2 timoteo

NOTAS DE 2 TIMÓTEO

  CARTA  DE  2ª TIMÓTEO

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Esboço de 2ª TIMÓTEO


 

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Introdução (1.1-4)


I. Paulo Exorta Timóteo (1.5-18)

A. Despertar o Dom de Deus (1.5-7)

B. Estar Disposto a Sofrer pelo Evangelho (1.8-10)

C. O Exemplo de Paulo (1.11,12)

D. Obedecer e Defender a Verdade (1.13,14)

E.  Amigos Desleais e Leais, de Paulo, em Roma (1.15-18)

II. Requisitos do Obreiro Fiel (2.1-26)

A. Ser Forte na Graça de Deus (2.1)

B. Confiar o Evangelho a Homens Fiéis (2.2)

C. Suportar Sofrimentos (2.3-7)

1. Como Bom Soldado (2.3,4)

2. Como Atleta Disciplinado (2.5)

3. Como Agricultor Laborioso (2.6,7)

D. Morrer com Jesus Cristo e Sofrer por Ele (2.8-13)

E. Evitar Discussões Inúteis e Defender o Evangelho de Modo Cabal (2.14-26)

III. A Iminência do Surto Final da Maldade (3.1-9)

IV. Perseverança na Verdade (3.10-17)

A. Aprendida de Paulo (3.10-14)

B. Aprendida das Escrituras (3.15-17)

V. Pregar a Palavra (4.1-5)

VI. Testemunho e Instruções de Paulo (4.6-18)

A. Testemunho de Despedida de Paulo (4.6-8)

B. Instrução Pessoal a Timóteo (4.9-13)

C. Advertência a Timóteo (4.14,15)

D. A Certeza da Fidelidade de Deus (4.16-18)

Conclusão (4.19-22)

Autor:
Paulo
Tema:
Perseverança Inabalável na Fé
Data:
Cerca de 67 d.C.

 

Considerações Preliminares

Esta é a última carta de Paulo. Ela foi escrita quando o imperador Nero procurava impedir a expansão da fé cristã em Roma, perseguindo severamente os crentes. E Paulo voltara a ser prisioneiro do imperador em Roma (1.16,17). Estava
sofrendo privações como se fosse um criminoso comum (2.9), abandonado pela maioria dos seus amigos (1.15), e tinha consciência de que o seu ministério chegara ao fim, e que sua morte se aproximava (4.6-8,18; ver introdução a 1 Timóteo
para um exame mais completo da autoria e do contexto da epístola).
Paulo escreve a Timóteo como “amado filho” (1.2) e fiel cooperador (cf. Rm 16.21). Sua intimidade com Timóteo e sua confiança nele percebe-se no fato de o apóstolo mencioná-lo como seu cooperador na escrita de seis epístolas, de Timóteo
haver permanecido consigo durante sua primeira prisão (Fp 1.1; Cl 1.1; Fm 1), e de lhe haver escrito duas cartas pessoais. Ante sua execução iminente, Paulo pede duas vezes a Timóteo que venha estar novamente com ele em Roma (4.9,21).
Timóteo ainda residia em Éfeso quando Paulo lhe enviou esta segunda epistola (1 Tm 1.3; 2 Tm 1.18). Nesta epístola, o apóstolo envia saudações a Onesíforo que residia em Éfeso (1.16), e igualmente para o casal Áquila e Priscila (4.19).

Propósito

Sabendo Paulo que Timóteo era tímido e enfrentava adversidades no ministério, e divisando a sombria perspectiva de forte perseguição vinda de fora, contra a igreja, e da atividade nociva dos falsos mestres dentro dela, ele exorta Timóteo a
defender o evangelho, a pregar a Palavra, a perseverar na tribulação e a cumprir sua missão.

Visão Panorâmica

No capítulo 1, Paulo assegura a Timóteo o seu incessante amor e orações, e exorta-o a nunca transigir na fidelidade ao evangelho, a guardar com diligência a verdade e a seguir o seu exemplo.
No capítulo 2, Paulo incumbe seu filho espiritual a preservar a fé, transmitindo suas verdades a homens fiéis que, por sua vez, ensinarão a outros (2.2). Admoesta o jovem pastor a sofrer as aflições como bom soldado (2.3), a servir a Deus com
diligência e a manejar corretamente a palavra da verdade (2.15), a separar-se daqueles que se desviam da verdade apostólica (2.18-21), a manter-se puro (2.22) e a trabalhar com paciência como mestre (2.23-26).
No capítulo seguinte, Paulo declara a Timóteo que o mal e a apostasia aumentarão (3.1-9), porém, ele precisa permanecer sempre, e em tudo, leal às Escrituras (3.10-17).
No capítulo final, Paulo incumbe Timóteo de pregar a Palavra e de cumprir todos os deveres do seu ministério (4.1-5). Termina, informando a Timóteo quanto aos seus assuntos pessoais, quando ele já encarava a morte, e instando com o jovem
pastor a vir logo ao seu encontro (4.6-21).

Características Especiais

Há cinco características principais nesta epístola. (1) Contém as últimas palavras escritas por Paulo antes da sua execução por ordem de Nero, em Roma, uns 35 anos depois da sua conversão a Cristo, na estrada de Damasco. (2) Contém uma
das declarações mais claras, na Bíblia, a respeito da inspiração divina das Escrituras e do seu propósito (3.16,17); Paulo reafirma que as Escrituras devem ser interpretadas com exatidão pelos ministros da Palavra (2.15) e insiste que a Palavra de
Deus seja confiada a homens fiéis que, por sua vez, possam ensinar a outros (2.2). (3) Do começo ao fim da carta aparecem exortações sucintas, e.g., “despertes o dom de Deus” (1.6), “não te envergonhes” (1.8), sofre pelo evangelho (1.8),
“conserva o modelo das sãs palavras” (1.13), guarda a verdade (1.14), “fortifica-te na graça” (2.1), passa adiante a mensagem (2.2), sofre as aflições (2.3), sê diligente na Palavra (2.15), “evita os falatórios profanos” (2.16), “foge dos desejos da
mocidade e segue a justiça” (2.22), acautela-te da apostasia que há de vir (3.1-9), permanece na verdade (3.14), “pregues a palavra” (4.2), “faze a obra de um evangelista” (4.5) e “cumpre o teu ministério” (4.5). (4) Os temas iterativos destas
muitas exortações são: manter firme a fé (em Jesus Cristo e no evangelho apostólico original), guardá-la da distorção e da corrupção, opor-se aos falsos mestres e pregar o evangelho com perseverança inabalável. (5) O testemunho de despedida
de Paulo é um exemplo comovedor de coragem e esperança diante do martírio sentenciado (4.6-8).


 

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NOTAS DE 2ª TIMÓTEO 1º

1.4 DESEJANDO MUITO VER-TE. Paulo agora está encarcerado em Roma, aguardando a morte, abandonado por muitos dos seus amigos (v. 15; 4.16), e desejando ver Timóteo mais uma vez. Roga a este seu fiel cooperador que permaneça fiel à verdade do evangelho e que se apresse a ir até ele, nos seus últimos dias aqui na terra (4.21).

1.6 DESPERTES O DOM DE DEUS. O "dom" (gr. charisma) concedido a Timóteo é comparado a uma fogueira (cf. 1 Ts 5.19) que ele precisa manter acesa. O "dom" era, provavelmente, o poder específico do Espírito Santo sobre ele para realizar o seu ministério. Note aqui que os dons e o poder que o Espírito Santo nos concede não permanecem automaticamente fortes e vitais. Precisam ser alimentados pela graça de Deus, mediante nossa oração, fé, obediência e diligência.

1.12 GUARDAR O MEU DEPÓSITO. Paulo não define qual era o "depósito" que ele confiou às mãos de Deus. Pode referir-se à sua obra apostólica, aos seus ensinos, ou até mesmo à sua vida.

1.13 CONSERVA O MODELO DAS SÃS PALAVRAS. As "sãs palavras" são a revelação original e fundamental de Cristo e dos apóstolos; as doutrinas bíblicas ensinadas a Timóteo por Paulo. Timóteo devia conservar essas verdades com fé em Jesus Cristo e amor a Ele; nunca apartar-se delas, e não comprometê-las, mesmo se sua fidelidade para com elas importasse em sofrimento, rejeição, humilhação e zombaria. Hoje, nalgumas igrejas, a idéia popular em moda é enfatizar que é a experiência, e não a doutrina, o que mais importa. As Epístolas Pastorais de Paulo contradizem firmemente tal coisa (cf. 4.3; 1 Tm 1.10; 6.3; Tt 1.9,13; 2.1,2,8).

1.14 GUARDA... PELO ESPÍRITO SANTO. O pastor deve guardar e defender o evangelho que lhe foi confiado em tempos como os atuais, em que muitos se apartam da fé do NT (3.13-15; 4.2-5; 1 Tm 4.1).

(1) Deve defendê-lo contra ataques, e ajudar a igreja a não ceder a tentação de afastar-se da verdade. Esse dever é essencial para garantir a salvação a si mesmo e aos que estão sob seus cuidados (ver 3.14,15; 1 Tm 4.16 nota; ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES).

(2) A guarda do depósito da fé deve ser feita com a ajuda do Espírito Santo. Foi Ele quem inspirou as verdades infalíveis das Escrituras (ver 3.16; 2 Pe 1.21), e é Ele o grande guia e defensor da verdade (Jo 16.13). Defender a fé original, que uma vez foi dada aos santos (Jd 3), importa em manter posição firme segundo o Espírito Santo

1.15 TODOS SE APARTARAM DE MIM. Este é um dos períodos mais tristes da vida de Paulo. Ele está encarcerado em Roma, sem nenhuma esperança de livramento. Ele sofre perseguição por causa do evangelho que ele ama, e pelo qual brevemente ele dará sua vida (4.6,7). Além disso, ele está sofrendo um terrível abandono pessoal, e também do seu evangelho, pelos irmãos do Leste, que o leva a declarar que todos da Ásia o abandonaram (v. 15).

(1) Mesmo assim, no meio dessa provação terrível, de sofrimento e de apostasia, Paulo mantém sua fé em Deus. Tem certeza de que Cristo preservará o verdadeiro evangelho e o ministério realizado pelo próprio apóstolo (v. 12), e que sempre haverá homens tais como Timóteo, que o guardarão e o proclamarão (v. 14; 2.2), e que, quando ele morrer, o Senhor o levará em segurança para seu reino celestial (4.6,8,18).

(2) Essa triste situação de Paulo será a experiência de muitos dos fiéis nos últimos dias, antes do fim. Aqueles que forem leais ao evangelho do NT, sofrerão tristeza semelhante ao verem muitos abandonarem a verdadeira fé bíblica (Mt 24.10; ver 1 Tm 4.1 nota), e ao perceberem que seu ministério é rejeitado por muitos que procuram se alinhar com o espírito predominante desta era má (ver 4.3,4 nota). Assim como aconteceu com Paulo, o verdadeiro filho de Deus, que se mantém fiel ao evangelho do NT, será abandonado e repudiado por muitos.
 

 

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NOTAS DE 2ª TIMÓTEO 2º

2.2 CONFIA-O A HOMENS FIÉIS. Para comentários sobre a responsabilidade da igreja quanto a instruir os cristãos na fé, ver o estudo ENSINO BÍBLICO PARA O CRENTE

2.3 SOFRE... AFLIÇÕES. O ministro do evangelho que permanecer leal a Cristo e ao evangelho, será conclamado a suportar adversidades (cf. 1.8; 2.9; 2 Co 11.23-29). Como o soldado, o crente precisa estar disposto a enfrentar dificuldades e
sofrimentos, e a lutar espiritualmente com total dedicação ao seu Senhor (Ef 6.10-18). Como faz o atleta, o crente precisa estar disposto à renúncia, e a viver uma vida cristã de rígida disciplina (v. 5). Como o agricultor, deve assumir o compromisso de trabalhar arduamente, e isso em horários prolongados (v. 6).

2.12 SE SOFRERMOS. A palavra "sofrer" (gr. hupomeno) aqui, significa suportar. Aqueles que perseverarem e permanecerem firmes na fé, até o fim, viverão (v. 11; Mt 10.22; 24.13) e reinarão com Cristo (4.18; Ap 20.4). Cristo rejeitará, no dia do juízo, aqueles que não perseveraram e os que o negaram por palavras ou ações (cf. 2.12; Mt 10.33; 25.1-12; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL)

2.13 ELE PERMANECE FIEL. Cristo com certeza cumprirá todas as suas promessas que nos fez (cf. Mt 10.32), bem como suas advertências (cf. Mt 10.33). A fidelidade de Deus é um consolo para aqueles que permanecerem leais (1 Ts 5.24; 2 Ts 3.3; Hb 10.23), e um aviso solene para os que se apartam da fé. Deus permanece sempre fiel à sua Palavra (2 Sm 7.28; Jr 10.10; Tt 1.2; Ap 3.7).

2.19 O FUNDAMENTO DE DEUS FICA FIRME. Embora muitos poderão desviar-se da verdade (Mt 24.11), e falsos mestres poderão fazer incursões contra a igreja (vv. 14-18), o propósito de Deus para seus seguidores fiéis não será jamais frustrado. O "fundamento de Deus", i.e., a igreja verdadeira, não se destruído. Nesse fundamento há um "selo" em que estão inscritas duas verdades concernentes àqueles que pertencem à igreja de Cristo. (1) Deus conhece perfeitamente aqueles que permanecem fiéis ao seu evangelho original, bem como aqueles que transigem quanto às suas verdades (cf. Gn 18.19; Êx 33.12,17; Nm 16.5; 1 Co 8.1-3). (2) Aqueles que realmente pertencem a Deus, apartam-se da iniqüidade e dos falsos ensinos (cf. 1 Tm 6.3-5,11).

2.21 SE PURIFICAR DESTAS COISAS. Na igreja externa ou visível de Deus, na terra, há muitos vasos. Há vasos de "honra", i.e., crentes fiéis que se apartam do mal e que se mantêm leais ao verdadeiro evangelho de conformidade com a revelação bíblica, e vasos para "desonra", i.e., crentes falsos que se desviam da verdade (vv. 14-19). Os fiéis que desejam ser úteis ao Mestre, devem manter-se à parte de todas as religiões e de todos os supostos crentes que defendem doutrinas contrárias às Escrituras (v. 19). Contato com quem ensina doutrina antibíblica deve ser feito apenas para procurar corrigi-los com amor para que se arrependam e retornem à verdade (v. 25).

 

 

 

 

 

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NOTAS DE 2ª TIMÓTEO 3º

3.1 NOS ÚLTIMOS DIAS... TEMPOS TRABALHOSOS. Os últimos dias incluem a era cristã na sua totalidade. Paulo, porém, profetiza pelo Espírito Santo (cf. 1 Tm 4.1) que as coisas se tornarão piores à medida que o fim se aproximar (cf. 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.18; Jd 17,18).

(1) Os últimos dias serão assinalados por um aumento cada vez maior de iniqüidade no mundo, um colapso nos padrões morais e a multiplicação de falsos crentes e falsas igrejas dentro do reino de Deus (Mt 24.11,12; ver 1 Tm 4.1 nota; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). Esses tempos serão espiritualmente difíceis e penosos para os verdadeiros servos de Deus.

(2) Paulo faz essa advertência a fim de reanimar os obreiros que, com suas igrejas, permanecerem leais a Cristo e à sua revelação. A plena bênção da salvação em Cristo e o poderoso derramamento do Espírito Santo continuarão à disposição dos que permanecem leais à fé e à prática dos ensinos do NT. A apostasia na igreja redundará em mais graça e poder para os que se mantiverem firmes na fé original que foi entregue aos santos (At 4.33; Rm 5.20; Jd 3)

3.2 AMANTES DE SI MESMOS. Paulo apresenta uma lista de pecados que têm suas raízes no amor próprio (vv. 2-4). Alguns, hoje, ensinam que a falta do amor a si mesmo (amor-próprio) é a raiz do pecado. A revelação bíblica ensina o contrário.

3.3 SEM AFETO NATURAL. Nos últimos dias, o crente deve estar disposto a enfrentar um volume esmagador de impiedade.

(1) O apóstolo profetiza que Satanás promoverá uma grande destruição na família. Os filhos serão "desobedientes a pais e mães" (v. 2), e os homens e mulheres não terão afeto natural (gr. astorgoi). Esta expressão pode ser traduzida "sem afeição à família", e refere-se ao desaparecimento dos sentimentos de ternura e amor naturais; falta esta demonstrada por uma mãe que rejeita os filhos, ou mata seu bebê; por um pai que abandona a família, ou os filhos que negligenciam os devidos cuidados para com seus pais idosos (ver Lc 1.17 nota).

(2) Os homens e mulheres passarão a amar idolatradamente o dinheiro e os prazeres, e estarão sempre em busca disso para a satisfação de seus desejos egoístas (v. 2). Ser pai ou mãe, com suas responsabilidades e encargos, e amor sacrificial na criação de filhos, já não será considerado missão nobre, nem dignificante (vv. 2-4). Pais amorosos darão lugar, cada vez mais, a pais egoístas e desumanos que abandonarão seus filhos (cf. Sl 113.9; 127.3-5; Pv 17.6; Tt 2.4,5; ver 2 Tm 4.3,4 nota).

(3) Se os pais cristãos quiserem preservar suas famílias nos tempos difíceis dos últimos dias, devem hoje protegê-las contra as práticas infames da sociedade em que vivem (Jo 21.15-17; At 20.28-30), separá-los dos costumes sórdidos do mundo e evitar que os ímpios influenciem seus filhos (At 2.40; Rm 12.1,2; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE). Os pais precisam aceitar o plano de Deus para a família (ver Ef 5.21-25 notas; ver o estudo PAIS E FILHOS), e não proceder como os ímpios (Lv 18.3-5; Ef 4.17). Eles, e suas famílias, realmente precisarão ser como forasteiros e peregrinos na terra (Hb 11.13-16)

3.5 TENDO APARÊNCIA DE PIEDADE. Paulo se refere àqueles que dizem ser crentes, e, aparentam santidade, porém, não demonstram que foram libertos por Deus, do pecado, do egoísmo e da imoralidade. Tais pessoas toleram a imoralidade nas suas igrejas e ensinam que é possível praticar os pecados citados nos versículos 2-4 e, ao mesmo tempo, serem crentes (cf. vv. 5-9; 4.3,4; 2 Pe 2.12-19; ver 1 Co 6.9 nota).

3.8 RESISTEM À VERDADE. Uma das coisas que identifica o falso mestre na igreja é a sua oposição às verdades básicas do evangelho, ou sua indiferença para com elas (ver 1 Tm 4.1 nota).

3.12 TODOS OS QUE PIAMENTE QUEREM VIVER... PADECERÃO PERSEGUIÇÕES. A perseguição, de uma ou de outra forma, é inevitável para quem deseja viver uma vida piedosa em Cristo (Mt 5.10-12; 10.22; At 14.22; Fp 1.29; 1 Pe 4.12; Mt 5.10 nota). A lealdade a Cristo, à sua verdade e aos seus padrões justos de vida, envolve uma resolução constante de não deturpar a nossa fé, nem ceder às inúmeras vozes que apelam ao crente a conformar-se com o mundo e deixar de lado a
verdade bíblica. Por causa dos seus padrões religiosos, os fiéis serão privados de privilégios e vantagens, e serão ridicularizados; terão grande tristeza ao verem o cristianismo bíblico rejeitado pela maioria. Devemos todos perguntar a nós mesmos: já sofri perseguição por causa da minha firme resolução de viver segundo a vontade de Deus? Ou minha falta de sofrimento é um sinal de que não tenho posição firme pela justiça, pela qual Cristo morreu?

3.16 TODA ESCRITURA DIVINAMENTE INSPIRADA. Uma exposição sobre a inspiração e a autoridade das Escrituras acha-se no estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS
 

 

 

 

 

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NOTAS DE 2ª TIMÓTEO 4º

4.3,4 NÃO SOFRERÃO A SÃ DOUTRINA. No decurso da história da igreja sempre houve aqueles que não amam a sã doutrina. À medida que o fim se aproxima, a situação nesse sentido tornar-se-á pior (cf. 3.1-5; 1 Tm 4.1).

(1) "Não sofrerão a sã doutrina" (v. 3). Muitos professarão ser cristãos, freqüentarão as igrejas e mostrarão que servem a Deus, mas não aceitarão a fé apostólica original do NT, nem as exigências bíblicas ordenando que o crente separe-se da injustiça (3.5; cf. Rm 1.16; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).

(2) "Desviarão os ouvidos da verdade" (v. 4). A autêntica pregação bíblica de um homem de Deus não mais será aceita por muitas igrejas. Os desviados da verdade desejarão sermões que apresentem um evangelho menos exigente (cf. 2.18; 3.7,8; 1 Tm 6.5; Tt 1.14). Já não aceitarão trechos da Palavra de Deus que tratam de arrependimento, pecado, perdição, necessidade da santidade e de separação do mundo (cf. 3.15-17; Jr 5.31; Ez 33.32).

(3) "Amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" (v. 3). Esses falsos crentes não quererão pastores segundo os padrões da Palavra de Deus (cf. 1.13,14; 1 Tm 3.1-10), mas buscarão os que toleram seus desejos egoístas e mundanos. Escolherão pregadores com dons de oratória, com a habilidade de divertir o povo e com uma mensagem que lhes assegure que é possilvel ser crente e continuar vivendo segundo a carne (cf. Rm 8.4-13; 2 Pe 2).

(4) O Espírito Santo adverte todos que permanecem fiéis a Deus e se submetem à sua Palavra, que lhes aguardam perseguição e sofrimento, por amor à justiça (3.10-12; Mt 5.10-12). Além disso, devem separar-se das pessoas, das igrejas e das instituições que negam o poder de Deus para a salvação, e que pregam um evangelho modificado (3.5; ver Gl 1.9 nota; 1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1; Jd 3; Ap 2.24). Devemos sempre ser leais ao evangelho do NT e aos fiéis ministros de Deus que o proclamam. Assim, poderemos ter certeza de estreita comunhão com Cristo (Ap 3.20-22) e de tempos de refrigério pela presença do Senhor (At 3.19,20)


4.4 À VERDADE. A Palavra de Deus deve ser nosso supremo guia quanto à verdade e norma de vida. (1) Devemos ter a Palavra de Deus, dada pelo Espírito Santo, como nosso guia único e suficiente, no julgamento daquilo que cremos e fazemos.

(2) A tendência de certas igrejas de formular doutrinas, práticas ou novas verdades, partindo de experiências subjetivas, de milagres, do sucesso, dos alvos centralizados nos homens, sem sólida autenticidade bíblica, será um dos meios principais de Satanás semear engano durante a apostasia dos últimos dias (ver Mt 24.5,11 notas; 2 Ts 2.11 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)

4.7 COMBATI O BOM COMBATE. Ao passar em revista a sua vida dedicada a Deus, Paulo reconhece agora que a sua morte é iminente (v. 6), e descreve sua vida cristã nos seguintes termos.

(1) Considera a vida cristã como um "bom combate"; ela é a única luta que vale a pena. Lutou contra Satanás (Ef 6.12); contra os erros religiosos dos judeus e dos pagãos (3.1-5; Rm 1.21-32; Gl 5.19-21); contra o judaísmo (At 14.19; 20.19; Gl 5.1-6); contra o antinomismo e a imoralidade na igreja (3.5; 4.3; Rm 6; 1 Co 5.1; 6.9,10; 2 Co 12.20,21); contra os falsos mestres (vv.3-5; At 20.28-31; Rm 16.17,18); contra a deturpação do evangelho (Gl 1.6-12); contra o mundanismo (Rm 12.2); e contra o pecado (Rm 6; 8.13; 1 Co 9.24-27).

(2) Completou a sua carreira em meio a provações, dificuldades e tentações, e permaneceu fiel ao seu Senhor e Salvador durante toda a sua vida (cf. 2.12; Hb 12.1,2; 10.23; 11).

(3) Conservou lealmente a fé, em tempos de severas provações, de grande desalento e de muitas aflições, não somente quando era abandonado pelos amigos, mas também quando teve de enfrentar a oposição dos falsos mestres. Nunca cedeu terreno no tocante à verdade original do evangelho (1.13,14; 2.2; 3.14-16; 1 Tm 6.12).

4.8 A COROA DA JUSTIÇA. Por ter Paulo permanecido fiel ao seu Senhor e ao evangelho que lhe foi confiado, o Espírito lhe testificou que a aprovação amorosa de Deus e a "coroa da justiça" o aguardavam no céu. Deus tem reservado no céu galardões para todos que conservam a fé com justiça (cf. Mt 19.27-29; 2 Co 5.10).

4.8 OS QUE AMAREM A SUA VINDA. Os cristãos do NT anelavam grandemente a volta do Senhor para levá-los daqui, para ficarem com Ele para sempre (ver 1 Ts 4.13-18; cf. Fp 3.20,21; Tt 2.13; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Uma marca distintiva dos fiéis de Deus é que eles se sentem fora do seu lugar, neste mundo, e já daqui eles aguardam o seu lar celestial (cf. Hb 11.13-16)

4.17 O SENHOR ASSISTIU-ME. Por causa da perseguição severa contra os cristãos em Roma, ninguém ousa-va identificar-se com o apóstolo, que com valor defendia o evangelho (v. 16). Paulo ficou profundamente decepcionado e sentiu-se abandonado. Em tais ocasiões, no entanto, sentia a presença muito real do Senhor, que estava a seu lado e o fortalecia (cf. At 23.11; 27.23; Rm 4.20; 2 Co 1.3-5; Ef 6.10; Fp 4.13).

4.22 A GRAÇA SEJA CONVOSCO. Estas são as últimas palavras de Paulo nas Escrituras registradas enquanto ele aguardava o martírio num cárcere romano. Do ponto de vista do mundo, a vida do apóstolo estava para terminar num trágico fracasso.

(1) Durante trinta anos, largara tudo por amor a Cristo; pouca coisa ganhara com isso, a não ser perseguição e inimizade dos seus próprios patrícios. Sua missão e sua pregação aos gentios resultara no estabelecimento de um bom número de igrejas, mas muitas dessas igrejas estavam decaindo em lealdade a ele e à fé apostólica (1.15). E agora, no cárcere, depois de todos os seus leais amigos o deixarem, a não ser Lucas (vv. 11,16), ele aguarda a morte. Estas circunstâncias parecem dizer que foi um fracasso a sua missão aos gentios. Contudo, o apóstolo da cruz, exibindo as cicatrizes das batalhas, de nada se queixa ao dar a sua vida por amor ao seu Senhor.

(2) Agora, 2.000 anos já são passados; todavia a influência de Paulo excede a de todos os servos de Deus no seu reino. Os escritos dele são parte essencial das Sagradas Escrituras, e têm levado um número incontável de pessoas à fé em Cristo. Que ninguém fiel a Jesus Cristo, mesmo parecendo que tenha realizado pouca coisa para Deus, pense que a morte põe fim aos resultados do seu trabalho aqui. Deus lança mão dos nossos esforços sinceros e devotados, e os multiplica muito acima de tudo quanto poderíamos ter imaginado ou esperado. Até mesmo nossos aparentes fracassos podem ser sementes que se transformarão em colheitas abundantes a serem ceifadas por outros (Jo 4.37,38).

 

 

 

 

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Um comentário:

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