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NOTAS DE NUMEROS

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Esboço de NÚMEROS


I. Deus Prepara o Povo para Herdar a Terra (1.1—10.10)

A. Instruções para a Partida (1.1—4.49)

1. O Censo dos Soldados de Israel (1.1-54)

2. A Organização do Acampamento (2.1-34)

3. A Organização dos Levitas (3.1—4.49)

B. A Santificação do Povo (5.1—10.10)

II. O Povo Perde Sua Herança por Causa de Pecado e Incredulidade (10.11—25.18)

A. Murmuração a Caminho de Cades-Barnéia (10.11—12.16)

B. Rebelião e Incredulidade em Cades-Barnéia (13.1—14.45)

C. Pecado e Rebelião no Deserto (15.1—19.22)

D. Desobediência a Caminho de Moabe (20.1—25.18)

III. Deus Prepara uma Nova Geração para Possuir a Terra (26.1—36.13)

A. O Censo da Nova Geração (26.1-65)

B. A Instrução do Povo (27.1—30.16)

C. A Derrota dos Midianitas (31.1-54)

D. A Ocupação da Transjordânia (32.1-42)

E. O Relato da Viagem do Egito a Moabe (33.1-49)

F. Promessa da Vitória sobre Canaã (33.50-56)

G. A Preparação para Entrar na Terra e Dividi-la (34.1—36.13)

 

Autor:
Moisés
Tema:
Peregrinação no Deserto
Data:
Cerca de 1405 a.C.

 

Considerações Preliminares

O título do livro, “Números”, surgiu primeiramente nas versões gregas e latinas e deriva dos dois recenseamentos ou “contagens” do povo registrados no livro (1; 26). A maior parte do livro, entretanto, descreve as experiências de
Israel nas suas peregrinações “no deserto”. Daí, este livro ser chamado no AT hebraico “No Deserto” (Bemidbar — palavra que aparece no primeiro versículo do livro).
Cronologicamente, Números é uma continuação da história relatada no livro de Êxodo. Depois de uma estada de aproximadamente um ano no monte Sinai — período durante o qual Deus estabeleceu seu concerto com Israel, deu a
Moisés a lei e o modelo do Tabernáculo, e instruiu-o a respeito do conteúdo de Levítico — os israelitas se prepararam para continuar sua viagem à terra que Deus lhes prometera como descendentes de Abraão, Isaque e Jacó.
Pouco antes de partirem do monte Sinai, no entanto, Deus mandou Moisés numerar todos os homens de guerra (1.2,3). Dezenove dias depois, a nação partiu de lá, numa curta viagem para Cades-Barnéia (10.11). Números registra
a grave rebelião de Israel em Cades, e seus trinta e nove anos subseqüentes de julgamento no deserto, até quando Deus conduziu toda uma nova geração de israelitas às planícies de Moabe, à beira do rio Jordão, do lado oposto a
Jericó e à terra prometida.
A autoria de Números é historicamente atribuída a Moisés (1) pelo Pentateuco judaico e o Samaritano; (2) pela tradição judaica; (3) por Jesus e pelos escritores do NT; (4) pelos escritores cristãos antigos; (5) pelos estudiosos
conservadores contemporâneos; e (6) pelas evidências internas do próprio livro (e.g., 33.1,2). Moisés, sem dúvida, escreveu um diário durante as peregrinações no deserto, e mais tarde dispôs o conteúdo de Números em forma
narrativa, pouco antes de sua morte (c. 1405 a.C.). A prática de Moisés, de referir-se a si mesmo na terceira pessoa, era comum nos escritos antigos, e em nada afeta a credibilidade da sua autoria.

Propósito

Números foi escrito para relatar por que Israel não entrou na terra prometida imediatamente depois de partir do monte Sinai. O livro trata da fé que Deus requer do seu povo, dos seus castigos e juízos contra a rebelião e do
cumprimento progressivo do seu propósito.

Visão Panorâmica

A mensagem principal de Números é evidente: o povo de Deus prossegue avante tão-somente por confiar nEle e nas suas promessas e obedecer à sua Palavra. Embora a travessia do deserto fosse necessária por certo tempo, não
era intenção original de Deus que a prova naquele lugar se prolongasse a tal ponto que uma geração inteira de israelitas habitasse e morresse ali. A curta viagem do monte Sinai a Cades, significou trinta e nove anos de aflição e de
julgamento por causa da incredulidade deles. Durante a maior parte do tempo referente a Números, Israel foi um povo infiel, rebelde e ingrato para com Deus, apesar dos seus milagres e provisão. Murmuração generalizada surgiu
entre o povo, pouco depois da sua partida do monte Sinai (cap. 11); Miriã e Arão falaram mal de Moisés (cap. 12); Israel, como um todo, rebelou-se em Cades na sua obstinada incredulidade, e recusou-se a prosseguir para Canaã
(cap. 14); Coré com muitos outros levitas rebelaram-se contra Moisés (cap. 16). Pressionado além dos limites por um povo rebelde, Moisés, por fim, pecou na sua ira, por imprudência (cap. 20); a seguir, Israel adorou a Baal (25).
Todos os israelitas que no incidente de Cades tinham de vinte anos para cima (excetuando-se Josué e Calebe) pereceram no deserto. Uma nova geração de israelitas finalmente chegou aos termos orientais da terra prometida
(26—36).

Características Especiais

Seis características principais projetam o livro de Números. (1) É o “Livro das Peregrinações no Deserto”, a revelar claramente por que Israel não possuiu imediatamente a terra prometida depois de partir do monte Sinai. Antes, teve
que peregrinar, vagueando no deserto por mais trinta e nove anos. (2) É o “Livro das Murmurações”, que registra vez após vez a murmuração, o descontentamento e as queixas dos israelitas contra Deus e seu modo de lidar com
eles. (3) O livro ilustra o princípio que sem fé é impossível agradar a Deus (cf. Hb 11.6). Vemos, por todo esse livro, que o povo de Deus triunfa tão-somente ao confiar nEle com fé inabalável, crer nas suas promessas e depender
dEle como sua fonte de vida e de esperança. (4) Números revela com profundidade o princípio de que se uma geração fracassar, Deus suscitará outra para cumprir suas promessas e para levar a efeito a sua missão. (5) O censo
antes de Cades-Barnéia (1—4) e o posterior feito nas planícies de Moabe, antes da entrada em Canaã (cap. 26), revelam que não era o tamanho inadequado do exército de Israel que o impedia de entrar em Canaã, partindo de
Cades, mas o tamanho inadequado da sua fé. (6) É o “Livro da Disciplina Divina”, a demonstrar que Deus realmente disciplina os seus e executa julgamento sobre eles, quando persistem na murmuração e na incredulidade (13—14).

Números e Seu Cumprimento no NT

As murmurações e a incredulidade de Israel são mencionadas como advertências aos crentes do novo concerto (1 Co 10.5-11; Hb 3.16—4.6). A gravidade do pecado de Balaão (22—24) e da rebelião de Coré (cap. 16) também
são mencionados (2 Pe 2.15,16; Jd 11; Ap 2.14). Jesus faz referência à serpente de bronze como uma alusão a Ele mesmo ao ser levantado na cruz, de modo que todos os que nEle crêem não pereçam mas tenham a vida eterna (Jo
3.14-16; ver Nm 21.7-9). Além disso, Jesus Cristo é comparado com a rocha do deserto, da qual Israel bebeu (1 Co 10.4) e com o maná celestial que alimentou aquele povo (Jo 6.31-33).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 1º

 

1.1 FALOU... O SENHOR A MOISÉS. O que Moisés escreveu foi por inspiração divina, fato este declarado repetidas vezes neste livro. Esse fato é salientado no primeiro versículo do livro, no último versículo e no início de muitos capítulos deste livro.


1.1 DESERTO DO SINAI. A ordem dada aqui, por Deus, a Moisés (vv. 2ss.) teve lugar dez meses e meio após a chegada do povo ao monte Sinai (i.e., treze meses depois do êxodo). Os eventos registrados em Números ocorreram num período de aproximadamente trinta e nove anos, i.e., a duração total da peregrinação de Israel no deserto.


1.2 A SOMA DE TODA A CONGREGAÇÃO. O propósito do censo era organizar Israel como nação e também o seu exército (v. 3). A realização do censo ressaltou o fato que cada indivíduo era importante nos propósitos divinos da redenção e que a atividade da nação devia ser dirigida por Deus, a quem também devia prestar conta de tudo (cf. Fp 4.3; 2 Tm 2.19).


1.46 SEISCENTOS E TRÊS MIL E QUINHENTOS E CINQÜENTA. O censo feito no Sinai totalizou 603.550 homens acima de vinte anos de idade, sem incluir os levitas (vv. 45-57). A nação de Israel, portanto, contava ao todo uns dois milhões de pessoas. Sustentar tão grande número de pessoas no deserto, demandava um milagre permanente, o que a Palavra de Deus ressalta, claramente, que ocorreu (cf. Ex 16.4-15,31-33; Nm 20.8; Dt 8.2-4; 29.5; Sl 78.26-28; 1 Co 10.4).


1.52 CADA UM JUNTO À SUA BANDEIRA. A organização do acampamento dos israelitas consistia de um círculo interno de levitas em volta do Tabernáculo, e um outro externo, formado pelas doze tribos, ficando três tribos em cada lado do Tabernáculo. A linha de marcha também foi organizada, de modo que quando a nuvem se elevava, eles pudessem se deslocar rapidamente, e quando ela pairava, pudessem ocupar seus lugares no acampamento, sem confusão. A Bíblia ensina organização, não como uma finalidade em si mesma, mas para que o trabalho em vista se processe de maneira ordenada. O Tabernáculo no centro do acampamento simbolizava o fato de que a vida da nação girava em torno do Senhor e da sua adoração, como seu Redentor.

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 3º

3.3 SACERDOTES UNGIDOS. Os sacerdotes eram ungidos com azeite para consagrá-los ao serviço de Deus.

(1) Semelhantemente, no NT, quando os crentes são ungidos pelo Espírito Santo, são consagrados e capacitados com poder, para serviço e testemunho no reino de Deus (At 1.8; 2.4).

(2) Os nomes "Messias" (hebraico), e "Cristo" (grego) significam ambos "o Ungido" (ver Mt 1.1 nota). Tudo quanto Cristo fazia era pela unção do Espírito Santo (ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO).


3.4 OFERECERAM FOGO ESTRANHO. Ver Lv 10.1,2 notas.


3.43 PRIMOGÊNITOS. Segundo alguns estudiosos, o número comparativamente baixo de "primogênitos", em relação aos seiscentos mil homens, de 1.46, abrange apenas os "primogênitos" nascidos entre a ocasião do êxodo do Egito (cf. Ex 13.1,2) e o recenseamento das tribos, treze meses depois (1.2,18,19).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 4º

4.20 PARA QUE NÃO MORRAM. A santidade de Deus, ou destruirá (vv. 15,20; ver Lv 10.2 nota) ou santificará (Is 6.1-7; ver Lv 19.2 nota). Deus estava ensinando ao seu povo que a sua presença traz bênçãos, se o obedecermos e o honrarmos; mas juízo, se o tratarmos com irreverência e desonra (cf. 1 Co 11.27-29).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 5º

5.2 LANCEM FORA DO ARRAIAL. Quem tivesse lepra ou corrimento (fluxo), ou tocasse em cadáveres, ficava cerimonialmente imundo (ver Lv 12.2; 13.3 notas). Tais pessoas eram levadas para fora do arraial, porque Deus não habitaria entre a impureza (v. 3). O NT aplica o princípio moral subjacente nesse preceito aos membros da igreja que desprezam abertamente a verdade ou a justiça de Deus; os tais devem ficar fora da congregação, se eles esperam receber a bênção e a presença de Deus (cf. 1 Co 5; 2 Co 6.14-18; 2 Ts 3.14; 2 Jo 10,11; ver Mt 18.15 nota).


5.18 APRESENTARÁ A MULHER PERANTE O SENHOR. Se um marido tivesse motivos para suspeitar que sua esposa estava adulterando, mas sem ter provas disso, ele podia mandar que ela se apresentasse diante do Senhor, para ser constatada a sua culpa ou inocência. Assim, ela ficava protegida de falsas acusações, sendo isso também um meio de determinar a culpa, se necessário. Caso ela fosse culpada, adoecia, como resultado do julgamento divino (vv. 21-28).


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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 6º

6.2 NAZIREU. A palavra "nazireu" (hb. nazir, de nazar, "pôr à parte") designa a pessoa consagrada e dedicada totalmente ao Senhor. A dedicação poderia durar um período determinado, ou por toda a vida (Jz 13.5; 1 Sm 1.11).

(1) Os nazireus eram suscitados pelo próprio Deus para demonstrarem através do seu modo de vida, o máximo padrão divino de santidade, de consagração e de dedicação, diante do povo (cf. Am 2.11,12).

(2) O voto de nazireado era totalmente voluntário. O propósito disso era ensinar a Israel que a dedicação total a Deus deve primeiro brotar do coração da pessoa, para depois expressar-se através da abnegação (vv. 3-4), do testemunho visível (v. 5) e da pureza pessoal (vv. 6-8). A dedicação completa do nazireu é um exemplo daquilo que todo cristão deve procurar ser.


6.3 VINHO... BEBIDA FORTE. Para estudo do nazireu em relação ao vinho e bebida forte, ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO


6.3 BEBERAGEM DE UVAS. A palavra traduzida "beberagem" (hb. mishrah) refere-se a uma bebida feita com uvas ou restos de uvas, espremidos e deixados de molho na água.


6.5 CRESCER... CABELO. O nazireu devia deixar seu cabelo crescer até ficar comprido, como um sinal visível da sua separação para o Senhor. Nos ensinos de Paulo vemos que, para o homem, cabelo comprido era normalmente uma desonra (1 Co 11.14); logo, um nazireu com seus cabelos longos poderia simbolizar sua disposição de suportar opróbrio e a zombaria por amor ao Senhor. A proibição de aproximar-se de um morto (v. 6), salientava o fato de que a morte nunca foi da vontade de Deus, quando Ele criou a raça humana. A morte é a antítese da vida, e a conseqüência do pecado; por isso, um corpo morto era considerado imundo (ver Lv 12.2 nota; 13.3 nota).


6.14 OFERECERÁ A SUA OFERTA. Uma vez terminado o tempo do seu voto de separação, o nazireu tinha que oferecer o mesmo tipo de sacrifícios que o sumo sacerdote oferecia no dia da sua ordenação (cf. Lv 8-9); todos aqueles em Israel, homens e mulheres (v. 2), que assim se dedicavam completamente a Deus, eram tão importantes aos olhos de Deus como o ministro da mais alta categoria na congregação. No reino de Deus, a grandeza não se baseia na posição e no poder, mas na consagração e na dedicação (ver Lc 22.24-30 nota).


6.20 O NAZIREU... VINHO. Decorrido o tempo do seu voto, o nazireu podia beber vinho (hb. yayin; ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO). Deus ainda não tinha proibido especificamente o uso de yayin fermentado. Na ocasião em apreço, a proibição do vinho tinha a ver somente com a total consagração pessoal a Deus (vv. 1-4; Lv 10.9-11). À medida que progrediu a revelação divina, Deus posteriormente declarou expressamente que todo o seu povo devia abster-se do yayin fermentado e embriagante (ver Pv 23.29-35; ver 23.31 nota)


6.23 ABENÇOAREIS OS FILHOS DE ISRAEL. Os versículos 22-27 demonstram como Deus graciosamente abençoa os seus, quando conservam a pureza na congregação e expressam o tipo de devoção sincera, vista no voto do nazireu (ver v. 2 nota). "Abençoar" (hb. barak) transmite a idéia da presença de Deus e sua operação e amor na vida e no meio-ambiente da pessoa.

(1) Essa bênção era impetrada sobre os servos fiéis de Deus, de conformidade com as condições que Ele já estabelecera (Dt 11.27).

(2) Era tríplice a bênção sacerdotal:

(a) A outorga da bênção de Deus e da sua proteção contra os poderes malignos e tudo que se opusesse ao bem-estar humano (v. 24; cf. Sl 71.1-6).

(b) O resplandecer do rosto do Senhor, i.e., o divino favor, boa vontade e graça para com o povo (v. 25); i.e., o inverso da sua ira (cf. Sl 27.1; 31.16; Pv 15.30; 16.14; Is 57.17). A graça é a misericórdia, amor e poder salvífico de Deus (ver o estudo FÉ E GRAÇA).

(c) O levantamento do rosto do Senhor sobre o seu povo (v. 26), i.e., seu cuidado e provisão amorável para com ele (cf. Sl 4.7,8; 33.18; 34.17). A dádiva de Deus é a "paz" (v. 26). Paz (hb. shalom) significa estar completo, sem nada faltar e recebendo tudo que é necessário para que a vida seja realmente vida (cf. Ml 2.5); isso inclui a esperança de um futuro ditoso (Jr 29.11). O inverso da "paz" não é somente a falta de harmonia; é também o mal em todas as suas formas (cf. Rm 1.7; 1 Co 1.3; 1 Ts 5.23; ver o estudo A PAZ DE DEUS).

(3) A bênção de Deus sobre o seu povo resultaria na salvação brilhando como tocha acesa entre todas as nações (Sl 67; 133.3; Ez 34.26; ver Mt 28.19 nota; Lc 24.50 nota)

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 8º

8.6-26 OS LEVITAS. Estes versículos descrevem a purificação e a consagração dos levitas designados para ajudar os sacerdotes no ministério do culto (v. 19).


8.11 OS LEVITAS POR OFERTA DE MOVIMENTO. A expressão hebraica usada aqui, é a mesma de Lv 7.30, traduzida por "oferta movida". Essa oferta era a porção do sacrifício pacífico pertencente aos sacerdotes. Era movida em direção ao santuário, como sinal de que era dedicada a Deus, e a seguir movida em direção ao ofertante ou sacerdote, indicando agora que o Senhor estava colocando a oferta à disposição do ofertante. Neste texto, os próprios levitas são chamados de oferta movida ao Senhor. Como eles não podiam ser literalmente "movimentados", sua dedicação era efetuada simbolicamente.


8.14 SEPARARÁS OS LEVITAS. Os levitas, pelo seu exemplo, simbolizavam a separação preconizada por Deus, que deveria caracterizar a totalidade da nação de Israel.


8.17 MEU É TODO PRIMOGÊNITO. Todos os filhos primogênitos dos israelitas pertenciam ao Senhor (Ex 13.11-16); no entanto, Deus permitiu que os levitas substituíssem todos os primogênitos (3.9,11-13,40,41,45-48; 8.14-19).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 9º

9.15-23 NUVEM... FOGO. A nuvem de dia, que à noite assemelhava-se a fogo, era um sinal da divina provisão, proteção e direção para Israel no deserto.

(1) A Bíblia frisa que o povo devia partir, ou permanecer onde estava, somente quando o sinal sobrenatural isso indicasse. Mesmo assim, a orientação divina não suprimia a necessidade da sabedoria e planejamentos humanos, pois Moisés pediu que Hobabe os aconselhasse quanto aos melhores lugares para acampar no deserto (10.29-32).

(2) Obedecer a Deus e seguir a sua vontade dependem, pois, tanto da orientação sobrenatural de Deus, quanto da nossa reflexão e saber, baseados nos princípios da sua palavra. É importante que permaneçamos perto dEle todo tempo, e não nos distanciemos da sua proteção e vontade.

(3) A promessa que Deus fez de guiar o seu povo do AT, continua atual para os crentes. Ele nos guiará mediante a sua Palavra e o seu Espírito (Rm 8.4). Ele dirigirá os caminhos de todos aqueles que o reconhecem (Pv 3.6; cf. Sl 37.23; At 5.19,20; 8.26; 13.1-4).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 10º

10.9 HAVERÁ LEMBRANÇA DE VÓS. Deus ajudaria o seu povo na guerra, somente se Ele fosse invocado mediante o sonido das trombetas aqui mencionadas (cf. Ex 28.12,29; 39.7). Noutras palavras, Deus determinou certas condições para os israelitas terem sua ajuda. Deus pode deixar de agir em nosso favor se não permanecermos perto dEle em oração, clamando por sua graça, proteção e presença.


10.29 VAI CONOSCO. Moisés convidou seu cunhado, um não-israelita, a acompanhá-los e compartilhar dos benefícios que Deus prometera a Israel. A porta sempre esteve aberta para os gentios se agregarem a Israel, para fazerem do Deus de Israel o seu Deus e para compartilharem das promessas e bênçãos de Deus. Hobabe, parece, não aceitou o convite (mas ver Jz 1.16; 4.11). Posteriormente, Raabe, Rute e muitos outros gentios foram acolhidos e abençoados pelo Senhor e o seu povo.

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 11º

11.1 QUEIXANDO-SE O POVO. Depois de apenas três dias de viagem (10.33), o povo começou a murmurar e a queixar-se porque as condições não eram excelentes.

(1) Quão rapidamente se esqueceram do livramento da escravidão do Egito e dos atos poderosos de Deus em seu favor! Não quiseram confiar em Deus e deixar com Ele sua vida e seu futuro. Atraíram assim, contra eles, a ira e o juízo divinos.

(2) Nós, como crentes do NT, nunca devemos deixar de agradecer pela morte sacrificial de Cristo por nós, pela libertação do pecado e pela graciosa provisão divina de orientação e bênção em nossa vida.

11.4 O VULGO... VEIO A TER GRANDE DESEJO. O termo "vulgo" refere-se aos não-israelitas que se juntaram ao povo de Israel, no êxodo (Ex 12.38). Influenciaram Israel a rebelar-se contra Deus e a desejar os ilusórios prazeres do Egito (v. 5).

11.6 MANÁ. Ver Ex 16.4 nota.


11.12 COMO O AIO. Moisés esperava conduzir o povo como um exército triunfante à terra prometida. Ao invés disso, o povo agia como nenês espirituais, e Moisés reconheceu que seria demais para ele carregá-los. Deus, então, tomou do Espírito que estava sobre Moisés e colocou-o sobre setenta anciãos para ajudá-lo na liderança espiritual do povo (vv. 16-17). Assim, Moisés sabia que, mediante o poder do Espírito, poderia enfrentar os desafios de qualquer tarefa à qual Deus o chamasse, porque não teria de suportar o fardo na sua própria força.


11.20 REJEITASTES AO SENHOR. O povo queixou-se amargamente da maneira como Deus ia conduzindo os acontecimentos; eram quais crianças mimadas que choram para impor sua própria vontade (vv. 1,4-6). Deus deixou-os ter aquilo que queriam, mas "fez definhar a sua alma" (Sl 106.15; cf. Sl 78.29-33). Esse episódio é uma solene advertência para quem insiste em andar na sua própria vontade e desejos, ao invés de humildemente submeter-se à vontade de Deus e de ser-lhe grato por sua providência. Rejeitar os caminhos de Deus para conosco equivale à incredulidade e à rebelião contra Ele; tal atitude leva ao seu julgamento (cf. Sl 78.17-22).


11.25 QUANDO O ESPÍRITO REPOUSOU SOBRE ELES, PROFETIZARAM. As Escrituras ensinam que quando o Espírito de Deus prevalece sobre o seu povo, a profecia geralmente se manifesta (cf. 1 Sm 10.5,6; 2 Cr 20.14-17; Jl 2.28). O relato em Atos a respeito do derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecoste, e depois daí, indica que os crentes cheios do Espírito Santo profetizavam e falavam noutras línguas sob o impulso do Espírito (At 2.4; 10.44-47; 19.6; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE)


11.29 QUE TODO O POVO DO SENHOR FOSSE PROFETA. Quando Eldade e Medade continuaram profetizando no arraial, Josué queria que Moisés os proibisse. Moisés, no entanto, já aprendera a lição sobre isso. Percebera que, na vida espiritual, o normal seria que todo o povo de Deus pudesse profetizar quando o Espírito de Deus viesse sobre ele. Nos tempos do AT, o Espírito Santo descia ou enchia alguns, revestindo-os de poder para cumprirem missões ou profetizarem. Joel predisse o tempo em que todo o povo de Deus seria cheio do Espírito (Jl 2.28,29). Essa profecia cumpriu-se no Dia de Pentecoste quando, então, o Espírito foi derramado sobre "toda a carne" (At 2.4,16,17). Os crentes não batizados no Espírito Santo não estão experimentando o que Deus lhes prometeu, e que Jesus anela lhes conceder (At 1.8; 2.39; 1 Co 14.1,2,5,39).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 12º

12.1 MULHER CUXITA. O casamento de Moisés com uma mulher etíope ("cuxita") não era nem moral nem legalmente errado. A queixa de Miriã e de Arão era um pretexto fingido para encobrir a inveja que nutriam devido à autoridade de Moisés (v. 2).


12.3 MOISÉS... MANSO. Esta referência a Moisés como o homem mais manso da terra é provavelmente uma explanação complementar escrita por Josué após a morte de Moisés. O termo original aqui (hb. ãnãw) significa tanto manso como humilde. A humildade de Moisés consistia em sua confiança em Deus como Senhor; daí ser ele isento de egoísmo e ambições carnais. Quando sob afronta ou ameaça, Moisés dependia de Deus e nEle confiava como seu socorro e defesa. As Escrituras afirmam que Deus se compraz em assistir ao humilde (Sl 22.26; 25.9; 147.6; 149.4; Mt 5.5; 1 Pe 5.6). Jesus, como profeta semelhante a Moisés (At 7.37), foi manso e humilde de coração (Mt 11.29) e entregava-se a Deus ao ser maltratado (1 Pe 2.23).


12.10 MIRIÃ ERA LEPROSA. O pecado de Miriã e de Arão ao questionarem a autoridade de Moisés foi falta de temor de Deus e desacato à sua palavra através do seu profeta Moisés. Moisés foi o mediador do antigo concerto, assim como Jesus é o mediador do novo (cf. Hb 3.2-6).
Deus falava diretamente com Moisés (v. 8), e daí, a palavra que Moisés transmitia ao povo era a palavra autêntica de Deus. Embora Miriã e Arão fossem líderes de Israel, não tinham o direito de contestar a autoridade de Moisés. Assim como Deus lhes mostrou que não tinham o mesmo grau de autoridade de Moisés, assim também os crentes atuais não têm o direito de se julgarem como tendo o mesmo nível de autoridade das Escrituras.


 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 13º

13.32 INFAMARAM A TERRA. A incredulidade dos dez espias tinha duas dimensões:

(1) a fidelidade que Deus sempre demonstrara ao seu povo não levou esses dez homens a um relacionamento de lealdade com Ele, e

(2) não confiavam em Deus, nem nas suas promessas a respeito do seu futuro (cf. Gn 15.18; 17.8; Ex 33.2). Sua falta de fé contrastava nitidamente com a fé que Calebe e Josué manifestavam (ver a nota seguinte).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 14º

14.6 JOSUÉ... E CALEBE. Tanto Josué como Calebe resistiram à opinião majoritária dos espias (13.25-33). Tendo como base do seu relatório um firme compromisso com Deus e a plena confiança nas suas promessas a Israel, recusaram a admitir a decisão, por maioria esmagadora, do povo de Deus mesmo arriscando suas próprias vidas com essa recusa (vv. 6-10). Esse evento crucial, na viagem de Israel no deserto, ensina-nos que não devemos admitir que a opinião da maioria, até mesmo da igreja, esteja sempre certa. Os crentes fiéis devem estar dispostos a ficar firmes à base da Palavra de Deus, mesmo se a maioria estiver contra eles (ver 2 Tm 1.15 nota).


14.11 ATÉ QUANDO ME NÃO CRERÃO? No âmago da rebeldia de Israel estava a incredulidade oriunda do seu esquecimento da fidelidade de Deus no passado, de não confiar nEle como seu Senhor, e da não aceitação literal das suas promessas. Observando o seu modo de pensar, os israelitas não confiavam mais no Senhor em todas as circunstâncias.

(1) Crer em Deus importa em aceitar tudo quanto Ele disser como a verdade e agir de acordo com isso, confiar inteiramente nas suas promessas, andar nos seus caminhos e amá-lo de todo o coração e de toda a alma (Dt 10.12; ver o estudo FÉ E GRAÇA).

(2) A presença da fé faz-nos aceitos por Deus e considerados justos diante dEle (ver Gn 15.6 nota); a ausência da fé nos condena (Jo 3.36)


14.13 OS EGÍPCIOS O OUVIRÃO. Moisés é um exemplo clássico de um homem tão dedicado ao Senhor, que se preocupa mais com a reputação de Deus do que com seu próprio sucesso e honra (ver v. 12). Quando os crentes compreenderem com gratidão tudo que Deus fez por eles através de Cristo, também desejarão acima de tudo exaltar ao Senhor e à sua glória (cf. vv. 21,22), e evitar que seu nome caia no opróbrio entre os incrédulos.


14.20 PERDOEI. O perdão de Deus nem sempre significa isenção de castigo (ver vv. 21-23,27-37; cf. 2 Sm 7.14).

14.29 CAIRÁ O VOSSO CADÁVER. O NT declara explicitamente que Deus ordenou seu julgamento sobre Israel por sua desobediência e incredulidade, para que isso servisse de advertência a todos os crentes (1 Co 10.11).

(1) Os israelitas tiveram a pregação das boas novas (Hb 4.6), foram redimidos pelo sangue (Ex 6.6; 12.13), cruzaram o mar Vermelho (Ex 14.22), foram batizados (cf. Ex 14.19,29,30 com 1 Co 10.2), desfrutaram de alimento espiritual (1 Co 10.3), participaram de bebida espiritual, as águas vivas de Cristo (Ex 17.6; 1 Co 10.4) e foram guiados
pelo Espírito Santo (11.17,25).

(2) Apesar de ter sido redimido e de ter sido alvo da graça de Deus, o povo murmurou contra Ele (vv. 2,27), endureceu o coração (Hb 3.8), rebelou-se contra seu Senhor (vv. 2,9), desconsiderou o Senhor e recusou-se a ouvir a sua voz (vv. 11,23),
tentou ao Senhor (v. 22), deixou de obedecer aos seus mandamentos (v. 41) e desviou-se de seguir o Senhor (v. 43).

(3) Conseqüências da desobediência dos israelitas. Veio sobre eles a ira de Deus (1 Co 10.5-10; Hb 3.10,17), a morte e a destruição (vv. 29,35), deixaram de entrar na terra de Canaã (vv. 22,23), perderam o direito ao repouso com Deus (Sl 95.7-11; Hb 3.11,18; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). (4) Considerando o fracasso de Israel no deserto, temos para os crentes em Cristo a seguinte exortação: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo" (Hb 3.12), e por isso deixar de "entrar naquele repouso", i.e., o céu (Hb 4.11)


14.43 O SENHOR NÃO SERÁ CONVOSCO. Os israelitas, não obstante seu arrependimento superficial e sua expressão momentânea de confiança nas promessas de Deus (v. 40), ignoraram a advertência de Deus. Cometeram o engano fatal de pensar que poderiam possuir a terra prometida sem obediência, fé e profunda comunhão com Deus (vv. 40-44). Na sua confiança momentânea, porém desorientada, foram derrotados (v. 45). A lição principal para todos que estão em Cristo é que as bênçãos do concerto de Deus não poderão ser obtidas sem a obediência da fé (cf. Rm 1.5). Proferir palavras de confiança simplesmente formais, nada resolve; é isso que vemos através das Escrituras (e.g., cap. 32; Dt 1.20-40; Sl 95.10; 106.24ss.; Am 2.10; 5.25; 1 Co 10.1-11; Hb 3.7-4.13).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 15º

15.31 DESPREZOU A PALAVRA DO SENHOR. Deus distingue entre pecados involuntários (vv. 22-29) e os intencionais, i.e., os cometidos deliberadamente, desafiando a Ele e à sua palavra (vv. 30,31). O pecado involuntário requeria expiação (vv. 24-28), sem contudo excluir a pessoa do povo de Deus. O pecado -intencional e insolente contra Deus, no entanto, excluía a pessoa do povo de Deus e a privava da redenção concedida a esse povo (vv. 30,31; ver 1 Jo 3.15).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 16º

16.3 CONTRA MOISÉS. A história de Coré, Datã e Abirão diz respeito a três levitas ambiciosos conspirando para obter mais poder e uma posição mais elevada para si mesmos como sacerdotes (v. 10). Desafiaram a autoridade de Moisés e a ordem divina a respeito de Arão, i.e., de ele ser o único sumo sacerdote (vv. 3-11). Assim agindo, rejeitavam a Deus e à sua Palavra revelada a respeito do dirigente designado do povo de Deus (ver 12.10 nota). Conseqüentemente, receberam da parte de Deus a justa condenação (vv. 31-35), como também a receberão todos aqueles que, no reino de Deus, "amam os primeiros lugares nas ceias, e as primeiras cadeiras" (Mt 23.6).


16.10 TAMBÉM PROCURAIS O SACERDÓCIO? Corá e aqueles demais homens pensavam que -poderiam escolher por conta própria os dirigentes do povo. Deus, porém, deixou claro que Ele estava no governo. Segundo o novo concerto, é Deus que continua decidindo que tipo de pessoas devem pastorear a sua igreja. Ele estabeleceu as sagradas qualificações para aqueles que desejam servir no ministério (1 Tm 3.1-12; 4.12-16; Tt 1.5-9; ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). Quando os membros de uma igreja deixam de lado os padrões divinos para o ministério pastoral e procuram eles mesmos dirigir esse assunto, desprezando a Palavra de Deus, estão manifestando a atitude rebelde de Corá e dos demais que se juntaram a ele. A direção da obra de Deus deve basear-se na sua vontade revelada à igreja.


16.32 COM AS SUAS CASAS. Os filhos de Corá não pereceram juntamente com o pai, porque, segundo parece, não participaram da sua rebelião (ver 26.11).


16.41-50 VÓS MATASTES O POVO DO SENHOR. Quando o juízo divino caiu sobre Corá e seus cúmplices, os israelitas queixaram-se de Moisés, como se ele fosse a causa do juízo. Os israelitas foram tão enganados pelos rebeldes que os tinham como os homens mais espirituais entre eles. O povo de Deus precisa de discernimento para evitar seguir a líderes que não provêm de Deus (ver o estudo FALSOS MESTRES)

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 17º

17.3 O NOME DE ARÃO... SOBRE A VARA DE LEVI. O cap. 17 vindica a escolha, por Deus, da tribo de Levi para prover ministros, e de Arão como sumo sacerdote. O Senhor operou um milagre para -evidenciar a sua escolha quanto à liderança (v. 8). Sob o novo concerto, líderes colocados por Deus, que proclamam fielmente a Palavra de Deus, devem ser reconhecidos e obedecidos (Hb 13.17; cf. Rm 13.1-4; 1 Tm 2.1-3).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 18º

18.1 LEVAREIS SOBRE VÓS A INIQÜIDADE. Os sacerdotes e levitas eram responsabilizados por quaisquer delitos ou profanação contra o Tabernáculo do Senhor. Precisavam ter muito cuidado no serviço de Deus, ao fazerem aquilo que o Senhor ordenara (cf. Lv 10.7).


18.8 A GUARDA DAS MINHAS OFERTAS. Deus determinou que os sacerdotes e levitas fossem sustentados pelas ofertas do povo (vv. 8-24). Da mesma maneira, os que hoje servem no ministério devem ser sustentados pelas ofertas daqueles a quem ministram (1 Co 9.13,14).


18.19 CONCERTO PERPÉTUO DE SAL. O sal representa a preservação e a permanência, e ressalta a imutabilidade do concerto (cf. Lv 2.13).


18.20 EU SOU A TUA... HERANÇA. Os sacerdotes e os levitas não deviam ter nenhuma herança terrena, pois o próprio Deus era sua porção e herança. Em princípio, esta promessa se estende a todos os crentes em Cristo. Nossa herança não está nesse mundo, porque não passamos de peregrinos e estrangeiros. Devemos buscar as coisas celestiais, pois Deus habita no céu (Hb 11.9-16). Este é o nosso testemunho: "A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele" (Lm 3.24).
 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 19º

19.2 BEZERRA RUIVA. O sacrifício da bezerra ruiva propiciava a purificação de quem estivesse ritualmente impuro ou contaminado e, portanto, impossibilitado de aproximar-se de Deus em adoração (vv. 11,14,16). Uma bezerra ruiva, sem defeito, era sacrificada e queimada fora do arraial (vv. 3-6). As cinzas eram guardadas, misturadas com água (vv. 9,17) e aplicadas aos contaminados (vv. 12,18). Esse rito de purificação limpava a pessoa, permitindo que ela se aproximasse novamente de Deus. O livro de Hebreus contrasta o efeito purificador do sangue de Cristo, com aquele mediante as cinzas de uma bezerra ruiva (Hb 9.13,14; ver a nota seguinte).


19.9 EXPIAÇÃO É. Hb 9.13,14 contrasta o sangue de Cristo com as cinzas de uma bezerra ruiva. Assim como os israelitas tinham nas cinzas um meio imediato de purificação, assim também os crentes em Cristo têm à disposição uma fonte sanadora no sangue de Cristo, na qual, pela fé e arrependimento, podem encontrar a purificação "de todo pecado" (1 Jo 1.7). Por meio dessa purificação, poderão aproximar-se de Deus, receber misericórdia e obter graça para ajudar a outros em tempos de necessidade (Hb 4.16; 7.25).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 20º

20.1 NO MÊS PRIMEIRO. Os eventos deste cap. começam no quadragésimo ano da saída do Egito (ver vv. 22-29; 33-38). O povo peregrinara no deserto por trinta e nove anos. A maioria das pessoas da primeira geração já morrera sem receber o que fora prometido (ver caps. 13,14); dentro em breve, seus filhos estariam na terra prometida.

20.8 FALAI À ROCHA. Moisés e Arão foram ordenados por Deus a falarem à rocha, e não feri-la, conforme fora feito em Horebe (Ex 17.1-7; ver a nota seguinte).


20.12 NÃO METEREIS ESTA CONGREGAÇÃO NA TERRA. Moisés foi proibido de introduzir o povo de Deus em Canaã, porque não obedecera cuidadosamente à ordem do Senhor (comparar v. 8 com v. 11). Moisés era o líder espiritual do povo de Deus, por meio de quem Deus outorgara a lei. Sua responsabilidade de obedecer à palavra do Senhor era maior, por causa da sua posição elevada e influência (cf. Tg 3.1). (1) O pecado de Moisés foi duplo. Primeiro, falou imprudentemente, como se a glória e o poder de Deus residissem nele mesmo e em Arão (v. 10; cf. Sl 106.33). Em segundo lugar, agiu desaforadamente ao ferir a rocha duas vezes com ira, ao invés de falar à rocha conforme
Deus tinha ordenado (v. 11). (2) Ao falar e agir temerariamente, Moisés demonstrou que não tinha confiança em Deus (v. 12), e, daí, tornou-se rebelde contra seu mandamento (v. 24).

Naquele momento crítico, Moisés revelou falta de fé e obediência, que é o modo incorreto de se corresponder à Palavra de Deus (cf. Dt 9.23; 1 Sm 12.15 ; 1 Rs 13.21; 2 Rs 17.14; Sl 106.33). Além disso, Moisés deixou de, com o seu ato, expressar que Deus é santo e digno, e decidiu não temer a Ele nem obedecer ao seu mandamento. (3) Através desses versículos, Deus faz ver a todos os ministros do evangelho que a responsabilidade de obedecerem à Palavra de Deus é maior devido a sua posição e influência.
Assim como Moisés desqualificou-se para introduzir o povo em Canaã, assim também os ministros de hoje podem ser reprovados em caráter permanente para certas áreas de liderança, por sua infidelidade aos mandamentos de Deus (1 Tm 3.1-7; ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 21º

21.3 FORAM DESTRUÍDOS TOTALMENTE. Deus, por meio de Israel, destruiu completamente os cananeus do sul. Essa destruição total foi a ação justa de Deus contra aquele povo dedicado irremediavelmente ao pecado, à imoralidade, à violência e à iniqüidade. Deus, como o Senhor da história, tem o direito de decidir quando destruir os ímpios na realização do seu propósito redentor da raça humana. No AT, Deus constantemente usava Israel para realizar esse propósito. No novo concerto, Ele já não usa crentes para destruir os ímpios nesse sentido. No fim dos tempos, porém, o próprio Deus voltará a executar juízo contra todos aqueles que rejeitarem a Cristo e ao plano da salvação (Ap 6-19).


21.9 SERPENTE DE METAL. O poder vivificante da serpente de metal prefigura a morte sacrificial de Jesus Cristo, levantado que foi na cruz para dar vida a todos que para Ele olharem com fé. Sobre esse evento, o próprio Jesus disse: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.14,15). Quem, hoje em dia, quiser ser liberto do pecado e receber a salvação, deve voltar-se, de coração na obediência da fé, à Palavra de Deus em Cristo.


 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 22º

22.5 BALAÃO. Balaão não era israelita, mas, um sacerdote-adivinho conhecido entre as nações daquele tempo. Balaque acreditava que esse homem podia lançar maldições sobre o povo (v. 6), influindo na vontade dos deuses e espíritos mediante seus conhecimentos ocultos de feitiçaria, de sortilégios e das manipulações misteriosas (vv. 2-7; cf. 24.1).

 (1) Balaão pode anteriormente ter sido um verdadeiro seguidor de Deus (cf. v. 18), e que depois se afastou da fé, tornando-se feiticeiro (v. 7; cf. 31.16; Dt 23.4,5; 2 Pe 2.15; Jd 11).

(2) Como todos os demais falsos profetas, Balaão não tinha zelo genuíno pela honra de Deus, nem pela santidade do seu povo. Vendo ser-lhe impossível amaldiçoar o povo de Deus, Balaão o induziu ao pecado e à imoralidade (25.1-6; 31.16; Ap 2.14). Por isso ele foi morto (31.8; ver 25.2 nota).


22.18 SENHOR MEU DEUS. A referência de Balaão ao "SENHOR, meu Deus," pode indicar que sua adoração a muitos deuses incluía o Deus de Israel. As Escrituras retratam Balaão como homem cujo fator motivante era o dinheiro, e não a retidão (Dt 23.3-6; 2 Pe 2.15,16; Jd 11).


22.22 A IRA DE DEUS ACENDEU-SE. Deus permitiu que Balaão seguisse seu caminho, mas ficou irado porque ele continuava interessado na oferta de Balaque. A cegueira espiritual de Balaão foi revelada através do incidente com a jumenta (vv. 22,32,33).


22.28 O SENHOR ABRIU A BOCA DA JUMENTA. O NT declara que a jumenta falou "com voz humana, impediu a loucura do profeta" (2 Pe 2.16).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 23º

23.19 NÃO É HOMEM... PARA QUE SE ARREPENDA. Deus nunca falha; nunca hesita; nunca muda. Por sua própria natureza, Ele é fiel e leal às suas promessas e alianças. Mesmo assim, esse atributo de fidelidade de Deus não exclui a possibilidade de Ele alterar seus planos ou intenções sob determinadas circunstâncias. Por exemplo, Deus realmente muda, às vezes, seus planos no tocante a juízo, em resposta às orações intercessórias do seu povo fiel (ver Ex 32.11,14 notas) ou como resultado do arrependimento de um povo iníquo (Jn 3.1-10; 4.2).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 24º

24.2 VEIO SOBRE ELE O ESPÍRITO DE DEUS. A vinda do Espírito sobre Balaão aqui não equivale à plenitude do Espírito como no NT (At 2.1-4). O Espírito veio sobre ele para fins de revelação, e não para confirmação dele como profeta. Deus, para cumprir seus propósitos, certas vezes usa pessoas que nem estão vivendo em retidão diante dEle (cf. Jo 11.49-52).


24.17 UMA ESTRELA PROCEDERÁ. Muitos comentadores entendem que os vv. 15-19 falam da vinda de Cristo e do seu reino universal sobre todas as nações (cf. Gn 49.10; Sl 45.6; Mt 2.2; Ap 2.28; 19.15; 22.16). Outros crêem que se referem somente ao rei Davi (cf. 2 Sm 7.12).
 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 25º

25.2 INCLINOU-SE AOS SEUS DEUSES. Tendo Balaão fracassado na sua tentativa de afastar do Senhor os israelitas, aconselhou os moabitas a tentar separar os israelitas do seu Deus, seduzindo-os à imoralidade e ao culto sensual dos falsos deuses dos moabitas (ver 31.16; Ap 2.14 nota). Como castigo, Balaão foi morto à espada (31.8; cf. Js 13.22).


25.4 TOMA TODOS OS CABEÇAS DO POVO, E ENFORCA-OS. Este versículo, revela a intensidade da indignação de Deus contra os cabeças ou líderes do povo do seu concerto. Foram executados por causa do seu comportamento escandaloso e abusivo e porque foram omissos como exemplos de separação da imoralidade sexual e da idolatria.


25.11 ZELOU O MEU ZELO NO MEIO DELES. Expressando ira santa, Finéias reagiu ante a degeneração moral e a idolatria entre o povo de Deus (vv. 1-8).

(1) Seu zelo excepcional pela honra de Deus (v. 13), Finéias o evidenciou no seu amor à retidão e na sua aversão ao pecado, de modo como o próprio Deus demonstra. O zelo de Finéias tipifica o zelo de Cristo pela santidade de Deus (ver Hb 1.9 nota).

(2) O Senhor prometeu a Finéias um "sacerdócio perpétuo" (vv. 12,13; cf. 1 Cr 6.4ss.). Quem é sinceramente zeloso pelo Senhor, sempre é recompensado com grandes bênçãos dEle.

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 26º

26.2 A SOMA DE TODA A CONGREGAÇÃO. Deus ordenou um segundo censo (cf. 1.2,3) a fim de preparar a nação para as suas responsabilidades militares ao entrar em Canaã (v. 2), quando da posse da herança da sua terra (vv. 53-56).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 27º

27.4 DÁ-NOS POSSESSÃO. A lei hebraica não dispunha sobre a herança de terras quando o pai não deixava filhos do sexo masculino. Deus, portanto, instituiu a lei determinando que uma filha poderia herdar terras pertencentes à família (vv. 3-11). Essa lei demonstra a posição de dignidade e honra dispensadas à mulher em Israel.


27.18 EM QUEM HÁ O ESPÍRITO. "Espírito", aqui, refere-se ao Espírito Santo. Entre as muitas qualificações de Josué para a liderança, a principal era a dele ser guiado pelo Espírito Santo. Como homem ungido pelo Espírito do Senhor e que já se revelara submisso à sua direção, Josué estava altamente qualificado para ser o sucessor de Moisés (v. 19), e investido de autoridade (v. 20) para dirigir o povo.


27.21 JUÍZO DE URIM. Ver Ex 28.30 nota.

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 28º

28.3 CONTÍNUO HOLOCAUSTO. Os caps. 28,29 ressaltam a importância dos sacrifícios e ofertas contínuos oferecidos ao Senhor. Deviam ser oferecidos

(1) diariamente (vv. 3-8),

(2) semanalmente, no Dia do Senhor (vv. 9,10),

(3) no começo de cada mês (vv. 11-15), e

(4) em certos dias do ano religioso (28.16-29.40). A necessidade contínua do homem chegar-se a Deus com sacrifícios salientava a verdade que a comunhão regular e incessante com Deus era necessária para sua contínua presença e bênção. Esse princípio espiritual não mudou. Os crentes de hoje precisam aproximar-se diariamente de Deus com oração e adoração a fim de receberem a sua graça salvífica e ajuda (Lc 18.1; 1 Ts 5.17; cf. 4.16; 7.25).


 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 30º

30.2 FIZER VOTO. Este cap. deixa claro que Deus requeria do seu povo o cumprimento das promessas feitas a Ele e ao próximo. Nas leis expressas neste cap., Deus fez ver aos israelitas a seriedade de um voto ou promessa, e acentuou que a falsidade, a mentira e a hipocrisia não têm lugar entre o povo de Deus. Há, contudo, neste cap. dispositivos que regulavam votos impensados da juventude (vv. 3-5), e os votos que afetavam o relacionamento entre marido e mulher ou entre pai e filha.


 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 31º

31.3 CONTRA OS MIDIANISTAS. Assim como muitos em Israel morreram por causa dos seus pecados, inclusive no caso do seu envolvimento com os midianitas, no seu culto idólatra e devasso (11.1; 14.37; 16.31-35; 25.9; Ex 32.35; Lv 10.2), assim também os midianitas deviam morrer por causa do seu intento de corromper o povo de Deus (vv. 7,8; 25.1-9; 31.16,17).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 31º

32.20 E SE VOS ARMARDES. Moisés deixaria as tribos de Rúben e Gade fixarem-se logo nas terras ao lado leste do Jordão se tão-somente prometessem ajudar as demais tribos durante a conquista de Canaã. Seria um grande pecado para Rúben e Gade auferir vantagens egoístas enquanto os outros levavam a efeito as batalhas pelo Senhor (v. 23).


 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 33º

33.55 SE NÃO LANÇARDES FORA. Se os israelitas deixassem de lançar fora totalmente os cananeus ímpios e de destruir seus locais de culto idólatra, Deus faria os próprios cananeus lhes afligir, e Ele mesmo julgaria o seu povo. Semelhantemente, se a Igreja de Jesus Cristo tolerar o pecado em seu meio, seus membros terão aflição, destruição e morte, e o próprio Deus permitirá que seu povo seja subjugado pelo mundo maligno, ao qual esse mesmo povo não quis resistir (ver Mt 5.13 nota).

 

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NOTAS DE NÚMEROS CAPÍTULO 35º

35.11 CIDADES DE REFÚGIO. As cidades de refúgio foram estabelecidas para a proteção de quem matasse acidentalmente uma pessoa. O acusado de homicídio podia fugir para uma dessas cidades e ficar ali sob proteção, até ser julgado por um tribunal (v. 12). Se fosse declarado culpado de homicídio culposo, era executado imediatamente (vv. 16-21). Se fosse réu de homicídio involuntário, devia permanecer naquela cidade até à morte do sumo sacerdote; então, poderia voltar para casa em segurança (vv. 22-28).


35.33 NÃO PROFANAREIS A TERRA. Deixar de executar um assassino significava poluir e profanar a terra. "Profanar" significa que deixar de vingar a morte de uma pessoa inocente levaria Deus a retirar a sua presença, bênção e ajuda à terra (ver Dt 21.1-9). A santidade e a justiça de Deus exigiam que nenhum assassino ficasse solto. A pena de morte em Israel expressava o santo propósito de Deus para que a justiça e a preservação da vida inocente fossem mantidas entre o seu povo, como nação santa (ver Gn 9.6 nota).

 

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