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NOTAS DE EFÉSIOS

  CARTA  AOS  EFÉSIOS

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Esboço de EFÉSIOS

Saudações (1.1,2)


I.    Doutrina Basilar — A Redenção do Crente (1.3—3.21)

A.    A Preeminência de Cristo na Redenção (1.3-14)

1. Sua Preeminência no Plano do Pai (1.3-6)

2. Sua Preeminência na Participação do Crente (1.7-12)

3. Sua Preeminência na Concessão do Espírito (1.13,14)
Oração: Pela Iluminação Espiritual do Crente (1.15-23)

B. Os Resultados da Redenção em Cristo (2.1—3.21)

1. Liberta-nos do Pecado e da Morte para uma Nova Vida em Cristo (2.1-10)

2. Reconcilia-nos com os que Estão Sendo Salvos (2.11-15)

3. Une-nos em Cristo, Numa só Família (2.16-22)

4. Revela a Sabedoria de Deus Através da Igreja (3.1-13) Oração: Pelo Êxito Espiritual do Crente (3.14-21) 

II. Instruções Práticas — A Vida do Crente (4.1—6.20)

A. A Nova Vida do Crente (4.1—5.21)

1. Em Harmonia com o Propósito de Deus para a Igreja (4.1-16)

2. Uma Nova Vida de Pureza (4.17—5.7)

3. Vivendo como Filhos da Luz (5.8-14)

4. Cautelosos e Cheios do Espírito (5.15-21)

B. O Relacionamento Familiar do Crente (5.22—6.9)

1. Esposas e Maridos (5.22-33)

2. Filhos e Pais (6.1-4)

3. Servos e Senhores (6.5-9)

C. A Guerra Espiritual do Crente (6.10-20)

1. Nosso Aliado — Deus (6.10,11a)

2. Nosso Inimigo — Satanás e Suas Hostes (6.11b,12)

3. Nosso Equipamento — Toda a Armadura de Deus (6.13-20)

Conclusão (6.21-24)

Autor:
Paulo
Tema:
Cristo e Sua Igreja
Data:
Cerca de 62 d.C.

  

Considerações Preliminares

Efésios é um dos picos elevados da revelação bíblica, ocupando lugar único entre as Epístolas de Paulo. Ela não foi elaborada no árduo trabalho da bigorna da controvérsia doutrinária ou dos problemas pastorais (como muitas outras
epístolas de Paulo). Ao contrário, Efésios transmite a impressão de um rico transbordar de revelação divina, brotando da vida de oração de Paulo. Ele escreveu a carta quando estava prisioneiro por amor a Cristo (3.1; 4.1; 6.20),
provavelmente em Roma. Efésios tem muita afinidade com Colossenses, e talvez tenha sido escrita logo após esta. As duas cartas podem ter sido levadas simultaneamente ao seu destino por um cooperador de Paulo chamado Tíquico
(6.21; cf. Cl 4.7).
É crença geral que Paulo escreveu Efésios também para outras igrejas da região, e não apenas a Éfeso. Possivelmente ele a escreveu como carta circular às igrejas de toda a província da Ásia. Muitos crêem que Efésios é a mesma
carta aos Laodicenses, mencionada por Paulo em Cl 4.16.

Propósito

O propósito imediato de Paulo ao escrever Efésios está implícito em 1.15-17. Em oração, ele anseia que seus leitores cresçam na fé, no amor, na sabedoria e na revelação do Pai da glória. Almeja profundamente que vivam uma vida
digna do Senhor Jesus Cristo (e.g., 4.1-3; 5.1,2). Paulo, portanto, procura fortalecer-lhes a fé e os alicerces espirituais ao revelar a plenitude do propósito eterno de Deus na redenção “em Cristo” (1.3-14; 3.10-12) à igreja (1.22,23;
2.11-22; 3.21; 4.11-16; 5.25-27) e a cada crente (1.15-21; 2.1-10; 3.16-20; 4.1-3,17-32; 5.1—6.20).

Visão Panorâmica

Há dois temas fundamentais no NT: (1) como somos redimidos por Deus, e (2) como nós, os redimidos, devemos viver. Os capítulos 1—3 de Efésios tratam principalmente do primeiro desses temas, ao passo que os capítulos 4—6
focalizam o segundo.
(1) Os capítulos 1—3 começam por um parágrafo de abertura que é um dos trechos mais profundos da Bíblia (1.3-14). Esse grandioso hino sobre redenção tributa louvores ao Pai pela eleição, predestinação e adoção que Ele nos
propiciou (1.3-6), por nossa redenção mediante o sangue do Filho (1.7-12) e pelo Espírito, como selo e garantia da nossa herança (1.13,14). Nesses capítulos, Paulo ressalta que na redenção pela graça mediante a fé, Deus nos
reconcilia consigo mesmo (2.1-10) e com outros que estão sendo salvos (2.11-15), e, em Cristo, nos une em um só corpo, a igreja (2.16-22). O alvo da redenção é “tornar a congregar em Cristo todas as coisas... tanto as que estão
nos céus como as que estão na terra” (1.10).
(2) Os capítulos 4—6 consistem mais de instruções práticas para a igreja no tocante aos requisitos que a redenção em Cristo demanda de nossa vida individual e coletiva. Entre as 35 diretrizes dadas em Éfesios, sobre como os
redimidos devem viver, destacam-se três categorias gerais. (1) Os crentes são chamados a uma nova vida de pureza e separação do mundo. São chamados a serem “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4), a crescer “para templo
santo no Senhor” (2.21), a andar “como é digno da vocação com que fostes chamados” (4.1), a “varão perfeito” (4.13), a viver “em verdadeira justiça e santidade” (4.24), a andar “em amor” (5.2; cf. 3.17-19) e a serem santos “pela
palavra” (5.26), a fim de que Cristo tenha uma “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga... santa e irrepreensível” (5.27). (2) O crente é chamado a um novo modo de viver nos relacionamentos familiares e vocacionais (5.22—6.9).
Esses relacionamentos devem ser regidos por princípios de conduta que distingam o crente da sociedade descrente à sua volta. (3) Finalmente, o crente é chamado a manter-se firme contra as astutas ciladas do diabo e as terríveis
“hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (6.10-20).

Características Especiais

Há quatro características que predominam nesta epístola. (1) A revelação da grande verdade teológica dos capítulos 1—3 é interrompida por duas grandiosas orações apostólicas. Na primeira, o apóstolo pede para os crentes
sabedoria e revelação no conhecimento de Deus (1.15-23); na segunda, roga que possam conhecer o amor, o poder e a glória de Deus (3.14-21). (2) “Em Cristo”, uma expressão paulina de peso (106 vezes nas epístolas de Paulo),
sobressai grandemente em Efésios (cerca de 36 vezes). “Toda bênção espiritual” e todo assunto prático da vida relaciona-se com o estar “em Cristo”. (3) Efésios salienta o propósito e alvo eterno de Deus para a igreja. (4) Há um
realce multifacetado do papel do Espírito Santo na vida cristã (1.13,14,17; 2.18; 3.5,16,20; 4.3,4,30; 5.18; 6.17,18). (5) Efésios é tida, às vezes, como epístola gêmea de Colossenses, pelo fato de apresentarem definidas
semelhanças em seus conteúdos e terem sido escritas quase ao mesmo tempo (ver o esboço das duas).


 

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NOTAS DE  EFÉSIOS 1º

1.1 EM CRISTO JESUS. Todo crente "fiel" tem vida somente estando "em Cristo Jesus".

(1) Os termos "em Cristo Jesus", "no Senhor", "nEle", ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo (36 vezes só em Efésios). "Em Cristo", significa que o crente vive e age agora na esfera de Cristo Jesus. O novo ambiente do redimido é o da união com Cristo. "Em Cristo" o crente tem comunhão consciente com seu Senhor, e, nesse relacionamento, sua própria vida é considerada a vida de Cristo manifesta através dele (ver Gl 2.20 nota). Essa comunhão pessoal com Cristo é a coisa mais importante na experiência cristã. A união com Cristo é uma dádiva de Deus mediante a fé.

(2) A Bíblia contrasta nossa nova vida "em Cristo" com a velha vida não regenerada, "em Adão". Enquanto a velha vida é caracterizada pela rebeldia, pecado, condenação e morte, nossa nova vida "em Cristo" é caracterizada pela salvação, vida no Espírito, graça abundante, retidão e vida eterna (ver Rm 5.12-21; 6; 8; 14.17-19; 1 Co 15.21,22, 45-49; Fp 2.1-5; 4.6-9; ver o estudo FÉ E GRAÇA)

1.4 NOS ELEGEU. Ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

1.5 E NOS PREDESTINOU. Ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO

1.5 ADOÇÃO. Ver 1 Jo 3.1 nota.

1.13 FOSTES SELADOS COM O ESPÍRITO SANTO. Como "selo", o Espírito Santo é dado ao crente como a marca ou evidência de propriedade de Deus. Ao outorgar-nos o Espírito, Deus nos marca como seus (ver 2 Co 1.22). Assim, temos a evidência de que somos filhos adotados por Deus, e que a nossa redenção é real, pois o Espírito Santo está presente em nossa vida (cf. Gl 4.6). Podemos saber que realmente pertencemos a Deus, pois o Espírito Santo nos regenera e renova (Jo 1.12,13; 3.3-6), nos liberta do poder do pecado (Rm 8.1-17; Gl 6.16-25), nos faz conscientes de que Deus é nosso Pai (v. 5; Rm 8.15; Gl 4.6) e nos enche de poder para testemunhar (At 1.8; 2.4).

1.13 O ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo e seu lugar na redenção do crente é um dos pontos principais desta carta. O Espírito Santo no crente:

(1) é a marca ou sinal de propriedade de Deus (v. 13);

(2) é a primeira "porção" ou "quinhão" da herança do crente [traduzido "penhor"] (v. 14);

(3) é o Espírito de sabedoria e de revelação (v. 17);

(4) ajuda o crente a aproximar-se de Deus (2.18);

(5) edifica os crentes como templo santo (2.21,22);

(6) revela o mistério de Cristo (3.4,5);

(7) fortalece o crente com poder, no homem interior (3.16);

(8) promove a unidade da fé cristã, na completa semelhança de Cristo (4.3,13);

(9) entristece-se com o pecado na vida do crente (4.30);

(10) quer repetidamente encher e capacitar o crente (5.18); e

(11) ajuda na oração e na guerra espiritual (6.18).

1.13,14 O ESPÍRITO SANTO... O PENHOR. O Espírito Santo é o "penhor" ou sinal da nossa herança (v. 14), i.e., uma primeira prestação ou parcela inicial. Na presente era, o Espírito Santo é concedido aos crentes como parcela ou quinhão inicial, por conta do que vamos receber no futuro. Sua presença e obra em nossas vidas é uma "entrada" por conta da nossa herança (cf. Rm 8.23; 2 Co 1.22; 5.5).

1.16-20 NAS MINHAS ORAÇÕES. A oração de Paulo pelos efésios reflete o desejo máximo de Deus para todo crente em Cristo. Ele ora para que o Espírito opere neles em maior escala (cf. 3.16). A razão dessa medida maior do Espírito é que os crentes recebam mais sabedoria, revelação e conhecimento a respeito dos propósitos redentores de Deus para a salvação, presente e futura (vv. 17,18), e experimentem um "poder" mais abundante do Espírito Santo na sua vida (vv. 19,20).

1.19 SEU PODER. Para o crente progredir na graça, obter vitória sobre Satanás e o pecado, dar testemunho eficaz de Cristo e usufruir a salvação final, é necessário o poder de Deus operando nele (cf. 1 Pe 1.5). Esse poder é a atividade, manifestação e força do Espírito Santo operando no crente fiel. É o mesmo Espírito de poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos e o assentou à destra de Deus (v. 20; Rm 8.11-16, 26,27; Gl 5.22-25).

 

 

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NOTAS DE EFÉSIOS 2º

2.2 FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. Efésios 2.1-4 revela uma razão por que o cristão deve ter grande compaixão e misericórdia dos que ainda vivem em ofensas e pecados.

(1) Todo aquele que está sem Cristo é controlado pelo "príncipe das potestades do ar", i.e., Satanás. Sua mente é obscurecida por Satanás, para que não veja a verdade de Deus (cf. 2 Co 4.3,4). Tais pessoas estão escravizadas pelo pecado e concupiscências da carne (v. 3; Lc 4.18).

(2) A pessoa irregenerada, por causa de sua condição espiritual não poderá compreender, nem aceitar a verdade à parte da graça de Deus (vv. 5,8; 1 Co 1.18; Tt 2.11-14).

(3) O cristão deve ver a todos do ponto de vista bíblico. Quem vive na imoralidade e no orgulho deve ser alvo da nossa compaixão, por causa da sua escravidão ao pecado e a Satanás (vv. 1-3; cf. Jo 3.16).

(4) A pessoa sem Cristo é responsável pelo seu pecado, pois Deus dá a cada ser humano uma medida de luz e graça, com a qual possa buscar a Deus e escapar da escravidão do pecado, mediante a fé em Cristo (Jo 1.9; Rm 1.18-32; 2.1-6).

2.8 PELA GRAÇA... POR MEIO DA FÉ. Ver o estudo FÉ E GRAÇA

2.9 NÃO VEM DE OBRAS. Ninguém poderá ser salvo pelas obras e boas ações, ou por tentar guardar os mandamentos de Deus. Seguem-se as razões:

(1) Todos os não-salvos estão espiritualmente mortos (v. 1), sob o domínio de Satanás (v. 2), escravizados pelo pecado (v. 3) e sujeitos à condenação divina (v. 3).

(2) Para sermos salvos precisamos receber a provisão divina da salvação (vv. 4,5), ser perdoados do pecado (Rm 4.7,8), ser espiritualmente vivificados (Cl 1.13), ser feitos novas criaturas (v. 10; 2 Co 5.17) e receber o Espírito Santo (Jo 7.37-39; 20.22). Nenhum esforço da nossa parte poderá realizar essas coisas.

(3) O que opera a salvação é a graça de Deus mediante a fé (vv. 5,8). O dom salvífico de Deus inclui os seguintes passos:

(a), a chamada ao arrependimento e à fé (At 2.38). Com essa chamada vem a obra do Espírito Santo na pessoa, dando-lhe poder e capacidade de voltar-se para Deus.

(b) Aqueles que respondem com fé e arrependimento e aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo Espírito (ver o estudo A REGENERAÇÃO) e ser cheios do Espírito (At 1.8; 2.38; Ef 5.18).

(c) Aqueles que se tornam novas criaturas em Cristo, recebem graça contínua para viver a vida cristã, resistir ao pecado e servir a Deus (Rm 8.13,14; 2 Co 9.8). O crente se esforça em viver para Deus, mediante a graça que nele opera (1 Co 15.10). A graça divina opera no crente dedicado, tanto para ele querer, como para cumprir a boa vontade de Deus (Fp 2.12,13). Do começo ao fim, a salvação é pela graça de Deus (ver o estudo FÉ E GRAÇA)

2.18 ACESSO AO PAI. O acesso ao Pai é mediante Jesus Cristo, pelo Espírito Santo. "Acesso" significa que nós, que temos fé em Cristo, temos também a liberdade e o direito de nos aproximar de nosso Pai celestial, certos de que seremos aceitos, amados e bem-vindos.

(1) Esse acesso foi conseguido por meio de Cristo - pelo seu sangue derramado na cruz (v. 13; Rm 5.1,2) e pela sua intercessão, no céu, a favor de todos quantos vierem a Ele (Hb 7.25; cf. 4.14-16).

(2) O acesso a Deus também necessita da ajuda do Espírito Santo. A presença do Espírito, que em nós habita, nos possibilita orar e invocar a Deus segundo a sua vontade e propósito (Jo 14.16,17; 16.13,14; Rm 8.15,16,26,27).

2.20 FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS. A igreja somente poderá ser genuína se for alicerçada na revelação infalível, inspirada por Cristo aos primeiros apóstolos.

 (1) Os apóstolos do NT foram os mensageiros originais, testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (v. 20). Foram as pedras fundamentais da igreja, e sua mensagem encontra-se nos escritos do NT, como o testemunho original e fundamental do evangelho de Cristo, válido para todas as épocas.

(2) Todos os crentes e igrejas locais dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade deles é conservada no NT. As gerações posteriores da igreja têm o dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade. O evangelho concedido aos apóstolos do NT, mediante o Espírito Santo, é a fonte permanente de vida, verdade e orientação à igreja.

(3) Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida em que fizerem o seguinte:

(a) Aceitar o ensino e revelação originais dos apóstolos a respeito do evangelho, conforme o NT registra, e procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38; Gl 1.9-11).

(b) Continuar a missão e ministério apostólicos, comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da proclamação e ensino fiéis, no poder do Espírito (At 1.8; 2 Tm 1.8-14; Tt 1.7-9).

(c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas também defendê-la e guardá-la contra todas as distorções ou alterações. A revelação dos apóstolos, conforme temos no NT, nunca poderá ser substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At 20.27-31; 1 Tm 6.20).

 

 

 

 

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NOTAS DE EFÉSIOS 3º

3.4 O MISTÉRIO DE CRISTO. Paulo fala do "mistério de Cristo" (v. 4), oculto em Deus durante eras (v. 9), e que agora se torna conhecido pela revelação (v. 3) dada mediante o Espírito aos apóstolos e profetas (v. 5). O mistério é o propósito de Deus no sentido de "tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra" (1.10) e incluir pessoas de todas as nações na promessa da vida eterna e da salvação (v. 6; Rm 16.25,26; 2 Tm 1.1). Dentre os judeus e as nações gentias, Deus criou "em Cristo" (v. 6) um novo povo para Ele mesmo (1.4-6; 2.16; 4.4,16; Mt 16.18; Cl 1.24-28; 1 Pe 2.9,10).

3.7 A GRAÇA DE DEUS. A graça de Deus é dada a cada crente a fim de que este possa realizar a vontade divina. É uma força poderosa que flui do Cristo ressurreto e opera por meio do Espírito Santo que habita no crente (1.19; 4.7; At 6.8; 11.23; 14.26; 1 Co 15.10; 2 Co 12.9; Fp 2.13; Cl 1.29; Tt 2.11-13; ver o estudo FÉ E GRAÇA)

3.10 PRINCIPADOS E POTESTADES. Há duas interpretações possíveis deste versículo. (1) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos anjos bons (cf. Cl 1.16). Eles contemplam a multiforme sabedoria de Deus, à medida que Ele a demonstra através da igreja (1 Pe 1.10-12). (2) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos poderes dominantes das trevas, na esfera espiritual (cf. 6.12; Dn 10.13,20,21), aos quais o "eterno propósito" de Deus (v. 11) está sendo conhecido, através da proclamação da salvação pela igreja e do seu conflito espiritual com Satanás e suas hostes (cf. 6.12-18; Dn 9.2-23; 10.12,13; 2 Co 10.4,5).

3.16-19 FORTALECIDOS COM PODER... NO HOMEM INTERIOR. Ter nosso "homem interior" fortalecido, "fortalecido com poder" pelo Espírito, é ter nossos sentimentos, pensamentos e propósitos colocados cada vez mais sob sua influência e orientação, de tal maneira que o Espírito possa manifestar seu poder através de nós, em medida cada vez maior. O propósito desse fortalecimento pelo Espírito é quádruplo:

(1) que Cristo estabeleça a sua presença em nossos corações (vv. 16,17; cf. Rm 8.9,10);

(2) que sejamos fundamentados em amor sincero a Deus, a Cristo e ao próximo;

(3) que compreendamos e experimentemos em nossa vida o amor de Cristo (vv. 18,19);

(4) que sejamos "cheios de toda a plenitude de Deus" (v. 19), i.e., que a presença de Deus nos encha de tal modo que reflitamos e manifestemos, desde o íntimo do nosso ser, o caráter e a estatura do Senhor Jesus Cristo (cf. 4.13,15,22-24).

3.20 MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE ALÉM. Deus fará por nós, não somente mais do que pedimos e desejamos em oração, como também mais do que nossa imaginação possa alcançar. Esta promessa é condicionada ao grau da presença, poder e graça do Espírito Santo em nossa vida (1.19; 3.16-19; Is 65.24; Jo 15.7; Fp 2.13).
 

 

 

 

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NOTAS DE EFÉSIOS 4º

4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade do Espírito" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme o apóstolo proclamou nos capítulos 1-3.
Os efésios devem guardar e preservar essa unidade, não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (vv. 1-3,14,15; Gl 5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3).

4.5 UM SÓ SENHOR. Uma parte essencial da fé e unidade cristãs é a confissão de que há "um só Senhor".

(1) "Um só Senhor" significa que a obra da redenção que Jesus Cristo efetuou é perfeita e suficiente, e que não é necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de Deus somente através de Cristo (Hb 7.25).

(2) "Um só Senhor" significa, também, que devotar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade (secular ou religiosa) que não seja Deus revelado em Cristo e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de Cristo, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum senhorio de Cristo nem "unidade do Espírito" (v. 3) à parte da afirmação de que o Senhor Jesus é a suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na Palavra de Deus.

4.11 ELE MESMO DEU. Ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA

4.13 A UNIDADE DA FÉ. Em Efésios 4, Paulo ensina que a "unidade do Espírito" (v. 3) e a "unidade da fé" (v. 13) são mantidas e aperfeiçoadas por:

(1) aceitar somente a fé e a mensagem dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres do NT (vv. 11,12);

(2) crescer na graça, em maturidade espiritual e em Cristo sob todos os aspectos (v. 15), e ser cheio da plenitude de Cristo e de Deus (v. 13; cf. 3.19);

(3) não permanecer como criança, aceitando "todo o vento de doutrina", mas, pelo contrário, conhecer a verdade, e assim saber rejeitar falsos mestres (vv. 14,15);

(4) sustentar e falar com amor a verdade revelada nas Escrituras (v. 15); e

(5) andar em "verdadeira justiça e santidade" (v. 24; vv. 17-32).

4.14 NÃO SEJAMOS MAIS MENINOS. Nos versículos 13-15, Paulo define as pessoas espiritualmente "perfeitas" ou maduras, que possuem a plenitude de Cristo. (1) Ser espiritualmente maduro, significa não ser "meninos" (v. 14), os quais são instáveis, facilmente enganados pelas falsas doutrinas dos homens e suscetíveis ao artificialismo enganoso. O crente permanece infantil quando tem uma compreensão inadequada das verdades bíblicas e pouca dedicação a elas (vv. 14,15). (2) Ser espiritualmente maduro inclui falar "a verdade em caridade" (v. 15). A verdade do evangelho, conforme apresentada no NT, deve ser crida com caridade, apresentada com caridade e defendida em espírito de caridade. Essa caridade é dirigida primeiramente a "Cristo" (v. 15); em seguida, à igreja (v. 16) e, finalmente, de uns para com os outros (v. 32; cf. 1 Co 16.14).

4.15 A VERDADE EM AMOR. A conservação da unidade da fé (v. 13), deve basear-se no amor ativo, que procura resolver problemas e reconciliar diferenças através da mútua lealdade e da obediência a Cristo e sua Palavra. Isto significa que crer e proclamar com amor a verdade do NT é prioritário em relação à lealdade às instituições e tradições cristãs, aos cristãos individuais ou à igreja visível. O esforço para manter a comunhão ou a unidade, jamais deverá invalidar a Palavra de Deus, nem levar à transigência com a verdade bíblica (v. 14). A fidelidade às Escrituras está acima de tudo e poderá, inclusive, resultar em pressões de toda a ordem, até mesmo na própria igreja local. Mas no tempo certo, Deus dará o escape necessário aquele que permanecer leal a Cristo e à verdade original do NT.

4.30 NÃO ENTRISTEÇAIS O ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo, que habita no crente (Rm 8.9; 1 Co 6.19), é uma Pessoa que pode sentir intensa mágoa ou tristeza, assim como o próprio Jesus sentia quando chorou por causa de Jerusalém, e em outras ocasiões (Mt 23.37; Mc 3.5; Lc 19.41; Jo 11.35).

(1) O crente causa tristeza ou pesar ao Espírito Santo, quando não dá importância à sua presença, voz ou direção (Rm 8.5-17; Gl 5.16-25; 6.7-9).

(2) Entristecer o Espírito Santo leva a resisti-lo (At 7.51); isto, por sua vez, leva a extingui-lo (1 Ts 5.19) e, finalmente, a fazer agravo ao Espírito da graça (Hb 10.29). Esta última ação pode ser identificada como a blasfêmia contra o Espírito Santo, para a qual não há perdão (ver Mt 12.31 nota).

 

 

 

 

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NOTAS DE EFÉSIOS 5º

5.5 BEM SABEIS ISTO. O apóstolo Paulo sabia, bem como os efésios, com certeza absoluta, que todos os indivíduos (quer dentro da igreja, quer fora dela), sendo imorais, impuros ou avarentos (i.e., amando as coisas do mundo mais do que a Deus) estavam fora do reino de Cristo. Os profetas do AT assim ensinaram com forte convicção (ver Jr 8.7 nota; 23.17 nota; Ez 13.10 nota), bem como os apóstolos e a igreja do NT (ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota). Quem cometesse tais pecados evidenciava claramente que não era salvo; que não tinha vida em Deus (ver Jo 8.42 nota; 1 Jo 3.15 nota).

5.6 ENGANO. Paulo sabia que alguns falsos mestres diriam aos efésios que não precisavam temer a ira de Deus contra eles, por causa de sua imoralidade. Por isso, ele os admoesta: "Ninguém vos engane". Fica claro, aqui, que alguém pode ser enganado a ponto de crer que pessoas imorais e impuras têm herança no reino de Cristo (ver o estudo FALSOS MESTRES)

5.11 OBRAS... DAS TREVAS. Aquele que é em tudo leal a Cristo, não pode ser neutro, nem manter silêncio quanto às "obras infrutuosas das trevas" (v. 11) e à imoralidade (vv. 3-6). Deve sempre estar pronto a desmascarar, repreender e denunciar o mal em todas as suas formas. Bradar sinceramente contra toda a iniqüidade é odiar o pecado (Hb 1.9), tomar posição com Deus, contra o mal (Sl 94.16) e permanecer fiel a Cristo, o qual também denunciava as obras das trevas (Jo 7.7; Is 15.18-20; cf. Lc 22.28).

5.18 VINHO. A declaração de Paulo no versículo 18, demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação. Isso quer dizer que a pessoa não pode estar "embriagada com vinho" e, ao mesmo tempo, "cheia do Espírito". Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne; que os que cometem tais coisas "não herdarão o reino de Deus" (Gl 5.19-21; cf. Ef 5.3-7). Além disso, "os que cometem tais coisas" (Gl 5.21) não terão a presença interior do Espírito Santo, nem a sua plenitude. Noutras palavras, não ter "o fruto do Espírito" (Gl 5.22,23) é perder a plenitude do Espírito (Ef 5.18; ver At 8.21 nota).

5.18 ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO. "Enchei-vos" (imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de "ser enchido repetidas vezes". A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante (3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo.

(1) O cristão deve ser batizado no Espírito Santo após a conversão (ver At 1.5; 2.4), mas também deve renovar-se no Espírito repetidas vezes, para adoração a Deus, serviço e testemunho (ver At 4.31-33 nota).

(2) Experimentamos enchimentos repetidos do Espírito Santo quando mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1 Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). (3) Alguns resultados de ser cheio do Espírito Santo são:

(a) falar com alegria a Deus, em salmos, hinos e cânticos espirituais (v. 19),

(b) dar graças (v. 20) e (c) sujeitar-nos uns aos outros (v. 21).

5.19 CANTANDO... AO SENHOR. Todos os nossos cânticos espirituais, tanto na igreja como em particular, devem ser inteiramente dirigidos a Deus, como orações de louvores ou petições (Sl 40.3; 77.6).

(1) Cantar louvores ou qualquer cântico espiritual pode ser uma forma de manifestação sobrenatural do Espírito Santo (vv. 18,19; 1 Co 14.15).

(2) Cantar hinos cristãos é um meio de edificação, ensino, ação de graças e oração (Cl 3.16).

(3) O cântico cristão é uma expressão de alegria (v. 19).

(4) O propósito de cantar hinos ou cânticos espirituais, não deve ser passatempo, nem exibição de talentos individuais, mas adoração e louvor a Deus (Rm 15.9-11; Ap 5.9,10).

5.21 SUJEITANDO-VOS UNS AOS OUTROS. A submissão de uns aos outros em Cristo é um princípio espiritual geral. Esse princípio deve ser aplicado principalmente à família cristã. A submissão, a humildade, a mansidão, a paciência e a tolerância devem ser características de cada membro da família.

A esposa deve submeter-se (i.e., ceder por amor) ante a responsabilidade do marido no exercício da liderança da família (ver Ef 5.22 nota).

O marido deve submeter-se às necessidades da mulher, em atitude de amor e abnegação (ver Ef 5.23 nota).

Os filhos devem submeter-se em obediência à autoridade dos pais (ver Ef 6.1 nota). E os pais devem ser flexíveis às necessidades dos filhos, e criá-los na santa doutrina do Senhor (ver Ef 6.4 nota).

5.22 MULHERES, SUJEITAI-VOS. A esposa tem a tarefa, dada por Deus, de ajudar o marido e de submeter-se a ele (vv. 22-24). Seu dever para com o marido inclui o amor (Tt 2.4), o respeito (v. 33; 1 Pe 3.1,2), a ajuda (Gn 2.18), a pureza (Tt 2.5; 1 Pe 3.2), a submissão (v. 22; 1 Pe 3.5), um espírito manso e quieto (1 Pe 3.4) e o ser uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (1 Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5).

A submissão da mulher ao marido é vista por Deus como parte integrante da sua obediência a Jesus, "como ao Senhor" (v. 22; ver também Gl 3.28 nota; 1 Tm 2.13,15 notas; Tt 2.4 nota).

5.23 MARIDO... CABEÇA. Deus estabeleceu a família como a unidade básica da sociedade. Toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e família (vv. 23-33; 6.4). Sua chefia deve ser exercida com amor, mansidão e consideração pela esposa e família (vv. 25-30; 6.4). A responsabilidade do marido, que Deus lhe deu, de ser "cabeça da mulher" (v. 23) inclui:

(1) provisão para as necessidades espirituais e domésticas da família (vv. 23,24; Gn 3.16-19; 1 Tm 5.8);

(2) o amor, a proteção, a segurança e o interesse pelo bem-estar dela, da mesma maneira que Cristo ama a Igreja (vv. 25-33);

(3) honra, compreensão, apreço e consideração pela esposa (Cl 3.19; 1 Pe 3.7);

(4) lealdade e fidelidade totais na vivência conjugal (v. 31; Mt 5.27,28).

 

 

 

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NOTAS DE EFÉSIOS 6º

6.1 FILHOS, SEDE OBEDIENTES. Os filhos de crentes devem permanecer sob a orientação dos pais, até se tornarem membros doutra unidade familiar através do casamento.

(1) As crianças pequenas devem ser ensinadas a obedecer e a honrar os pais, mediante a criação na disciplina e doutrina do Senhor (ver 6.4 nota; Pv 13.24; 22.6 nota; ver a nota seguinte).

(2) Os filhos mais velhos, mesmo depois de casados, devem receber com respeito, o conselho dos pais (v. 2) e honrá-los na velhice, mediante cuidados e ajuda financeira, conforme a necessidade (Mt 15.1-6).

(3) Os filhos que honram seus pais serão abençoados por Deus, aqui na terra e na eternidade (v. 3).

6.4 PAIS... VOSSOS FILHOS. Para uma ampla abordagem do papel dos pais na criação dos seus filhos, ver o estudo PAIS E FILHOS

6.11 A ARMADURA DE DEUS. O cristão está engajado num conflito espiritual com o mal. Esse conflito é descrito como o combate da fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2 Tm 4.7,8; ver Gl 5.17 nota).

(1) A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz. Jesus travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; cf. Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14).

(2) No presente, o cristão está empenhado numa guerra espiritual que ele trava, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 8.13),

(a) contra os desejos corruptos dentro de si mesmo (1 Pe 2.11; ver Gl 5.17 nota),

(b) contra os prazeres ímpios do mundo e todos os tipos de tentações (Mt 13.22; Gl 1.4; Tg 1.14,15; 1 Jo 2.16), e

(c) contra Satanás e suas forças (ver 6.12 nota). O crente é conclamado a se separar do presente sistema mundano (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE), repudiando os seus males (cf. Hb 1.9; ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO), vencendo suas tentações e morrendo para elas (Gl 6.14; 1 Jo 5.4), e condenando abertamente os seus pecados (cf. Jo 7.7).

(3) A milícia cristã deve guerrear contra todo o mal, não por seu próprio poder (2 Co 10.3), mas com armas espirituais (2 Co 10.4,5; Ef 6.10-18).

(4) Na sua guerra espiritual, o cristão é conclamado a suportar as aflições como bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), sofrer em prol do evangelho (Mt 5.10-12; Rm 8.17; 2 Co 11.23; 2 Tm 1.8), combater o bom combate da fé (1 Tm 6.12; 2 Tm 4.7), guerrear espiritualmente (2 Co 10.3), perseverar (6.18), vencer (Rm 8.37), ser vitorioso (1 Co 15.57), triunfar (2 Co 2.14), defender o evangelho (Fp 1.16), combater pela fé (Fp 1.27), não se alarmar ante os que resistem (Fp 1.28), vestir toda a armadura de Deus (6.11), ficar firme (v.v. 13,14), destruir as fortalezas de Satanás (2 Co 10.4), levar cativo todo pensamento (2 Co 10.5) e fortalecer-se na guerra contra o mal (Hb 11.34)

6.12 HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE. O cristão trava um conflito espiritual contra Satanás e uma multidão de espíritos malignos (ver Mt 4.10 ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS).

(1) Os poderes das trevas são os governantes espirituais do mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19), que incitam os ímpios (2.2), se opõem à vontade de Deus (Gn 3.1-7; Dn 10.12,13; Mt 13.38,39) e constantemente atacam os crentes (v. 12; 1 Pe 5.8).

(2) É uma vasta multidão (Ap 12.4,7), altamente organizada em forma de império do mal, tendo categorias e ordens (2.2; Jo 14.30)

6.17 A ESPADA DO ESPÍRITO. A "espada do Espírito, que é a palavra de Deus", é a arma ofensiva do crente, para uso na guerra contra o poder do mal. Por esta razão, Satanás fará todos os esforços possíveis para subverter ou destruir a confiança do crente na Palavra. A igreja precisa defender as Escrituras inspiradas contra o argumento de que ela não é a Palavra de Deus em tudo que ensina.

Abandonar a posição e a atitude de Cristo e dos apóstolos para com a Palavra de Deus é destruir seu poder de convencer, corrigir, redimir, curar, expulsar demônios e vencer o mal. Negar sua fidedignidade total, em tudo quanto ela ensina é entregar-nos a Satanás (ver 2 Pe 1.21 nota; cf. Mt 4.1-11; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS)

6.18 ORANDO... NO ESPÍRITO. A guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração, i.e., orando "no Espírito", "em todo tempo", "com toda oração e súplica", "por todos os santos", "com toda perseverança". A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar (Lc 18.1; Rm 12.12; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17).

 

 

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