADO A CAVEIRA. Jesus foi crucificado num local fora da cidade (cf. Hb 13.12). Porque o local era chamado A CAVEIRA é assunto discutido até hoje. O termo grego para caveira corresponde ao latim Calvário, como está na versão bíblica em latim.

23.33 O CRUCIFICARAM. A crucificação e a morte de Jesus são a essência e o fundamento do plano divino da redenção (1 Co 1.23,24). Jesus, que nunca pecou, morreu em lugar da humanidade pecadora. Mediante sua crucificação, foi paga a penalidade dos nossos pecados, e a obra de Satanás foi desfeita (cf. Rm 3.25 nota). Agora, todos podem voltar-se para Deus, com arrependimento e fé em Cristo, e receber o perdão, a salvação do pecado e a vida eterna.

23.34 PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM. Provavelmente, esta declaração de Cristo é a primeira das suas sete últimas palavras na cruz. As sete palavras ou frases foram pronunciadas na seguinte ordem:

(1) Entre 9:00 horas e o meio-dia:

(a) A palavra do perdão: Pai, perdoa-lhes (v. 34).

(b) A palavra da salvação: hoje estarás comigo no Paraíso (v. 43).

(c) A palavra do amor: Mulher, eis aí o teu filho... Eis aí tua mãe (Jo 19.26,27).

(2) As três horas de trevas: do meio-dia às 15:00 horas, nenhuma palavra registrada.

(3) Cerca das 15:00 horas:

(a) A palavra do sofrimento espiritual: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Mc 15.34).

(b) A palavra do sofrimento físico: Tenho sede (Jo 19.28).

(c) A palavra do triunfo: Está consumado (Jo 19.30).

(d) A palavra da entrega: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (v. 46).


23.35 E O POVO ESTAVA OLHANDO. Uma das provas mais seguras da depravação do coração humano é o homem sentir prazer na violência, sangue derramado e morte.

(1) Era o que acontecia nas arenas romanas e gregas, onde os espectadores sentiam prazer em ver os homens lutarem e morrerem. Foi isso que também aconteceu com os espectadores que passavam e olhavam vendo Cristo morrer de maneira horrível (vv. 35-37). O mesmo aconteceu nas perseguições aos fiéis.

(2) Vemos esse fato repetido em nossa sociedade moderna, onde milhões de adultos e crianças comprazem-se e divertem-se no vídeo, no cinema, nas revistas e noutros meios de entretenimento, olhando a morte, a violência, o sangue e o sofrimento humano, quando os homens matam uns aos outros (ver Rm 1.32 nota).

(3) Jesus morreu para mudar essa situação, trazendo o amor e a solicitude. Ele quer que vejamos com compaixão os terríveis efeitos provocados pelo pecado e que ouçamos os gemidos da humanidade sofredora (ver 13.16 nota).

(4) Pesa sobre os pais a responsabilidade e o dever de se protegerem e às suas famílias das investidas e influências desses meios maléficos de passatempo no lar e fora dele, que leva o ser humano à insensibilidade ante a dor e a tragédia humanas (ver Mt 18.6 nota).

23.35 ZOMBAVAM DELE. Ver Mt 27.39 nota.

23.43 PARAÍSO. O termo Paraíso é usado para designar o céu ou a presença de Deus. Que céu e Paraíso são palavras referentes ao mesmo lugar, ver 2 Co 12.2,4. As palavras de Jesus, aqui, mostram com clareza que imediatamente após a morte, os salvos passam a estar com Jesus no céu.

23.45 O VÉU DO TEMPLO. Ver Mt 27.51 nota.

23.46 PAI, NAS TUAS MÃOS. Jesus entregou voluntariamente a sua vida à morte. Noutras palavras: a morte não tinha poder de tirar a sua vida. Naquele momento, Ele voltou em espírito para seu Pai no céu.

23.46 ENTREGO O MEU ESPÍRITO. Ver Mt 27.50 nota.

 

 

 

 

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NOTAS DE LUCAS 24º

24.6 RESSUSCITOU. A ressurreição de Cristo Jesus (ver Mt 28.6 nota) é confirmada pelos seguintes fatos:

(1) O túmulo vazio. Se os inimigos de Jesus tivessem furtado o seu corpo, eles o teriam mostrado, para confirmar que Ele não ressuscitara.
Se os discípulos tivessem furtado o seu corpo, nunca teriam sacrificado suas vidas e posses em prol daquilo que saberiam ser mentira e engano. O túmulo vazio revela que Jesus realmente ressuscitou e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus.

(2) A existência, o poder, a alegria e a devoção da igreja primitiva. Se Jesus não tivesse ressuscitado e aparecido aos seus, estes nunca teriam passado do desânimo para alegria, coragem e esperança indizíveis (vv. 52,53).

(3) A composição do Novo Testamento. O Novo Testamento foi escrito por homens que deram a sua vida em prol da verdade e da justiça ensinadas por Jesus. Nunca teriam se dado ao trabalho de escrever a respeito do Messias e dos seus ensinos, se a sua carreira tivesse terminado em morte e desilusão (ver 1 Co 15.12-19).

(4) O batismo no Espírito Santo e suas inerentes manifestações na igreja. O derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecoste, como realidade prática, comprova que Jesus ressuscitara e fora exaltado à destra de Deus (cf. At 1.3-5; 2.33). Se Cristo não tivesse ressuscitado, não teria havido nenhum batismo experimental no Espírito Santo (cf. Jo 16.7).

(5) Os milhões de pessoas que, no decurso desses últimos 2.000 anos, experimentaram nos seus próprios corações e vidas a presença de Jesus e o testemunho do Espírito Santo.

24.15 JESUS SE APROXIMOU. Para as aparições de Cristo após sua ressurreição, ver Mt 28.9 nota.

24.19 JESUS... UM PROFETA. Para os escritores dos Evangelhos, Jesus era o profeta enviado por Deus (cf. Dt 18.15,16,19; Mc 6.4; At 3.22; ver Lc 6.23 nota).

24.27 EXPLICAVA-LHES... AS ESCRITURAS. O Messias e a sua obra redentora, através do sofrimento, são o tema central no AT. Cristo pode ter citado trechos tais como Gn 3.15; 22.18; 49.10; Nm 24.17; Sl 22.1,18; 110.1; Is 25.8; 52.14; 53; Jr 23.5; Dn 2.24,35,44; Mq 5.2; Zc 3.8; 9.9; 13.7; Ml 3.1 (ver o estudo CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO)

24.39 UM ESPÍRITO NÃO TEM CARNE. A declaração de Cristo: um espírito não tem carne nem ossos não significa que o espírito não tem forma nem corpo, mas apenas que seu corpo não é material como o do homem. Jesus tem um corpo glorificado, espiritual (Fp 3.20,21), e de igual modo os santos no céu (1 Co 15.40,44).

24.46 A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO. Ver Mt 28.6 nota.

24.47 SE PREGASSE. Para comentários sobre a Grande Comissão, ver Mt 28.19 nota.

24.47 ARREPENDIMENTO E A REMISSÃO DE PECADOS. Os discípulos somente deviam pregar o perdão dos pecados juntamente com o arrependimento do pecador. O pregador que anuncia a salvação como uma simples crença ou religião fácil, ou uma formal aceitação da salvação gratuita, sem nenhum compromisso voluntário do pecador de obedecer a Cristo e à sua Palavra, está pregando um falso evangelho. O verdadeiro arrependimento inclui o abandono do pecado, i.e., um elemento fundamental e imutável do verdadeiro evangelho neotestamentário (ver Mt 3.2, nota sobre o arrependimento).

24.47 EM TODAS AS NAÇÕES. O próprio Cristo institui a obra missionária cristã como uma tarefa santa e obrigatória da igreja. Missões é um tema prioritário, tanto no Antigo como no Novo Testamento (Gn 22.18; 1 Rs 8.41-43; Sl 72.8-11; Is 2.3, 45.22-25; Mt 28.19; At 1.8, 28.28; Ef 2.14-18).

24.49 A PROMESSA DE MEU PAI. A promessa de meu Pai refere-se ao derramamento do Espírito Santo (ver At 1.4 nota; 2.4 nota; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). Vemos esta promessa no AT, em Is 32.15, 44.3; Jl 2.28; Ez 39.29; e no NT, em Jo 14.16,17,26; 15.26; 16.7; At 1.4-8; 2.17,18,33,38,39. Os discípulos aguardaram o cumprimento desta promessa em oração perseverante (ver At 1.14 nota). O crente atual que busca o batismo no Espírito Santo deve fazer a mesma coisa

24.50 OS ABENÇOOU.

(1) A palavra bênção (gr. eulogia) encerra o significado de:

(a) uma dádiva divina que faz prosperar o trabalho do crente (Dt 28.12);

(b) a presença divina conosco (Gn 26.3);

(c) a dotação de força, poder e ajuda divina (Ef 3.16; Cl 1.11); e

(d) Deus operando em nós e através de nós para realizar o bem (Fp 2.13).

(2) No AT, o termo bênção ocorre mais de 400 vezes. A primeira coisa que Deus fez, no tocante ao homem, foi abençoá-lo (Gn 1.28). Deus também sustenta a sua obra, abençoando-a (Ez 34.26). A vida e a história do povo de Deus podem estar sob a bênção ou a maldição (Dt 11.26ss.).

(3) No NT, a obra total de Cristo pode ser resumida na expressão: Deus o enviou para abençoar (At 3.26). Vemos sua bênção outorgada às crianças (Mc 10.13-16) e aos seus seguidores quando Ele partia da terra (vv. 50,51). A bênção divina era uma realidade bem presente no ministério dos apóstolos (Rm 15.29).

(4) A bênção de Deus é condicional, dependendo do seu povo, o qual opta pela bênção, ao obedecer a Deus, ou pela maldição, ao desobedecer (Dt 30.15-18; Jr 17.5,7).

 (5) Como recebemos a bênção do Senhor?

(a) olhando sempre para Jesus e buscando sua bênção sobre nosso ministério, trabalho, vida e família (Hb 12.2);

(b) por meio da fé, do amor e da obediência diante dEle (cf. Mt 5.3-11; 24.45,46; Ap 1.3; 16.15; 22.7); e

(c) por sua graça, removendo da nossa vida tudo quanto possa impedir a bênção divina (Hb 12.1; Ef 4.22; Rm 13.12).

(6) A bênção de Deus pode não estar relacionada a lucros materiais pessoais e à ausência do sofrimento na vida do crente (ver Hb 11.37-39; Ap 2.8-10). Jacó enriqueceu materialmente, porém, usando de astúcia e trapaça (Gn 30.31-43).

 

 

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