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Notas de Jeremias

  LIVRO  DE  JEREMIAS

 

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Esboço JEREMIAS

 

I. Chamada e Atribuições de Jeremias (1.1-19)

II. Palavra Profética de Jeremias a Judá (2.1—33.26)

A. Profecias de Juízo (2.1—29.32)

1. A Apostasia Deliberada de Judá e Sua Assolação Iminente (2.1—6.30)

2. A Loucura e Hipocrisia Religiosa de Judá (7.1—10.25)

3. A Infidelidade de Judá ao Concerto (11.1—13.27)

4. Predições de Julgamentos, Intercessão, Solidão e Pecados de Judá (14.1—17.27)

5. Duas Parábolas Proféticas e uma Lamentação (18.1—20.18)

6. Condenação dos Reis Ímpios, dos Falsos Profetas e da Decadente Judá (21.1—24.10)

7. O Cativeiro Babilônico Vindouro (25.1—29.32)

B. Profecias Acerca da Restauração (30.1—33.26)

1. Dimensões da Restauração Divina do Povo de Deus (30.1—31.26)

2. Promessa de um Novo Concerto e uma Ilustração da Fé (31.27—32.44)

3. O Justo Renovo de Davi (33.1-26)

III. O Papel de Jeremias Como Atalaia Profético (34.1—45.5)

A. Declaração a Zedequias do Cativeiro Vindouro (34.1-22)

B. A Lição dos Recabitas (35.1-19)

C. A Queima dos Escritos de Jeremias e Sua Dupla Prisão (36.1—38.28)

D. O Cumprimento da Profecia de Jeremias sobre a Queda de Jerusalém (39.1-18)

E. Ministério de Jeremias Após a Queda de Jerusalém (40.1—45.5)

IV. A Palavra Profética de Jeremias às Nações (46.1—51.64)

A. Egito (46.1-28)

B. Filístia (47.1-7)

C. Moabe (48.1-47)

D. Amom (49.1-6)

E. Edom (49.7-22)

F. Damasco (49.23-27)

G. Arábia (49.28-33)

H. Elão (49.34-39)

I. Babilônia (50.1—51.64)

V. Apêndice Histórico da Queda de Jerusalém (52.1-34)

 

Autor:
Jeremias
Tema:
O Juízo Divino e Inevitável de Judá
Data:
Cerca de 585—580 a.C.

 

Considerações Preliminares

O ministério profético de Jeremias foi dirigido ao Reino do Sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história (626—586 a.C.). Ele viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultaram na destruição
de Jerusalém e do templo. Como o chamado de Jeremias propunha-se a que ele profetizasse à nação durante os últimos anos de seu declínio e queda, é compreensível que o livro do profeta esteja cheio de prenúncios sombrios.
Jeremias, filho de sacerdote, nasceu e cresceu na aldeia sacerdotal de Anatote (mais de 6 km ao nordeste de Jerusalém) durante o reinado do ímpio rei Manassés. Jeremias começou seu ministério profético durante o décimo-terceiro
ano do reinado do bom rei Josias, e apoiou seu movimento de reforma. Não demorou para perceber, no entanto, que as mudanças não estavam resultando numa verdadeira transformação de sentimentos do povo. Jeremias advertiu
que, a não ser que houvesse verdadeiro arrependimento em escala nacional, a condenação e a destruição viriam de repente.
Em 612 a.C., a Assíria foi conquistada por uma coalizão babilônica. Cerca de quatro anos depois da morte do rei Josias, o Egito foi derrotado por Babilônia na batalha de Carquemis (605 a.C.; ver 46.2). Naquele mesmo ano o
exército babilônico de Nabucodonosor invadiu a Palestina, capturou Jerusalém e deportou alguns dos jovens mais seletos de Jerusalém para Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos. Uma segunda campanha contra Jerusalém
ocorreu em 597 a.C., ocasião em que foram levados dez mil cativos à Babilônia, entre os quais Ezequiel. Durante todo esse tempo, as advertências proféticas de Jeremias a respeito do juízo divino iminente passaram despercebidas
pela nação. A última invasão babilônica tomou Jerusalém, o templo e a totalidade do reino de Judá em 586 a.C.
Este livro profético revela que Jeremias, freqüentemente chamado de “o profeta das lágrimas”, era um homem com uma mensagem severa, mas de coração sensível e quebrantado (e.g., 8.21—9.1). Seu espírito sensível tornou mais
intenso o seu sofrimento, à medida que a palavra de Deus ia sendo repudiada por seus familiares e amigos, pelos sacerdotes e reis, e pela totalidade do povo de Judá. Embora fosse solitário e rejeitado durante toda a sua vida,
Jeremias não deixou de ser um dos mais ousados e corajosos profetas. Apesar da grande oposição, cumpriu fielmente sua chamada profética para advertir seus concidadãos de que o juízo divino estava às portas. Resumindo a vida
de Jeremias, certo escritor disse: “Nunca foi imposto sobre um homem mortal fardo mais esmagador. Em toda a história da raça judaica, nunca houve semelhante exemplo de intensa sinceridade, sofrimento sem alívio, proclamação
destemida da mensagem de Deus e intercessão incansável de um profeta em favor do seu povo como se observa no ministério de Jeremias. Mas a tragédia de sua vida foi esta: pregava a ouvidos surdos e só recebia ódio em troca do
seu amor aos compatriotas” (Farley).
O autor do livro é indicado com clareza: Jeremias (1.1). Depois de profetizar durante vinte anos a Judá, Jeremias foi ordenado por Deus a deixar a sua mensagem por escrito. Assim o fez, ao ditar suas profecias a seu fiel secretário,
Baruque (36.1-4). Visto que Jeremias estava proibido de comparecer diante do rei, enviou então Baruque para ler as profecias no templo. Depois disso, Jeudi as leu diante do rei Joaquim. O monarca demonstrou desprezo a
Jeremias e à palavra do Senhor ao cortar e queimar o rolo (36.22,23). Jeremias voltou a ditar suas profecias a Baruque, e dessa vez incluiu até mais do que estava no primeiro rolo.

Propósito

O livro foi escrito: (1) para fornecer um registro permanente do ministério profético de Jeremias e sua mensagem; (2) para revelar o inevitável juízo divino por ter o povo transgredido o concerto e persistido em sua rebelião contra
Deus e sua palavra; e (3) para demonstrar a autenticidade e autoridade da palavra profética. Muitas das profecias de Jeremias foram cumpridas durante a própria vida do profeta (e.g., 16.9; 20.4; 25.1-14; 27.19-22; 28.15-17;
32.10-13; 34.1-5;); outras, que envolviam o futuro distante, foram cumpridas posteriormente, ou ainda estão por se cumprir (e.g., 23.5,6; 30.8,9; 31.31-34; 33.14-16).

Visão Panorâmica

O livro é essencialmente uma coletânea de profecias de Jeremias, dirigidas principalmente a Judá (2—29), mas também a nove nações estrangeiras (46—51); estas profecias focalizam principalmente o juízo, embora haja algumas que
dizem respeito à restauração (ver especialmente os caps. 30—33). Essas profecias não estão dispostas numa ordem rigidamente cronológica ou temática, embora o livro de Jeremias tenha a estrutura global indicada no esboço. Parte
do livro está escrita em linguagem poética, ao passo que outras têm a forma de prosa ou narrativa. Suas mensagens proféticas estão entrelaçadas com os seguintes aspectos históricos: (1) a vida e ministério do profeta (e.g., caps. 1;
34—38; 40—45); (2) a história de Judá, principalmente durante o período dos reis: Josias (caps. 1—6), Joaquim (7—20) e Zedequias (21—25; 34), inclusive a queda de Jerusalém (cap. 39), e (3) eventos internacionais que
envolviam Babilônia e outras nações (25—29; 46—52).
Assim como Ezequiel, Jeremias pratica várias ações simbólicas a fim de ilustrar de modo claro a sua mensagem profética: e.g., o cinto podre (13.1-14), a seca (14.1-9), a proibição divina de não se casar ou ter filhos (16.1-9), o
oleiro e o barro (18.1-11), o vaso do oleiro, que se fragmentou (19.1-13), os dois cestos de figos (24.1-10), o jugo no seu pescoço (27.1-11), a compra de um terreno na sua cidade natal (32.6-15) e as grandes pedras colocadas
no pavimento de tijolos de Faraó (43.8-13). A compreensão clara que Jeremias tinha da sua chamada profética (1.17), juntamente com as freqüentes reafirmações de Deus (e.g., 3.12; 7.2, 27,28; 11.2, 6; 13.12,13; 17.19,20),
capacitaram-no a proclamar com ousadia e fé a palavra profética a Judá, apesar de esta nação sempre reagir com hostilidade, rejeição e perseguição (e.g., 15.20,21). Após a destruição de Jerusalém, Jeremias foi levado contra sua
vontade ao Egito, onde continuou profetizando até a sua morte (caps. 43; 44).

Características Especiais

Sete aspectos principais caracterizam o livro de Jeremias: (1) É o segundo maior livro da Bíblia, pois contém mais palavras (não capítulos) do que qualquer outro livro, exceto Salmos. (2) A vida e as tribulações pessoais de Jeremias
como profeta são reveladas com maior profundidade e detalhes do que as de qualquer outro profeta do AT. (3) Está permeado com as tristezas, angústias e prantos do “profeta das lágrimas” por causa da rebeldia de Judá. Apesar
de sua mensagem severa, Jeremias sentia tristeza e quebrantamento profundos por causa do povo de Deus. Mesmo assim, sua maior lealdade era dedicada a Deus, e sua mais profunda tristeza era a mágoa sofrida por Deus. (4) Sua
palavra-chave é “rebelde” (usada treze vezes), e seu tema perpétuo é o inescápavel juízo divino em retribuição à rebeldia e apostasia. (5) Sua maior revelação teológica é o conceito do “novo concerto”, que Deus estabeleceria com
seu povo fiel num tempo futuro de restauração (31.31-34). (6) Sua poesia é tão eloqüente e lírica quanto qualquer outra obra poética da Bíblia, com uso abundante de metáforas excelentes, frases vívidas e passagens memoráveis. (7)
Há mais referências à nação de Babilônia nas profecias de Jeremias (16.4) do que em todo o restante da Bíblia.

O Livro de Jeremias ante o N.T.

O emprego principal do livro de Jeremias no NT diz respeito à sua profecia de um “novo concerto” (31.31-34). Embora Israel e Judá tivessem transgredido, repetidas vezes, os concertos com Deus, sendo, posteriormente,
arruinados como castigo por sua rebeldia, Jeremias profetizou a respeito de um dia em que Deus faria com eles um novo concerto (31.31). O NT deixa claro que esse novo concerto foi instituído com a morte e ressurreição de Jesus
Cristo (Lc 22.20; cf. Mt 26.26-29; Mc 14.22-25), está sendo cumprido agora na igreja, que é o povo de Deus segundo o novo concerto (Hb 8.8-13), e chegará ao seu clímax na grande salvação de Israel (Rm 11.27). Outras
passagens messiânicas de Jeremias aplicadas a Jesus Cristo no NT são: (1) o Messias como o Bom Pastor e o Justo Renovo de Davi (Jr 23.1-8; ver Mt 21.8,9; Jo 10.1-18; 1 Co 1.30; 2 Co 5.21); (2) o choro amargo em Ramá (Jr
31.15), cumprido na época em que Herodes procurou matar o menino Jesus (ver Mt 2.17,18), e (3) o zelo messiânico pela pureza da casa de Deus (Jr 7.11), demonstrado por Jesus quando purificou o templo (ver Mt 21.13; Mc
11.17; Lc 19.4).



 

*

NOTAS DE JEREMIAS  1º

1.1 JEREMIAS. Deus chamou Jeremias para ser profeta do Reino Sul, i.e., Judá. Seu ministério abrangeu os últimos quarenta anos da nação, inclusive os dias que precederam a destruição de Jerusalém e a deportação do povo de Deus a Babilônia (627-586 a.C.). Ministrou durante os reinados de Josias, de Joacaz, de Jeoaquim, de Joaquim e de Zedequias. Durante esse período, a nação manteve-se rebelde contra Deus e confiava nas alianças políticas para conseguir livrar-se dos inimigos. Jeremias conclamou o povo a arrepender-se dos seus pecados e os advertiu que não escapariam do castigo por rejeitarem a Deus e à sua lei. Por causa da sua mensagem de julgamento e da sua devoção ao Senhor, Jeremias enfrentou muita oposição e sofrimento.

1.5 ANTES QUE EU TE FORMASSE... TE SANTIFIQUEI. Antes de Jeremias nascer, Deus já havia determinado que ele seria profeta. Assim como Deus tinha um plano para a vida de Jeremias, Ele também tem um para cada pessoa. Seu alvo é que o crente viva segundo a sua vontade e deixe que Ele cumpra seu plano em sua vida. Assim como no caso de Jeremias, viver segundo o plano de Deus pode significar sofrimento; porém Deus sempre opera visando o melhor para nós (ver Rm 8.28 nota).

1.8 NÃO TEMAS. Jeremias, ao iniciar seu ministério profético, era jovem. Ele hesitou e temeu ante a extraordinária missão de falar a Palavra do Senhor aos anciãos de Jerusalém (v. 7). Deus o assistiu com a promessa de que estaria com ele e lhe daria poder para cumprir sua chamada. Não importa qual a tarefa que você esteja executando para Deus, Ele sempre promete sua presença e ajuda constante, se você permanecer firme, com sua fé posta nEle.

1.9 AS MINHAS PALAVRAS NA TUA BOCA. Deus garante a Jeremias que sua mensagem profética seria inspirada por Ele; as palavras do profeta seriam as palavras de Deus (cf. Rm 10.8). Convicto disso, Jeremias nunca usou de subterfúgio com a Palavra de Deus, nem a modificou (ver 37.16,17).

1.10 PARA ARRANCARES, E PARA DERRIBARES. A mensagem de Jeremias continha partes ligadas a juízo e também de restauração, no entanto, por causa do período da história de Israel em que Jeremias profetizou, sua mensagem enfocava, em primeiro plano, o castigo e a condenação. A nação desviada, de Israel, tinha de ser derribada antes de Deus plantá-la e edificá-la de novo.

1.11 UMA VARA DE AMENDOEIRA. Amendoeira é a primeira árvore que brota na primavera. Esta visão -subentendia duas coisas: (1) a palavra de Deus através de Jeremias cumprir-se-ia rapidamente, e (2) o povo reconheceria que Deus estava em ação e controlando o curso da história, para cumprir os seus propósitos (cf. a vara de amendoeira de Arão, que brotou, Nm 17.1-10).

1.14 DO NORTE SE DESCOBRIRÁ O MAL. Este versículo refere-se aos ataques de Babilônia contra Judá e o cerco de Jerusalém. Uma invasão maciça viria do Norte, porque o povo de Deus o abandonara, oferecia sacrifícios a outros deuses e adorava as obras das suas próprias mãos (v. 16).

1.18 EIS QUE TE PONHO... POR CIDADE FORTE, E POR COLUNA DE FERRO. Embora Jeremias fosse um jovem moderado, Deus colocou ferro espiritual na sua personalidade, e assim fê-lo o mais forte, destemido e corajoso de todos os profetas. Deus pode usar o crente muito além das suas potencialidades e talentos naturais.

1.19 PELEJARÃO CONTRA TI. Jeremias foi avisado de que os reis de Judá, os funcionários do estado, os sacerdotes e até mesmo o povo comum, resistiriam a ele e à mensagem a que foi chamado a proclamar (v. 18). O profeta, porém, recebeu ânimo para falar com ousadia e firmeza de convicções, pois Deus prometera que estaria com ele; Deus lhe garantiu que seus inimigos não poderiam vencê-lo. Deus sempre fica ao lado dos seus servos fiéis que declaram a verdade divina àqueles que vivem distanciados de sua palavra e conformados com o mundo.

 

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NOTAS DE JEREMIAS  2º

2.2 LEMBRO-ME DE TI. No começo da história de Israel, o povo de Deus confiava nEle com profunda devoção. A comunhão com Deus era tão profunda que a nação era considerada a esposa do Senhor (cf. 3.14; 31.32; Is 54.5). Agora, porém, toda a casa de Israel tinha abandonado a Deus para seguir outros deuses (vv. 4,5,25).
2.5 PARA SE AFASTAREM DE MIM? Israel virou as costas para Deus, mas Deus permaneceu fiel ao seu povo. Todo crente enfrenta a mesma tentação de se esquecer da bondade de Deus e sua salvação, quando andam segundo sua vontade, e nos prazeres pecaminosos do mundo.

2.8 ONDE ESTÁ O SENHOR? Os sacerdotes estavam tão indiferentes à presença e ao poder de Deus que não notaram que Ele os deixara. Não procuravam saber por que a presença e a bênção do Senhor se haviam afastado de Israel.
Hoje, os líderes espirituais devem se preocupar e muito, quando a presença de Deus e as manifestações do Espírito Santo não se constatarem nas suas congregações. O fiel servo de Deus perguntará: Onde está o SENHOR?
2.8 OS QUE TRATAVAM DA LEI NÃO ME CONHECERAM. É lamentável quando alguém é estudante ou mestre da Palavra de Deus sem, porém, conhecer o Senhor como seu Salvador pessoal e ter ampla comunhão com Ele (ver o estudo ENSINO BÍBLICO PARA O CRENTE)

2.8 OS PROFETAS PROFETIZARAM POR BAAL. Os profetas tinham o dever de encaminhar o povo de volta a Deus e de chamá-lo ao arrependimento (ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO). O profeta devia falar somente a Palavra de Deus. Entretanto, muitos dos profetas de Judá, por estarem totalmente desviados, profetizavam pelo poder demoníaco, em nome dos ídolos (ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES, p. 446). Se os pastores e os líderes de hoje pregam idéias humanistas, como as que se encontram em grande parte da psicologia, filosofia e na teologia liberal contemporâneas, em vez de pregarem a Palavra de Deus, tornam-se tão culpados quanto os falsos profetas dos tempos de Jeremias

2.13 FEZ DUAS MALDADES. O povo de Deus do antigo concerto cometeu dois pecados principais:

(1) abandonaram o Senhor (cf. 17.13; Sl 36.9; Jo 10.10), e

(2) buscaram vida e prazer nas coisas do mundo. Ao agirem assim, abdicaram do seu propósito e destino como povo redimido (v. 11). A verdadeira água viva (cf. Jo 4.10-14; 7.37-39) está na comunhão pessoal com Deus, por meio de Cristo.

2.19 A TUA MALÍCIA TE CASTIGARÁ. O pecado quase sempre traz com ele mesmo o castigo. Quando o crente abandona o Senhor, perde a sua proteção e bênção, e fica desprotegido contra as tentações destruidoras. O pecado o escraviza, e muitas coisas maléficas e penosas poderão lhe acontecer.

2.20-30 TE ANDAS ENCURVANDO E CORROMPENDO. Jeremias, às vezes, empregava a analogia de uma prostituta devassa para ilustrar a gravidade da infidelidade de Judá a Deus, como seu marido. Empregando uma metáfora semelhante, o NT chama a igreja de noiva de Cristo (ver 2 Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 19.7). O crente deve ter cuidado para ser sempre fiel ao seu Senhor; nunca o abandonando por outros amores (cf. v. 33).

2.32 O MEU POVO SE ESQUECEU DE MIM. Jeremias revela o intenso pesar e tristeza de Deus pela infidelidade do seu povo. Os seus tinham feito algo inconcebível esqueceram-se daquele que os redimira do Egito e cuidara deles no deserto.


 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  3º

3.6 VISTE O QUE FEZ A REBELDE ISRAEL? Israel, o Reino do Norte, fora infiel a Deus; como resultado, os israelitas foram levados em cativeiro pela Assíria, em 722-721 a.C. Judá, o Reino do Sul, deveria ter aprendido a lição trágica da sua irmã, mas isso não aconteceu. Ele também entregou-se à prostituição espiritual e à prática da iniqüidade.
3.12 APREGOA ESTAS PALAVRAS PARA A BANDA DO NORTE. O remanescente de Israel que estava no cativeiro assírio recebeu a mensagem de que ainda podia arrepender-se. Deus continua misericordioso e não deseja castigar para sempre. Jeremias profetizou, em seguida, que um dia um remanescente de Israel voltaria a Deus e à terra prometida.

3.15 PASTORES SEGUNDO O MEU CORAÇÃO. Jeremias vislumbra o dia em que Israel terá pastores que andam segundo a Palavra de Deus e que comuniquem vida através da sua compreensão. Eles conheceriam a natureza de Deus, e então saberiam como pastorear o povo de Deus (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)

3.16-19 NAQUELES DIAS. Aqui, a profecia de Jeremias prediz a era messiânica, quando Cristo reinará sobre o seu povo. A arca, que antes simbolizava a presença de Deus, já não será necessária, pois o Messias estará visivelmente presente. Jerusalém será chamada o trono de Deus, e todas as nações o adorarão (v. 17).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  4º

4.3-31 ASSIM DIZ O SENHOR. O capítulo 4 descreve a desolação que dentro em breve atingiria o povo de Deus por causa do seu pecado e apostasia. Aprenderiam quão mau e amargo é abandonar o Senhor (cf. 2.19).
4.4 OS PREPÚCIOS DO VOSSO CORAÇÃO. O caminho para os habitantes de Judá evitarem a calamidade que vinha contra eles era a sua mudança completa através da verdade, da justiça e da retidão. Precisavam atender à convicção do Espírito, arrepender-se dos seus pecados e abrandar o solo endurecido dos seus corações (v. 3). Tinham que remover a impiedade de suas vidas tão certamente como o prepúcio era removido na circuncisão física.

4.6 TRAGO UM MAL DO NORTE, UMA GRANDE DESTRUIÇÃO. Deus, na sua indignação contra o seu povo, traria os babilônios para invadir Judá e assolar a terra (ver 1.14 nota).

4.10 TROUXESTE GRANDE ILUSÃO A ESTE POVO. Muitos dos profetas de Judá enganaram o povo de Deus, dando-lhe falsa esperança de paz e segurança, sem fazer conta da sua vida pecaminosa (cf. 14.13-16; 23.17; 1 Rs 22.20-23). Deus permitiu que os judeus cressem na mentira por não haverem amado a verdade e ter prazer no pecado. Fato idêntico ocorrerá nos últimos dias (cf. 2 Ts 2.9-12).

4.19-22 ESTOU FERIDO NO MEU CORAÇÃO! Jeremias experimentou a agonia que Deus sentia por Judá e, de igual modo, pela desolação que sofreriam. O crente também deve sentir dor ao ver homens e mulheres que estão na senda do cativeiro e destruição pelo pecado e Satanás. O futuro terrível dos perdidos deve nos causar aflição. Jesus manifestou profundo pesar pela condição espiritual de Jerusalém, i.e., de perdidos (Lc 13.34).

4.23 A TERRA... ASSOLADA E VAZIA. A visão de Jeremias, da devastação total, pendente sobre o seu povo, dava a impressão de que o universo inteiro fora assolado e posto em desordem como era no princípio antes de Deus haver formado o mundo (cf. Gn 1.2).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  5º

5.1-9 UM HOMEM QUE... BUSQUE A VERDADE. A decadência espiritual de Judá chegara a um ponto que poucos atingem, mesmo tendo antes amado a verdade de Deus e a sua justiça. A nação era culpada, e Deus resolvera julgar o seu povo infiel.

5.10 NÃO SÃO DO SENHOR. Os judeus professavam ser do Senhor (cf. 3.4), mas Deus testificou que eles não eram o seu povo. De igual modo, quem afirma ser crente nascido de novo, porém vive cometendo os pecados descritos neste capítulo (e.g., mentira, desonestidade e adultério), não pertence ao Senhor. Os tais estão enganados, como aqueles de Judá, por crerem que sua infidelidade a Deus não resultará em julgamento divino.

5.12 NENHUM MAL NOS SOBREVIRÁ. É sempre forte a falsa crença de que Deus não leva em conta os nossos pecados e que não castiga conforme as advertências da sua Palavra. Muitos crêem nas promessas de Deus e seu cumprimento, mas duvidam das suas advertências.

5.22 NÃO ME TEMEREIS A MIM? O povo não reverenciava a Deus, nem o obedecia, porque não tinha seu temor, nem tremia diante da sua presença (ver o estudo O TEMOR DO SENHOR)

5.31 OS PROFETAS PROFETIZAM FALSAMENTE. Os responsáveis pela vida espiritual da nação eram culpados de infidelidade a Deus.

(1) Os profetas rejeitaram a Palavra de Deus e profetizavam somente coisas boas no futuro. Exigiam do povo o mínimo de moralidade, e ficavam satisfeitos.

(2) Os sacerdotes dirigiam o povo segundo suas idéias, e não segundo a Palavra de Deus. Os profetas e os sacerdotes, pois, tranqüilizavam a nação com uma falsa segurança. Contudo, Jeremias anunciava que não havia qualquer segurança diante de Deus, sem arrependimento sincero e o compromisso de obedecer à sua Palavra.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  6º

6.1-30 FUGI... DO MEIO DE JERUSALÉM. Este capítulo descreve a grande destruição que dentro em breve sobreviria a Jerusalém e seu povo impenitente. Esta mensagem cumpriu-se durante a vida do profeta Jeremias. Ele não somente advertiu Judá e Jerusalém, como também chamou-os ao arrependimento. Se o povo voltasse a Deus e renovasse seu concerto com Ele, poderia escapar do julgamento.

6.3 PASTORES COM OS SEUS REBANHOS. Os comandantes babilônicos são aqui comparados a pastores, e suas tropas, a rebanhos que deixariam a terra desolada.

6.14 PAZ; QUANDO NÃO HÁ PAZ. Os falsos profetas pregavam ao povo uma mensagem de falsa segurança. Ao invés de advertirem o povo sobre o juízo que se aproximava e a necessidade de se arrependerem, diziam que nada havia a temer.

6.16 PERGUNTAI PELAS VEREDAS ANTIGAS. O povo desviou-se do caminho de Deus para a idolatria e a iniqüidade, e Ele agora o chama de volta às veredas antigas do seu concerto e da sua lei. Por sua vez, a igreja deve sempre examinar-se a si mesma para ver se está caminhando no poder do Espírito e na retidão proclamada no NT. O crente somente recebe a plenitude da bênção de Deus quando pede, busca e bate à porta do Senhor (cf. Lc 11.5-13), e se dedica a viver de conformidade com a doutrina do NT (ver At 7.44 nota).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

7.3 MELHORAI OS VOSSOS CAMINHOS. Deus chama o povo mais uma vez a arrepender-se dos seus maus caminhos, mas eles criam estar seguros simplesmente por causa do templo e dos seus ritos. Não percebiam a necessidade de arrependimento (v. 4; ver a nota seguinte).

7.9,10 FURTAREIS... MATAREIS... E VOS POREIS DIANTE DE MIM. O povo cometia todo tipo de pecado (vv. 5-9); depois, no sábado, vinha ao templo, apresentava-se a Deus, e deste modo enganava-se, crendo que estava seguro mediante o amor que Deus lhe tinha. Existe na atualidade esta falsa teologia. Os crentes vivem em desobediência a Deus e à sua Palavra, e julgam-se seguros, porque crêem no sangue de Cristo . Na linguagem de Jeremias, estão confiando em palavras falsas (i.e., enganosas), que para nada são proveitosas (v. 8).

7.11 CAVERNA DE SALTEADORES. Os assaltantes freqüentemente usavam cavernas ou covis como esconderijo e local de encontro para planejar o crime seguinte. Jeremias emprega esse quadro em referência aos que vinham ao templo para oferecer sacrifícios a fim de ocultar seus pecados e assim prosseguirem em suas vidas pecaminosas. Jesus citou parte deste versículo ao expor os pecados dos líderes judaicos dos seus dias (ver Mt 21.13; Mc 11.17; Lc 19.46).

7.12 SILÓ. Siló, cerca de 28 km ao norte de Jerusalém, abrigava o Tabernáculo na época dos Juízes (Jz 18.31). Jeremias declara que Siló foi destruída por causa dos pecados do povo (7.12,14; 26.6); o mesmo destino teria Jerusalém e o seu templo se os israelitas não largassem seus caminhos pecaminosos.

7.18 RAINHA DOS CÉUS. A Rainha dos Céus é Istar, a deusa babilônica da fertilidade, ou Astorete, a deusa fenícia. Na Palestina descobriram imagens dela. As mulheres, principalmente, prestavam-lhe culto.

7.31 VALE DO FILHO DE HINOM. Este vale, situado na parte sul de Jerusalém, era a lixeira da cidade e local de adoração aos ídolos e de sacrifício de crianças ao fogo (prática esta proibida com severidade na Lei Mosaica; ver Lv 18.21; 20.2-5). Alguns dos piores pecados na história judaica foram cometidos nesse local. Do nome Vale de Hinom (hb. ge hinnom) provém a palavra grega gehenna, traduzida no NT por inferno , o lugar do eterno castigo divino (Mt 18.9; Mc 9.47,48; ver Mt 10.28 nota).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  8º

8.1-22 NAQUELE TEMPO. Jeremias refere-se à desolação iminente de Judá e Jerusalém como se já tivesse ocorrido. Sua ruína era fruto da rebelião obstinada e do pecado do povo (cf. 7.24). A visão da desolação causou grande tristeza a Jeremias (vv. 18-22). Mas, enquanto Jeremias profetizava o julgamento, falsos profetas estavam predizendo a paz (vv. 10,11).
8.1,2 OSSOS... A TODO O EXÉRCITO DO CÉU. Nos tempos do AT, deixar os mortos insepultos era tido como o mais grave sacrilégio. Como castigo merecido pela idolatria do povo, Deus anunciou que os ossos deles ficariam expostos perante as estrelas que eles prazerosamente adoravam.

8.7 O MEU POVO NÃO CONHECE O JUÍZO DO SENHOR. O povo não conhecia a lei de Deus. Além disso, seus dirigentes distorciam extremamente a Palavra de Deus, para fazer o povo crer que estava bem espiritualmente, apesar de viver em pecado, e que isso não lhe traria castigo (v. 8). De modo semelhante, o apóstolo Pedro fala dos que torcem a Palavra de Deus para sua própria destruição e para destruição dos outros (cf. 2 Pe 3.16). Devemos acautelar-nos de qualquer obreiro que ensina que o crente pode continuar em pecado premeditado, e em desobediência a Deus e mesmo assim ter a salvação e o reino de Deus (ver 1 Co 6.9 nota).

8.12 DE MANEIRA NENHUMA SE ENVERGONHAM. O povo atingira um grau de apostasia em que não cuidava de se arrepender. Quanto ao pecado, perderam o medo de pecar e também o remorso. Seu juízo dependia agora só de chegar o momento de Deus. Igrejas hoje que desprezam a Palavra de Deus e cometem os pecados abomináveis descritos em Rm 1.24-32, chegam ao mesmo grau de apostasia (ver Rm 1.27 nota).

8.18-23 O MEU CORAÇÃO DESFALECE EM MIM. Estas palavras revelam a profunda dor do profeta por causa do pecado e da destruição do povo de Deus. Está angustiado a tal ponto que deseja ir embora e largá-los para sempre (9.2).
O crente sofre esse mesmo tipo de dor ao ver seus entes queridos vivendo em rebelião contra Deus e seus santos caminhos. Indiretamente participa do sofrimento de Deus, ao perceber a desventura que aguarda os que não se
arrependem.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  9º

9.1-26 MEUS OLHOS, EM UMA FONTE DE LÁGRIMAS. Jeremias continua a expressar a sua angústia por causa do povo rebelde de Deus e da sua recusa em arrepender-se e assim escapar da destruição que se aproxima. Queria chorar, mas sua dor era profunda demais para ele verter lágrimas. Exclamações de angústia, declarações de culpa e advertências sobre o castigo inevitável do povo estão por todo este capítulo. Jeremias é comumente chamado o profeta das lágrimas (cf. 14.17), que chora de dia e de noite por um povo de coração extremamente endurecido para perceber a ruína que se avizinhava. Jeremias, é tradicionalmente considerado o autor do livro de Lamentações (ver a introdução a Lamentações), devido ao seu intenso quebrantamento.

9.24 O QUE SE GLORIAR GLORIE-SE NISTO. O crente não deve jactar-se no conhecimento secular, no talento humano, ou nas riquezas terrenas (v. 23); pelo contrário, ele deve exultar e regozijar-se somente no seu relacionamento pessoal com o Senhor e na sua graça, que nos capacita a viver em retidão. Todos os valores terrenos tornam-se eclipsados ante a alegria de conhecer a Deus. O verdadeiro valor consiste em nos dedicarmos a Deus e aos seus ensinos, e fazer a nossa parte para que Ele nos encha do Espírito Santo.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  10º

10.2-16 NÃO APRENDAIS O CAMINHO DAS NAÇÕES. Ante a ameaça da invasão dos babilônios, o povo recorria cada vez mais aos ídolos e à astrologia e espiritismo das nações vizinhas. Jeremias -adverte o povo contra tais coisas e declara que o Senhor Deus é o único Deus verdadeiro que criou todas as coisas (vv. 10-12).

10.17-22 AJUNTA... A TUA MERCADORIA. A invasão dos babilônios estava chegando, e a calamidade que ela traria era tão real para Jeremias, que ele enunciou as palavras de lamentação que o povo entoaria no exílio (vv. 19,20).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

11.3 MALDITO O HOMEM QUE NÃO ESCUTAR. Israel tinha feito um concerto com Deus, e prometera obedecer-lhe como seu Senhor e Deus. Deus seria o Deus dos israelitas e lhes daria como herança a terra de Canaã, bem como a proteção de que necessitavam (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). O povo, no entanto, persistira na desobediência e buscou outros deuses. Por isso, as maldições constantes do concerto, sobre a desobediência, recairiam sobre o povo (cf. Dt 28)

11.14 NÃO ORES POR ESTE POVO. Várias vezes, Deus ordenou a Jeremias a não orar ou interceder pelo povo (cf. 7.16; 14.11). Os israelitas persistiram tanto na sua rebeldia contra o Senhor e apegaram-se tanto aos ídolos, que nenhuma oração por eles teria resultado. Este versículo adverte ao crente que suas orações podem ficar sem resposta da parte de Deus, se não perseverar em santa obediência ao Senhor, e em andar nos seus caminhos (ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ)

11.19-23 IMAGINAVAM PROJETOS CONTRA MIM. Vários homens de Anatote (cidade natal de Jeremias) tramavam contra ele para matá-lo por ser ele fiel ao Senhor e desmascarar os pecados e idolatria deles. Deus garantiu ao profeta que os conspiradores nada conseguiram, nem sobreviveriam ao julgamento. Jeremias continuou a proclamar a Palavra de Deus, apesar da perseguição.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  12º

12.1-4 POR QUE PROSPERA O CAMINHO DOS ÍMPIOS? Jeremias faz um contraste entre seus sofrimentos e a prosperidade dos ímpios. Sentia-se confuso pela demora no julgamento divino de tais pessoas. O progresso material dos ímpios era um problema contínuo para os santos do AT, pois encaravam o assunto principalmente em termos de recompensas e castigos temporais (ver Jó 21.7-15; Sl 10.37; 73; 94; Hc 1.5-13; Ml 3.15).

12.5 SE TE FATIGAS. O que Jeremias sofreu às mãos dos sacerdotes em Anatote, nada era em comparação com as perseguições que estavam por vir. Por isso, o profeta devia preparar-se com fé e coragem para enfrentar provações maiores.

12.6 ATÉ OS TEUS IRMÃOS. Segundo parece, alguns membros da família de Jeremias tinham se voltado contra ele de modo traiçoeiro.

12.16,17 E SERÁ QUE. Aqui Jeremias comtempla a era messiânica. As nações terão um lugar entre o povo de Deus se observarem os seus caminhos e o adorarem em verdade. Caso se rebelem, serão destruídas (v.17).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  13º

13.1-11 UM CINTO DE LINHO. O ato simbólico de Jeremias, com o cinto de linho, deu ao povo uma lição prática em forma de parábola. Israel e Judá eram o cinto de linho que o Senhor usava, simbolizando o estreito relacionamento de antigamente entre Deus e eles, quando eram fiéis. Agora, o povo tornou-se inútil e seria largado, como Jeremias fez com o cinto de linho.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS 14º

14.1 A RESPEITO DA GRANDE SECA. Este capítulo fala dos efeitos calamitosos de uma seca que veio sobre o povo e a terra de Israel. Deus enviou essa catástrofe natural contra Judá nos anos finais da nação, devido à infidelidade do povo a Deus e ao seu concerto (cf. Lv 26.18,19; Dt 28.22-24). O povo rejeitara a Deus a fonte das águas vivas (2.13) e agora ficaria sem suprimento de água natural.

14.7-12 AS NOSSAS MALDADES TESTIFIQUEM CONTRA NÓS, Ó SENHOR. O povo clamou a Deus, pedindo chuva, mas o Senhor não respondeu suas orações, como testemunho do juízo inevitável que o povo enfrentaria por causa do seu pecado.

14.14 OS PROFETAS PROFETIZAM FALSAMENTE. O povo de Deus deve saber que certos profetas do seu meio podem profetizar mentiras e afirmar falsamente que receberam visões da parte do Senhor. Por isso, todos os profetas devem ser provados segundo as normas bíblicas (ver 1 Co 14.29 nota; ver o estudo FALSOS MESTRES)

14.17 OS MEUS OLHOS DERRAMEM LÁGRIMAS. Mais uma vez, Jeremias expressa profunda tristeza por causa do juízo que virá sobre o povo de Deus e a terra prometida (cf. 9.18; 13.17; ver 9.1-26 nota).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  15º

15.1-9 DISSE-ME, PORÉM, O SENHOR. Nestes versículos, Deus responde à intercessão que Jeremias fez em 14.19-22. O povo rejeitara a Deus e continuava na apostasia, por isso a destruição de Jerusalém e o exílio em Babilônia eram inevitáveis. Deus disse que não atenderia nem mesmo a intercessão de Moisés e de Samuel, caso eles intercedessem perante Ele pelo povo (ver a nota seguinte).

15.1 MOISÉS E SAMUEL. Trata-se de dois grandes intercessores que, no passado, tinham suplicado -perante Deus pelos filhos de Israel (cf. Ex 32.11-14,30-32; Nm 14.13-20; Dt 9.13-19; 1 Sm 7.8,9; 12.19-25). Se no tempo de Jeremias, Moisés e Samuel ainda vivessem na terra e intercedessem pelos israelitas, Deus não os atenderia.

15.4 POR CAUSA DE MANASSÉS. Manassés foi o rei mais ímpio de Israel; ele conduziu o povo à grande apostasia (2 Rs 21.10-15; 23.26; 24.3). Manassés já morrera, mas os efeitos dos seus pecados continuavam. O castigo viria porque o povo persistia na infidelidade e rebeldia induzido por Manassés.

15.10 AI DE MIM. Jeremias queixou-se diante do Senhor, de que todo o povo da terra o amaldiçoava. O Senhor lhe respondeu (vv. 11-14) dizendo que quando chegasse o juízo, seus inimigos lhe implorariam para os ajudar (cf. 21.1-7; 37.1-10,17-20; 38.14-18).

15.16 TUAS PALAVRAS... GOZO E ALEGRIA DO MEU CORAÇÃO. Jeremias era diferente do povo, de duas maneiras peculiares.

(1) Amava a Palavra do Senhor; era alegria e deleite para o seu coração. Um sinal evidente de que somos filhos de Deus é um amor intenso à Palavra de Deus (ver Sl 119 notas; ver o estudo A PALAVRA DE DEUS).

(2) Permaneceu afastado das práticas pecaminosas dos ímpios (v. 17). O isolamento e a solidão que Jeremias sofreu foi o preço que teve de pagar pela lealdade a Deus e à sua justiça (cf. Sl 26.3-5)

15.19-21 SE TU VOLTARES. Jeremias queixou-se de que Deus não lhe era tão fiel como ele esperava (v. 18). Deus lhe disse que se arrependesse de tais palavras, e lhe fez uma promessa, renovando sua chamada.

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  16º

16.2-10 NÃO TOMARÁS PARA TI MULHER. Jeremias teve da parte de Deus certas restrições na sua vida e ministério, que serviriam de lições práticas para o povo ao chegar a hora do julgamento.

(1) A primeira restrição foi a ordem de não casar, nem ter filhos, ilustrando o fato de que na aflição vindoura, muitas famílias pereceriam (vv. 3,4).

(2) A segunda restrição foi que não demonstrasse pesar nem condolência nas reuniões fúnebres: isso revelava que o povo ficaria privado da bênção, amor e compaixão de Deus (vv. 5-7).

(3) A terceira, foi para Jeremias não participar de eventos festivos para demonstrar que Deus faria cessar todo prazer e alegria em Judá (vv. 8,9).

16.15 EU OS FAREI VOLTAR À SUA TERRA. O povo seria levado para o exílio, porém o seu castigo não haveria de ser permanente. Um remanescente voltaria à sua pátria a fim de dar cumprimento ao plano divino da redenção através do Messias vindouro.

16.18 RETRIBUIREI EM DOBRO. A palavra hebraica traduzida dobro pode também significar equivalente . Deus retribuiria ao povo na íntegra pelo seu pecado e iniqüidade.

16.19 A TI VIRÃO AS NAÇÕES. Jeremias previu um dia em que as nações da terra adorarão ao Senhor e renunciarão aos falsos deuses como coisas sem valor (cf. Is 2.1-4; 45.14; Zc 8.20-23).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  17º

17.1 O PECADO DE JUDÁ. Jeremias denuncia a nação por sua grande iniqüidade. O pecado estava tão arraigado na natureza do povo, que a idolatria e a maldade eram coisas inerentes às suas vidas. Por causa da sua infidelidade a Deus, o povo deixaria sua terra e seria levado como escravo (v. 4).

17.5-8 MALDITO O HOMEM. Aquele que confia na sua capacidade e em recursos humanos sofrerão desilusão, pobreza espiritual e, por fim, a ruína. Por outro lado, quem confia plenamente no Senhor será abençoado e, por fim, habitará com Deus como recompensa. Não terão receio nem preocupação em sua vida, porque estão plenamente arraigados em Deus.

17.9 ENGANOSO É O CORAÇÃO PERVERSO. O coração é o ser interior da pessoa, e abrange nossos desejos, sentimentos e pensamentos (ver o estudo O CORAÇÃO). Ele é, acima de tudo, iníquo e corrupto; como resultado, o ser humano volta-se para o egoísmo e a maldade, e não ao caminho de Deus, que é o da santidade. O coração humano, perverso como é, não pode se transformar sozinho. O único remédio é receber a graça de Deus, nascer de novo mediante a fé em Cristo e ter um coração novo um que deteste o mal e se compraza em fazer a vontade de Deus (cf. 24.7; Ez 11.19,20; Mt 5.8)

17.14-18 SARA-ME... SALVA-ME. Diante da perseguição e da oposição, Jeremias ora pedindo a graça de Deus para ajudá-lo a continuar no seu ministério profético. O povo e os falsos profetas zombavam dele e menosprezavam suas profecias porque não viam o seu cumprimento (v. 15). Apesar do sofrimento, Jeremias não interrompeu o seu ministério, mas continuou a buscar em Deus ajuda e fortaleza.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  18º

18.2 DESCE À CASA DO OLEIRO. Deus ordenou que Jeremias fosse à casa do oleiro; aí observou que o oleiro fazia um vaso de barro. O vaso partiu-se nas mãos do oleiro, o qual o refez, porém, diferente do vaso anterior. Esta parábola contém várias lições importantes sobre a obra de Deus em nossa vida. (1) Nossa submissão a Deus como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer através de nós. (2) Falta de profunda dedicação a Deus, da nossa parte, pode estorvar seu propósito original para nossa vida (cf. v. 10). (3) Deus, se quiser, pode mudar seus planos para a nossa vida ( fazer dele outro vaso, conforme o
que pareceu bem aos seus olhos fazer , v. 4).

18.8 EU ME ARREPENDEREI. A palavra arrepender , aqui, significa compadecer-se, mudar de intenção e propósito, ou reconsiderar. Deus é livre para mudar suas decisões e ajustar seus assuntos conosco, conforme o nosso modo de considerar o seu perdão ou suas advertências de castigo. As coisas da vida não são predeterminadas e inalteráveis, nem sequer na mente de Deus; Ele considera as mudanças espirituais da pessoa. Embora Deus, quanto à sua natureza, não mude em si mesmo (Nm 23.19; Tg 1.17), Ele muda, se quiser, de idéia e altera suas promessas e advertências já anunciadas. Nunca devemos aceitar uma teologia que negue a Deus essa sua liberdade soberana (cf. Ez 18.21-28; 33.13-16).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  19º

19.1-15 UMA BOTIJA DE OLEIRO. Jeremias, por meio de uma parábola em forma de drama, revela que Jerusalém e Judá sofreriam juízo tão severo que seriam despedaçados.

19.2 VALE DO FILHO DE HINOM. Deus mandou que Jeremias levasse alguns dos líderes (v. 1) ao lugar onde queimavam incenso a outros deuses e sacrificavam seus filhos no fogo (ver 7.31 nota). Ali, o profeta proclamou a palavra do Senhor concernente à calamidade vindoura (v. 3).

19.9 COMER A CARNE DE SEUS FILHOS. Durante o cerco dos babilônios a Jerusalém, em 586 a.C., alguns do povo praticaram canibalismo, demonstrando as calamidades do cerco que Deus fez vir sobre eles e a inominável  depravação à que chegaram (ver Lm 2.20; 4.10; Ez 5.10).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  20º

20.2,3 FERIU PASUR AO PROFETA JEREMIAS. Jeremias foi açoitado provavelmente com quarenta açoites (ver Dt 25.2,3), e preso no cepo. Mesmo assim, o profeta não recuou diante da dor física, e continuou a prenunciar o julgamento da nação. Deu a Pasur um novo nome: Magor-Missabibe , que significa: terror em derredor . Pasur e a nação não demorariam a enfrentar terror de todos os lados.

20.7-18 Ó SENHOR. Jeremias expressa diante de Deus suas emoções conflitantes, de pesar intenso e profunda depressão por um lado, e de fé e confiança firmes em Deus, por outro lado.

20.7 ILUDISTE-ME. Jeremias não estava acusando Deus de mentir. A palavra hebraica traduzida por iludir significa, literalmente, reduzir , ou prevalecer . Jeremias estava afirmando que fora constrangido por compulsão divina a ser profeta, e que isso lhe havia exposto à vergonha e ao ridículo. Sua mensagem, que ainda não se cumprira, era motivo constante de pilhéria e zombaria. Ele era tratado com desprezo pelos seus concidadãos.

20.9 [A PALAVRA DO SENHOR] COMO FOGO ARDENTE. Jeremias se esforçava, mas não conseguia suprimir a mensagem divina dentro dele. Concordava plenamente com a aversão divina contra os pecados do povo. O profeta sentia tamanha união com Deus e com sua causa, que era compelido a pregar a palavra de Deus, embora com muita dor e consternação.

20.14-18 MALDITO O DIA. Os sofrimentos de Jeremias e seus sentimentos de frustração e nulidade levaram-no a desejar que nunca tivesse nascido (cf. Jó 3). Mesmo assim, continuava a anunciar a Palavra de Deus, fortalecido pela graça divina nas suas horas mais difíceis (vv. 11-13).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  21º

21.1 ZEDEQUIAS. Zedequias, o último rei de Judá, reinava quando Jerusalém caiu. Sua revolta contra Babilônia motivou a invasão de Judá e a subseqüente destruição de Jerusalém; a causa espiritual subjacente da queda da nação, porém, foi o julgamento de Deus contra seu povo por causa do pecado de Manassés e da apostasia de Judá (15.4).

21.5 EU PELEJAREI CONTRA VÓS. Zedequias enviou dois sacerdotes a fim de perguntar a Jeremias se Deus faria Nabucodonosor bater em retirada (vv. 1-3). Através do profeta, Deus respondeu com um não enfático. Na realidade, o próprio Deus lutaria contra Judá, e entregaria o povo a seus inimigos. Toda a resistência seria inútil.

21.7 ZEDEQUIAS... NA MÃO DE NABUCODONOSOR. A profecia de Jeremias cumpriu-se literalmente em 586 a.C. (cf. 52.9-11,24-27). Os filhos de -Zedequias foram degolados diante dos seus olhos pelo rei da Babilônia; e a seguir vazou os olhos de Zedequias o qual em grande humilhação foi conduzido acorrentado para Babilônia, onde morreu no exílio (39.5-7).

21.8-10 CAMINHO DA VIDA... CAMINHO DA MORTE. Jeremias profetizou ao povo, que quem não se submetesse ao juízo determinado por Deus e não se rendesse aos caldeus (i.e., os babilônios), morreria na cidade.

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  22º

22.1-6 DESCE À CASA DO REI. Jeremias exortou Salum, rei de Judá (v. 11; ver a nota seguinte) a praticar a justiça e a retidão, e a ajudar os oprimidos e necessitados. Se o rei tão-somente procedesse assim, não sofreria a desolação descrita nos versículos 6-9.

22.1-30 O REI DE JUDÁ. As profecias de Jeremias não estão dispostas em ordem cronológica. Neste capítulo, ele profetiza aos três reis que precederam a Zedequias (ver 21.1 nota), a respeito do juízo divino contra eles. Predisse que Deus julgaria a casa de Davi (21.12) e também os seguintes reis: Salum (vv. 11,12), Jeoaquim (vv. 18-23) e Jeconias (i.e., Joaquim vv. 24-30).

22.11,12 SALUM. Salum, também chamado Joacaz (ver 2 Rs 23.31; 2 Cr 36.1-4), foi o quarto filho de Josias (1 Cr 3.15). Foi rei por três meses, e a seguir, foi levado em cativeiro para o Egito, onde morreu.

22.13-19 AI DAQUELE. Esta profecia condenou acerbamente o rei Jeoaquim (v. 18) pelos seus pecados de injustiça e de opressão. Na primeira invasão de Jerusalém por Nabucodonosor, Jeoaquim foi levado à Babilônia (ver 2 Cr 36.5-8); posteriormente, foi solto e teve um enterro desonroso, fora de Jerusalém (vv. 18,19).

22.16 A CAUSA DO AFLITO E DO NECESSITADO. O apóstolo Tiago ressalta esta mesma verdade: o tipo de fé que Deus aceita é aquela que se expressa através de um sincero cuidado pelos necessitados (ver Tg 1.27 nota). Se ajudarmos os necessitados e oprimidos, receberemos a bênção e a aprovação de Deus (cf. Gl 6.10; ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS)

22.24-30 JECONIAS. Jeconias, também conhecido pelo nome de Joaquim (2 Cr 36.9,10), reinou durante apenas três meses, e a seguir foi levado para Babilônia na segunda invasão de Jerusalém por Nabucodonosor (cf. 24.1; 29.2).


 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  23º

23.5,6 UM RENOVO JUSTO. O renovo (i.e., a linhagem real) de Davi foi cortado quando Deus destruiu a monarquia davídica em 586 a.C.

(1) Deus prometeu, porém, que Ele suscitaria um rei da linhagem de Davi, um Rei que seria o Renovo justo. Este Rei faria, de modo definitivo e total, aquilo que era justo e reto (cf. Zc 3.8). Esta profecia aponta para o Messias, Jesus Cristo.

(2) Ele executará juízo total após sua segunda vinda e antes do seu reino milenial na terra.

(3) Ele será chamado O SENHOR, Justiça Nossa (v. 6). O remanescente crente será achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé ; (Fp 3.9).

23.9-40 OS PROFETAS. Jeremias denuncia os pecados dos falsos profetas, que se opuseram à sua mensagem de juízo (6.13,14; 14.14-16; 29.8,9), e proclamavam somente paz e prosperidade (ver 6.14 nota). Jeremias atribuiu a culpa pela situação moral deplorável de Judá a esses profetas da iniqüidade.

23.14 NOS PROFETAS... UMA COISA HORRENDA. Deus diz que o adultério dos falsos profetas é uma coisa horrenda. Deviam ser seus fiéis representantes, mas, pelo contrário, viviam como o povo de Sodoma e Gomorra. O exemplo desses líderes espirituais contribuiu grandemente para o aumento da imoralidade e ao endurecimento do coração do povo contra o arrependimento. (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR).

23.17 DIZEM... PAZ TEREIS. Os falsos profetas anunciam ao povo de Deus uma falsa esperança e segurança (ver vv. 9-40 nota). (1) São falsos mensageiros aqueles que afirmam que os imorais e desobedientes, entre os crentes, não serão condenados por causa da sua iniqüidade e que não precisam temer a ira e o castigo divinos. (2) Profetas com tal mensagem os vemos não somente nos tempos do AT, mas também nos tempos do NT. O apóstolo Paulo advertiu os Efésios contra esses falsos mestres (Ef 5.4-6; ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota).

23.31,32 SOU CONTRA OS PROFETAS. A Palavra de Deus a Jeremias nos adverte quão perigoso é declarar: Assim diz o Senhor , se não tivermos certeza de que a mensagem veio do Senhor. O ofício profético somente deve ser exercido com veracidade total (cf. vv. 33-40)

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  24º

24.1-10 DEPOIS QUE NABUCODONOSOR... LEVOU EM CATIVEIRO. O fundo histórico da parábola dos dois cestos de figos (vv. 1-8) acha-se no início do reinado de Zedequias. Nabucodonosor acabara de deportar Joaquim e muitos outros israelitas à Babilônia (597 a.C.). Zedequias, juntamente com os que restaram em Jerusalém, foram poupados do juízo divino; por isso, julgavam que as profecias de Jeremias, de uma assolação total da nação, eram enganosas. A parábola de Jeremias advertia que os que ficassem em Jerusalém sofreriam um juízo ainda maior do que o daqueles que já tinham ido para o exílio em Babilônia.

24.1 DOIS CESTOS DE FIGOS. O primeiro cesto de figos (i.e., os exilados de 597 a.C.) estava cheio de figos bons, i.e., bons no sentido de que Deus os purificaria através do sofrimento no exílio (v. 5). Depois do exílio, seriam trazidos de volta à sua terra (v. 6) e lá se voltariam, de todo o coração, contra a idolatria, para servirem a Deus (v. 7). Deus os usaria para implementar seu propósito redentor no mundo. O segundo cesto de figos continha maus figos (v. 2), e representava o rei Zedequias e os que com ele foram deixados em Jerusalém, na recente deportação. Continuariam a opor-se a Jeremias e à sua mensagem e, assim, sofreriam os horrores incríveis da queda de Jerusalém em 586 a.C., que trouxe grande calamidade.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  25º

25.1 O PRIMEIRO ANO DE NABUCODONOSOR. Era o ano 605 a.C., uma data importante, pois o reinado de Nabucodonosor marca o início de quatro impérios sucessivos, de âmbito mundial (ver Dn 2; 7).

25.3 O ANO VINTE E TRÊS. Jeremias tinha pregado zelosamente por vinte e três anos, mas o povo não atendeu. Exortara seus irmãos a largarem os ídolos e a impiedade, porém, continuaram na sua obstinação. Deus ainda enviou outros profetas para advertirem Judá (v. 4), profetas tais como Urias (26.20-23), Sofonias e Habacuque. A experiência de Jeremias ressalta a verdade de que, mesmo sendo o crente, fiel testemunha, muitos não receberão a Palavra de Deus e prosseguirão indiferentes para a sua própria destruição. Além disso, nos últimos dias, na igreja, os crentes fiéis a Deus e à sua Palavra se afligirão ao verem muitos abandonarem a fé bíblica e os caminhos santos de Deus (ver 1 Tm 4.1 nota).

25.11 SETENTA ANOS. Judá permaneceu no exílio por aproximadamente setenta anos. Estes setenta anos começaram no quarto ano do rei Jeoaquim (605 a.C.) quando seguiu a primeira leva de exilados, e continuou até o retorno do primeiro grupo deles, em 538 a.C., após o decreto de Ciro (ver Ed 1.1. nota; 2.1 nota; cf. 2 Cr 36.21-23; Dn 9.2).

25.12 VISITAREI O REI DA BABILÔNIA. Jeremias profetiza que Deus retribuirá a Babilônia por seus atos cruéis e pecaminosos. Babilônia foi vencida pelos medos e persas sob o comando de Ciro, em 539 a.C. (cf. Dn 5.30,31).

25.15 ESTE COPO DE VINHO DO FUROR. O vinho embriagante é freqüentemente aludido nas Escrituras para indicar a ira de Deus (ver 49.12; 51.7; Jó 21.20; Sl 60.3; Is 51.17,22; Ez 23.31; Ap 14.8,10; 16.19; 18.6).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  26º

26.2 TODAS AS PALAVRAS QUE TE MANDEI. O profeta sabia que sua profecia ofendia o povo e lhe causava hostilidade e oposição. Talvez ele houvesse sido tentado a omitir algumas palavras, sobretudo severas, da mensagem divina, porém o Senhor lhe disse para não omitir uma única palavra. Deve-se pregar a mensagem integral de Deus. Obreiros fiéis não devem suprimir, nas suas mensagens, as palavras dos mandamentos e advertências de Deus, embora saibam que certas pessoas as rejeitarão. É um ministro indigno aquele que deixa de lado certas partes da Palavra de Deus, para assim dissimular pecados da congregação.

26.8 CERTAMENTE, MORRERÁS. Jeremias, por proclamar a Palavra do Senhor, foi detido pelos líderes religiosos (i.e., sacerdotes e falsos profetas), que queriam a sua morte. Muitas vezes, são os líderes religiosos que combatem sistematicamente aqueles que conclamam o povo a um retorno à fé bíblica e à verdadeira santidade. Isso aconteceu nos dias de Jesus e também acontecerá nos últimos dias antes da sua volta.

26.12-15 E FALOU JEREMIAS. Jeremias não se retratou da sua mensagem de julgamento divino sobre Israel ao ser ameaçado de morte. Pelo contrário, afirmou que sua autoridade vinha de Deus, e a seguir conclamou o povo a arrepender-se dos seus pecados. Permaneceu fiel a Deus e à sua Palavra, apesar das graves -conseqüências de sua posição.

26.16-24 ESTE HOMEM NÃO É RÉU DE MORTE. Depois de ouvirem a defesa de Jeremias (vv. 12-15), os líderes da corte e a massa popular tomaram o partido dele contra os sacerdotes e os profetas. Alguns anciãos defenderam Jeremias ao citarem exemplos de um rei justo para com os profetas, Ezequias, e de um rei ímpio, Jeoaquim.

26.23 URIAS... O TROUXERAM AO REI... QUE O FERIU. Jeremias foi poupado da morte, ao passo que outro profeta justo, chamado Urias, fora morto. Por que Deus permite que alguns dos seus sejam mortos como mártires, enquanto outros morrem de modo natural, a Bíblia não explica (cf. At 12.1-17). Sabemos, porém, que Deus tem um propósito eterno naquilo que Ele permite que aconteça aos seus fiéis seguidores, e que Ele faz com que todas as coisas contribuam para o bem deles (ver Rm 8.28, nota).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  27º

27.6 NABUCODONOSOR... MEU SERVO. Nabucodonosor é chamado servo de Deus, não porque fosse justo, mas porque Deus o usaria com o seu exército para castigar muitas nações, inclusive Judá, nação de Deus, pelos seus pecados. Deus, no entanto, também abateria Babilônia no tempo por Ele determinado (v. 7).

27.8 SE ALGUMA NAÇÃO E REINO NÃO SERVIREM. O conselho profético de Jeremias para Judá foi o de submissão ao domínio da Babilônia, e de não resistir a vontade de Deus para a nação. Se, porém, o povo se rebelasse e lutasse contra Babilônia, Jeremias advertiu do grande sofrimento e derrota que enfrentariam.

27.9 NÃO DEIS OUVIDOS AOS VOSSOS PROFETAS. Os falsos profetas estavam predizendo o sucesso de uma rebelião contra o inimigo e incitando o povo a livrar-se do jugo de Babilônia. Jeremias, por outro lado, orientou o povo a não os ouvir, e profetizou que Babilônia dominaria Judá e as nações em redor.

27.16 OS UTENSÍLIOS DA CASA DO SENHOR. Alguns objetos do templo foram levados para Babilônia em 605 a.C. (ver Dn 1.1,2); outros em 597 a.C. (2 Rs 24.13).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

28.1 HANANIAS... O PROFETA. Hananias, que se opunha à mensagem de julgamento pregada por Jeremias, era um falso profeta que predizia a queda de Babilônia e a volta dos exilados e dos tesouros do templo, dentro de dois anos.
Os falsos líderes religiosos constantemente anunciam que as bênçãos de Deus são incondicionais e que não dependem de arrependimento, nem de um santo viver. Uma mensagem desse tipo sempre goza de popularidade.

28.6-9 DISSE, POIS, JEREMIAS... AMÉM! O Amém! de Jeremias demonstra que ele, também, desejava a volta dos cativos, mas a sua mensagem profética era primeiramente de julgamento da nação. O decorrer do tempo provaria que Hananias era falso profeta, e que Jeremias era profeta legítimo. Aqui, Jeremias não enunciou nova profecia; antes, referiu-se à Palavra de Deus entregue por profetas anteriores (tais como Isaías).

28.13-17 VAI E FALA A HANANIAS. Hananias enganava o povo, fazendo-o crer em mentiras. Portanto, Jeremias recebeu uma palavra do Senhor com a predição da morte de Hananias. Dentro de dois meses, morreu o falso profeta, confirmando, assim, a profecia de Jeremias. O castigo da apostasia e da falsa profecia é pesado.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  29º

29.1-23 DA CARTA. A carta de Jeremias aos exilados judeus levados para o cativeiro em 597 a.C. foi provavelmente escrita um ou dois anos depois de chegarem à Babilônia. Jeremias enviou as seguintes instruções aos cativos:

(1) Deviam viver uma vida normal, construir casas, casar-se e procurar a paz ou bem-estar da cidade onde Deus os colocara segundo a sua providência, porque só voltariam à terra prometida no fim dos setenta anos (vv. 7,10).

(2) Não deviam dar ouvidos aos falsos profetas que prediziam um exílio de curta duração (vv. 8,9).

(3) Os que ficaram em Jerusalém sofreriam muito pela sua obstinada rebelião contra Deus (vv. 15-19).

(4) Dois falsos profetas seriam mortos por viverem em adultério e falsificando a Palavra de Deus (vv. 21-23).

(5) No fim dos setenta anos de cativeiro, o remanescente buscaria a Deus contritamente por sua restauração; Ele atenderia a sua intercessão por causa dos seus planos para aquele povo (vv. 10-14).

29.10 PASSADOS SETENTA ANOS. Ver 25.11 nota.

29.12,13 ENTÃO, ME INVOCAREIS... E EU VOS OUVIREI. O momento preciso do tempo está, muitas vezes, implícito no cumprimento das promessas de Deus (cf. a referência de Paulo à plenitude dos tempos , em Gl 4.4). Deus cumpre sua palavra e promessas, tendo em vista o cumprimento do seu propósito redentor (cf. v. 10) e em resposta a oração perseverante dos seus -fiéis (cf. Am 5.4-6; ver Dn 9.2,5 notas). Jeremias profetizou que ao findar o cativeiro de setenta anos, haveria uma nova plenitude dos tempos. Deus moveria o remanescente santo para que este o buscasse em persistente oração. Deus responderia e cumpriria suas promessas de restauração do povo (vv. 13,14). Note-se
aqui dois princípios:

(1) quando Deus quer realizar grandes coisas em favor do seu povo, Ele o impele a um grande movimento de oração; e

(2) o momento preciso das respostas de Deus às orações dos fiéis está muitas vezes vinculado aos seus propósitos para com o seu povo, coletivamente.

29.23 FIZERAM LOUCURA EM ISRAEL. Para Deus, é abominável alguém proclamar a sua Palavra e, ao mesmo tempo, cometer adultério e outros atos imorais. Por essa razão, os dois profetas Acabe e Zedequias (v. 21) seriam mortos
diante de todo o povo. Líderes da igreja que proclamam a Palavra de Deus e, ao mesmo tempo, vivem em adultério, também terão seu julgamento severo (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)

29.24-32 SEMAÍAS. Semaías era um falso profeta em Babilônia, que escrevera uma carta a Sofonias, sacerdote de Jerusalém, instando com ele a lançar Jeremias na prisão. Certamente, as cartas de Jeremias aos exilados irritaram os falsos profetas em Babilônia. A resposta de Deus foi que, nem Semaías nem seus descendentes, participariam da repatriação para Jerusalém.
 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  30º

30.1 33.26 PALAVRA... DO SENHOR, VEIO. Os caps. 30 33 contêm profecias a respeito da restauração e redenção futuras de Israel (o Reino do Norte) e de Judá (o Reino do Sul). As profecias de Jeremias incluem a restauração (num futuro próximo) dos judeus, que voltariam do exílio em Babilônia, e eventos distantes, relacionados com o Messias, no fim dos tempos, quando Cristo reinará sobre o seu povo.

30.3 TRAZER À TERRA. Jeremias tinha boas -notícias para os exilados a promessa de retorno à sua pátria e da reocupação da sua terra. A promessa foi feita tanto ao Reino do Norte (Israel) quanto ao Reino do Sul (Judá).

30.7 TEMPO DE ANGÚSTIA PARA JACÓ. Os versículos que se seguem a esta frase revelam que Jeremias está a falar da tribulação futura do povo judeu (cf. Is 2.12-21; Ez 30.3; Dn 9.27; Jl 1.15; Zc 14.1-8,12-15; Mt 24.21). No meio dessa grande angústia, um remanescente de Israel será salvo; será liberto dos seus opressores (v. 8) para servir a Deus (v. 9). A angústia de Jacó terminará por ocasião da vinda de Cristo para estabelecer o seu reino na terra (Ap 19.11-21; 20.4-6).

30.9,10 DAVI, SEU REI. Aquele a quem o povo servirá é Jesus o Messias, o descendente de Davi (cf. Os 3.5; Ez 37.24,25). Jacó refere-se a um remanescente justo de Israel e de Judá; viverá em paz e segurança, e as nações que se opunham a Deus e perseguiam os seus servos serão destruídas (v. 11).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  31º

31.1-40 NAQUELE TEMPO. Este capítulo fala da restauração de Israel em geral (vv. 2-22) e especificamente de Judá (vv. 23-26) à terra prometida. O povo de Deus voltaria a viver unido sob a sua bênção (vv. 27-30). Jeremias, depois de dar como certa esta reunificação, revela que Deus fará um concerto novo e melhor com o seu povo; concerto esse que incluiria poder espiritual para o povo obedecer ao Senhor.

31.2 O POVO. Este povo é o remanescente de todas as famílias de Israel que voltariam do cativeiro. Muitas foram transportadas pelos assírios em 722 a.C.; outras, pelos babilônios em 605, 597 e 586 a.C. Deus as traria de volta por seu amor eterno para com o seu povo (v. 3) e por sua fidelidade ao concerto que Ele fez com Abraão (ver Gn 15.7-21) e com Israel (Ex 19.3-8; Dt 28.1; 30.10). Israel teria renovada alegria, paz, prosperidade e comunhão no Senhor.

31.15 VOZ SE OUVIU EM RAMÁ... RAQUEL CHORA. Ramá era uma vila, cerca de 8 km ao norte de Jerusalém, provavelmente o local de concentração dos prisioneiros antes da deportação para Babilônia (cf. 40.1-3). Raquel era uma das esposas de Jacó e mãe de José e Benjamim. Ela representa, aqui, Israel chorando pelos deportados para o exílio. Deus declara que ela não precisa chorar mais, porque o povo voltará (vv. 16-20). O livro de Mateus aplica esta passagem profeticamente à ocasião em que Herodes matou os meninos de Belém após o nascimento de Jesus (Mt 2.16-18).

31.18 EFRAIM SE QUEIXAVA. Efraim , um sinônimo de Israel (o Reino do Norte), expressa pesar pelos seus pecados e a disposição de arrepender-se.

31.23-30 JUDÁ. Jeremias profetiza que Judá, o Reino do Sul, seria restaurado, e a nação unificada mediante a graça e bênção de Deus.

31.31-34 UM CONCERTO NOVO. Esta é a única declaração explícita que se refere ao concerto novo no AT.

(1) Estes versículos são citados em Hb 8.8-12 e revelam que as palavras de Jeremias cumpriram-se no novo concerto instituído por Jesus Cristo em favor de todos que se arrependem de seus pecados e crêem nEle (ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO).

(2) Além disso, o NT também ensina que as palavras de Jeremias terão pleno cumprimento somente nos últimos dias desta era, quando uma boa parte da nação de Israel se voltar ao Senhor Jesus como seu verdadeiro Messias e Salvador (Rm 11.25-27; Ez 36.24-28; Zc 12.10 13.1; ver o estudo ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO)

31.31 COM A CASA DE ISRAEL... JUDÁ. Deus promete que fará um concerto novo com todo o seu povo, tanto Israel como Judá, levado a efeito por Jesus Cristo mediante sua morte e ressurreição (Mt 26.28; Mc 14.24; 1 Co 11.25; Hb 9.14,15; 10.29; 12.24). Além disso, o NT deixa claro que os gentios (i.e., todos os não-judeus) podem participar do novo concerto se crerem em Jesus como o Messias de Deus, e se entregarem a Ele como seu Senhor e Salvador. Mediante a fé em Cristo, tornam-se filhos de Abraão (Gl 3.7-9,29).

31.32 O CONCERTO QUE FIZ COM SEUS PAIS. O concerto novo era necessário porque o concerto antigo era inadequado. O concerto antigo fora escrito em pedra, enquanto que o novo concerto seria escrito no coração do povo de Deus (v. 33; cf. 2 Co 3). Porque o Espírito Santo habitaria nos fiéis, o novo concerto seria acompanhado por poder e graça suficientes para todos viverem em retidão diante de Deus.

31.33 POREI A MINHA LEI NO SEU INTERIOR. Uma característica distintiva do novo concerto é a dádiva divina de um novo coração e natureza que recebem todos os que crêem em Cristo para, espontaneamente, amarem e obedecerem ao Senhor (Ez 11.19,20; Hb 8.10). A capacidade de obedecer ao Senhor vem do Espírito Santo ao habitar no crente, e da regeneração ou novo nascimento resultante disso (ver Ez 36.24-28; ver estudo A REGENERAÇÃO). Uma maneira de alguém saber que está salvo e participa do novo concerto é possuir a disposição sincera de agradar a Deus e de viver segundo sua lei e seus justos padrões (cf. Rm 8.2-4).

31.34 PORQUE TODOS ME CONHECERÃO. Na era do novo concerto, cada pessoa que crê em Cristo o conhecerá diretamente e terá comunhão pessoal com Ele. Todos terão acesso direto a Deus, e a presença do Senhor será comunicada ao crente mediante o Espírito Santo.

31.34 PERDOAREI A SUA MALDADE. São aspectos fundamentais do novo concerto: o perdão dos pecados e a resultante reconciliação com Deus, ambos originados no sacrifício expiatório de Cristo na cruz (cf. Is 53.4-6; Mt 26.27,28; Lc 22.20).

31.38 ESTA CIDADE. Jeremias previu que Jerusalém seria reedificada e nunca mais destruída (v. 40). Esta promessa profética terá seu pleno cumprimento durante o reino de Cristo na terra (Ap 19 22).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  32º

32.2 CERCAVA... A JERUSALÉM. O cerco ocorreu em 587 a.C. Um ano depois, a cidade caiu. As profecias de Jeremias estavam por cumprir.

32.2 JEREMIAS... NO PÁTIO DA GUARDA. O rei Zedequias pôs Jeremias na prisão por ter este aconselhado persistentemente a capitulação ao exército de Babilônia (vv. 3-5; cf. 37.11-21). Do ponto de vista do rei, a mensagem de Jeremias tinha efeito desmoralizante nos habitantes e na sua vontade de resistir. Jeremias, no entanto, sabia que a mensagem que ele proclamava era a palavra de Deus.

32.7-15 COMPRA PARA TI A MINHA HERDADE. Jeremias, enquanto encarcerado (v. 2), recebeu ordens do Senhor para comprar um campo na sua aldeia natal de Anatote, local já controlado pelas forças da Babilônia. Parecia uma aberração comprar uma propriedade que já estava nas mãos do inimigo. (1) Ao comprar o campo, Jeremias demonstrou sua fé na promessa de Deus de que o remanescente voltaria à sua pátria e, como dantes, compraria terras e construiria casas (v. 15). Era um sinal profético de esperança, apesar da situação desesperadora de Judá naquele momento. (2) De modo semelhante, nossas situações, às vezes, parecem desesperadoras; se, porém, somos de Deus, temos dEle a promessa e a esperança de um futuro melhor (Rm 8.28).

32.12 BARUQUE. Baruque era o amigo de confiança de Jeremias e seu secretário (36.4-8). Depois da queda de Jerusalém, foi levado ao Egito juntamente com Jeremias (43.6).

32.25 TU ME DISSESTE. Jeremias ficou perplexo diante da ordem que Deus lhe dera de comprar terras exatamente quando Jerusalém estava para cair. Por isso, orou a Deus (v. 16) por discernimento, crendo ao mesmo tempo na sua palavra.

32.27 SERIA QUALQUER COISA MARAVILHOSA DEMAIS PARA MIM? Com os babilônios junto aos muros da cidade, a situação parecia crítica. Deus, porém, garantiu a Jeremias que, mediante o seu poder, os israelitas seriam restaurados à sua terra. A Palavra de Deus promete um futuro abençoado a todos os crentes em Cristo. Podemos depender da sua Palavra, ainda que não saibamos a maneira específica do seu cumprimento.
32.37-44 EU OS CONGREGAREI DE TODAS AS TERRAS. Mais uma vez, Deus disse a Jeremias que o seu povo seria restaurado à sua pátria e a um ditoso relacionamento com Ele (v. 38); depois, Deus faria um concerto eterno com os seus (ver 31.31-34 notas).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  33º

33.1-26 SEGUNDA VEZ. Este capítulo trata novamente da restauração de Judá e Israel à paz, à prosperidade e à renovação espiritual. A profecia de Jeremias vai além do retorno dos exilados em Babilônia; fala dos dias em que Jesus, o Messias, estabelecerá o seu reino na terra.33.6 ABUNDÂNCIA DE PAZ. Em contraste com os falsos profetas que haviam proclamado uma falsa paz (ver 6.14 nota; 23.17 nota), Jeremias pregava a expectativa da verdadeira paz no Senhor. Ainda sobre a paz, ver o estudo A PAZ DE DEUS

33.15 RENOVO DE JUSTIÇA. Este Renovo trata-se de Jesus Cristo, que viria da linhagem ancestral de Davi (ver a nota seguinte). O cumprimento parcial desta profecia ocorreu na sua primeira vinda à terra. Mediante a sua morte e ressurreição, Ele tornou-se o Rei de todo o povo de Deus na terra. O cumprimento pleno ocorrerá quando Ele voltar a segunda vez para fazer juízo e justiça em toda a terra (cf. Ap 19; ver Jr 23.5,6 nota).

33.17 O TRONO DA CASA DE ISRAEL. Através de uma linhagem ininterrupta de descendentes de Davi, viria o Renovo justo, que reinaria como Rei do povo de Deus (cf. Lc 1.31-33). Jesus Cristo cumpriu esta promessa; sua linhagem legal remonta a Davi, através de José (Mt 1.1-16), e sua linhagem humana remonta a Davi, através de Maria (Lc 3.23-31). O reinado de Cristo durará por toda a eternidade.

33.18 SACERDOTES LEVÍTICOS. Jeremias prediz um sacerdócio eterno através do qual o povo de Deus desfrutaria de acesso e comunhão com Ele (cf. Nm 25.13). Esta profecia cumpre-se em Jesus Cristo que, como sacerdote eternamente..., pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus (Hb 7.21-25; cf. Sl 110.4; Hb 5.6-10; 6.19,20; 7.11-28).

33.22 O EXÉRCITO DOS CÉUS. A expressão exércitos dos céus , aqui, refere-se às estrelas. Jeremias antevê uma multidão inumerável na família real de Davi e na linhagem sacerdotal de Levi. Esta predição se cumprirá nos que reinarem com Cristo no seu reino futuro (Rm 8.17; 1 Co 6.3; 2 Tm 2.12; Ap 3.21; 5.10; 19.6-16; 20.5,6; 22.5) e nos que, em Cristo, foram feitos sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5,9; Ap 5.10).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

34.8 PARA LHES APREGOAR A LIBERDADE. Lhes refere-se a escravos entre os hebreus. A lei de Moisés declara que todos os hebreus, homens ou mulheres, vendidos como escravos por causa de dívidas, deviam ser libertos após seis anos (Ex 21.2-11; Dt 15.12-18). O rei exigiu que todos os governantes e o povo obedecessem a essa lei, e libertassem seus escravos. -Assim, o rei esperava obter a bênção de Deus; além disso, os escravos libertos estariam mais dispostos a defenderem Jerusalém.

34.11 E OS SUJEITARAM. Quando o cerco babilônico de Jerusalém foi suspenso temporariamente, ante a -ameaça dos egípcios (cf. vv. 21,22), os judeus reativaram a escravidão de seus ex-escravos. Este ato demonstrou que a libertação anterior dos escravos (v. 8) não fora motivada por zelo pela justiça e pela lei de Deus, mas por egoísmo. Quanto a esses afrontosos violadores da sua lei, Deus declara: Os cadáveres deles servirão de mantimento às aves dos céus (v. 20).

34.18 O BEZERRO QUE DIVIDIRAM EM DUAS PARTES. As pessoas (ou partes) que faziam um concerto passavam entre as duas metades de um bezerro sacrificado; esse ato certamente significava que tais pessoas mereceriam ser mortas e divididas ao meio caso violassem o concerto (cf. Gn 15.10).
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

35.2 RECABITAS. Este povo fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro de Moisés (cf. Jz 1.16; 1 Cr 2.55). Seu ancestral, Jonadabe (cf. 2 Rs 10.15-27), ordenara a seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum tipo de vinho, não habitassem em casas permanentes e não cultivassem a terra. Pelo contrário, deviam viver como nômades, criando gado. Deus mandou Jeremias provar os recabitas a fim de pôr em destaque sua fidelidade ao seu ancestral (Jonadabe), para assim contrastar com a infidelidade da nação de Judá ao seu Deus.

35.6-11 NÃO BEBEREMOS VINHO. Os recabitas permaneceram fiéis às suas convicções, e não desobedeceram aos princípios estabelecidos por seu antepassado (ver a nota anterior).

(1) Jonadabe tinha prescrito essas regras para que seus descendentes tivessem uma vida simples, e permanecessem separados dos cananeus, e evitassem a conformação com os israelitas por sua constante apostasia. A abstinência do vinho ajudava-os a evitar a imoralidade e a idolatria do culto de Baal, que geralmente envolvia embriaguês e orgia.

(2) Algumas das regras dos recabitas não se aplicam aos crentes de hoje, mas o seu propósito de viverem separados do mal deve ser o alvo dos verdadeiros
seguidores de Cristo. Todos os pais crentes devem, da mesma maneira que Jonadabe, ensinar aos filhos os princípios santos que os ajudarão a permanecer fiéis a Deus e à sua Palavra.

35.19 NUNCA FALTARÁ VARÃO... QUE ASSISTA PERANTE A MINHA FACE TODOS OS DIAS. A fidelidade dos recabitas seria recompensada. Sempre teriam descendentes que servissem ao Senhor. Todos os crentes que conhecem os ensinos divinos e os praticam fielmente para honrarem ao Senhor, à igreja e aos pais receberão a bênção e a recompensa de Deus.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  36º

36.1 ANO QUARTO DE JEOAQUIM. O incidente descrito no cap. 36 ocorreu em 605 a.C., depois que o exército de Nabucodonosor derrotara os egípcios em Carquemis, e voltara a avançar contra Jerusalém (cf. 25.1-38).

36.2 ESCREVE NELE TODAS AS PALAVRAS. Esta é a primeira vez que as profecias de Jeremias foram compiladas num livro. Inicialmente, as profecias eram escritas para serem lidas em voz alta diante do povo. A vontade de Deus era que a nação de Judá correspondesse à Palavra escrita pela renúncia a seus maus caminhos e recebimento do perdão, e assim evitasse o juízo divino por causa da sua iniqüidade (vv. 3,6,7).

36.16 OUVINDO ELES... TEMEROSOS. Os membros da corte, parece, criam nas profecias de Jeremias, e sabiam que elas deviam ser lidas diante do rei. Sabiam que o rei se opunha à verdade e à retidão; daí, suas instruções a Jeremias e a Baruque para que se escondessem (v. 19).

36.23 CORTOU-O... E LANÇOU-O AO FOGO. Quando o rei começou a destruir o rolo, revelava, não somente sua hostilidade aberta contra as advertências proféticas de Jeremias e contra seus apelos ao arrependimento, como também seu desprezo pela palavra escrita de Deus e pelo próprio Senhor. É essencial para nossa vida espiritual que nos esforcemos para manter vivos nosso amor e respeito à revelação escrita de Deus. Um crente não ousará destruir a Bíblia como fez o rei Jeoaquim, mas pode jogá-la para trás quando negligencia sua leitura, seu estudo e a meditação nas suas verdades inspiradas, e quando deixa de viver segundo os seus preceitos.

36.30 NÃO TERÁ QUEM SE ASSENTE SOBRE O TRONO. O filho de Jeoaquim, chamado Joaquim, (2 Rs 24.6, 8) subiu ao trono e reinou apenas três meses, quando foi levado para a Babilônia em 597 a.C. Nenhum outro descendente de Joaquim subiu ao trono de Davi.

36.32 OUTRO ROLO. Jeremias e Baruque prepararam outro rolo com alguns aditamentos. No decorrer do tempo, outros aditamentos foram escritos e, assim, foi completado o livro de Jeremias conforme o conhecemos hoje: uma parte das Escrituras inspiradas.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  37º

37.1 ZEDEQUIAS. Nabucodonosor colocou Zedequias no trono em Jerusalém como vassalo de Babilônia; antes disso, o rei Joaquim tinha reinado durante apenas três meses antes de ser deportado à Babilônia (ver 36.30 nota).

37.3 ROGA... POR NÓS. Embora Zedequias não quisesse dar ouvidos às palavras do Senhor (v. 2), pediu que Jeremias orasse por Judá, esperando, de alguma forma, obter a bênção do Senhor. Zedequias era semelhante a muitos da igreja, hoje, que querem a bênção de Deus, mas, também querem desfrutar dos prazeres pecaminosos do mundo. Tais pessoas são profissionais da religião sem qualquer vínculo real com Deus.

37.9 ASSIM DIZ O SENHOR. Jeremias ficou em pé diante do rei e proclamou resolutamente a palavra de Deus. Não hesitou em anunciar a mensagem impopular da destruição da cidade (vv. 8,10). Açoites, prisões e a ameaça de morte não o fizeram vacilar na sua fidelidade ao Senhor e na entrega da mensagem divina (vv. 11-17).

37.15 E O PUSERAM NA PRISÃO. Alguns chefes do exército de Judá eram hostis a Jeremias porque este bradava ao povo para submeter-se aos babilônios (21.9; 38.2). Por isso encerraram-no numa prisão subterrânea (v. 16). É provável que ele morresse naquela cela escura e perigosa se tivesse ficado ali por muito mais tempo (v. 20).

37.17 ALGUMA PALAVRA DO SENHOR. Sabendo que Jeremias era um verdadeiro profeta do Senhor, Zedequias esperava receber uma palavra mais promissora da parte de Deus. Mas a palavra transmitida por Jeremias continuava a mesma Jerusalém seria tomada e Zedequias levado pelo rei de Babilônia. O profeta não transigia com a verdade mesmo em circunstâncias críticas.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  38º

38.2 AQUELE QUE FICAR NESTA CIDADE MORRERÁ. A mensagem de Jeremias afetava o moral dos soldados e enfraquecia seu espírito de luta contra os babilônios. Por isso, os chefes do exército queriam a morte do profeta (v. 4; ver 3.2 nota).

38.5 ELE ESTÁ NA VOSSA MÃO. O rei Zedequias entregou Jeremias aos oficiais por temer o poder e influência deles. A fraqueza do rei e sua falta de caráter moral eram evidentes durante todo o seu reinado.

38.6 E O LANÇARAM NO CALABOUÇO. O calabouço era uma cisterna usada para recolher água da chuva durante o inverno e armazená-la para o verão. Tinha a forma de um sino. Sua abertura na superfície tinha cerca de um metro de largura. Os oficiais sabiam que Jeremias não viveria muito tempo confinado na cisterna. Jeremias sofreu muito por ser fiel a Deus e à sua palavra. A perseguição por causa da justiça vem do mundo e, às vezes, de pessoas da igreja (ver Mt 5.10 nota).

38.7 EBEQUE-MELEQUE. Trabalhando a favor de Jeremias, esse etíope procurou salvá-lo mediante um apelo ao rei. Demonstrou compaixão por Jeremias e coragem ao opor-se aos inimigos do profeta. O crente sempre deve procurar ajudar os maltratados, mesmo que isso importe em contrariar a maioria. Por causa da sua bondade para com Jeremias, a vida de Ebede-Meleque foi poupada quando Jerusalém caiu; Deus não se esqueceu desse servo leal (39.15-18).

38.20 OUVE... A VOZ DO SENHOR. Zedequias cria na mensagem de Jeremias, mas seu medo dos outros (v. 19), sua fraqueza de caráter e sua falta de fé em Deus impediram-no de firmemente obedecer a Deus. Como resultado, Zedequias trouxe vergonha sobre si mesmo, e ruína à nação. Era como muitas pessoas hoje que se recusam a praticar o bem, apesar de saberem que seus atos atrairão o castigo divino sobre si mesmas, e calamidade sobre os outros.


 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  39º

39.1 ANO NONO DE ZEDEQUIAS... NO MÊS DÉCIMO. O cerco contra Jerusalém durou aproximadamente dezoito meses, e durante esse tempo, a cidade ficou isolada e privada de todo socorro e suprimentos de fora. Depois dalgum tempo, ocorreu uma fome severa. Os detalhes da queda de Jerusalém estão no cap. 52 (cf. 2 Rs 25; 2 Cr 36). A tomada da cidade cumpriu as profecias de Jeremias de juízo divino contra o povo apóstata.

39.5-7 ALCANÇARAM ZEDEQUIAS. Zedequias sofreu muito porque não quis ouvir a Deus, nem obedecer à sua palavra (cf. 38.20-23). Se o povo, pelo menos pudesse compreender que o pecado causa tristeza e morte, poderia voltar-se para Deus, pedindo misericórdia e graça (Rm 6.16,23). Satanás, no entanto, cegou de tal maneira os olhos dos incrédulos que eles não conseguem enxergar sua atual condição, nem a ruína pavorosa que os aguarda (2 Co 4.4). Somente pela oração, pela proclamação da Palavra de Deus e pela convicção do Espírito Santo (ver Jo 16.8 nota) é que os perdidos reconhecerão a sua verdadeira condição espiritual e o perigo que estão correndo.

39.11 JEREMIAS. Nabucodonosor, por certo, tinha ouvido falar do conselho que Jeremias dera a favor da submissão do povo à Babilônia, e os babilônios o trataram com bondade quando tomaram Jerusalém. O profeta foi colocado sob a proteção de Gedalias, o governador nomeado. Depois de liberto, parece que Jeremias foi detido de novo, por engano, e acorrentado para ser deportado para a Babilônia; mais uma vez, foi liberto (40.1-6).

39.16 EBEDE-MELEQUE. Ver 38.7 nota.
 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  40º

40.1 44.30 LEVADOS CATIVOS. Estes capítulos tratam de eventos que ocorrem depois da queda de Jerusalém. Muita gente foi levada para Babilônia, enquanto uns poucos foram deixados no país. Os fatos que sucederam depois da queda da cidade demonstram que o povo continuou distanciado de Deus.40.1 JEREMIAS... ATADO COM CADEIRAS. Ver 39.11 nota.

40.7-16 POSTO SOBRE A TERRA A GEDALIAS. Gedalias, um bom governante, ajudou a restaurar a ordem e a paz à terra; governou durante cinco anos, aproximadamente, e foi assassinado por Ismael, que queria continuar a oposição à Babilônia. Gedalias confiou demais em Ismael, mesmo depois de informado do complô para assassiná-lo.
 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

42.1-22 CHEGARAM... TODO O POVO. Depois do assassinato de Gedalias, o povo temeu a ira de Babilônia, e quis saber, através de Jeremias, qual era a vontade de Deus. O povo já tinha decidido fugir para o Egito, e só queriam ouvir a palavra de Deus caso esta confirmasse as suas intenções. A resposta de Deus foi que permanecessem na terra onde estavam (v. 10). Os líderes rejeitaram a palavra de Deus, e foram para o Egito, levando consigo Jeremias, contra a sua vontade (43.1-7).
 

 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  43º

43.2 TU DIZES MENTIRAS. O povo apenas fingia querer fazer a vontade de Deus. Por causa desse desatino, seu castigo incluiria guerra, fome e peste (42.22). É um erro funesto fingir ser crente e, por isso, freqüentar a igreja, orar e participar da Ceia do Senhor sem realmente ser um seguidor do Senhor (ver 42.20). Os tais sofrerão as conseqüências disso da parte de Deus (ver 1 Co 11.27 nota).

43.7 E ENTRARAM NA TERRA DO EGITO. O povo desobedeceu às ordens do Senhor (v. 4), e partiu para o Egito, levando também Jeremias (v. 6). Talvez pensassem que a presença de Jeremias garantisse a proteção divina. Isso não aconteceu, pois no Egito Jeremias profetizou que Deus enviaria o exército de Nabucodonosor contra o Egito e destruiria seus exércitos e todos os seus deuses (vv. 10-13). O país onde os judeus buscavam segurança seria arrasado. Nunca haverá segurança ou proteção divinas fora da vontade de Deus.
 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  44º

44.1 TODOS OS JUDEUS... EGITO. Jeremias proferiu sua última mensagem aos judeus rebeldes no Egito. O julgamento divino contra eles era inevitável (vv. 11-14) por causa da sua rejeição obstinada a Deus, e da sua idolatria.

44.5 ELES NÃO DERAM OUVIDOS. Judá pecou por não cumprir a palavra de Deus, i.e., não levar a sério o que Ele disse. Muita gente continua a viver no pecado, só pensando em si mesmos, porque não fazem caso da Palavra de Deus, ou a tratam com frieza. Tais pessoas acham que Deus não cumpre aquilo que diz. Na igreja há membros que não temem as advertências de Deus e não respeitam seus preceitos (ver v. 11 nota).

44.8 QUEIMANDO INCENSO A DEUSES ESTRANHOS. Os exilados no Egito desprezaram o seu concerto com Deus e buscaram os deuses do Egito. Jeremias insistiu com eles para que voltassem para Deus, mas não quiseram (vv. 7-10). Uma verdade fundamental na teologia prática de Jeremias é que, para alguém viver como um crente total, precisa dedicar a Deus total lealdade e devoção e, ao mesmo tempo, obedecer à sua Palavra revelada.

44.11 PONHO O ROSTO CONTRA VÓS. Os judeus no Egito, por causa da sua apostasia e rebeldia, privaram-se das promessas de amparo e restauração da parte de Deus. Por isso, a profecia de Jeremias afirmava que o juízo divino contra eles seria intenso; todos pereceriam (vv. 12-14,27). Quem se recusa, com teimosia, a desacatar a vontade de Deus e fazer a sua própria vontade, não se lhe resta outra alternativa senão sofrer as conseqüências disso.

44.17 RAINHA DOS CÉUS. Ver 7.18 nota.

44.18 DESDE QUE CESSAMOS DE QUEIMAR INCENSO. O povo atribuía seus problemas mais recentes à interrupção da adoração à deusa chamada Rainha dos Céus, ocorrida no avivamento espiritual liderado por Josias. Achavam que a idolatria lhes favorecera mais do que o Senhor Deus de Israel, e queriam continuar o seu culto idólatra (v. 23).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  45º

45.1-5 BARUQUE. Cronologicamente, este capítulo encaixa-se no quarto ano do rei Jeoaquim, em Jerusalém. Sua mensagem visava fortalecer a fé de Baruque, secretário de Jeremias, que estava desanimado devido ao aparente fracasso do ministério de Jeremias, e por causa do juízo sobre Judá (cf. cap. 36). Deus lhe falou que não devia buscar para si poder nem posição (cf. Mt 20.26-28). Por causa da sua fidelidade a Jeremias e à mensagem de Deus, Baruque sobreviveria à destruição de Jerusalém (v. 5).

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  46º

46.1 51.64 CONTRA AS NAÇÕES. Estes capítulos contêm profecias de julgamento divino contra nações estrangeiras. Jeremias foi chamado não somente como profeta a Judá, como também às nações te dei por profeta (1.5).

46.2 REI DO EGITO... EM CARQUEMIS. Carquemis estava situada no norte da Síria, a uns 500 km de Jerusalém. Ali, os babilônios derrotaram os egípcios em 605 a. C. Nessa ocasião, Babilônia tornou-se a principal potência mundial.

46.10 O DIA DO SENHOR. A derrota do Egito em Carquemis foi um ato de Deus. Foi dia de vingança porque o Egito oprimira Judá (e.g., 2 Rs 23.29,33-35). Por fim, Deus castigará todas as nações que rejeitarem o seu evangelho e seus justos caminhos.

46.13 FERIR A TERRA DO EGITO. Jeremias profetizou que os babilônios não somente derrotariam o Egito em Carquêmis, como também derrotariam os exércitos egípcios na sua própria terra (568 567 a.C.). Deus tornaria bem claro que os deuses do Egito não poderiam livrá-los da derrota (vv. 25,26).

46.26 DEPOIS, SERÁ HABITADA. A destruição do Egito não seria para sempre. Seria restaurado no futuro, e na era messiânica (cf. Is 19.23-25; Ez 29.8-14).

46.27,28 NÃO TEMAS... Ó ISRAEL. Israel não devia temer uma destruição total. Seria castigado pelos seus pecados, mas um remanescente sobreviveria e seria trazido de volta à terra prometida e às bênçãos de Deus (cf. 30.10,11; 31.1-6).
 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  47º

47.1-7 FILISTEUS. Os filisteus ocupavam a região litorânea de Judá. Constantemente houve guerra entre eles e o povo de Deus. Outras profecias contra os filisteus acham-se em Is 14.28-31; Ez 25.15-17; Am 1.6-8; Sf 2.4 -7

 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  48º

48.1 CONTRA MOABE. O país de Moabe ficava na orla oriental do mar Morto. Os moabitas descendiam de Ló, sobrinho de Abraão (Gn 19.30-37), e vez por outra entravam em conflito com Israel. No tempo de Jeremias, bandos de moabitas atacavam regiões de Judá, depois que Nabucodonosor invadiu a Palestina (2 Rs 24.2). Jeremias identificou muitas das cidades moabitas que seriam destruídas. Os moabitas foram esmagados pelos babilônios, e desapareceram como nação (ver, porém, v. 47 nota). Outras profecias contra Moabe acham-se em Is 15 16; Jr 9.25,26; 25.14-21; 27.2,3; Ez 25.8-11; Am 2.1-3; Sf 2.8-11.

48.7 TUA CONFIANÇA NAS TUAS OBRAS... TESOUROS. A tendência de todas as nações do mundo é confiarem na sua tecnologia, poderio militar, empreendimentos e riquezas. Essa confiança mal orientada, juntamente com a conduta ímpia do povo, levará à ruína. Assim como Deus destruiu a altiva Moabe, um dia abaterá todas as nações impenitentes do mundo um dia chamado o Dia do Senhor (ver 1 Ts 5.2-4 notas).

48.7 QUEMOS. Quemos era a principal divindade pagã dos moabitas (ver 1 Rs 11.7,33; 2 Rs 23.13).

48.10 MALDITO. Este versículo é dirigido aos responsáveis pela destruição de Moabe.

48.47 MOABE NO ÚLTIMO DOS DIAS. Nem todos os moabitas seriam destruídos; um remanescente escaparia. A expressão no último dos dias revela que essa restauração ocorrerá na era messiânica, i.e., quando Cristo reinar sobre as nações.


 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  49º

49.1 FILHOS DE AMOM. São descendentes de Ló, sobrinho de Abraão (Gn 19.30-38), que habitavam a leste do rio Jordão, e ao norte de Moabe. Seus pecados eram idolatria, orgulho, confiança nas riquezas (vv. 3,4) e a hostilidade contra Israel (v. 1).

49.7 EDOM. Os edomitas descendiam de Esaú, irmão gêmeo de Jacó (Gn 36.1). Habitavam na região montanhosa ao sul do mar Morto, e viviam em conflito com Israel. Os grandes pecados de Edom eram seu orgulho (v. 16) e seu ódio intenso a Israel (cf. Ob 1-14).

49.16 A ARROGÂNCIA DO TEU CORAÇÃO. O que causou a ruína dos edomitas foi o seu orgulho, que os tornava autoconfiantes ao extremo. Julgavam que nunca seriam vencidos por causa das suas formidáveis fortificações. O crente pode também ser enganado pelo orgulho, autoconfiança e riquezas materiais, quando julga que não precisa depender sempre de Deus para receber sua ajuda e graça.

49.23-26 DAMASCO. Damasco era a cidade principal da Síria, situada na parte sul daquele país. Amós também profetizou contra os damascenos por causa da sua crueldade (Am 1.3-5).

49.28-33 QUEDAR... HAZOR. Nesta seção temos uma profecia contra as tribos árabes. Os habitantes de Quedar eram originários de Ismael, filho de Abraão com Hagar (Gn 25.13; cf. 21.13,16).

49.34-39 ELÃO. Elão estava situado a 320 km a leste de Babilônia, no país atualmente chamado Irã. O país sofreria um julgamento divino, mas seria restaurado. Vários elamitas estavam em Jerusalém quando do derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos no dia de Pentecostes (At 2.5-9).
 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  50º

50.1 BABILÔNIA. Jeremias também profetizou sobre a queda de Babilônia, evento este importante na história da redenção. (1) Quando o profeta falou tais palavras, o povo de Deus estava no exílio em Babilônia, vivendo o perigo de assimilação por outro povo e cultura. Se isso ocorresse, seria impossível a salvação através da descendência de Abraão. Era preciso que cessasse o domínio babilônio sobre Israel e o povo de Deus, liberto, para que o plano de Deus se cumprisse e ocorressem os preparativos para a vinda do Messias. Embora nessa época Babilônia fosse a reconhecida potência mundial, Jeremias predisse a sua ruína cinco anos antes da tomada de Jerusalém (51.59-60). (2) A profecia de Jeremias, no entanto, transpõe os limites da derrota de Babilônia por Ciro (ver a nota seguinte). Ela também prediz uma destruição de Babilônia que levará Israel e Judá a fazerem um concerto eterno com Deus, que nunca será abolido (vv. 4,5). Essa destruição ocorrerá no fim do período da tribulação (ver Ap 17.1 nota).

50.3 FARÁ DA SUA TERRA UMA SOLIDÃO. Jeremias predisse que a Babilônia sofreria uma grande destruição. Nos dias de Jeremias, a nação do Norte era a coalizão medo-persa. Babilônia caiu em 539 a.C., sob o ataque de um exército comandado por Ciro da Pérsia.

50.4,5 NAQUELES DIAS. Este passo fala do arrependimento dos judeus e da sua conversão a Deus nos últimos dias (cf. 31.31; 32.40). Converter-se-ão a Deus, e para sempre lhe serão fiéis (cf. vv. 19,20; ver Ap 12.6 nota).

50.9 UMA CONGREGAÇÃO DE GRANDES NAÇÕES. Nações adversárias de Babilônia, que são citadas por seus nomes em 51.27,28.

50.11 PORQUANTO VOS ALEGRASTES. Deus suscitaria a derrota dos babilônios porque estes se alegraram por sua vitória sobre Judá e Jerusalém. O que Babilônia fez a outras nações, assim fariam a ela (v. 29).

50.17 CORDEIRO DESGARRADO É ISRAEL. A Assíria destruiu Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C. (2 Rs 17.1-6), e Babilônia destruiu Judá, o Reino do Sul, em 586 a.C. (2 Rs 24). Ambas as nações levaram prisioneiros dentre o povo de Deus e os estabeleceram longe da sua pátria.

50.32 O SOBERBO. Babilônia, por sua exaltação, afrontava ao Senhor. Por isso, seria humilhada. Nada é mais repulsivo do que nações e pessoas exaltadas que vivem da maneira que querem, e ao mesmo tempo desprezam os ensinos e as justas normas de vida e conduta revelados na Palavra de Deus. O que aconteceu com Babilônia antiga, acontecerá também com nações e povos ímpios dos últimos dias (ver Ap 18.2-21 notas).

 

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  51º

51.1-64 CONTRA A BABILÔNIA. Temos aqui outro capítulo sobre o julgamento de Babilônia. A profecia afirma que o Senhor destruirá por completo a Babilônia para livrar o seu povo da opressão. Nos últimos dias da presente era, Cristo destruirá por completo o sistema mundano vigente, simbolicamente chamado a grande Babilônia (Ap 18.2), com todos os seus pecados (ver Ap 17.1 nota).

51.6 FUGI DO MEIO DA BABILÔNIA. Deus chama seu povo a fugir de Babilônia, antes da sua destruição final. Por sua vez, o NT exorta os crentes a saírem da Babilônia dos últimos tempos (i.e., o sistema mundial ímpio), para que não participem dos seus pecados e recebam o mesmo juízo (ver Ap 18.4 nota; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)

51.11 OS REIS DA MÉDIA. Os medos, aliados aos persas, destruiram a Babilônia em 539 a.C.

51.27 ARARATE. O povo de Ararate foi dominado pelos medos no século VI a.C. Tomaram parte com os medos na derrocada da Babilônia.

51.33 O TEMPO DA SEGA LHE VIRÁ. Babilônia tinha semeado sementes de crueldade, de idolatria e de imoralidade; agora chegou o tempo da ceifa do julgamento divino. Devemos lembrar-nos de que os pecados são como sementes que produzirão, por fim, uma grande e terrível colheita. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará (Gl 6.7).

51.50 JERUSALÉM. Os exilados escaparam dos perigos da queda de Babilônia; deviam agora cuidar da sua volta a Jerusalém e servirem ao Senhor.

 

 

 

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NOTAS DE JEREMIAS  º

52.1-34 ZEDEQUIAS. O capítulo final do livro de Jeremias demonstra que o profeta realmente falara a palavra de Deus e que o julgamento predito por ele cumpriu-se realmente. Este capítulo é quase idêntico a 2 Rs 24.18; 25.30; cf. também Jr 39.1-10.

52.28-30 O POVO QUE NABUCODONOSOR LEVOU CATIVO. As três deportações para Babilônia, aqui mencionadas, ocorreram em 597 a.C., em 586 a.C. e em 581 a.C. O número de judeus levados para o cativeiro pode referir-se somente a homens. O número total de exilados era provavelmente muito maior (ver 2 Rs 24.14,16).
 

 


 

 



 

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