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Notas de Amós

  LIVRO  DE  AMÓS

 

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Esboço AMÓS

Introdução (1.1-2)


I. Oito Oráculos de Julgamentos às Nações (1.3—2.16)

A. Damasco (1.3-5)

B. Gaza (Filístia) (1.6-8)

C. Tiro (Fenícia) (1.9,10)

D. Edom (1.11,12)

E. Amom (1.13-15)

F. Moabe (2.1-3)

G. Judá (2.4,5)

H. Israel (2.6-16)

II. Três Mensagens Proféticas a Israel (3.1—6.14)

A. O Pecado de Israel Torna-o Réu do Juízo Vindouro (3.1-15)

B. A Corrupção de Israel Está em Todos os Níveis (4.1-13)

C. O Justo Castigo de Israel Será a Destruição e o Exílio (5.1—6.14)

1. O Cântico da Morte (5.1-3)

2. Israel Recusa-se a Buscar ao Senhor (5.4-17)

3. A Religião Pervertida de Israel (5.18-27)

4. Repreensão e Ais contra Israel (6.1-14)

III. Cinco Visões da Retribuição Vindoura pelo Pecado (7.1—9.10)

A. Visão dos Gafanhotos Devoradores (7.1-3)

B. Visão do Fogo Consumidor (7.4-6)

C. Visão do Prumo (7.7-9)

D. Parêntese Histórico: Amazias e Seu Castigo (7.10-17)

E. Visão de um Cesto de Frutos de Verão (8.1-14)

F. Visão do Senhor Julgando (9.1-10)

Epílogo:    Restauração Futura de Israel (9.11-15)

 

Autor:
Amós
Tema:
Justiça, Retidão e Retribuição Divina pelo Pecado
Data:
Cerca de 760-755 a.C.

 

Considerações Preliminares

O profeta Amós exerceu o seu ministério em Israel no século VIII a.C., e foi contemporâneo de Jonas e Oséias. Ele revela quatro fatos importantes a respeito de si mesmo em 1.1: (1) Era boieiro e cultivador de sicômoros em Tecoa,
aldeia de Judá, situada a cerca de 20 km ao sul de Jerusalém (ver 7.14). (2) Ele “via” suas mensagens (i.e., tinha visões proféticas; cf. 7.1,4,7; 8.1,2; 9.1) a respeito de Israel, o Reino do Norte. Embora fosse leigo e não tivesse o
status de profeta, nem por isso deixou de ser chamado por Deus para profetizar à rebelde Israel (cf. 7.14,15). Seu nome significa “carregado” ou “carregador de fardos”. (3) O ministério de Amós, em Israel, foi desempenhado
durante o reinado de Uzias, em Judá, e Jeroboão II, em Samaria. O reinado de ambos coincide com o período que vai de 767 — 753 a.C. O mais provável é que Amós tenha profetizado entre 760-755 a.C. (4) Ele profetizou
durante os dois anos que antecederam o terremoto. A arqueologia apresenta diversas evidências que provam a ocorrência de um terremoto de grandes proporções, nesse período, em várias localidades de Israel, inclusive Samaria.
Passados duzentos anos, Zacarias faria menção ao mesmo terremoto (Zc 14.5), fornecendo-nos mais um indício da enormidade da catástrofe. A referência ao cataclismo por Amós sugere que o profeta o considerava uma
confirmação da sua mensagem e ministério proféticos em Israel (cf. 9.1).
Durante o ministério de Amós, o Reino do Norte achava-se em seu apogeu quanto à expansão territorial, à paz política e à prosperidade nacional. Internamente, porém, estava podre. A idolatria encontrava-se em voga. A sociedade
esbanjava-se à procura dos prazeres. A hipocrisia e a imoralidade grassavam. O sistema judiciário corrompia-se cada vez mais, e a opressão aos pobres tornara-se lugar-comum. Obedecendo à vocação do Deus de Israel, Amós
proclama corajosamente a sua mensagem centrada na justiça, retidão e retribuição divina. Mas o povo, infelizmente, não queria ouvir o que o Senhor tinha a dizer-lhe.

Propósito

A prosperidade de Israel servia apenas para aprofundar a corrupção da nação. Ao ser enviado a Betel a proclamar a mensagem: “Arrependam-se ou pereçam”, Amós é de lá expulso, sendo-lhe expressamente proibido de ali
profetizar. Quão diferentemente agiram os ninivitas diante da mensagem de Jonas! Parece que, pouco depois, Amós volta a sua casa em Judá, onde escreve sua mensagem. Seu propósito era: (1) entregar ao rei Jeroboão II uma
versão escrita de suas advertências proféticas; e (2) disseminar amplamente em Israel e Judá o oráculo da certeza do iminente juízo divino contra Israel e as nações em derredor, a não ser que estas se arrependessem de sua idolatria,
imoralidade e injustiça. A destruição de Israel ocorreria três décadas mais tarde.

Visão Panorâmica

O livro de Amós divide-se, de modo natural, em três seções. (1) Na primeira (1.3—2.16), o profeta dirige primeiramente sua mensagem de condenação a sete nações vizinhas de Israel, inclusive Judá. Tendo levado Israel a aceitar
prazerosamente o castigo desses povos (1.3—2.5), Amós passa a descrever vividamente os pecados da nação eleita e a punição que lhe estava reservada (2.6-16). Esta seção determina o tom da mensagem do livro: a condenação
resultará na destruição e exílio da nação israelita. (2) A segunda seção (3.1—6.14) registra três mensagens ousadas, iniciando cada uma delas com a expressão: “Ouvi esta palavra” (3.1; 4.1; 5.1). Na primeira, Deus julga Israel como
um povo privilegiado, a quem Ele livrara do Egito: “De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós” (3.2). A segunda mensagem começa tratando as mulheres ricas de Israel
de “vacas de Basã... que oprimis os pobres, que quebrantais os necessitados, que dizei a seus senhores: dai cá, e bebamos” (4.1). Amós profetiza que elas seriam levadas ao cativeiro com anzóis de pesca, como o justo juízo de Deus
requeria (4.2,3). Amós tem palavras semelhantes para os mercadores desonestos, os governantes corruptos, os advogados e juízes oportunistas e os sacerdotes e profetas prevaricadores. A terceira mensagem (caps. 5 e 6) alista as
abominações de Israel. Amós, pois, conclama o povo ao arrependimento: “Ai dos que repousam em Sião” (6.1), pois a ruína estava prestes a se abater sobre eles. (3) A última seção (7.1—9.10) registra cinco visões de Amós a
respeito do juízo divino. A quarta visão descreve Israel como um cesto de frutos em franco estado de putrefação. O juízo divino já se fazia arder (8.1-14).
A visão final mostra Deus em pé ao lado do altar, pronto a ferir Samaria e o reino decadente do qual era ela capital (9.1-10). O livro termina, com breve, porém poderosa promessa de restauração ao remanescente (9.11-15).

Características Especiais

Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Amós. (1) É, primariamente, um grito profético em favor da justiça e da retidão, baseado no caráter de Deus. Enquanto Oséias sentia-se esmagado pela infidelidade de Israel, Amós
enfurece-se pela violação dos padrões da justiça e retidão que o Senhor traçara ao seu povo. (2) Ilustra vividamente quão abominável é para Deus a religião quando divorciada de uma conduta reta. (3) É uma confrontação radical e
vigorosa entre Amós e o sacerdote Amazias (7.10-17), que se tornaria uma cena clássica na profecia hebraica. (4) Seu estilo, audaz e enérgico, reflete a inabalável lealdade do profeta a Deus e aos seus justos padrões para com o
povo do concerto. (5) Demonstra a disposição de Deus em usar pessoas que lhe são tementes, ainda que desprovidas de credenciais formais, para que proclamem a sua mensagem numa era de profissionalismo. (6) Há, em Amós,
numerosos trechos bem conhecidos, entre os quais 3.3,7; 4.6-12; 5.14,15; 21-24; 6.1a; 7.8; 8.11; 9.13.

Cumprimento de Amós ante o NT

A mensagem de Amós é vista mais claramente nos ensinos de Jesus e na epístola de Tiago. Ambos aplicaram a mensagem do profeta, mostrando que a verdadeira adoração a Deus não é a observância meramente formal da liturgia
religiosa: é o “ouvir” e o “praticar” a vontade de Deus, e o tratamento justo e reto ao próximo (e.g., Mt 7.15-27; 23; Tg 2). Além disto, tanto Amós quanto Tiago enfatizam o princípio de que "a religião verdadeira exige comportamento correto". Finalmente, Tiago cita Am 9.11,12 no Concílio de Jerusalém (ver At 15.16-18). Onde inclui os gentios na Igreja.

 

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NOTAS DE  AMÓS  1º

1.1 AMÓS. O profeta Amós morava em Judá - o Reino do Sul, mas sua mensagem foi dirigida a Israel - o Reino do Norte. Era um leigo piedoso que ganhava a vida como boieiro e cultivador de sicômoros (cf. 7.14). Deus o chamou para entregar uma mensagem de juízo a Israel, e dar à nação uma advertência final. Seu ministério foi levado a efeito entre 760-750 a.C. Outros profetas que, provavelmente, ministraram neste período foram Jonas e Oséias.

1.3-2.5 POR TRÊS TRANSGRESSÕES... E POR QUATRO. Amós começa por anunciar o castigo contra as sete nações vizinhas de Israel. Alista os pecados específicos de cada uma delas, até mesmo os de Judá, e os submete à mesma fórmula: "Por três transgressões... e por quatro" (i.e., pelos seus muitos pecados, e especialmente pela transgressão citada).

1.4 POREI FOGO. Esta frase (empregada também nos vv. 7,10,12,14; 2.2,5) refere-se à destruição, por meio do fogo, que seria levada a efeito por um exército invasor. Cidades importantes seriam completamente incendiadas.

1.6 PORQUE LEVARAM EM CATIVEIRO. A maioria das transgressões alistadas são relacionadas à violência e brutalidade dispensadas no tratamento ao próximo (ver vv. 6,9,11,13). Deus odeia a violência, e castiga severamente os que praticam atos desumanos. (cf. Rm 1.18-32). À luz da aversão que o Senhor Deus tem à crueldade, é essencial que o seu povo sempre se esforce por tratar o próximo com eqüidade, justiça e amor.
 

 

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NOTAS DE  AMÓS  2º

2.4 TRANSGRESSÕES DE JUDÁ. Embora Judá e Israel fossem o povo escolhido de Deus, seriam condenados por causa de seus muitos pecados. As transgressões de Judá centralizavam-se na sua rejeição à Lei de Deus, e em sua recusa sistemática em observar a palavra do Senhor. Os judeus haviam se desviado para a idolatria, i.e., para a adoração dos falsos deuses. O povo de Deus, ainda hoje, é tentado a desviar-se dos caminhos da justiça devido aos costumes e crenças mundanos.

2.6 TRANSGRESSÕES DE ISRAEL. Tendo dirigido sua atenção aos pecados dos vizinhos de Israel, Amós chega ao apogeu, e passa a enfocar as iniqüidades e a conseqüente condenação de Israel. Ao invés de seguirem a palavra de Deus, os israelitas maltratavam os pobres (vv. 6,7), viviam de forma imoral (v. 7) e corrompiam a adoração ao Senhor (vv. 7,8). Noutros trechos do livro, fica claro que eles se opunham ao ministério dos verdadeiros profetas (cf. 7.10-17).

2.10 VOS FIZ SUBIR. A despeito de terem recebido o amor e as bênçãos de Deus, os israelitas viraram as costas ao concerto divino, esquecendo-se de tudo quanto o Senhor lhes tinha feito. Tal rejeição tornou pior o seu pecado, e maior a sua culpa. Jamais nos esqueçamos, pois, do amor de Deus manifestado por nós mediante Jesus Cristo. Lembremo-nos de suas bênçãos. Permaneçamos fiéis a Ele durante toda a nossa vida.

2.12 AOS NAZIREUS DESTES VINHO A BEBER. Deus consagrara os nazireus para serem os mais sublimes exemplos de dedicação e justiça em Israel (ver Nm 6.2 nota). Parte de sua consagração consistia em abster-se de todos os tipos de vinho (ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO). Os israelitas gostavam tanto de bebidas inebriantes (6.6), que chegavam mesmo a subverter os nazireus para que estes abandonassem o seu compromisso de abstinência. Por causa disto, Deus lhes traria a condenação (2.12-16). Os que induzem o próximo ao pecado, incluindo a ingestão de bebidas alcoólicas, devem estar atentos à advertência divina

2.13-16 EU VOS APERTAREI. Em conseqüência de seu pecado, a ira de Deus cairia sobre o iníquo Israel. Os que se consideravam fortes, independentes e bravos, desmoronariam, e seriam esmagados pela cólera divina. De igual forma, quando o juízo chegar à terra, no final dos tempos, os ímpios, embora se julguem poderosos e valentes, recuarão aterrorizados diante de sua iminente destruição.

 

 

 

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NOTAS DE  AMÓS  º

3.2 A VÓS SOMENTE CONHECI. A palavra "conhecer" refere-se, aqui, à escolha que Deus fez por seu povo. Os israelitas levantaram objeções à mensagem de Amós, por acreditarem que Deus não os castigaria. Eram, afinal de contas, seus eleitos, chamados e redimidos por Ele. Achavam que a salvação experimentada no passado envolvia a sua segurança no presente, apesar de se haverem desviado de Deus. Deveriam lembrar-se, porém, que a eleição estabelecia um relacionamento que incluía a fiel obediência aos ditames divinos (ver os estudos O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS, e ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO). O castigo que Israel receberia era a conseqüência por não cumprir sua parte na eleição

3.3 ANDARÃO DOIS JUNTOS? Nenhuma comunhão genuína pode existir entre duas pessoas, no terreno espiritual, a não ser que ambas concordem entre si quanto às verdades fundamentais. Não podemos, portanto, ter qualquer relacionamento autêntico com Deus, senão aceitarmos a sua palavra, e concordarmos com ela. É impossível alguém se dizer crente e, ao mesmo tempo, não crer na Palavra de Deus.

3.3-8 ANDARÃO DOIS JUNTOS, SE NÃO ESTIVEREM DE ACORDO? Os exemplos nestes versículos demonstram que um segundo evento ocorre quando é antecedido por uma causa anterior. Assim, tão seguramente quanto Deus houvera falado, Amós via-se obrigado a pronunciar a condenação divina; não estava emitindo simplesmente suas próprias opiniões (vv. 7, 8).

3.7-8 SEM TER REVELADO O SEU SEGREDO. O Senhor nada fazia no tocante a Israel sem que, primeiramente, revelasse os seus planos aos profetas. Quando Deus assim o fazia, estes se sentiam compelidos a profetizar e a advertir o povo quanto aos castigos que o Senhor ameaçara aplicar em decorrência dos pecados cometidos.

3.9-15 AJUNTAI-VOS. Amós convoca as nações vizinhas para serem testemunhas da culpa, do pecado e do castigo de Israel. Reconheceriam que tal condenação era bem merecida.

3.11-12 UM INIMIGO SURGIRÁ. O inimigo era a Assíria, a nação que Deus usaria para destruir o seu povo. Somente um remanescente em Israel sobreviveria para contar a história do juízo divino (v. 12).
 

 


 

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NOTAS DE  AMÓS  4º

4.1 VACAS DE BASÃ. As mulheres da classe alta são chamadas "vacas de Basã" (i.e., o gado de criação esmerada e bem-alimentado, cf. Sl 22.12). À medida que tais mulheres bebiam o seu vinho, instavam com seus maridos a que ganhassem mais dinheiro mediante a opressão aos pobres, a fim de que pudessem beber ainda mais e refestelar-se na luxúria.

4.2 VOS LEVARÃO COM ANZÓIS. Retratos assírios, gravados em pedra, mostram presos sendo arrastados com anzóis fixados em seus narizes ou lábios. As mulheres ricas da capital de Israel seriam, pois, levadas como gado em decorrência de seus pecados.

4.4-5 MULTIPLICAI AS TRANSGRESSÕES. Os israelitas multiplicavam seus pecados ao prestarem a Deus um culto destituído da verdadeira adoração. De nada valiam, pois, seus sacrifícios e dízimos. Os que professam ser salvos, e demonstram adorar ao Senhor, inclusive com suas ofertas, mas continuam a amar os prazeres do mundo, são uma abominação ao Senhor. Deus aceita somente a adoração e devoção dos que o amam, e porfiam por trilhar seus caminhos.

4.6-11 CONTUDO, NÃO VOS CONVERTESTES A MIM. Deus enviara calamidade após calamidade contra o povo, a fim de conclamá-lo ao arrependimento, e a voltar-se a Ele. Nada, porém, surtiu efeito. Eles continuaram a manter o seu corrupto modo de vida. Por isso, sofreriam a derradeira condenação divina (v. 12).

4.12 PREPARA-TE... PARA TE ENCONTRARES COM O TEU DEUS. Israel receberia o castigo divino das mãos dos assírios - um julgamento final e sobremaneira terrível. Este trecho faz-nos lembrar que todo o povo de Deus será um dia julgado pelas suas ações (ver Jo 5.29 nota; ver o estudo O JULGAMENTO DO CRENTE)
 

 

 

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NOTAS DE  AMÓS  5º

5.1-27 UMA LAMENTAÇÃO. Nesta lamentação, Amós comunica a tristeza do Senhor em conseqüência dos pecados de Israel. O cântico sustenta que a ruína dos israelitas era certa, como se já fosse realidade. Mas Amós faz-lhes um apelo para que se voltem a Deus a fim de que, pelo menos, um "resto" seja salvo (v. 15).

5.4 BUSCAI-ME E VIVEI. Se o povo buscasse ao Senhor, um remanescente seria poupado da calamidade profetizada por Amós (ver v. 15). Buscar continuamente ao Senhor é essencial para se receber sua graça e misericórdia. Não podemos, pois, negligenciar a oração e a meditação na Palavra de Deus.

5.7 DEITAIS POR TERRA A JUSTIÇA. A genuína espiritualidade não existe onde não há desejo pela justiça. Todos devemos ter profundo zelo pela justiça em nossa própria vida e na sociedade em que vivemos (cf. Mt 6.33). A justiça é manifestada quando se segue a orientação do Espírito Santo, odiando o mal, e amando o bem (ver v. 15 nota).

5.12 AFLIGIS O JUSTO. De todos os pecados denunciados por Amós, os mais graves eram os sociais. Os ricos tiravam proveito dos pobres, e os exploravam. A vontade de Deus é que tenhamos amor e compaixão especiais pelos necessitados (ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS)

5.15 ABORRECEI O MAL, E AMAI O BEM. Se o povo de Deus tão-somente odiasse o mal e amasse o bem, o Senhor haveria de ter misericórdia do remanescente, i.e., dos que sobrevivessem ao juízo. Uma evidência de nossa dedicação a Deus é nosso ódio sincero ao pecado, e profundo amor aos seus retos caminhos (ver Hb 1.9 nota).

5.18 O DIA DO SENHOR. Os israelitas acreditavam que "o dia do SENHOR" seria a ocasião em que Deus castigaria todos os seus inimigos, enquanto eles, como povo escolhido, seriam sumamente exaltados. Amós, porém, deixa-os chocados ao insistir que, quando chegasse o dia, a condenação da pecaminosa Israel seria certa (ver Jl 1.15 nota).

5.21-27 DESPREZO AS VOSSAS FESTAS. Deus odeia os freqüentes rituais eclesiásticos e o louvor dos que, embora professem ser crentes, buscam os prazeres do mundo.

(1) Deus deseja a adoração e o louvor somente dos que procuram viver uma vida piedosa (ver o estudo A ADORAÇÃO A DEUS).

(2) A hipocrisia religiosa é abominação diante de Deus, e trará condenação especial aos que a praticam (ver 1 Co 11.27 nota)

 

 

 

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NOTAS DE  AMÓS  6º

6.1-7 AI DOS QUE REPOUSAM EM SIÃO. A mensagem é dirigida ao povo de Deus tanto em Israel (Samaria) quanto em Judá (Sião).

(1) Embora possuíssem poder e prosperidade, haviam se tornado complacentes para com os seus pecados. Acreditavam que seus sucessos materiais fossem evidência de que estavam vivendo segundo a bênção de Deus. Também acreditavam que o juízo divino jamais os apanharia.

(2) Por conseguinte, a prosperidade pode levar-nos a adotar um modo de vida mundano, onde não mais se sente fome nem sede por Deus (ver o estudo RIQUEZA E POBREZA)

6.6 NÃO VOS AFLIGIS. Ao invés de viverem no luxo material, os israelitas deveriam sentir pesar pelas iniqüidades da nação, e pela sua iminente ruína. Os que experimentam tristeza pelos pecados do povo, hão de escapar do castigo divino (ver Ez 9.4) e experimentar a bênção de Deus (Mt 5.4).

6.8 ENTREGAREI A CIDADE. Como os israelitas haviam se recusado a voltar ao Senhor, suas cidades seriam destruídas. Sua ruína era certa, pois o Deus onipotente assim o declarara num solene juramento.

6.10 CALA-TE. Ao chegar o dia do Senhor, o local da calamidade seria completamente tomado pelo terror procedente do juízo divino. Os ímpios nem sequer ousa-riam mencionar o seu nome, para que não lhes sobreviessem mais
calamidades e ruínas.
 

 

 

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NOTAS DE  AMÓS  7º

7.1-6 O SENHOR JEOVÁ ASSIM ME FEZ VER. Amós recebeu duas visões do iminente castigo divino contra Israel. Viria na forma de gafanhotos (v. 1) e calor intenso (v. 4). E, assim, a terra seria completamente devorada; a fome seria generalizada. O profeta intercedeu em favor do povo, fazendo com que o Senhor adias-se o castigo (vv. 3,6). Deus não deseja a morte dos pecadores (1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9), e promete atender as orações do justo (Tg 5.16).

7.7-9 UM PRUMO. A terceira visão de Amós mostra Deus medindo Israel com um prumo. Era este composto por um barbante tendo um peso amarrado numa das pontas. O instrumento servia para verificar a verticalidade dos muros e paredes. Israel foi achado fora do prumo, com o risco de entrar em colapso, pois seus filhos haviam rejeitado a palavra de Deus (vv. 12-17). Eis porque o castigo divino não deixaria de vir.

7.12-17 Ó VIDENTE, FOGE. Estes versículos revelam uma das principais razões por que Deus já não pouparia a nação. O sacerdote Amazias, que representava o povo e especialmente os líderes, rejeitou abertamente o profeta de Deus e sua mensagem. Os que conscientemente rejeitam a palavra, condenam-se a si mesmos à morte eterna. Tempos virão em que a intercessão já não terá efeito.
 

 

 

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NOTAS DE  AMÓS  8º

8.1 UM CESTO DE FRUTOS DO VERÃO. O fruto maduro significa que já estava no tempo de o povo receber a condenação. Seu fim era iminente.
8.5 O SÁBADO. Os comerciantes eram tão materialistas que ficavam ansiosos pelo término do sábado a fim de voltarem rapidamente aos seus negócios. Perguntemos a nós mesmos: "Estou tão dedicado aos lucros que já não tenho
nenhuma solicitude pela Palavra de Deus nem pela promoção do seu reino?" Segundo o próprio Jesus, não podemos servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo (ver Mt 6.24 nota).
8.11 FOME... DE OUVIR AS PALAVRAS DO SENHOR. Israel havia rejeitado repetidas vezes a palavra de Deus (2.11-12; 7.10-13,16). Agora, receberiam o que tanto haviam desejado. (1) Deus não mais lhes enviaria qualquer profeta;
nenhuma palavra divina chegaria até eles. Ainda que buscassem a orientação de Deus durante a calamidade vindoura, receberiam somente o silêncio como resposta. (2) Nenhum castigo é pior do que este: quando Deus entrega a
pessoa aos seus próprios pecados. Tal pessoa afundar-se-á em degradação e perversidade, e acabará como escrava das forças demoníacas (Rm 1.21-32; ver Rm 1.24 nota).
 

 

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NOTAS DE  AMÓS  9º

9.1-10 VI O SENHOR. Em sua quinta visão, Amós vê o Senhor ao lado do altar, em seu santuário, pronto a destruir todos os adoradores. Ele derrubaria o santuário sobre a cabeça destes. Os que escapassem, seriam trucidados pela espada. Todos os pecadores morreriam (v. 10). De igual modo, quando Cristo voltar, julgará severamente a todos os que, na igreja, vivem uma vida pecaminosa. Nenhum escapará à ira de Deus.

9.11-15 NAQUELE DIA. O livro de Amós termina com a promessa de que Israel não seria totalmente destruído (cf. v. 8). O profeta prevê um dia em que a nação seria restaurada à sua terra, e abençoaria a todas as nações. O Senhor será o seu Deus! (v. 15). Este dia refere-se ao Reino Messiânico, quando Cristo estiver reinando sobre toda a terra. Tiago cita os versículos 11 e 12, para demonstrar que o plano divino da salvação tem o propósito de incluir os não-judeus em seu reino (ver At 15.16 nota).

9.11 A TENDA DE DAVI. Esta frase refere-se às doze tribos de Israel, que viverão sob o governo do Messias.

9.12 TODAS AS NAÇÕES. O Messias reinará sobre todas as nações, e Israel será uma bênção para o mundo. Este é o cumprimento final do concerto que Deus fez com Abraão e Davi (ver o estudos O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ e O CONCERTO DE DEUS COM DAVI)

9.13-15 O QUE LAVRA ALCANÇARÁ AO QUE SEGA. Amós profetiza acerca de uma terra transformada e gloriosa, onde o povo de Deus poderá continuamente plantar e colher ao mesmo tempo. A terra será abundantemente produtiva, e as bênçãos divinas jamais hão de terminar. Israel será finalmente restaurada ao Senhor, e nunca mais o abandonará. Os israelitas permanecerão seguros na sua terra.

 

 

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