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NOTAS DE ÊXODO

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INTRODUÇÃO AO LIVRO DE ÊXODO

Esboço


I. Opressão dos Hebreus no Egito (1.1—11.10)

A. Sofrimentos dos Oprimidos (1.1-22)

B. Preparação do Libertador (2.1— 4.31)

1. Nascimento de Moisés e Seus Primeiros Quarenta Anos (2.1-15a)

2. Exílio de Moisés e o Seu Segundo Período de Quarenta Anos (2.15b - 25)

3. Chamada de Moisés e Seu Regresso ao Egito (3.1— 4.31)

C. Luta com o Opressor (5.1—11.10)

1. A Petição: Deixa Meu Povo Ir (5.1-3)

2. A Resposta: Perseguição Tirânica de Faraó (5.4-21)

3. A Garantia: O Senhor Manifestará Seu Senhorio (5.22 — 7.13)

4. O Recurso: As Dez Pragas (7.14 — 11.10)

II. Livramento dos Hebreus do Egito (12.1—13.16). (N do R - Aqui começa o 3o período de 40 anos da vida de Moisés; cf. At 7.36)

A. Livramento na Páscoa: Redenção pelo Sangue (12.1—15.21)

B. Livramento no Mar Vermelho: Redenção pelo Poder (13.17—14.31)

C. Cânticos do Livramento: Louvor ao Redentor (15.1-21)

III. Ensinamento a Israel a Caminho do Monte Sinai (15.22—19.2)

A. A Prova da Adversidade e o Cuidado Providente de Deus (15.22—19.2)

1. A Primeira Prova: Águas Amargas em Mara (15.22-27)

2. A Prova da Fome: Provisão de Codornizes e Maná (16.1-36)

3. A Prova da Sede: Água em Refidim (17.1-7)

4. A Prova do Combate: A Luta com Amaleque (17.8-16)

B. O Conselho Sábio de Jetro (18.1-27)

IV. O Pacto de Deus com Israel no Monte Sinai (19.3—24.18)

A. Instruções Preparatórias a Moisés (19.3—24.18)

B. Os Dez Mandamentos: Diretrizes de Vida e Conduta sob o Concerto (20.1-17)

C. Ordenanças Preventivas do Relacionamento Pactual (20.18—23.19)

D. Promessas Concernentes à Terra Prometida (23.20-33)

E. Ratificação do Concerto (24.1-18)

V. Normas de Adoração a Deus por Israel, no Monte Sinai (25.1— 40.38)

A. Instruções a Respeito do Tabernáculo (25.1— 27.21)

B. Instruções a Respeito dos Sacerdotes (28.1— 31.18)

C. O Pecado de Idolatria (32.1— 34.35)

D. Implementação das Instruções Divinas (35.1— 40.38)

 

Autor:
Moisés
Tema:
A Redenção
Data:
Cerca de 1445-1405 a.C.

 

Considerações Preliminares

Êxodo dá continuidade à narrativa iniciada em Gênesis. O título do livro, deriva da palavra grega exodos (título empregado na Septuaginta, a tradução do AT em grego), que significa “saída” ou “partida”. Refere-se à poderosa libertação de Israel,
efetuada por Deus, tirando-o da escravidão do Egito, e à sua partida daquela terra, como povo de Deus.
Dois pontos relacionados com o livro de Êxodo têm causado muita controvérsia: a data do êxodo de Israel ao sair do Egito e a autoria do dito livro. (1) Duas datas diferentes para o êxodo são propostas pelos eruditos. (a) Uma “data recuada”
(também chamada a data bíblica), derivada de 1 Reis 6.1, onde está dito que o êxodo ocorreu 480 anos antes do quarto ano do reinado de Salomão. Esta declaração estabelece a data do êxodo em 1445 a.C. Por outro lado, em Juízes 11.26,
Jefté (cerca de 1100 a.C.) afirma que Israel ocupara sua própria terra já há 300 anos, o que permite datar a conquista de Canaã, assim a conquista fica datada em aproximadamente 1400 a.C. Essa cronologia do êxodo, a da conquista de Canaã
e a do período dos juízes encaixam-se bem nos eventos datáveis da história dos três primeiros reis de Israel (Saul, Davi e Salomão). (b) Os críticos liberais da Bíblia propõem uma “data posterior” para o êxodo, em cerca de 1290 a.C., com base
em suposições a respeito dos governantes egípcios, bem como uma data arqueológica do século XIII a.C. sobre a destruição de cidades cananéias durante a conquista de Canaã.
(2) Há também discordância entre os eruditos bíblicos conservadores e liberais, no tocante à autoria mosaica do livro de Êxodo. (a) Intérpretes modernos geralmente consideram o livro como uma obra conjunta, preparada por vários escritores e
completada num período da história de Israel muito posterior aos tempos de Moisés (a chamada teoria JEDP). (b) Por outro lado, a tradição judaica desde os tempos de Josué (Js 8.31-35), bem como o testemunho de Jesus (cf. Mc 12.26), do
cristianismo primitivo, e da erudição conservadora contemporânea, todos atribuem a Moisés a origem do livro (ver a introdução a Deuteronômio). Além disso, a evidência interna do livro apóia a autoria de Moisés. Pormenores numerosos em
Êxodo indicam que o autor foi testemunha ocular dos eventos registrados no livro (e.g., 2.12; 9.31,32; 15.27). Além disso, trechos do próprio livro dão testemunho da participação direta de Moisés na sua escrita (e.g., 17.14; 24.4; 34.27).

Propósito

Êxodo foi escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais Israel foi liberto do Egito e organizado como a sua nação escolhida. Pelos mesmos atos divinos, Israel também recebeu a
revelação escrita, do concerto entre Deus e aquela nação. Também foi escrito como um elo extremamente importante da auto-revelação geral e progressiva de Deus, que culminou na pessoa de Jesus Cristo e no NT.

Visão Panorâmica

O livro de Êxodo começa com a descrição do sofrimento dos descendentes de Jacó no Egito, a saber: opressão, escravidão e infanticídio, e termina com a presença, o poder e a glória de Deus manifestos no Tabernáculo, no meio do seu povo já
liberto, no deserto. Êxodo divide-se em três seções principais. (A) Os caps. 1 — 14 revelam Israel no Egito, oprimido por um faraó que não conhecia José, e Deus então redimiu Israel “com braço estendido e com juízos grandes” (6.6). Entre os
eventos portentosos dessa parte da história de Israel, estão: (1) o nascimento de Moisés, sua preservação e preparação (cap. 2); (2) a chamada de Moisés na sarça ardente (3 — 4); (3) as dez pragas (7 — 12); (4) a Páscoa (cap. 12) e (5) a
travessia do mar Vermelho (13 — 14).
O êxodo de Israel para fora do Egito é declarado em todo o AT como a mais grandiosa experiência de redenção do velho concerto. (B) Os caps. 16 — 18 descrevem Israel no Deserto, a caminho do monte Sinai. Deus guiou seu povo redimido
por meio de uma nuvem e uma coluna de fogo e proveu maná, codornizes e água, exercitando assim seus redimidos a andar pela fé e pela obediência. (C) Os caps. 19 — 40 registram Israel no monte Sinai, recebendo de Deus a revelação que
abarcou (1) o concerto (cap. 19), (2) o decálogo (cap. 20) e (3) o Tabernáculo e o sacerdócio (25 — 31). O livro termina com o Tabernáculo inaugurado e transbordante da glória de Deus (cap. 40).

Características Especiais

Cinco características distinguem Êxodo. (1) As circunstâncias históricas do nascimento de Israel como nação. (2) O Decálogo, i.e., os dez mandamentos (cap. 20), que é a suma feita por Deus da sua lei moral e das suas justas exigências para o
seu povo. Nela, temos o fundamento da ética e da moralidade bíblicas. (3) É o livro do AT que mais destaca a graça redentora e o poder de Deus em ação. Em termos do AT, Êxodo descreve o caráter sobrenatural da libertação que Deus
efetuou do seu povo, livrando-o do perigo e da escravidão do pecado, de Satanás e do mundo. (4) O livro inteiro está repleto da revelação majestosa de Deus, como (a) glorioso nos seus atributos, (veraz, misericordioso, fiel, santo e onipotente);
(b) Senhor da história e dos reis poderosos; (c) o Redentor que faz um concerto com os seus redimidos; (d) justo e reto, assim revelado na sua lei moral e nos seus juízos e (e) digno da adoração reverente, como o Deus transcendente que desce
para “tabernacular” com o seu povo, i.e., habitar com o seu povo (cf. Jo 1.14 no gr.). (5) Êxodo enfatiza o “como?”, “o quê?” e o “por quê?” do verdadeiro culto que deve seguir-se à redenção que Deus efetua dos seus.

O Livro de Êxodo e Seu Cumprimento no NT

A prefiguração da redenção que temos no novo pacto, é evidente em todo o livro de Êxodo. A primeira Páscoa, a travessia do mar Vermelho e a outorga da lei no monte Sinai são, para o velho concerto, aquilo que a vida, morte e ressurreição
de Jesus, e a outorga do Espírito Santo no Pentecoste, são para o novo concerto. Os tipos de Êxodo que prenunciam Cristo e a redenção no NT são: (1) Moisés, (2) a Páscoa, (3) a travessia do mar Vermelho, (4) o maná, (5) a rocha e a água,
(6) o Tabernáculo, e (7) o sumo sacerdote. As exigências morais absolutas dos dez mandamentos são repetidas no NT, para os crentes do novo concerto.


 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 1º

1.1 FILHOS DE ISRAEL. Israel, o pai dos filhos mencionados nos vv. 2-6 é também chamado Jacó (ver Gn 32.28 nota). Seus descendentes foram chamados israelitas.

1.7 AUMENTARAM MUITO. Os israelitas multiplicaram-se muito segundo as promessas de Deus feitas a Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12.2; 17.2,6; 22.17; 48.4; At 7.17), e aumentaram de tal maneira que, quando saíram do Egito, eram em cerca de 600.000 homens, além das mulheres e crianças (12.37). A predição que Deus fizera da opressão, também cumpriu-se (v. 11; Gn 15.13).

1.8 QUE NÃO CONHECERA A JOSÉ. O livro de Êxodo é a continuação da história, iniciada em Gênesis, de como Deus lidou com os filhos de Israel.

(1) O espaço de tempo entre a morte de José (Gn 50.26) e o início da perseguição de Israel pelos egípcios (v. 11) foi de, aproximadamente, 220 anos.

(2) Se o êxodo ocorreu em cerca de 1440 a.C., o Faraó que não conhecera a José é provavelmente Tutmose I (1539-1514 a.C.) (ver At 7.18). O Faraó do Êxodo seria Amenotepe II (1447-1421 a.C.). O tempo total dos israelitas no Egito foi de 430 anos (Êx 12.40).

1.11 MAIORAIS... PARA OS AFLIGIREM. Deus permitiu e usou a opressão de Israel a fim de separar os israelitas da idolatria e das práticas imorais do Egito, de prepará-los para seu livramento miraculoso do Egito e para seu relacionamento com Ele mediante a fé (Js 24.14; Ez 23.8).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 2º

2.2 UM FILHO. O filho referido aqui é Moisés (v. 10; 6.20). Seu nascimento, seu escape da morte e os anos da sua juventude foram dirigidos por Deus, para que ele pudesse livrar Israel da escravidão. Todos os crentes precisam saber que Deus também opera nas suas vidas, usando meios apropriados para cumprir a sua vontade (ver Mt 2.13 nota; Rm 8.28 nota).

2.6 MENINOS DOS HEBREUS. Ver Gn 14.13 nota.

2.11 MOISÉS. O ministério de Moisés prenuncia, de certa maneira, o ministério de Jesus Cristo.

(1) Tanto Moisés como Jesus foram alvos de tentativa de morte, quando nenês (1.16; Mt 2.13).

(2) Tanto Moisés como Cristo ministraram como profetas (Dt 18.15,18; At 3.22; 7.37), sacerdotes (Sl 99.6; Hb 7.24), reis (Dt 33.4,5) e pastores (Êx 3.1; Jo 10.11-14).

(3) Ambos sofreram com o povo de Deus (1 Pe 2.24; Hb 11.25,26), livraram o povo da escravidão (At 7.35; Gl 5.1) e instauraram um concerto (19.5; Hb 8.5-13).


2.12 FERIU AO EGÍPCIO. A disposição de Moisés de identificar-se com o povo de Deus e defender os hebreus oprimidos demonstrou sua fé em Deus. Rejeitou os prazeres passageiros do pecado, e preferiu a honra de sofrer em prol de Deus e com o povo de Deus (At 7.23-29; Hb 11.24-29).

2.15 NA TERRA DE MIDIÃ. Os midianitas descendiam de Abraão por Cetura e habitavam em Midiã, ao sul e sudeste de Canaã. Moisés permaneceu ali por quarenta anos (cf. 7.7; At 7.23,30), onde Deus o preparou para sua futura tarefa na mesma região o deserto de Sinai. Deus fez uma obra grandiosa na vida de Moisés no deserto (ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).

2.23 O SEU CLAMOR SUBIU A DEUS. Depois de muitos anos de opressão, o povo de Israel começou a clamar a Deus, pedindo socorro. Quando os israelitas se voltaram para Deus, Ele se voltou para eles (vv. 23-25). Até esse tempo, muitos tinham adorado aos deuses do Egito e provavelmente os invocaram, buscando socorro e livramento (Js 24.14; Ez 20.5-10).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 3º

3.1 E APASCENTAVA MOISÉS O REBANHO. A educação humana de Moisés, recebida na corte de Faraó, era insuficiente para capacitá-lo para a obra de Deus. A sua solidão com Deus e quarenta anos de preparação e árduo labor, cuidando de ovelhas no ermo, foram-lhe também necessários na preparação para a sua tarefa futura de pastorear Israel na peregrinação no deserto (1 Co 2.14).

3.2 O ANJO DO SENHOR. O anjo do Senhor aqui, é o próprio Senhor (vv. 4-6). Deus também apareceu a Abraão como o anjo do Senhor (Gn 22.11; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR)

3.5 TERRA SANTA. A revelação inicial de Deus a Moisés foi a da sua santidade. Santidade significa separação do pecado e de todo o mal, e dedicação a Deus. Moisés, como servo de Deus, tinha que lembrar-se constantemente do fato que o Deus a quem ele servia era santo tão santo que se um ser humano o contemplasse de fato, morreria com certeza (v. 6; 19.21; Is 6.1-7; 1 Tm 6.16; ver o estudo A SANTIFICAÇÃO). A revelação inicial de Deus a Abraão foi a do seu grande poder; aqui, a Moisés, Ele revelou a sua santidade. Nisto temos o princípio da revelação progressiva de Deus (6.1-6; Hb 1.1,2)

3.7 TENHO VISTO... A AFLIÇÃO DO MEU POVO. Assim como Deus estava atento ao sofrimento do seu povo no Egito, Ele também conhece as aflições de todos os outros seus servos. Ele ouve o clamor dos aflitos e dos oprimidos. Em tais ocasiões, os santos precisam clamar a Deus para que Ele intervenha com misericórdia em seu favor. Quer nossa opressão provenha das circunstâncias, das pessoas, de Satanás, do pecado, ou do mundo o consolo, graça e ajuda de Deus são plenamente suficientes para satisfazer todas as nossas necessidades (Rm 8.32). No tempo certo, Deus nos livrará (Gn 15.13).

3.8 LEITE E MEL. Esta é uma expressão proverbial, significando fartura da terra. O mel incluía mel de uva ou de tâmara, bem como mel de abelha; o suco dessas frutas era engrossado mediante fervura, até formar um xarope espesso.

3.12 EU SEREI CONTIGO. Ver a próxima nota quanto ao significado do nome divino: EU SOU O QUE SOU , no tocante à presença de Deus com seu povo.

3.14 EU SOU O QUE SOU. O Senhor deu a si mesmo o nome pessoal: Eu sou o que sou (de onde deriva o hb. Iavé), uma expressão hebraica que expressa ação. Deus estava efetivamente dizendo a Moisés: Quero ser conhecido como o Deus que está presente e ativo.

(1) Inerente no nome Iavé está a promessa da presença viva do próprio Deus, dia após dia com o seu povo (v. 12; ver Gn 2.4 nota). Este nome expressa seu fiel amor e cuidado e seu desejo de redimir o seu povo e estar em comunhão com ele. Essa verdade corresponde à promessa fundamental do concerto: para te ser a ti por Deus (ver Gn 17.7 nota; Sl 46). O Senhor declara que esse será o seu nome para sempre (v. 15).

(2) É digno de nota que quando Jesus Cristo nasceu, foi chamado Emanuel, que significa Deus conosco (Mt 1.23); Ele também chamava-se a si mesmo pelo
nome Eu sou (Jo 8.58).

3.22 PEDIRÁ... E DESPOJAREIS AO EGITO. Os israelitas tinham sido convidados para a terra de Gósen, no Egito, e posteriormente foram escravizados injustamente. Mereciam receber todo o salário que nunca lhes foi pago, mas não deviam tomar nada à força. Deus faria surgir nos egípcios uma atitude favorável, de tal maneira que quando o povo de Israel pedisse prata, ouro e roupas, os egípcios lhes dariam com abundância. Assim, ao invés de se retirarem furtivamente do Egito, como escravos fugitivos, sairiam então triunfantemente, como um exército vitorioso conduzindo os frutos da vitória.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 4º

4.2,3 A VARA ... TORNOU-SE EM COBRA. O ministério e a mensagem de Moisés foram confirmados por sinais miraculosos (vv. 1-9). É a vontade de Deus que tais sinais continuem manifestos no meio do seu povo, na nova aliança (ver o estudo SINAIS DOS CRENTES)


4.10 SOU PESADO DE BOCA. Moisés na sua relutância em atender ao chamado de Deus, alegou as limitações da sua fala; Deus prometeu que lhe daria ajuda e poder (vv. 11-17). Quando Deus nos chama para uma tarefa, Ele proverá os meios e a capacidade para cumprirmos aquela tarefa (2 Co 3.5,6; 4.11,12).


4.11 QUEM FEZ... O CEGO?. Deus tem poder de tornar alguém surdo ou cego, e também de curar o surdo ou o cego. Isso não significa que todo mudo, surdo ou cego ficou assim, devido a vontade, decisão, ou ato direto de Deus. Tais estados, bem como todas as doenças e enfermidades, são originalmente resultados da atividade de Satanás e da entrada do pecado no mundo através de Adão (Gn 3.1-24). Não surgem pelo fato de o indivíduo cometer um determinado pecado (ver Jo 9.2,3; ver o estudo A CURA DIVINA)


4.21 ENDURECEREI O SEU CORAÇÃO. Ver 7.3 nota.


4.22 ISRAEL... MEU PRIMOGÊNITO. Primogênito aqui, indica um tipo especial de amor de Deus, e, de comunhão com Ele. Deus reivindicou Israel como seu filho seu primogênito. Posteriormente, num sentido mais restrito de filiação, Deus reivindicou a dinastia davídica como seu filho (2 Sm 7.14; Sl 2.7), e mais adiante, também em sentido ainda mais restrito, Ele proclamou Jesus como seu Filho seu Primogênito (Lc 1.35; 3.22; Hb 1.5-13).


4.24 O SENHOR... O QUIS MATAR. Moisés negligenciara a prática do sinal do concerto, no caso do seu próprio filho. Diante de Deus, isso foi um sinal claro de desobediência por parte de Moisés e de sua esposa (vv. 24,25; ver Gn 17.11 nota). Certamente Deus feriu Moisés com uma doença potencialmente fatal, até que este mandasse circuncidar seu filho. Este incidente demonstra que a eleição de um indivíduo por Deus, continua somente enquanto ele permanece em obediência (ver 2 Pe 1.10 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 5º

5.1 DISSERAM A FARAÓ: ASSIM DIZ O SENHOR, DEUS DE ISRAEL. A narrativa do êxodo é basicamente um conflito entre dois deuses: o Senhor e Faraó, uma vez que este último, segundo a religião do Egito, era considerado uma encarnação de Rá, o deus-sol. Faraó questionava o poder do Deus de Israel (v. 2); afinal de contas, Faraó estava a escravizar Israel e, portanto seria mais poderoso do que o Deus de Israel. As dez pragas foram o método do Senhor demonstrar ao seu povo que Ele era mais poderoso que todo ou qualquer deus egípcio; o Nilo, o sol, a rã, etc., eram todos divindades egípcias.A PROVIDÊNCIA DIVINA


5.22 POR QUE ME ENVIASTE? Moisés ou ignorou o que Deus já lhe prevenira das reações de Faraó (3.19,20; 4.21), ou se esquecera disso. Ficou frustrado porque a sua obediência a Deus estava provocando problemas em vez de sucesso imediato. Muitas vezes o crente do novo concerto se esquece que na Palavra de Deus está dito que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus (At 14.22; Jo 16.33; 1 Ts 3.3; 2 Tm 3.12).


5.23 E, DE NENHUMA MANEIRA, LIVRASTE O TEU POVO. O cumprimento da promessa divina da libertação de Israel parecia mais incerta agora do que nunca, pois a situação piorava em vez de melhorar (v. 21).

(1) Através dessas circunstâncias desanimadoras, Deus queria ensinar ao povo que a sua libertação e a demonstração do seu poder miraculoso são muitas vezes precedidas de condições adversas e, de grandes dificuldades que extinguem quase toda esperança.

(2) Nesses tempos de frustração, o crente deve continuar a andar pela fé em Deus e pela sua Palavra, e confiar que Deus executará a sua vontade no seu tempo próprio (ver Rm 8.28 nota; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA)
 

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 6º

6.3 PELO MEU NOME, O SENHOR, NÃO LHES FUI PERFEITAMENTE CONHECIDO. O Senhor não se revelou a Abraão, Isaque e Jacó pelo nome SENHOR (hb. Iavé, ver Gn 2.4 nota).

(1) Isso não significa que os patriarcas não conheciam esse nome, mas sim que não receberam a plena revelação do significado desse nome (ver 3.14 nota). Realmente tinham ouvido o nome de Deus como Iavé, e tinham usado esse nome, mas na sua experiência eles conheciam a Deus mais como o Deus Todo-poderoso , nome este que releva o seu poder para realizar ou cumprir aquilo que Ele prometera (ver Gn 17.1 nota).

(2) Iavé é o nome de Deus como fiador do concerto, e voltado especialmente para a redenção (v. 6). Abraão não chegou a ver o cumprimento do concerto estabelecido em Gênesis 15, mas certamente experimentou o poder de Deus.


6.7 EU VOS TOMAREI POR MEU POVO, E SEREI VOSSO DEUS. Os versículos 6,7 expressam o significado e propósito essenciais do êxodo e da instituição do concerto no Sinai (19.5): o Senhor prometeu redimir Israel da escravidão (v. 6), que o adotaria como seu povo (v. 7) e que seria o seu Deus (v. 7); os israelitas, por sua vez, prometeriam que iam cumprir a vontade do seu Redentor (caps. 19-23). TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO

(1) Estes versículos ressaltam que Israel estava desamparado, escravizado por um poderio que os israelitas não tinham a mínima esperança de subjugar. Somente poderiam ser libertos pelo Senhor seu Deus (vv. 5,6). Em virtude do concerto que Deus fizera com os patriarcas, e em virtude do seu amor pelo seu povo, Ele ia definitivamente livrá-los (vv. 6-8; Dt 7.7,8).

(2) Quando Deus redimiu Israel do Egito, essa redenção tornou-se a razão principal para o próprio Deus ser o dono de Israel. Israel já pertencia a Deus, por criação e por eleição (4.22), e agora era dEle também por redenção.

(3) Historicamente, a redenção de Israel de sob o jugo do Egito é uma prefiguração da redenção maior da raça humana pecaminosa, mediante a morte de Jesus na cruz. Todos os crentes são redimidos por Cristo, do poder de Satanás, do pecado e do mundo. Agora pertencem a Ele, e podem confiar no seu amor e nas suas promessas (ver o estudo TERMOS BÍBLICOS PARA SALVAÇÃO)


6.9 ELES NÃO OUVIRAM A MOISÉS. Deus não tirou Israel do Egito porque os israelitas tinham grande fé, mas por causa da sua graça e das suas promessas (Gn 17.1-8; 50.24). No começo, a fé que tinham era fraca, mas Deus, através das dez pragas sobre o Egito, pelas quais Ele revelou-se a si mesmo e o seu poder e seu cuidado por Israel, edificando-lhes a fé até conseguirem confiar nEle e lhe obedecerem (12.28). Noutras palavras, Deus os livrou pela graça, mediante a fé.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 7º

7.3 ENDURECEREI O CORAÇÃO DE FARAÓ. Deus endureceu o coração de Faraó como castigo, porque o coração deste já estava duro e oposto a Deus (5.2; 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7).

(1) Ao aumentar a dureza do coração de Faraó, Deus estava agindo segundo um princípio divino que se aplica a todos os impenitentes. Quando a pessoa persiste na rebelião contra Deus e a sua palavra, Deus por fim ordena que aquele coração seja endurecido (ver Rm 9.18 nota). Esse princípio é evidente quando Deus entrega as pessoas aos seus desejos pecaminosos (ver Rm 1.24 nota), e quando Ele permite ao erro apossar-se daqueles que se recusam a amar a verdade da sua Palavra (ver 2 Ts 2.10 nota).

(2) Note que os juízos das primeiras pragas abrandaram um pouco o coração de Faraó. Quando, porém, Deus sustava cada praga, o coração de Faraó endurecia de novo, i.e.,Faraó endurecia o seu próprio coração sempre que Deus demonstrava misericórdia (8.8-15)


7.12 TORNARAM-SE EM SERPENTES.

(1) As varas dos magos também se transformaram em serpentes, por atuação demoníaca. O Egito estava repleto de magia, ocultismo, espiritismo e feitiçaria. Nisto consistia a sua religião. O Deus de Israel, no entanto, ao fazer com que a vara de Arão tragasse as varas deles, demonstrou que o seu poder era maior do que o poder dos deuses do Egito.

(2) Nos dias finais da presente era, antes da volta de Cristo, Satanás fará uma demonstração de milagres através de falsos ministros dentro da igreja visível, e, através do anticristo (2 Tm 3.8; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO, e O PERÍODO DO ANTICRISTO). O crente, portanto, não deve crer que a ocorrência de milagres é sempre uma evidência da operação divina (ver Ap 16.14 nota; 19.20 nota)


7.20 FERIU AS ÁGUAS. As dez pragas miraculosas do Egito (7.20; 8.2,16,21; 9.3,9,18; 10.4,21; 11.5) tinham vários propósitos.

(1) Eram sinais e maravilhas para demonstrar ao Egito, bem como a Israel, que o Senhor é Deus sobre todos os deuses e seres humanos (v. 5; 9.14,15; 10.2; 15.11), e para exaltar o nome de Deus em toda a terra (9.16).

(2) Foram executadas a fim de consolidar a fé de Israel e de convencer os israelitas do poder, amor e supremacia de Deus. Israel, a partir de então, devia narrar esses eventos aos seus filhos, a fim de que estes servissem ao Senhor como seu Deus (6.7; 10.2; 12.42).

(3) Demonstravam o poder de Deus sobre os deuses do Egito e sobre todos os poderes do mal. Era o poder de Deus manifesto a favor do seu povo (12.12; ver nota anterior).

(4) Eram julgamentos divinos contra o Egito e seus deuses, a fim de obrigar Faraó a deixar ir o povo de Deus (8.2,21; 11.1; 12.31-33; Nm 33.4).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO  8º

8.2 RÃS. No Egito antigo, as rãs representavam deuses e, por isso, eram sagradas. O Senhor, através dessa praga, estava abatendo os deuses do Egito a fim de demonstrar que seu poder era ilimitado ante a todos os poderes sobrenaturais do Egito.


8.18,19 ISTO É O DEDO DE DEUS. Com essa declaração, os magos egípcios estavam reconhecendo que o poder de Deus era ilimitado ante o deles.
 

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO  9º

9.3 TEU GADO. Os egípcios adoravam touros e outros animais. Acreditavam que os deuses se manifestavam através desses animais e que eram os protetores dos egípcios. Sendo assim, a praga sobre os animais domésticos foi, de novo, um golpe direto no politeísmo e na idolatria dos egípcios (20.4-6; 32).


9.6 TODO O GADO DOS EGÍPCIOS MORREU. O gado protegido nos currais, etc. não foi morto, segundo parece (v. 3,19; 11.5; 12.29; 13.15).


9.15,16 PARA ISTO TE MANTIVE, PARA MOSTRAR O MEU PODER. Faraó merecia ter sido morto quando disse a primeira vez: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei? (5.2). Ao invés de destruí-lo, Deus permitiu que ele experimentasse as pragas, uma por uma, para que soubesse que Deus tem poder e para que não somente ele, mas também o mundo inteiro, fosse testemunha do poder de Deus.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 10º

10.2 PARA QUE CONTES AOS ...TEUS FILHOS. Deus muito se empenhou para que as crianças de Israel soubessem quem Ele era e o aceitassem como o seu Deus, com fé e obediência. Deus escolheu Abraão com o propósito de que este ensinasse seus filhos a seguirem o caminho do Senhor (ver Gn 18.19 nota). Posteriormente, Ele ordenou que Israel, com diligência, ensinasse a seus filhos as palavras do Senhor (ver Dt 6.7 nota). Deus sabia que se seu povo negligenciasse esse dever solene, a geração seguinte se desviaria dEle e dos seus retos caminhos.


10.9 FESTA DO SENHOR TEMOS. O pedido de autorização para uma viagem de três dias, para adorar ao Senhor, era autêntico. O que não foi esclarecido é que os israelitas retornariam. Faraó deve ter entendido isso (vv. 11,24).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 11º

11.5 TODO PRIMOGÊNITO... MORRERÁ. Deus ia levar a efeito o julgamento final contra os egípcios; o filho primogênito de cada família ia morrer. Esse seria um golpe terrível sobre os egípcios, uma vez que o primogênito normalmente concretizava as esperanças, ambições e alvos da família. O julgamento divino foi a justa retribuição da parte de Deus pelo pecado e iniqüidade deles. A crueldade com que eles tinham tratado os hebreus e o afogamento dos nenês masculinos eram, na realidade, uma perseguição ao primogênito de Deus (4.22). Estavam ceifando o que tinham semeado.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 12º

12.2 O PRIMEIRO DOS MESES DO ANO. O cap. 12 descreve a Festa da Páscoa (vv. 1-14; 21-28) e a Festa dos Pães Asmos (vv. 15-20). Essas festas sagradas tinham por base os eventos históricos da primeira Páscoa, por ocasião do êxodo (caps. 12-14). Pelo fato de a Páscoa assinalar um novo começo para Israel, o mês em que ela ocorreu (março/abril em nosso calendário) tornou-se o primeiro dos meses de um ano novo para a nação. O propósito, aqui, foi relembrar ao povo que sua própria existência como povo de Deus resultou do seu livramento do Egito, mediante os poderosos atos redentores de Deus.


12.7 TOMARÃO DO SANGUE. O cordeiro da Páscoa e seu sangue prenunciam Jesus Cristo e seu sangue derramado, como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36; Is 53.7; At 8.32-35; 1 Co 5.7; Ap 13.8; ver o estudo A PÁSCOA)


12.8 PÃES ASMOS; COM ERVAS AMARGOSAS. Para o simbolismo dos pães asmos, ver o estudo A PÁSCOA. As ervas amargosas trariam à lembrança os tempos amargos da escravidão no Egito (Rm 6.21).


12.11 OS VOSSOS LOMBOS CINGIDOS, OS VOSSOS SAPATOS NOS PÉS. Esta linguagem figurativa indica a necessidade de obediência irrestrita e imediata da parte do povo de Deus.


12.14 ESTATUTO PERPÉTUO. A festa da Páscoa devia ser observada anualmente. A participação regular da Ceia do Senhor para o cristão do NT é a continuação da mensagem profética da Páscoa (ver 1 Co 11.24,25 nota; cf.5.7,8; ver o estudo A PÁSCOA).


12.15 AQUELA ALMA SERÁ CORTADA. A rejeição intencional e deliberada dos preceitos de Deus resultava em julgamento divino (v. 19). O culpado era excluído do povo do concerto, ou pela morte (31.14), ou pela expulsão. Semelhantemente,sob o novo concerto, quem pertence ao povo de Deus e rejeita o senhorio de Cristo, escolhendo deleitar-se no fermento do pecado, está excluído da graça e salvação em Cristo (ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL).


12.17 A FESTA DOS PÃES ASMOS. Os versículos 15-20 descrevem a Festa dos Pães Asmos, que Israel devia continuar a observar após entrar em Canaã. Essa festa representava a consagração do povo de Deus, tendo em vista a sua redenção do Egito. Nesse contexto, fermento ou levedura, um agente que causa fermentação, simboliza o pecado, e os pães asmos (sem fermento) simbolizam o arrependimento, o repúdio do pecado e a dedicação a Deus (ver 13.7 nota).

(1) Todo fermento (i.e., a corrupção e o pecado) tinha de ser removido das casas dos israelitas. Isso subentendia que suas vidas e seus lares, como crentes, deviam ser consagrados a Deus (vv. 15,16), pelo que Ele fizera em prol deles (13.8,9). O NT estabelece um vínculo entre essa Festa e o ato de o crente em Jesus expurgar a maldade e malícia e viver em sinceridade e verdade (1 Co 5.6-8).

(2) Persistir no pecado, desprezando a fé em Deus, resultava em julgamento divino, i.e., em ser eliminado do concerto com Deus, das promessas e da salvação (ver a nota anterior).

(3) A refeição da Páscoa assinalava o início da Festa dos Pães Asmos (vv. 6,18), que prenunciava a importância da fé no Cordeiro sacrificial e a obediência a Ele. Os fiéis deviam sinceramente arrepender-se do pecado e viver para Deus, em humilde gratidão.


12.19 NÃO SE ACHE NENHUM FERMENTO NAS VOSSAS CASAS. Ver 13.7 nota.


12.26 QUE CULTO É ESTE VOSSO? Era dever dos pais usar a Páscoa para ensinarem aos filhos a verdade sobre a redenção da escravidão e do pecado, que Deus efetuara em seu favor e que através disso fez deles um povo especial sob seus cuidados e senhorio. Semelhantemente, a Ceia do Senhor, a Páscoa dos crentes do NT, tem o propósito de lembrar-nos da salvação em Cristo e da nossa redenção do pecado e da escravidão a Satanás (ver 1 Co 11.24,25 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 13º

13.2 SANTIFICA-ME TODO PRIMOGÊNITO. Porque Deus salvara da morte os primogênitos de todos os israelitas e os libertara dos egípcios, eles passariam a ser propriedade do Senhor.

(1) Deus ordenou que a nação reconhecesse esse fato, dedicando seus primogênitos ao seu serviço. Posteriormente, Deus transferiu essa lei aos levitas, passando eles a representar o povo. Porém,os israelitas tinham que redimir (ou, comprar de volta) esses filhos primogênitos mediante o pagamento de um preço (v. 13; Nm 3.11-13; 50,51; 18.15,16).

(2) Esse ato relembrava os israelitas que Deus os redimira da escravidão e da servidão no Egito, e que eles lhe pertenciam. José e Maria apresentaram Jesus no templo como seu primogênito, em obediência a essa lei (Lc 2.22,23,27).


13.7 NEM AINDA FERMENTO SERÁ VISTO. Durante a semana da Páscoa, o fermento (hb. se or, i.e., qualquer substância semelhante à levedura, capaz de produzir fermentação em massa de pão ou num líquido) e qualquer coisa fermentada (hb. hamets, i.e., qualquer coisa fermentada ou contendo levedura) tinha que ser removida dos lares dos israelitas (12.15,19).

(1) Em 12.15 e 13.7, hamets é traduzido por pão levedado ; porém o significado literal desse termo, é coisa fermentada . Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, em hipótese alguma. Todos os alimentos da Páscoa deviam enquadrar-se nessa ordenança divina referente à levedura ou à fermentação (ver o estudo A PÁSCOA). A razão principal dessa proibição seguramente está no ensino bíblico, onde a fermentação e as coisas fermentadas simbolizam a corrupção, o mal e a impureza moral (ver Mt 16.6 nota; Mc 8.15 nota; 1 Co 5.6-8).

(2) Note, também, que a lei de Moisés não requeria o uso de vinho, fermentado ou não, durante a semana da Páscoa. Entretanto, fosse qual fosse o alimento ou vinho usado, os israelitas tinham que atender a essa proibição de não terem levedura nem fermentação na Páscoa (12.20). Uma vez que esse evento prefigurava o perfeito sacrifício de sangue consumado por Cristo (ver o estudo A PÁSCOA), conclui-se que não devia haver deturpação naquilo que simbolizava o sangue de Cristo (34.25; Lv 2.11; 6.17; 1 Co 5.7,8; ver Lc 22.18 nota; ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (1))


13.21 NUMA COLUNA DE NUVEM. Deus colocou as colunas de nuvem e de fogo como evidência da sua presença, do seu amor e do seu cuidado por Israel (40.38; Nm 9.15-23; 14.14; Dt 1.33; 1 Co 10.1). A presença da nuvem e do fogo permaneceu entre eles até chegarem à terra prometida, quarenta anos mais tarde.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 14º

14.14 O SENHOR PELEJARÁ POR VÓS. Deus prometeu aos israelitas que ia lutar por eles, mas eles tinham a obrigação de avançar, pela fé, em direção ao mar (v. 15). Deus luta em prol dos seus, à medida que estes andam pela fé e em obediência à sua Palavra (15.3; Ne 4.20; Sl 35.1).


14.19,20 A COLUNA DE NUVEM. Na escuridão, a nuvem milagrosamente protegeu Israel, interpondo-se entre os egípcios e os israelitas. Ao mesmo tempo, a coluna de fogo da parte de Deus, projetava abundante luz sobre o caminho através do mar, de modo que os israelitas pudessem atravessá-lo (v. 24).


14.22 ENTRARAM PELO MEIO DO MAR EM SECO. O mar Vermelho, literalmente mar de Juncos (hb. Yam Suph); acredita-se que é a extremidade sul do lago Menzalé. A travessia do mar Vermelho (13.18 14.31) foi um ato milagroso diretamente da parte de Deus (v. 21). Os escritores bíblicos posteriores citaram esse evento para relembrar ao povo de Deus a respeito do seu poder e grandeza (Js 24.6,7; Sl 106.7,8; Is 51.15; Jr 31.35; Na 1.3,4). O livramento de Israel através do mar Vermelho confirmou a promessa de Deus: O Senhor pelejará por vós (v. 14).


14.22 AS ÁGUAS... COMO MURO À SUA DIREITA E À SUA ESQUERDA. A formação de dois grandes muros de água, por um vento forte, requeria um milagre; não se trata de simples ocorrência natural. A água arrumou-se, elevando-se dos dois lados, formando um caminho que pode ter tido vários quilômetros de comprimento (15.8; Sl 74.13).


14.28 AS ÁGUAS, TORNANDO... Quando as águas retornaram ao normal, sua profundidade era suficiente para cobrir os carros egípcios e afogar o seu exército (15.4-6). Dessa maneira, o Senhor lutou em favor de Israel e aniquilou os egípcios, assim como anteriormente Ele lutara contra os deuses do Egito, derrotando-os (no caso das dez pragas).


14.31 E TEMEU O POVO AO SENHOR E CREU Vendo o pavoroso juízo que Deus executou contra o exército egípcio, o povo temeu ao Senhor ; e, vendo o livramento milagroso da parte de Deus, creu no Senhor . Quando temos uma revelação autêntica da majestade de Deus e dos seus juízos contra o pecado, nós nos apegamos a Ele com fé e crescemos no seu temor.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 15º

15.1-18 ENTÃO CANTOU MOISÉS... ESTE CÂNTICO. Este cântico celebra a vitória de Deus no mar Vermelho contra o poder do Egito. É um hino de louvor e ações de graças a Deus por sua majestade, por seu poderio nas batalhas e pela sua fidelidade ao seu povo. O livramento dos israelitas das mãos dos egípcios prefigura e profetiza a vitória do povo de Deus sobre Satanás e o anticristo nos últimos dias; daí, um dos cânticos dos redimidos ser chamado o cântico de Moisés (Ap 15.3).


15.20 A PROFETISA. Miriã é chamada profetisa porque o Espírito de Deus a tomou, para ela entregar uma mensagem profética da parte de Deus ao povo (Nm 12.6; Jz 4.4; 2 Rs 22.14; Is 8.3; Lc 2.36; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO)


15.26 EU SOU O SENHOR, QUE TE SARA. Se os israelitas, zelosamente, obedecessem ao Senhor e o seguissem, Ele não permitiria que nenhuma das enfermidades ou pragas que Ele lançou sobre os egípcios os afligissem. Essa promessa revela que o desejo primordial de Deus é curar o seu povo, e não infligir-lhe doenças e enfermidades (23.25; Dt 7.15; Sl 103.3; 107.20; Ez 18.23,32; 33.11). Quanto à promessa de cura divina segundo o novo concerto, ver o estudo A CURA DIVINA.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 16º

16.2 MURMUROU CONTRA MOISÉS. Os israelitas reclamaram de Moisés e de Deus pela terceira vez (14.10-12; 15.24). Apesar de tudo que Deus fizera por eles, perderam rapidamente a fé na sua bondade, na sua sabedoria, e na sua vontade para a vida deles (17.3; Nm 14.2; 16.11,41). Paulo adverte os crentes do NT para não seguirem o exemplo de Israel (1 Co 10.10). Quando entre nós surgirem problemas graves, devemos, em vez de acusar a Deus de negligência e falta, entregar-lhe nossos caminhos e pedir-lhe humildemente ajuda e orientação na resolução dos problemas e confiar nEle para agir em nosso favor.


16.4 PÃO DOS CÉUS. Esse pão dos céus é chamado maná no versículo 31. Era um alimento especial, enviado milagrosamente por Deus para alimentar o povo após o êxodo do Egito. Era uma substância branca semelhante à geada, formando flocos miúdos, com o sabor de mel (v. 14; Nm 11.9). O suprimento do maná cessou ao entrar Israel na terra prometida. A partir de então, passaram a consumir outros alimentos da nova terra (Js 5.12). O maná era um tipo de Jesus Cristo que, como o verdadeiro pão do céu (Jo 6.32; Ap 2.17), concede-nos a vida eterna (Jo 6.33,51,58).


16.4 SE ANDA EM MINHA LEI. O povo recebeu instruções precisas no tocante ao pão do céu, as quais objetivaram averiguar a disposição de Israel de confiar em Deus e obedecer-lhe (Dt 8.2,3). De igual modo, Deus, às vezes, evoca circunstâncias sobre nossa vida, de tal modo que nossa fé e nossa lealdade para com Ele sejam provadas.


16.21 CADA MANHÃ. Deus ordenou que colhessem maná somente o suficiente para cada dia, a fim de ensinar o povo que sua existência diária dependia exclusivamente da provisão divina (Mt 6.11).


16.30 ASSIM, REPOUSOU O POVO NO SÉTIMO DIA. Deus instruiu o povo a respeito do sétimo dia (vv. 22-30), ressaltando o fato de que cada um devia repousar naquele dia, assim como Ele repousou depois da criação (Gn 2.1-4). Deus sabia, desde o início, que se o povo deixasse de observar o sábado, esgotaria suas forças físicas e mentais, face às constantes preocupações e atividades desta vida. Tal falha os faria relegar a segundo plano em suas vidas, as coisas espirituais e divinas (ver Mt 12.1 nota; Lc 6.2-10 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 17º

17.6 TU FERIRÁS A ROCHA. O NT identifica essa rocha como Jesus Cristo, a fonte das águas vivas (1 Co 10.4). Assim como aquela rocha foi ferida, assim foi Cristo que morreu na cruz (Is 53.5). Assim como Cristo era a fonte da bênção de Israel, assim também Ele é a fonte da bênção da igreja, e aquele que lhe outorga o Espírito Santo (Sl 105.41,42; Is 53.4,5; Jo 7.37,38; 20.22; At 2.1-4).


17.9 JOSUÉ. O homem escolhido para ser sucessor de Moisés como líder de Israel aparece aqui pela primeira vez na narrativa bíblica. Josué significa o Senhor salva ou Iavé é Salvador ; a forma grega do nome Josué é Jesus (ver Mt 1.21 nota). É muito adequado que o homem que posteriormente conquistaria Canaã, apareça pela primeira vez desempenhando um papel de soldado (vv.9-14). Deus o preparava providencialmente para suas futuras lutas contra os cananeus.


17.11 MOISÉS LEVANTAVA A SUA MÃO. Moisés, de mãos levantadas para o Senhor, revela sua dependência de Deus e a sua fé nEle.

(1) A força e a vitória de Israel dependiam exclusivamente do povo achegar-se a Deus continuamente em oração, fé e obediência. Quando Moisés cessava de orar, cessava também o fluxo do poder divino sobre o povo de Deus (ver Hb 7.25 nota).

(2) Esse princípio divino continua em ação no novo concerto. Se deixarmos de buscar a Deus diariamente em oração, o fluxo da vida, proteção e bênçãos divinas minguará em nossa vida. Nossa única esperança de vitória consiste em continuamente chegarmos perante o trono da graça por meio de Cristo, a fim de receber o poder e a graça de Deus para nos ajudar nas necessidades (Hb 4.16; 7.25; ver Mt 7.7,8 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 18º

18.2 JETRO... TOMOU A ZÍPORA. Moisés talvez mandou sua esposa e seus dois filhos para casa de Jetro durante o período do seu conflito com Faraó.


18.11 AGORA SEI QUE O SENHOR É MAIOR. A palavra saber ocorre freqüentemente no livro de Êxodo. Moisés e os israelitas precisavam saber quem era Deus e conhecer seu grande poder. O relato de Moisés a Jetro, testemunhando das manifestações do poder de Deus e do livramento que Ele operou, levaram Jetro a exclamar: Agora sei e, a seguir, participar da adoração ao Senhor. Essas coisas estão registradas a fim de que nós, também, possamos conhecer e adorar o único Deus verdadeiro.


18.21 PROCURA HOMENS CAPAZES. O conselho que Jetro deu a Moisés, sobre delegação de autoridade a homens de Deus, para maior eficiência e resultados na obra do Senhor, continua válido hoje. O texto menciona várias qualificações de líderes do povo de Deus, os quais devem ser:

(1) pessoas capazes,

(2) pessoas que temem a Deus,

(3) pessoas instruídas na verdade e totalmente dedicadas à sua causa,

(4) pessoas que abominam o ganho desonesto e que, por isso, estão livres da cobiça e do amor ao dinheiro.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 19º

19.1 DESERTO DE SINAI. O cap. 19 relata como Deus estabeleceu seu concerto com o povo de Israel no monte Sinai. É uma continuação do concerto de Deus com Abraão e com seus descendentes (ver Gn 15.6,18 notas; 17.7 nota; 22.18 nota).

(1) Esse concerto baseava-se na reconciliação de Israel com Deus, já ocorrida, e na sua comunhão contínua com Ele. Definia as condições segundo as quais Israel continuaria
sendo a possessão preciosa e querida de Deus, continuaria na sua bênção e executaria a sua vontade para a nação (ver Gn 12.2,3; 26.4).

(2) O desígnio de Deus era que Israel fosse um povo ímpar, escolhido e separado para Ele, para o propósito já mencionado. O povo devia corresponder em obediência e gratidão a Deus e procurar obedecer aos seus mandamentos, além de oferecer os sacrifícios determinados no concerto com Deus. Como resultado, os israelitas continuariam sendo o povo especial de Deus (cf. Am 3.2; 9.7) um reino de sacerdotes, santos e puros (ver v. 6 nota; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).


19.4 COMO VOS LEVEI SOBRE ASAS DE ÁGUIAS. Assim como a águia-mãe põe os filhotes sobre as asas, para evitar sua queda fatal enquanto aprendem a voar, assim também Deus estava cuidando de Israel e trazendo-o, não apenas ao Sinai, mas a si mesmo (Dt 32.11; Is 43.1-4). A expressão acima demonstra o amor de Deus por Israel e serve como base da sua obediência a Ele e das suas obrigações diante dEle, segundo o concerto (ver a próxima nota).


19.5 SE DILIGENTEMENTE OUVIRDES A MINHA VOZ. A eleição contínua de Israel como o povo de Deus dependia da condição prévia desse povo obedecer-lhe como seu Senhor. Este fato aparece na forma condicional se... então deste versículo. E Deus esperava que essa obediência, tão essencial para Ele cumprir seus propósitos futuros para com o seu povo (vv. 5,6), partisse de corações cheios de gratidão, reconhecendo o seu amor e cuidado por eles, revelados principalmente quando Ele os redimiu do Egito (ver nota anterior; ver Dt 6.5 nota). O princípio da obediência a Deus é também um elemento essencial em nosso relacionamento com Cristo, no novo concerto (ver Jo 8.31; 14.21;
Rm 4.12; Hb 3.7-19).


19.5 PROPRIEDADE PECULIAR. Israel seria a possessão preciosa do próprio Deus (Dt 4.10; Am 3.2; 9.7). Conquanto todas as nações respondem perante Deus como seu Criador, Israel teria um relacionamento muito especial com Deus, porque Ele era seu Redentor. Esse propósito para Israel prenunciava o propósito de Deus para a igreja (1 Co 3.16; Tt 2.14; 1 Pe 2.5,9).


19.6 UM REINO SACERDOTAL E O POVO SANTO. Como parte do propósito de Deus para os israelitas ao tirá-los do Egito, eles deviam ser um reino sacerdotal (i.e., separados e consagrados ao serviço de Deus) e uma nação santa . Da mesma forma, os crentes do NT devem ser um reino de sacerdotes (1 Pe 2.5-9; Ap 1.6; 5.10; 20.6) e um povo santo, i.e., um povo separado do modo ímpio de vida do mundo e que anda nos caminhos justos de Deus e na sua santa vontade (ver At 9.13, nota sobre o significado de santo ; ver o estudo A SANTIFICAÇÃO).


19.16 TROVÕES E RELÂMPAGOS. As manifestações espantosas presentes à visitação de Deus tinham vários propósitos:

(1) demonstrar a santidade, poder e transcendência de Deus (v. 9);

(2) inspirar fé em Deus e firmar a autoridade do seu servo, Moisés (v. 9);

(3) comunicar o temor de Deus no coração das pessoas, para que não pequem (v. 16; 20.20; Hb 12.18-21) e

(4) conscientizar fortemente o povo de que resultará em julgamento e morte, a desobediência deliberada a Deus (vv. 12-25: Hb 10.26-31).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 20º

20.1 ENTÃO FALOU DEUS TODAS ESTAS PALAVRAS. Para comentários sobre o lugar da lei de Deus no AT, ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO

20.1,2 OS DEZ MANDAMENTOS. Os Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem sempre na terra prometida (Dt 41.14); ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO).

(1) Os dez mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12;30.6). Conforme esses trechos do NT, os dez mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração (ver Dt 6.5 nota). Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade.

(2) Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel (ver o estudo A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO) já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos e sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais aplicáveis a todas as gerações (ver Mt 5.17 nota)


20.3 NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM. Este mandamento proíbe o politeísmo que caracterizava todas as religiões do antigo Oriente Próximo. Israel não devia adorar, nem invocar nenhum dos deuses doutras nações. Deus lhe ordenou a temer e a servir somente a Ele (Dt 32.29; Js 24.14,15). Esse mandamento aplicado aos crentes do NT, importa pelo menos três coisas.

(1) A adoração do crente deve ser dirigida exclusivamente a Deus. Não deve haver jamais adoração ou oração a quaisquer outros deuses , espíritos ou pessoas falecidas, nem
se permite buscar orientação e ajuda da parte deles (Lv 17.7; Dt 6.4; 34.17; Sl 106.37; 1 Co 10.19,20). O primeiro mandamento trata, principalmente, da proibição da adoração aos espíritos (i.e., demônios) através do espiritismo, adivinhação, ocultismo e outras formas de idolatria (Dt 18.9-22).

(2) O crente deve totalmente consagrar-se a Deus. Somente Deus, mediante sua vontade revelada e sua Palavra inspirada, pode guiar a vida do crente (Mt 4.4; ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS).

(3) O crente deve ter como seu propósito na vida, buscar e amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as suas forças, confiando nEle para conceder-lhe aquilo que é bom para a sua vida (Dt 6.5; Sl 119.2; Mt 6.33; Fp 3.8; ver Mt 22.37 nota; Cl 3.5 nota)


20.4 IMAGEM DE ESCULTURA. A proibição da adoração a outros deuses determina que nenhuma imagem deles seja feita (Dt 4.19,23-28); é também vedado a qualquer pessoa fazer uma imagem do próprio Senhor Deus. Ele é infinitamente grandioso para ser representado por algo feito por mãos humanas. O segundo mandamento, no que concerne ao crente em Cristo, proíbe a feitura de imagens de Deus ou de criaturas, com o propósito de adoração, oração ou qualquer outro tipo de auxílio espiritual (Dt 4.15,16). O princípio motivante desse mandamento está relacionado às três pessoas da Trindade, igualmente.

(1) É impossível uma imagem ou quadro de Deus representar corretamente a sua glória e caráter pessoais (Is 40.18).

(2) Deus é tão transcendente, tão santo e tão insondável, que qualquer imagem dEle o desonra e detrai a sua verdadeira natureza e aquilo que Ele tem revelado de si mesmo (32.1-6).

(3) Os pensamentos e conceitos do crente a respeito de Deus não devem basear-se em imagens ou pinturas dEle, mas na sua Palavra e na sua revelação através da pessoa e obra de Jesus Cristo (Jo 17.3).


20.5 VISITO... NOS FILHOS. Ver 34.7 nota.


20.7 O NOME DO SENHOR... EM VÃO. Tomar o nome do Senhor em vão inclui o fazer uma falsa promessa usando esse nome (Lv 19.12; cf. Mt 5.33-37), pronunciá-lo de modo hipócrita ou leviano, ou amaldiçoar e blasfemar envolvendo esse nome (Lv 24.10-16). O nome de Deus deve ser santificado, honrado e respeitado por ser profundamente sagrado, e deve ser usado somente de maneira santa (ver Mt 6.9 nota).


20.8 LEMBRA-TE DO DIA DO SÁBADO. O dia do Senhor no AT era o sétimo dia da semana. Santificar aquele dia importava em separá-lo como um dia diferente dos demais, cessando o labor para descansar, servir a Deus e concentrar-se nas coisas respeitantes à eternidade, à vida espiritual e à glória de Deus (vv. 9-11; Gn 2.2,3).

(1) A observância do dia do Senhor por Israel era um sinal de que ele pertencia a Deus (31.13).

(2) Lembrava-lhes o seu livramento da escravidão do Egito (Dt 5.15; ver Mt 12.1 nota).


20.12 HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE. Este mandamento abrange todos os devidos atos de bondade, ajuda material, respeito e obediência aos pais (Ef 6.1-3; Cl 3.20). Abrange, também, palavras maldosas e agressão física aos pais.

(1) Em 21.15,17, Deus estabeleceu a pena de morte para quem ferisse ou amaldiçoasse seu pai ou sua mãe. Assim fica demonstrada a grande importância que Deus atribuiu ao respeito pelos pais (ver Ef 6.1 nota).

(2) Relacionado a esse mandamento está o dever recíproco do pai e da mãe amarem seus filhos e lhes ensinarem o temor ao Senhor e os seus caminhos (Dt 4.9; 6.6,7; Ef 6.4).


20.13 NÃO MATARÁS. O sexto mandamento proíbe o homicídio deliberado, intencional, ilícito. Deus ordena a pena de morte para a violação desse mandamento (ver Gn 9.6 nota). O NT condena, não somente o homicídio mas também o ódio, que leva alguém a desejar a morte de outrem (1 Jo 3.15), bem como qualquer outra ação ou influência maléfica que cause a morte espiritual de alguém (ver Mt 5.22 nota; 18.6 nota).


20.14 NÃO ADULTERARÁS. O sétimo mandamento proíbe o adultério (cf. Lv 20.10; Dt 22.22) e abrange a imoralidade e todos os demais pecados sexuais (Mt 5.27-32; 1Co 6.13-20). O adultério (i.e., a infidelidade de um cônjuge ao outro) é tão abominável aos olhos de Deus, que a Bíblia inteira condena esse pecado. A Bíblia ensina o seguinte a respeito do adultério:

(1) Ele transgride a lei moral de Deus expressa no Decálogo.

(2) Na lei do AT, o adúltero era punido com a pena de morte (Lv 20.10; Dt 22.22).

(3) Acarreta conseqüências permanentes e graves (2 Sm 11.1-17; 12.14; Jr 23.10,11; 1 Co 6.16-18); quem comete adultério levará o opróbrio disso por toda a vida (Pv 6.32,33).

(4) Como pecado hediondo, o adultério é ainda pior, quando cometido por dirigentes do povo de Deus. No caso de cometerem esse pecado, isso equivale a desprezar a Palavra de Deus e o próprio Senhor (2 Sm 12.9,10). Um crente que cometer tal pecado, desqualifica-se, tanto para ser indicado para o trabalho do Senhor, como para continuar no mesmo (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR). Note como no AT o adultério era um pecado generalizado em Israel, devido à má influência de profetas e sacerdotes estragados, que o cometiam (Jr 23.10-14; 29.23).

(5) O adultério e outros casos de imoralidade de dirigentes e membros da igreja, resulta muitas vezes no que a Bíblia chama de adultério espiritual, i.e., infidelidade a Deus (Os 4.13,14; 9.1; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL).

(6) O adultério começa como um desejo mau no coração, para depois manifestar-se na área física. A concupiscência é, claramente, um pecado na Bíblia (Jó 31.1,7; ver Mt 5.28
nota
).

(7) O adultério é um pecado de tal magnitude e efeito, que o cônjuge inocente pode dissolver o casamento mediante divórcio (ver Mt 19.9 nota; Mc 10.11 nota).

(8) A imoralidade sexual dentro da igreja deve ser objeto de disciplina e jamais tolerada (1 Co 5.1-13).

(9) Adúlteros que prosseguem na prática desse pecado, não têm herança no reino de Deus, i.e., eles privam-se da vida e da salvação que Deus oferece (1 Co 6.9; Gl 5.19-21). (10) O adultério e a prostituição são termos usados na descrição da igreja apóstata e das abominações que ela comete (Ap 17.1-5; ver Ap 17.1 nota)


20.15 NÃO FURTARÁS. Este mandamento proíbe o furto de dinheiro ou de qualquer outra coisa que pertence a outrem. Desonestidade também é uma forma de furtar (2 Co 8.21). Este mandamento demanda honestidade em todos os nossos tratos com as pessoas.


20.16 NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO. O nono mandamento protege o nome e a reputação do próximo. Ninguém deve fazer declarações falsas a respeito do caráter ou dos atos de outra pessoa. Devemos falar de modo justo e honesto a respeito de quem quer que seja (Lv 19.16; ver Jo 8.44 nota; 2 Co 12.20 nota). Este mandamento inclui também a mentira em geral (Lv 6.2,3; 19.11; Pv 14.5; Ef 4.25; Cl 3.9).


20.17 NÃO COBIÇARÁS.

(1) A cobiça inclui o desejo ou concupiscência por tudo quanto é errado ou que pertence a outra pessoa. Paulo declara que esse mandamento revela a profundidade da pecaminosidade humana (Rm 7.7-13).

(2) Essa lei, bem como as demais, desmascara a depravação do homem e da mulher, e os conclama a buscarem graça e poder moral da parte de Deus (Lc 12.15-21; Rm 7.24,25; Ef 5.3). Somente pelo poder do Espírito Santo é que podemos viver uma vida que agrade a Deus (ver Rm 8.2 nota).


20.20 NÃO TEMAIS. As coisas prodigiosas que Israel viu e ouviu no Sinai causaram assombro ao povo, o qual recuou para o lado oposto do vale. Moisés lhes falou para não temerem, a ponto de fugirem amedrontados. Deus estava demonstrando o seu poder, a fim de suscitar neles um santo temor e reverência, que os ajudariam a evitar o pecado.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 21º

21.1 ESTES SÃO OS ESTATUTOS. A seção que se segue (20.22 23.33) contém o livro do concerto (24.7), i.e., as leis para a nação de Israel, para reger sua sociedade e o seu culto a Deus. Essas leis, que eram principalmente civis em sua natureza, tinham a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentes naquele período. Todavia, os princípios existentes nessas leis tais como o respeito à vida, apego à justiça e à eqüidade são eternamente válidos.


21.2 UM SERVO HEBREU. Embora Deus não abolisse imediatamente males tais como a escravidão ou a poligamia em Israel, Ele regulamentou-os, tornando-os mais humanitários (Lv 25.39,40; Dt 15.12-18). Por um lado, tais práticas nada tinham com o padrão de Deus. Ele as permitiu por algum tempo por causa da dureza do coração humano (Mt 19.8; ver Gn 29.28 nota). Essas leis de Deus sobre a escravidão eram muito mais humanitárias do que os costumes das nações de então, em derredor de Israel. No NT, porém, Deus apresenta um padrão muito mais elevado (ver Jo 13.14 nota; Cl 3.22 nota).


21.12-17 CERTAMENTE MORRERÁ. Estes versículos mencionam quatro crimes, aos quais Deus sentenciou a pena de morte: o homicídio premeditado (vv.12.14), agressão física aos pais (v. 15), seqüestro de pessoas (v. 16) e amaldiçoar, insultar e ofender verbalmente os pais (v. 17). Esta penalidade demonstra a importância que Deus atribui ao relacionamento correto entre as pessoas (homicídio e seqüestro) e ao relacionamento apropriado na família (tratamento aos pais).


21.22,23 E FOREM CAUSA DE QUE ABORTE. Deus, além de exigir a proteção de pessoas viventes, também exigia a proteção de crianças ainda por nascer.

(1) O versículo 21 refere-se a uma mulher dando à luz a uma criança prematura por causa de violência cometida contra a gestante. Se isso acontecesse, quem causasse o aborto tinha que pagar uma multa.

(2) Se houvesse lesões graves na mãe ou no filho, o culpado tinha que pagar segundo a lei da retaliação. Note que se a violência causasse a morte da mãe ou do filho, o transgressor seria réu de homicídio e teria que pagar com a própria vida (v. 23). Noutras palavras, o nascituro é considerado nesse texto bíblico como um ser humano: provocar a morte desse feto é considerado assassinato. (3) Note que essa é a única circunstância em que a lei exige a pena de morte por homicídio acidental (Dt 19.4-10). O princípio está claro: Deus procura proteger aqueles que têm menos condições de se protegerem (i.e., os que ainda estão por nascer).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 22º

22.18 A FEITICEIRA. Feiticeira era aquela que praticava bruxaria e ocultismo, e.g., adivinhação, artes mágicas, contato (suposto) com os mortos (ver At 19.19 nota; Ap 9.21 nota). Buscar poder, orientação ou conhecimento do sobrenatural concernente aos mortos ou mediante práticas demoníacas era, e continua sendo, uma abominação para Deus (Lv 19.31; 20.27; Dt 18.9-12; 1 Sm 28.7-9; Ml 3.5; Gl 5.20,21; Ap 21.9; 22.15).


22.22-24 VIÚVA... ÓRFÃO. As leis dos versículos 22-27 revelam que Deus está bem atento às circunstâncias difíceis das viúvas, dos pobres e dos menos favorecidos, e que se compadece deles (Dt 24.6,12,13; Jó 22.6; 24.7; Ez 18.12,16; ver Mc 6.34 nota; 8.2 nota; Lc 2.36,37 nota; 7.13 nota; ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS)


22.25 SE EMPRESTARES DINHEIRO. Deus proibiu a cobrança de usura (juros) sobre empréstimos aos necessitados, visando a atender suas necessidades básicas (Lv 25.25,35,39,47). Deus queria evitar que os pobres fossem explorados pelos ricos. Essa lei, no entanto, não proibia o empréstimo de dinheiro, com juros razoáveis, aos não-israelitas, com propósitos comerciais (Dt 23.19,20; Hc 2.6; Mt 25.27; Lc 19.23).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 23º

23.15 A FESTA DOS PÃES ASMOS. Ver 12.17 nota.


23.16 A FESTA DA SEGA. É também chamada a Festa das Semanas (34.22) ou o Dia de Pentecoste (At 2.1; 20.16; ver Lv 23.10 nota).


23.16 A FESTA DA COLHEITA. É também chamada a Festa dos Tabernáculos ou das cabanas (Lv 23.34; Jo 7.2).


23.20 UM ANJO. Trata-se, provavelmente, do anjo do Senhor (ver 3.2 nota).


23.24 NEM FARÁS CONFORME AS SUAS OBRAS. Deus proibiu seu povo de adotar as religiões dos povos em derredor e de aceitar a sua postura moral. Israel não atendeu plenamente a essa exigência e, como conseqüência, deixou de ter a proteção do Senhor (vv. 20-23). Segundo o novo concerto, os crentes que se conformarem com o estilo de vida ímpio deste mundo também perderão o direito às promessas e à proteção de Deus (ver v. 25). Não podemos ter as bênçãos de Deus e a sua presença conosco e, ao mesmo tempo, participar dos procedimentos pecaminosos do mundo (2 Co 6.16-18; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).


23.25,26 TIRAREI... AS ENFERMIDADES. Deus vinculou a remoção das enfermidades entre o seu povo, à sincera devoção desse povo a Ele. Ao mesmo tempo, esse povo devia manter-se separado da impiedade ao seu redor. No entanto, não devemos partir do pressuposto de que a doença de determinado indivíduo é uma evidência certeira de que ele conformou-se ao curso iníquo deste mundo. Esse trecho, de fato, sugere que o mundanismo do povo de Deus, como um todo, fará com que Ele retire desse mesmo povo parte da sua bênção e poder. Neste caso, até os justos entre o povo crente em geral, serão afetados (1 Co 12.26).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 24º

24.8 O SANGUE DO CONCERTO. O concerto foi selado em Israel mediante a aspersão do sangue, o que indica que os sacrifícios expiadores eram necessários para manter o relacionamento entre o povo e Deus.

(1) O sangue significava a purificação e o perdão conseguidos mediante uma vida sacrificada a Deus; tal sacrifício abria o caminho à reconciliação com Deus e à obediência que procede da fé, por parte do povo (Rm 1.5; Hb 9.19,20).

(2) O significado pleno do sangue do concerto é visto quando Cristo derramou seu sangue na cruz e estabeleceu o novo concerto (Mc 14.24; Hb 9.11-18). Sua morte sacrificial purifica o crente do pecado, à medida que ele procura andar em santidade (1 Jo 1.7 2.2). (3) A obediência e o sangue (vv. 7,8) sempre devem andar juntos, para que haja aceitação do povo por Deus, e de igual modo a sua consagração a Deus. Somente depois que os israelitas se comprometeram a obedecer a Deus, através do sangue expiador
é que puderam participar das bênçãos do concerto (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS). O apóstolo Pedro, na mesma linha de pensamento, declara que somos eleitos... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo (1 Pe 1.2).


24.11 VIRAM A DEUS, E COMERAM, E BEBERAM. Aqui não está dito de que maneira Deus se revelou. Sabemos que Ele não se revelou na sua plenitude, pois nenhum ser humano poderá contemplar a plena glória de Deus e continuar vivo (33.18-23). A aparição de Deus e a refeição que se seguiu ensina que, uma vez feita a expiação e o povo tendo se consagrado ao Senhor, então era possível a comunhão com Ele; esse princípio é também válido no NT (Mt 26.28; Hb 12.18-24).


24.16,17 A GLÓRIA DO SENHOR. A glória do Senhor revelou-se em forma de luz fulgurante, que emanava da pessoa de Deus (ver 40.34 nota; 1 Tm 6.16).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 25º

25.9 DO TABERNÁCULO. No cap. 25, Deus mesmo dá suas instruções a respeito do Tabernáculo. O significado histórico, espiritual e tipológico do Tabernáculo deve apoiar-se no que a Bíblia diz a respeito.

(1) O Tabernáculo era um santuário (v. 8), um lugar separado para o Senhor habitar entre o seu povo e encontrar-se com os seus (v. 22; 29.45,46; Nm 5.3; Ez 43.7,9). A glória do Senhor estava sobre o Tabernáculo de dia e de noite. Quando a glória do Senhor seguia adiante, Israel tinha que avançar junto. Deus guiou os israelitas dessa maneira enquanto estiveram no deserto (40.36-38; Nm 9.15,16).

(2) Era chamado o Tabernáculo do Testemunho (38.21), porque continha os dez mandamentos (ver a nota seguinte). Os dez mandamentos lembravam sempre ao povo, da santidade de Deus e das suas leis sobre o viver do seu povo escolhido. Nosso relacionamento com Deus nunca poderá ser separado da nossa obediência à sua lei.

(3) O Tabernáculo era o lugar onde Deus concedia o perdão dos pecados mediante um sacrifício vicário (29.10-14). Esses sacrifícios tipificavam o perfeito sacrifício de Cristo na cruz pelos pecados da raça humana (Hb 8.1,2; 9.11-14).

(4) O Tabernáculo falava do céu, i.e., do Tabernáculo celestial onde Cristo, nosso sumo sacerdote eterno, vive eternamente para interceder por nós (Hb 9.11,12,24-28).

(5) O Tabernáculo falava da redenção final quando, então, haverá um novo céu e uma nova terra, i.e., o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles (Ap 21.3).


25.10 UMA ARCA. A arca era uma peça do Tabernáculo em formato de baú, contendo os dez mandamentos (cf. vv. 16,22), um vaso de maná (16.33,34) e a vara florescida de Arão (Nm 17.10; Hb 9.4). Tinha por cobertura uma tampa chamada propiciatório (v. 21). Fixados em cada extremidade do propiciatório e formando uma só peça com ele, havia dois querubins alados, de ouro batido (ver v. 18 nota). A arca foi posta no Lugar Santíssimo do Tabernáculo (26.34) e representava o trono de Deus. Diante dela o sumo sacerdote se colocava, uma vez por ano, no Dia da Expiação, para aspergir sangue sobre o propiciatório, como expiação pelos pecados involuntários do povo, cometidos durante o ano anterior (ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO)


25.16 O TESTEMUNHO. Eram duas tábuas de pedra, nas quais foram gravados os dez mandamentos ou Decálogo, que Moisés recebeu de Deus, no monte (31.18).


25.17 O PROPICIATÓRIO. O propiciatório era a tampa da arca. Nela, o sumo sacerdote aspergia o sangue derramado do sacrifício, a fim de fazer expiação pelos pecados. Esse ato simbolizava a misericórdia de Deus, que levava ao perdão (Lv 16.14,15; 17.11; ver Rm 3.25 nota). Assim, o propiciatório e o sangue sobre ele prefiguravam o perdão divino, acessível aos pecadores através do sacrifício expiador de Cristo (Rm 3.21-25; Hb 7.26; 4.14-16).


25.18 DOIS QUERUBINS DE OURO. Ficavam em ambas as extremidades do propiciatório e simbolizavam seres celestiais que assistem junto ao trono de Deus no céu (Hb 8.5; Ap 4.6,8). Simbolizavam a presença de Deus e a sua soberania entre o seu povo na terra (1 Sm 4.4; 2 Sm 6.2; 2 Rs 19.15). A presença deles sobre a arca testificava da verdade que Deus permaneceria entre o seu povo, somente enquanto houvesse provisão expiatória pelo sangue e o povo se dispusesse a cumprir os mandamentos de Deus.


25.30 A MESA... O PÃO DA PROPOSIÇÃO. O pão colocado sobre essa mesa representava a presença do Senhor como o sustentador de Israel na sua vida em geral (cf. Lv 24.5-9; Is 63.9). Aponta para Cristo, o Pão da Vida (ver 16.4 nota; Mt 26.26-29; 1 Co 10.16).

25.31 CASTIÇAL. Este era, na realidade, um candelabro que continha sete lâmpadas a óleo para alumiar o Tabernáculo. As lâmpadas acesas representavam a luz de Deus, a sua presença no meio do arraial (Jr 25.10; Ap 21.22-26).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 26º

26.1 LINHO FINO TORCIDO. Moisés recebeu instruções precisas sobre a construção do Tabernáculo. Essa construção devia ser efetuada conforme o modelo dado por Deus, pois tratava-se da sua casa, da qual Ele fora o arquiteto (25.9). A salvação e a comunhão com Deus são bênçãos que desfrutamos somente quando atendemos as condições estabelecidas por Ele, conforme o que estabelece a revelação da sua Palavra (ver Mt 5.17 nota; At 7.44 nota).


26.33 O VÉU. O véu (ou cortina espessa) fazia a separação entre o lugar santo (i.e., o lugar onde o sacerdote orava e elevava ações de graças a Deus em nome do povo) e o lugar santíssimo (i.e., a habitação de Deus). Esse véu mostrava a solene verdade que o ser humano não podia aproximar-se livremente de Deus, devido a sua condição pecaminosa.

 (1) O acesso ao lugar santíssimo era restrito ao máximo. O sumo sacerdote podia entrar ali somente um dia no ano para representar o povo perante Deus, e mesmo assim, somente se levasse consigo sangue de sacrifício expiador (30.10; Lv 16.12ss.; Hb 9.6-8). O caminho para todo o povo de Deus entrar livremente na sua presença ainda não tinha
sido aberto (Hb 9.8).

(2) A única maneira de haver pleno acesso a Deus seria rasgar o véu e estabelecer nova lei no Tabernáculo. Foi isso que Jesus Cristo fez, ao derramar seu sangue na cruz. Seu corpo representava esse véu que, na ocasião da sua morte foi rasgado (Mt 27.51; Cl 1.20-22; Hb 10.20). Agora, todo salvo pode entrar no santuário, pelo sangue de Jesus (Hb 10.19).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 27º

27.1 O ALTAR. O altar , também chamado o altar dos holocaustos (cf. 30.28; 31.9; Lv 4.7,10,18), era o lugar onde os animais eram imolados em sacrifício para fazer expiação (i.e., cobrir o pecado e alcançar o perdão de Deus; ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO). O sangue vicário do sacrifício era posto nas pontas do altar e derramado à sua base (29.12; Lv 4.7,18,25,30,34). Esse ato expiador salientava que o pecado é digno de morte, mas que Deus aceitava sangue inocente em lugar do culpado (Lv 16)


27.2 AS SUAS PONTAS. Eram projeções em cada um dos quatro cantos do altar, e simbolizavam o poder e a proteção através do sacrifício (1 Rs 1.50,51; 2.28; Sl 18.2).


27.20,21 FAZER ARDER AS LÂMPADAS CONTINUAMENTE. A luz das lâmpadas simbolizava a presença contínua de Deus entre o povo. A congregação de Israel devia ter abundante luz, vida e presença de Deus. Note que as lâmpadas não podiam continuar a arder sem a cooperação e a obediência do povo.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 28º

28.1 ARÃO... O OFÍCIO SACERDOTAL. O Senhor deu instruções a respeito do ministério de Arão, o sumo sacerdote, e dos deveres do sacerdócio em geral (caps. 28-29). O sacerdote era uma pessoa com a missão de representar o povo diante de Deus.

(1) Os sacerdotes deviam queimar incenso, cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição, oferecer sacrifícios no altar e abençoar o povo. Além disso, também julgavam causas civis (cf. Nm 5.5-31) e ensinavam a lei (Ne 8.7,8).

(2) Os sacerdotes ministravam como mediadores entre o povo e Deus (vv. 12,29,30) e também comunicavam ao povo a vontade e o concerto de Deus (Jr 33.20-22; Ml 2.4) e intercediam, perante Deus, devido à pecaminosidade do povo. Exercendo o seu ministério, eles faziam expiação pelo pecado do povo e pelos seus próprios pecados (29.33; Hb 9.7,8), e testificavam da santidade de Deus (v. 38; Nm 18.1).

(3) Para os crentes do NT, Jesus é o sacerdote do povo de Deus. Ele inaugurou o novo concerto mediante a sua morte (Hb 9.15-22) e ofereceu-se como o sacrifício perfeito (Hb 9.23-28). Ele se compadece das nossas fraquezas (Hb 4.15), comparece diante de Deus em nosso favor (Hb 9.24), aperfeiçoa os salvos (Hb 10.14)e aproxima-nos de Deus Pai (Hb 7.25; 9.24; 10.19-22; 1Jo 2.1).


28.4 UM PEITORAL. Tratava-se de uma peça quadrada de tecido espesso, na qual foram colocadas doze pequenas pedras preciosas, em quatro fileiras horizontais, com três pedras em cada; nessas pedras foram gravados os nomes dos doze filhos de Israel (vv. 15-21,29,30).


28.6 O ÉFODE. O éfode era outra peça do vestuário do sumo sacerdote. Era uma espécie de avental, folgado, sem mangas, usado sobre o manto do éfode, e que descia até os joelhos do sumo sacerdote (vv. 6-20; 39.1-21).


28.29 ARÃO LEVARÁ OS NOMES DOS FILHOS DE ISRAEL. Como sumo sacerdote, Arão representava o povo diante do Senhor, ao entrar no santuário (vv. 12,29). Ao fazer assim, prefigurava Jesus, nosso Sumo Sacerdote, que entrou no céu para comparecer diante de seu Pai, como nosso representante (Hb 9.24; ver o estudo CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO)

28.30 URIM E TUMIM. As Escrituras não explicam o significado de Urim e Tumim. O sentido literal pode ser luzes e perfeições , ou maldições e perfeições . Possivelmente eram usados para lançar sortes, na busca de uma resposta sim ou não , na definição da vontade de Deus em casos específicos (Lv 8.8; Nm 27.21; Dt 33.8; 1 Sm 28.6).
 

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 29º

29.4 OS LAVARÁS COM ÁGUA. Esta lavagem cerimonial dos sacerdotes, com água, simbolizava a pureza que devia caracterizar os sacerdotes.


29.10 O NOVILHO. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v. 14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 30º

30.1 QUEIMAR O INCENSO. A queima de incenso simbolizava a contínua adoração e orações do povo de Deus (v. 8; Sl 141.2; Lc 1.10; Ap 8.3,4; ver Ap 5.8 nota). O altar do incenso podia ser profanado (v. 9), o que indica que a oração que não visasse à glória de Deus, nem saísse de um coração dedicado à santidade era, e ainda é, inaceitável ao Senhor (Sl 66.18,19; Is 1.15,16).


30.10 EXPIAÇÃO. Para um estudo da expiação, com suas lições prefigurando Jesus Cristo e o novo concerto, ver o estudo O DIA DA EXPIAÇÃO

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 31º

31.3 E O ENCHI DO ESPÍRITO DE DEUS. Ser cheio do Espírito de Deus, aqui, refere-se à dotação e à capacitação pelo Espírito Santo, para serviço especial a Deus. É correto, segundo o novo concerto, orar para que o Espírito nos dê, tanto proficiência física, como dons espirituais, a fim de cumprirmos a vontade de Deus para as nossas vidas (ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE)

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 32º

32.4 UM BEZERRO DE FUNDIÇÃO. Arão, um alto dirigente espiritual de Israel, infrigiu as normas de conduta estabelecidas por Deus a fim de agradar o povo ao qual servia. Cedeu diante das pressões ímpias dos israelitas e violou o segundo mandamento (20.4,5). Somente a intercessão de Moisés salvou Arão da ira de Deus e da morte (Dt 9.20).


32.6 LEVANTARAM-SE A FOLGAR. O povo começou a entregar-se às danças sensuais e à orgia sexual. Segundo o versículo 25, o povo estava despido (literalmente: ficou à solta e despido ). Logo, o pecado dos israelitas pode ter incluído a nudez da multidão para volúpia da carne em geral, algo rigorosamente vedado na lei de Deus (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21; ver o estudo PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL, p. 1921).


32.10 E OS CONSUMA. Por causa da apostasia e do pecado do povo, Deus declarou sua intenção de destruí-lo e de levantar outra nação através de Moisés.


32.11 MOISÉS SUPLICOU AO SENHOR. A intercessão de Moisés pelo povo de Israel (vv. 11-14) revela que Deus atende às orações dos seus servos fiéis e permite que estes participem dos seus propósitos e decisões restauradores.

(1) Deus claramente queria destruir aquele povo rebelde (v. 10; Dt 9.14,19,20,26). Moisés, porém, pondo-se como mediador entre o Senhor e o povo, intercedeu com zelo e amor a fim de desviar a ira de Deus, e daí Ele mudar sua intenção declarada.

(2) Por causa daquela oração intensa de Moisés, o Senhor compadeceu-se (v. 14; ver Tg 5.16 nota; ver o estudo A INTERCESSÃO).

(3) A grande verdade em evidência, aqui, é que Deus faz dos seus servos cooperadores com Ele (1 Co 3.9). Ele os designa mediadores e intercessores pelos perdidos (Rm 9.2 nota) e, até certo ponto, o destino final dos que perecem está nas mãos deles (ver Mt 9.38 nota). Deus, portanto, estabeleceu que a intercessão sincera de um justo pode levá-lo a alterar sua vontade temporal e trazer restauração e livramento, ao invés de juízo (Ez 22.30). A oração realmente muda as coisas (Sl 106.44,45; Jr 18.8; 26.3,13,19; Am 7.2-6; Jn 3.10).

(4) Deus não ignora a intercessão de um servo fiel, enquanto houver esperança de salvação. Somente quando o pecado chega ao seu extremo é que Deus não atende à intercessão (Jr 15.1; Ez 14.14,16).

(5) É um mistério insondável, o de Deus se deixar persuadir por um ser humano falível e alterar o cumprimento de um fato já por Ele anunciado e voltar-se da ira para a misericórdia. Nosso Deus não é um Deus inexorável, mas um Deus pessoal, que se compraz em mover-se pelo amor, fé e orações do seu povo fiel (ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).


32.14 O SENHOR ARREPENDEU-SE. A palavra hebraica traduzida arrepender-se significa mudar de idéia ou de propósito; compadecer-se ao ponto de alterar a execução de um ato planejado e já declarado. Deus não se arrepende da maneira que um ser humano o faz, porque em Deus não há jamais mudança, e também Ele é totalmente isento do pecado. Ver Gn 6.6 nota.


32.19 AS TÁBUAS... QUEBROU-AS AO PÉ DO MONTE. Moisés não quebrou as tábuas de pedra levado por um acesso incontrolável de ira humana, mas por causa de justa indignação contra o pecado (vv. 34,35). Cristo também manifestou ira santa contra o pecado (Jo 2.15; 11.33 nota). Todos aqueles que têm zelo santo pela glória e santidade de Deus e pelo sofrimento humano terão este tipo de ira justa.


32.26 QUEM É DO SENHOR. O chamamento de Moisés, aqui, à fidelidade a Deus expressa o princípio que, em meio ao declínio espiritual e à apostasia, o único caminho para os fiéis é aquele demarcado pela obediência irrestrita à Palavra de Deus e por um distanciamento total da apostasia (ver Ap 18.4 nota; Js 24.15; 1 Rs 18.21; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL).


32.29 PARA ELE VOS DAR HOJE BÊNÇÃO. Porque os filhos de Levi permaneceram fiéis ao Senhor no caso torpe do bezerro de ouro, eles transformaram em bênção (cf. Nm 3) a maldição que fora pronunciada contra eles (Gn 49.7). Foram designados para cuidar do Tabernáculo e auxiliar os sacerdotes (Nm 1.47-53; 3.5-9,12,41,45; 4.2,3). Maldições e bênçãos divinas estão muitas vezes condicionadas ao comportamento humano; havendo arrependimento e obediência, pode haver mudança (em caso de maldição).
32.32 PERDOA O SEU PECADO. O amor de Moisés pelos pecadores (cf. Rm 9.3) fala-nos do amor de um mediador maior, Cristo Jesus, que intercedeu pelos transgressores (Is 53.12; Rm 8.34; ver Mt 26.39 nota; 1 Tm 2.5 nota; Hb 7.25 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 33º

33.3 EU NÃO SUBIREI NO MEIO DE TI . Por causa do pecado de Israel, Deus declarou que um anjo estaria em seu lugar, na caminhada para a terra prometida (vv. 1-3). Moisés, porém, não conformado com essa decisão, voltou a interceder diante de Deus (vv. 12-14), assim como fizera no cap. anterior (32.11-13,31,32). Note a seqüência de eventos decorrentes do pecado de Israel, no caso do bezerro de ouro (32.1-6), juntamente com a perseverança de Moisés em oração e a revelação de Deus a ele.

(1) Deus queria destruir o povo (32.10). A intercessão de Moisés (32.11-13) proveu uma base para Deus mudar a sua intenção e não cumprir sua advertência de tal destruição (32.14; ver 32.11 nota).

(2) Deus então resolveu deixar o povo entrar em Canaã, mas conduzido somente por Moisés e um anjo (32.34). Firme e claramente, Deus afirmou que Ele mesmo não iria com eles (33.3). (3) Depois de Moisés orar mais (33.12,13), o Senhor mudou o seu plano, atendeu à petição do líder de Israel e concordou que a sua presença acompanharia os israelitas (vv. 14-17; ver o estudo A INTERCESSÃO). A resposta favorável de Deus à intercessão de Moisés revela algo a respeito dos seus caminhos (v. 13) com seu povo. Nem toda decisão de Deus é totalmente imutável e irrevogável. Pelo contrário, Ele é um Deus que ouve e atende ao seu povo (ver 32.11 nota); às vezes, Ele altera o que resolvera fazer, quando seu povo sinceramente o invoca em oração, e a Ele se consagra, e à sua vontade. Deus sempre pode alterar o cumprimento de um juízo por Ele enunciado, para demonstrar o seu amor e a sua misericórdia (Jn 3)


33.11 SEU AMIGO. Deus tinha Moisés como um amigo íntimo, com quem podia conversar face a face. Esse relacionamento especial devia-se, em parte, ao fato de que Moisés vivia verdadeiramente dedicado a Deus e à sua causa, sua vontade e seus propósitos. Moisés vivia em harmonia com o Espírito de Deus, a ponto de compartilhar dos próprios sentimentos de Deus, de padecer quando Ele padecia e de entristecer-se com o pecado quando Deus ficava entristecido (32.19). Todo crente deve procurar conhecer os caminhos de Deus através da oração e crescer numa comunhão tão profunda com Ele e seus propósitos, o que o torna realmente um amigo de Deus.


33.11 JOSUÉ... NUNCA SE APARTAVA DO MEIO DA TENDA. Josué não somente servia fielmente a Moisés, o ungido de Deus, como também, com dedicação, cresceu na comunhão pessoal com Deus. Desde a sua juventude, aprendeu a permanecer longo tempo a sós com Deus. Essa dedicação preparou-o para ser o sucessor de Moisés.


33.12 MOISÉS DISSE AO SENHOR. Diante da oração de Moisés, Deus compadeceu-se, mudou a sua resolução (v. 3) e concordou em ir com Moisés e o povo (v. 14; ver v. 3 nota).


33.13 ROGO-TE QUE AGORA ME FAÇAS SABER O TEU CAMINHO. Todo filho de Deus deve orar fervorosamente para conhecer os caminhos do Senhor, i.e., seu coração, propósito, sabedoria, princípios santos e até mesmo o seu sofrimento. Ao fazermos assim, chegamos a conhecer ao próprio Deus.


33.17 ACHASTE GRAÇA AOS MEUS OLHOS. Note que Deus atendeu à oração de Moisés porque Ele o honrava, considerava como amigo e agradava-se dele. Moisés alcançou favor porque, embora Arão e a nação tivessem desobedecido a Deus, ele permaneceu leal ao Senhor e procedia como mediador entre o Senhor e Israel.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 34º

34.6,7 O SENHOR... MISERICORDIOSO E PIEDOSO. Para comentários sobre o nome de Deus como SENHOR (i.e., Iavé), ver Gn 2.4 nota; Êx 3.14 nota. Aqui, Deus lança mais luz sobre o significado desse nome e sobre as profundezas do seu ser. O Senhor é um Deus cuja compaixão, bondade e perdão se unem com a verdade, a santidade e a justiça. Pelo fato de Deus ser misericordioso e compassivo, Ele não castigará ninguém, a não ser que, e até que, rejeitem e desprezem o seu amor compassivo e longânimo.


34.7 A INIQÜIDADE DOS PAIS SOBRE OS FILHOS. Os pais devem saber que seus pecados, negligência espiritual, inclusive a de não se apartarem da impiedade do mundo podem levar a conseqüências trágicas quanto a seus filhos. Os filhos sofrem por causa dos pecados dos pais, no sentido de geralmente seguirem seus passos no caminho da tentação ou da conivência espiritual, e daí adotam maus hábitos e atitudes que os afastarão para longe de Deus, levando-os à destruição.


34.28 QUARENTA DIAS. Moisés foi sustentado por Deus, de modo sobrenatural, durante seu jejum de quarenta dias, em que não tocou em alimentos, nem bebeu água. Bíblica e fisiologicamente, o jejum que inclui abstinência de água não deve ir além de três dias (ver Mt 6.16 nota).

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 35º

35.1 40.38 AS PALAVRAS...QUE O SENHOR ORDENOU. Estes caps. repetem, de um modo geral, o conteúdo dos caps. 25 31, sendo que aqui temos o registro da execução das ordens dadas antes a Moisés, sobre o Tabernáculo. Esta seção aparece, aqui, para ressaltar quão fundamental é que o povo de Deus leve as ordens provindas dEle muito a sério e as cumpra com dedicação.

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NOTAS DE ÊXODO CAPÍTULO 40º

40.34 A GLÓRIA DO SENHOR. O livro de Êxodo chega ao fim, com a glória do Senhor enchendo o Tabernáculo.

(1) Esse acontecimento prenuncia a presença do Senhor nos seus santos, i.e., na igreja verdadeira (1 Co 3.16; Ef 2.18-22). Prenuncia, ainda, que Deus habitará
futuramente com todos os seus santos no novo céu e nova terra (Ap 21.3). (2) A glória do Senhor , às vezes, é chamada a glória Shequiná (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS)

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