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Notas de Juiízes

  LIVRO DE JUÍZES

 

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Esboço


I. A Desobediência e a Apostasia de Israel (1.1—3.6)

A. Israel Deixa de Expurgar a Terra (1.1—2.5)

B. O Desvio Calamitoso de Israel (2.6—3.6)

II. A Opressão Estrangeira de Israel e os Juízes Libertadores (3.7—16.31)

A. Opressão Mesopotâmica - Livramento por Otniel (3.7-11)

B. Opressão Moabita - Livramento por Eúde (3.12-30)

C. Opressão Filistéia - Livramento por Sangar (3.31)

D. Opressão Cananéia - Livramento por Débora e Baraque (4.1—5.31)

E. Opressão Midianita - Livramento por Gideão (6.1—8.35)

F. Tempos Conturbados sob Abimeleque, Tola e Jair (9.1—10.5)

G. Opressão Amonita - Livramento por Jefté (10.6—12.7)

H. Juízes Secundários - Ibsã, Elom e Abdom (12.8-15)

I. Opressão Filistéia - Vida de Sansão (13.1—16.31)

1. Nascimento e Chamada de Sansão (13.1-25)

2. Casamento de Sansão com uma Incrédula (14.1-20)

3. Proezas de Sansão (15.1-20)

4. Queda e Restauração de Sansão (16.1-31)

III. Decadência Espiritual, Moral e Social de Israel (17.1—21.25)

A. Idolatria (17.1—18.31)

1. Exemplo de Idolatria Individual (17.1-13)

2. Exemplo de Idolatria Tribal (18.1-31)

B. Devassidão (19.1-30)

1. Um Exemplo de Devassidão Pessoal (19.1-9)

2. Um Exemplo de Devassidão Tribal (19.10-30)

C. Lutas tribais (20.1—21.25)

 

Autor:
Anônimo
Tema:
Apostasia e Livramento
Data:
Cerca de 1050—1000 a.C.

 

Considerações Preliminares

O livro de Juízes é o principal elo histórico entre Josué e o período dos reis de Israel. O período dos juízes vai de 1375 a 1050 a.C., aproximadamente. Nesse tempo, Israel era uma confederação de tribos. O nome do livro deriva
das pessoas que Deus levantava periodicamente para conduzir e libertar os israelitas, após se desviarem para a apostasia e caírem vítimas da opressão de nações vizinhas estrangeiras. Os juízes (treze deles são mencionados neste
livro) vieram de várias tribos e funcionavam como chefes militares e magistrados civis. Muitos se limitavam à sua própria tribo quanto à esfera de influência, ao passo que alguns serviam a toda a nação de Israel. Samuel, geralmente
considerado o último dos juízes e o primeiro dos profetas, não é mencionado neste livro.
A autoria de Juízes é incerta. O próprio livro indica os seguintes limites cronológicos de sua composição: (1) foi escrito depois da remoção da arca, de Siló, nos tempos de Eli e de Samuel (18.31; 20.27; 1 Sm 4.3-11); (2) as
referências freqüentes do livro ao período dos juízes, com a declaração: “Naqueles dias, não havia rei em Israel” (17.6; 18.1; 19.1; 21.25), sugere que o livro foi escrito no tempo da monarquia; (3) Jerusalém ainda estava em poder
dos jebuseus (1.21; 2 Sm 5.7). Esses três indícios indicam que o livro foi concluído nalgum tempo depois do início do reinado do rei Saul (c. 1050 a.C.) mas antes do rei Davi capturar Jerusalém (c. 1000 a.C). O Talmude judaico
associa a origem deste livro a Samuel, o que é bem possível.
Uma coisa é certa: o livro descreve e avalia o período dos juízes do ponto de vista do concerto (2.1-5). Moisés tinha profetizado que a opressão viria da parte das nações estrangeiras sobre os israelitas como maldição da parte de
Deus, se eles abandonassem o concerto (Dt 28.25, 33, 48). O livro de Juízes ressalta a realidade histórica dessa profecia.

Propósito

Historicamente, Juízes fornece o relato principal da história de Israel na terra prometida, da morte de Josué aos tempos de Samuel. Teologicamente, revela o declínio espiritual e moral das tribos, após se estabelecerem na terra
prometida. Esse registro deixa claro os infortúnios que sempre ocorriam a Israel quando ele se esquecia do seu concerto com o Senhor e escolhia a senda da idolatria e da devassidão.

Visão Panorâmica

O livro de Juízes pode ser dividido em três seções básicas. (1) Seção I (1.1—3.6). Mostra como Israel deixou a conquista inacabada e também a decadência da nação depois da morte de Josué. (2) Seção II (3.7—16.31). Abarca
a parte principal do livro. Registra seis exemplos de reincidência de Israel em revezes diversos no período dos juízes, abrangendo tempos de apostasia, de opressão por estrangeiros, de servidão, de clamor a Deus sob aflição e de
livramento divino do povo, mediante líderes ungidos pelo Espírito Santo. Entre os treze juízes (todos incluídos nesta seção do livro), os mais conhecidos são Débora e Baraque (agindo em conjunto), Gideão, Jefté e Sansão (Hb
11.32). (3) Seção III (17.1—21.25). Esta seção encerra o livro com fatos da vida real dos tempos dos juízes, que revelam a profundidade da corrupção moral e social decorrente da apostasia espiritual de Israel. Uma lição patente
no livro para todos nós: os seres humanos nunca aprendem bem as lições que a história ensina.

Características Especiais

Seis características especiais relevam o livro de Juízes. (1) Registra eventos da história turbulenta de Israel, da conquista da Palestina ao início da monarquia. (2) Ressalta três verdades simples, porém profundas: (a) um povo que
pertence a Deus deve ter a Deus como seu Rei e Senhor; (b) o pecado é sempre destruidor para o povo de Deus; e (c) sempre que o povo de Deus se humilha, ora, e deixa seus caminhos ímpios, Deus ouve do céu e sara a sua terra
(2 Cr 7.14). (3) Salienta que quando Israel perdia de vista a sua identidade como o povo do concerto, tendo Deus como seu rei, a nação afundava em ciclos repetidos de caos espiritual, moral e social, e então “cada um fazia o que
parecia reto aos seus olhos” (21.25; cf. 17.6). (4) Revela vários casos que ocorrem repetidamente na história do povo de Deus, dos dois concertos: (a) a não ser que o povo de Deus ame e dedique-se a Deus de todo coração e
mantenha uma constante vigilância espiritual, esse povo endurecerá o coração, deixará de buscar a Deus, se desviará e acabará na apostasia; (b) Deus é longânimo, e sempre que os seus clamam arrependidos, Ele é misericordioso
para restaurá-los, por meio de homens que Ele levanta, com dons e revestimento do Espírito Santo, para livrá-los do juízo opressivo do pecado; e (c) constantemente, os próprios líderes ungidos, que Deus usa para livrar o seu povo,
entram pelo caminho da corrupção, por falta de humildade, de caráter ou de retidão. (5) Cada um dos seis ciclos principais do livro, abrange apostasia, opressão, aflição e libertação, e começam, todos, da mesma forma: “Então,
fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor” (2.11; 3.7). (6) O livro revela que Deus usava nações mais pecaminosas do que o seu próprio povo para fustigá-lo pelos seus pecados e para levá-los ao
arrependimento e reavivamento. Somente essa intervenção divina impediu que o paganismo ao redor de Israel o absorvesse.

Paralelismo entre o Livro de Juízes e o NT

O livro de Juízes revela um princípio divino imutável: quando Deus usa grandemente uma pessoa no seu serviço, “vem sobre ele o Espírito do Senhor” (3.10; 6.34; 11.29; 14.6, 19; 15.14). No início do ministério de Jesus, o Espírito
desceu sobre Ele por ocasião do seu batismo (Mt 3.16; Lc 3.21,22a). Antes de subir ao Pai, Jesus mandou seus discípulos aguardarem a promessa do Espírito (At 1.4,5); a razão para isso foi que receberiam poder quando o
Espírito Santo viesse sobre eles (At 1.8; 4.33). Em ambos os concertos, o modo de Deus derrotar o inimigo e promover o avanço do seu reino é mediante a energia, força e poder do Espírito Santo operando através de instrumentos
humanos submissos e obedientes.

 

 

 

 

*

NOTAS DE JUÍZES 1º

1.1 DEPOIS DA MORTE DE JOSUÉ. Os eventos registrados no livro de Juízes estendem-se cerca de 1375 a.C. até 1050 a.C., quando, então, Saul foi ungido rei. Treze juízes são mencionados no livro. São: Otniel (3.7-11), Eúde (3.12-30), Sangar (3.31), Débora e Baraque (4.1-5.31), Gideão (6.1-8.35), Tola (10.1,2), Jair (10.3-5), Jefté (10.6-12.7), Ibsã (12.8-10), Elom (12.11,12), Abdom (12.13-15) e Sansão (13.1-16.31). O governo dos juízes era basicamente regional, e não sobre todas as tribos. O período de liderança de alguns deles é coincidente em parte (Jz 3.30-4.1).


1.6 E LHE CORTARAM OS DEDOS POLEGARES. Assim fizeram para incapacitar fisicamente o rei e, assim, impedi-lo de um dia voltar a engajar-se em operações militares.
1.28 DOS CANANEUS... NÃO OS EXPELIU DE TODO. Josué destruíra muitos cananeus; mesmo assim, ao morrer, um grande número deles continuava na terra (vv. 1,28-30,32,33,35). Deus tinha ordenado a Israel expulsar por completo os cananeus, por causa da perversão moral de sua religião (Dt 7.2-4; ver o estudo A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS). Por terem descumprido as ordens de Deus neste particular, fizeram concessões aos cananeus, resultando isso em ruína e derrota para o povo de Deus

 

*

NOTAS DE JUÍZES 2º

2.1 O ANJO DO SENHOR. O anjo do Senhor repreendeu a Israel por não ter expulsado os cananeus (Ex 3.2 nota; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR)


2.2 NÃO FAREIS CONCERTO COM OS MORADORES DESTA TERRA. Deus cessou de ajudar os israelitas, na expulsão total do inimigo, porque eles deixaram de ser um povo separado e santo, que antes abominava os caminhos malignos do povo pagão em derredor (Dt 7.2,5,16; 12.3; 30.16).

2.3 PELO QUE... NÃO OS EXPELIREI. Se deixarmos de buscar o Senhor, com sinceridade, e de seguir os seus caminhos da retidão, Ele retirará de sobre nós o seu auxílio, poder e proteção.

2.10 OUTRA GERAÇÃO... QUE NÃO CONHECIA O SENHOR. A ocorrência cíclica de declínio e renovação espiritual na vida da nação israelita, começou com a morte da geração que conquistara a terra prometida e o surgimento da geração seguinte. O panorama histórico do livro de Juízes gira em torno dos seguintes fatos:

(1) a nova geração desvia-se do voto de fidelidade de seus pais e deixa de andar em comunhão pessoal com o Senhor (v. 10);

(2) esse pecado leva a nova geração a conformar-se com os modos de vida e os valores da cultura em derredor, o que resulta em apostasia geral (vv. 11-13); (3) a condenação divina cai sobre Israel em forma de opressão e escravidão, da parte de seus inimigos (vv. 14,15); (4) os israelitas, a seguir, clamam a Deus, em meio a suas aflições e se arrependem da apostasia (vv. 15,18); (5) Deus levanta um líder cheio do poder do Espírito, como libertador para livrar os israelitas da escravidão e conduzir a nação de volta a Deus (vv. 16,18).

2.13 BAAL E A ASTAROTE. Baal, o deus principal adorado pelos cananeus, era o deus da fertilidade, da chuva e da vegetação. A adoração a Baal envolvia a prostituição cultual e o sacrifício de criancinhas. A adesão de Israel ao baalismo foi condenada veementemente pelos profetas (1 Rs 17-18; 22.17-27; 2 Rs1; 13; 17; Jr 10.12-16; 14.22; Os 2.8,16,17). "Astarote" é o plural hb. de "Astorete", deusa da guerra e da fertilidade e mulher de Baal. Era representada por estatuetas ou estátuas. A grafia deste nome em gr. é Astarte.

2.16 E LEVANTOU O SENHOR JUÍZES. Os juízes foram líderes militares e tribais, num período de declínio espiritual, social e moral de Israel. Deus os levantou para livrar o seu povo dos inimigos, uma vez Israel arrependido e reconciliado com Deus. Os juízes eram dotados de superiores qualidades de liderança e realizaram grandes feitos, mediante a proteção e o poder de Deus (v. 18; 6.11-16; 13.24,25; 14.6).

2.17 DEPRESSA SE DESVIARAM DO CAMINHO POR ONDE ANDARAM SEUS PAIS. A razão principal do desvio espiritual de Israel acha-se nos vv. 10-17.

(1) No período dos juízes, a nova geração de israelitas desviou-se dos caminhos e ensinos de seus pais. Abandonaram seu relacionamento pactual com Deus (v. 10) e se desviaram para a iniqüidade (vv. 11-13). Começaram a contestar as normas e leis da geração que se estabelecera na terra (v. 17).

(2) Deixaram de obedecer à Palavra de Deus (vv. 2,17) e passaram a viver segundo seus desejos (17.6; 21.25).

(3) Os israelitas não se separaram totalmente da cultura maligna dos cananeus (vv. 11-13; 1.28). Pelo contrário, preferiram os benefícios materialistas e os prazeres imorais dos cananeus (vv. 12,13; 1.27,28,30,33; ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES). Aceitaram o casamento misto com os cananeus (3.5,6) e também o culto idólatra a Baal e a Astorete (v. 13). Surgiu daí, inevitavelmente, o sincretismo entre as duas culturas e suas maneiras de viver.

(4) Esse fato histórico de Israel revela que a inclinação natural do ser humano, desde a queda, é para o mal; a vitalidade espiritual de um crente, ou grupo de crentes decresce, a não ser que haja renovação espiritual periódica, pela graça de Deus, mediante arrependimento, oração e reconsagração (2 Cr 7.14; Is 57.15; Mt 5.6; Jd 20)

2.19 E SE CORROMPIAM MAIS DO QUE SEUS PAIS. Este versículo revela uma degeneração crescente em Israel. Cada geração seguinte apresenta um grau maior de apostasia e degeneração espiritual. Semelhantemente, os crentes contemporâneos, da segunda e terceira geração, devem perguntar a si mesmos se são tão consagrados e dedicados a Deus como os da geração anterior. Ou estão aceitando cada vez mais a maneira de viver da sociedade ímpia, para tanto rejeitando os padrões vivenciais originais dos seus pais na fé?

2.19 NADA DEIXAVAM... DO SEU DURO CAMINHO. O fracasso espiritual de muitos dos escolhidos de Deus, que não permaneceram fiéis a Ele e à sua palavra é um assunto repetido em toda a história bíblica.

(1) O AT mostra o povo de Deus desviando-se repetidas vezes do seu amor, justiça, perdão e revelação. Exemplos disso são a rejeição por Adão, da vontade de Deus (Gn 3.1-7), pelos descendentes de Adão (Gn 6.1-7), pelos descendentes de Noé (Gn 11.1-9) e pelos filhos de Israel (Ex 32; Juízes; 1 e 2 Reis; At 7.34-53).

(2) Semelhantemente no NT, Cristo e os apóstolos revelam que, perto do fim dos tempos, muitos da igreja se afastarão da verdadeira fé em Cristo e da sua revelação na Bíblia (Mt 24.10-12,24; 2 Tm 1.15; 4.1-4; Ap 2;3).

(3) As Escrituras enfatizam, no entanto, que um remanescente justo permanecerá fiel a Deus e à sua revelação nos tempos de desvio espiritual. Entre os muitos exemplos bíblicos de homens e mulheres fiéis, temos Enoque (Gn 5.21-24); Noé (Gn 6.9-12); Abraão (Gn 12-24; 18.19); José (Gn 37-50); Moisés (Ex 33.11-14; Dt 34); Josué e Calebe (Nm 14.1-10); Rute (Rt 2.12); Samuel (1 Sm 2.26; 3.19); Elias (1 Rs 18.20-22; 19.9-18; Rm 11.2-5); os profetas (At 7.52); João Batista (Lc 1.15-17); Simeão e Ana (Lc 2.25-38); os discípulos (At 5.27-42); Paulo (2 Tm 4.6-8); os vencedores (Ap 2;3); e os irrepreensíveis (Ap 4.1-5,12), que chegarão a ser uma grande multidão dentre todas as nações, os quais lavaram suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro (Ap 7.9-17).
 

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NOTAS DE JUÍZES 3º

3.6 TOMARAM DE SUAS FILHAS. O sincretismo entre Israel e o povo cananeu através de casamentos mistos quase destruiu a identidade dos israelitas como um povo separado de Deus. Esses casamentos foram proibidos no concerto entre Israel e o Senhor (Ex 34.15,16; Dt 7.3,4; Js 23.12,13). O livro de Juízes revela os efeitos desastrosos da transigência de Israel com o pecado.

3.7 OS FILHOS DE ISRAEL FIZERAM O... MAL. O livro de Juízes registra quatro ciclos principais da apostasia de Israel, a saber: escravidão, clamor a Deus, livramento divino e novo desvio (ver 2.10 nota). Há várias verdades básicas nesses eventos históricos:

(1) A tendência natural do povo de Deus, mesmo depois de um reavivamento e restauração, é o retorno ao declínio espiritual. Somente a fé viva, a gratidão sincera, o esforço persistente de buscar a face de Deus e a rejeição constante dos caminhos ímpios da sociedade incrédula, levarão o povo de Deus a manter seu primeiro amor, sua visão e pureza.

(2) A história da salvação retrata o povo crente como um povo que não procura aprender, nem prevenir-se dos males da frieza espiritual e das trágicas conseqüências das gerações anteriores.

(3) A rebelião e a incredulidade são coisas graves. São uma afronta contra um Deus justo, e por isso merecerão seu juízo. Quando o povo de Deus rebaixa seus padrões bíblicos ou abre mão deles, perde as bênçãos de Deus prometidas, e a sua presença paternal.

(4) Deus é um Deus misericordioso, pronto a atender o clamor de arrependimento do seu povo. Ele sempre faculta um novo começo pela graça, mediante a fé nEle (ver o estudo A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS).

3.10 E VEIO SOBRE ELE O ESPÍRITO DO SENHOR. Os juízes de Israel eram sobrenaturalmente revestidos de poder do Espírito de Deus (cf. Gideão, 6.34; Jefté, 11.29; Sansão, 13.25; 14.6,19; 15.14); i.e., eram líderes de grande influência pelo poder de Deus.
Através dessa capacitação espiritual, tinham poder e sabedoria sobrenaturais para realizar proezas extraordinárias para Deus e Israel (ver 10.7 nota).
3.21 EÚDE... LANÇOU MÃO DA ESPADA. A ação de Eúde não foi homicídio, mas um ato de guerra, segundo o mandamento direto de Deus (v. 15). A guerra santa da época de Israel como teocracia deu lugar, no novo concerto, à guerra espiritual contra Satanás e suas forças demoníacas (ver Rm 8.13 nota; Ef 6.11 nota).
 

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NOTAS DE JUÍZES 4º

4.4 DÉBORA. Débora, sendo profetisa, tinha dons proféticos que a capacitava a receber mensagens da parte de Deus e a comunicar ao povo a vontade divina (vv. 6,7; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO). A profunda comunhão que Débora tinha com Deus conferiu-lhe grande influência entre os seus compatriotas (v. 8)

4.14 PORVENTURA, O SENHOR NÃO SAIU DIANTE DE TI? É imprescindível que Deus esteja à nossa frente para nos abrir o caminho. Se Ele não estiver à nossa frente nos guiando no caminho, nossos esforços darão em nada. Por isso, precisamos continuamente buscar a direção divina para a nossa vida e, segui-la (Ex 33.15).

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NOTAS DE JUÍZES 5º

5.1 E CANTOU DÉBORA E BARAQUE. O cântico de Débora e Baraque é um cântico de louvor a Deus (v. 3) pela sua misericórdia e pelos seus atos de justiça para com Israel (v. 11). Através do AT, os cânticos que os santos elevavam de todo coração ao Senhor eram um meio importante de expressar sua gratidão a Deus pelo seu poder redentor (Ex 15; 1 Cr 15;16; 2 Cr 20.22; Salmos; ver o estudo O LOUVOR A DEUS). Nós, crentes do NT, também temos o dever de tributar louvores a Deus pelo seu amor para conosco.

Deus considera o louvor como um sacrifício santo a Ele (Hb 13.15). Esse louvor é constantemente manifesto em forma de cântico (Hb 2.12; Tg 5.13; Ap 15.3). Cânticos espirituais de louvor (Ef 5.19; Cl 3.16) podem ser executados mediante a nossa mente (i.e., na linguagem humana), ou com o espírito (i.e., na linguagem do Espírito Santo; ver 1 Co 14.15)
 

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NOTAS DE JUÍZES 6º

6.1 OS FILHOS DE ISRAEL FIZERAM ... MAL. Mais uma vez, o povo de Deus desviou-se para uma religião sincretista dos cananeus.
Daí, durante sete anos Deus permitiu que os midianitas, ajudados pelos amalequitas e outros povos do Oriente, invadissem e oprimissem Israel (6.3). Foram obrigados a se esconder em cavernas e a ocultar sua produção agrícola, por causa da pilhagem dos inimigos (vv. 2-5); somente clamaram a Deus quando a situação se tornou insuportável (v. 6).

6.6 ENTÃO, OS FILHOS DE ISRAEL CLAMARAM AO SENHOR. Israel clamou a Deus só em último recurso, e só o fez por causa da opressão em que se encontrava.

(1) O problema principal dos israelitas era que a sua fé em Deus originava-se, não no amor e gratidão ao Senhor Deus, mas nos desejos e ambições egocêntricos. Buscavam a Deus só nos apertos, quando reconheciam que precisavam dEle.

(2) Os crentes deste novo concerto também precisam verificar o tipo de fé que têm. Estamos seguindo ao Senhor, porque realmente o amamos e o exaltamos por aquilo que Ele é e por aquilo que Ele tem feito? Ou o servimos primeiramente por aquilo que dEle recebemos? Se nossa fé em Deus e nossa dedicação a Ele são genuínas, nós o seguiremos mesmo que isso resulte em aflição, sofrimento, perseguição e prejuízo (ver o estudo FÉ E GRAÇA)

6.13 QUE É FEITO DE TODAS AS SUAS MARAVILHAS...? A pergunta de Gideão também deve ser feita pelos crentes do NT. Se o poder miraculoso de Deus não se manifesta entre nós, precisamos buscar o seu reino e a sua justiça até que os seus poderosos atos voltem a se manifestar em nosso meio (ver os estudos SINAIS DOS CRENTES; e A CURA DIVINA)

6.14 O SENHOR OLHOU PARA ELE. Certamente, o "SENHOR" (v. 14), e o "anjo do SENHOR" (v. 12), são a mesma pessoa neste caso aqui. Os teólogos chamam essa forma de manifestação divina, de "teofania", i.e., uma manifestação de Deus em forma física (v. 22; ver Gn 12.7 nota; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR)

6.16 EU HEI DE SER CONTIGO. Todos que, como Gideão, procuram com toda dedicação servir a Deus, terão a presença atuante, dinâmica, de Deus com eles. Aos crentes do NT, o próprio Senhor Jesus fez esta promessa (Mt 28.19,20).

6.34 O ESPÍRITO DO SENHOR REVESTIU A GIDEÃO. O verbo "revestir" significa literalmente "vestir-se de". O Espírito de Deus revestiu Gideão a fim de capacitá-lo para servir ao povo de Deus, e Gideão saiu no poder do Espírito (1 Cr 12.18; 2 Cr 24.20; Lc 24.49). Todos quantos são de Cristo têm a promessa do Espírito Santo vir sobre eles e neles habitar (At 2.4,38,39; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO)

6.37 UM VELO DE LÃ. Gideão colocou na eira um velo de lã para fortalecer sua fé e reforçar a sua convicção de que Deus realmente o chamara para libertar Israel (v. 36). O pedido de confirmação de Gideão, estava associado a uma atitude de fé, humildade e obediência.

(1) Deus, que compreende a natureza humana (cf. Sl 103.14), correspondeu com amor e graça. Todos os santos de Deus têm o direito de lhe pedir que fortaleça a sua fé (Gn 17.17-20; Ex 3.2; 4.1-9; Mc 9.24).

(2) Mesmo aqueles que são cheios do Espírito podem, às vezes, vir a ter medo ou incerteza, quando em circunstâncias difíceis. Nessas ocasiões, Deus quer animar-nos e fortalecer a nossa fé (vv. 38-40).

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NOTAS DE JUÍZES 7º

7.2 MUITO É O POVO QUE ESTÁ CONTIGO. A ordem divina para reduzir o exército de 32.000 para 300 (vv. 2-7), ilustra quatro verdades bíblicas: (1) Somente a presença atuante de Deus pode garantir vitória ao seu povo. Deus pode operar poderosamente através de um número pequeno de pessoas consagradas. "Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4.6). (2) Não são as grandes cifras que são de capital importância para Deus, e sim a vigilância espiritual e a vida consagrada (Ap 3.4,5). (3) Nosso verdadeiro recurso e força para enfrentar todos os desafios da vida está em Deus, e somente nEle (Fp 4.13). (4) O orgulho dos "nossos" feitos é, com toda certeza, um impedimento ao recebimento do poder e ajuda de Deus (Pv 8.13).

7.11 ENTÃO, SE ESFORÇARÃO AS TUAS MÃOS. Deus animou Gideão para debelar o seu medo e fortalecer sua fé (v. 10). O crente, dedicado à vontade de Deus e que o serve fielmente, precisará do seu alento em certas circunstâncias. Nessas ocasiões, devemos orar para Deus nos comunicar pelo seu Espírito, fé, esperança e coragem (2 Co 1.4-11; Fp 4.6,7).

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NOTAS DE JUÍZES 8º

8.6 DEMOS PÃO AO TEU EXÉRCITO. Ao recusarem ajudar o exército de Gideão, os israelitas de Sucote e Penuel (v. 8) estavam se aliando aos inimigos de Israel, decisão esta pela qual foram castigados (vv. 15-17). Semelhantemente, os crentes do NT têm o dever de tomar posição firme por Cristo e pela justiça, senão são considerados, de fato, seus inimigos (Mt 12.30).

8.16,17 TOMOU OS ANCIÃOS... E MATOU OS HOMENS. O castigo que Gideão aplicou aos israelitas de Sucote e Penuel foi severo, porém defensável. Pertencer ao povo de Deus, mas recusar-se a apoiar aqueles que estão lutando na causa de Deus é um delito horrível aos olhos do Senhor (ver nota anterior).

8.27 E FEZ GIDEÃO DISSO UM ÉFODE. Esse "éfode" era provavelmente uma cópia de parte das vestes externas do sumo sacerdote quando oficiava perante o Senhor (Ex 28.6 nota). É provável que Gideão fez tal éfode com boas intenções, como memorial ao êxito de Israel na obra de Deus. No entanto, esse éfode não fora autorizado por Deus, vindo a ser objeto de veneração, de exaltação a Gideão e aos feitos de Israel. Esse ato idólatra trouxe ruína espiritual à nação e aos familiares de Gideão. Podemos aprender desse erro trágico de Gideão que:

(1) Exaltar e glorificar igrejas, instituições, ou líderes humanos de grande influência, resulta em corrupção e morte espirituais.

(2) Quando quisermos fazer algo na causa de Deus, devemos antes orar, pedindo sabedoria para prevermos possíveis efeitos que possam causar grandes danos ao reino de Deus.

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NOTAS DE JUÍZES 9º

9.4,5 ABIMELEQUE... MATOU OS SEUS IRMÃOS. Esta grande tragédia na família de Gideão foi o resultado da sua poligamia (8.30,31). Abimeleque, seu filho, nascido de sua concubina em Siquém, posteriormente matou setenta irmãos seus. Gideão era um líder capaz no campo de batalha, mas não no lar. Deus, porém, atribui grande importância à família. No novo concerto, Deus ordena que ninguém seja dirigente do seu povo, se não souber governar bem a si mesmo e à sua casa (1 Tm 3.1-5).
9.13 MOSTO. A palavra hebraica aqui usada (e freqüentemente traduzida por "vinho") é tirosh, que significa "vinho novo". Tirosh refere-se tipicamente ao suco fresco e puro da uva, o produto da videira (ver Is 65.8 nota; ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO  )

9.23 ENVIOU DEUS UM MAU ESPÍRITO. Deus utilizou espíritos demoníacos para castigar Abimeleque e os homens de Siquém pelo assassinato dos filhos de Gideão. O mau espírito provocou contendas e desconfiança entre eles (ver 1 Sm 16.14,23 notas).
 

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NOTAS DE JUÍZES 10º

10.6 TORNARAM OS FILHOS DE ISRAEL A FAZER O... MAL. Mais uma vez, os israelitas abandonaram o Senhor e serviram a outros deuses (ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES).

(1) Na religião cananéia, a pessoa podia ser praticante da religião e, também, da prostituição cultual. Na busca de fertilidade através dos seus deuses, os adeptos daquelas religiões criam que a religião e práticas sexuais pecaminosas eram compatíveis entre si.

(2) Do mesmo modo, há quem diga ser cristão e ensine que a salvação é compatível com a torpeza sexual. Alegam que, sendo a salvação pela graça, essa graça apaga automaticamente todo e qualquer pecado. Deste modo, não é necessário abandonar a imoralidade sexual, a embriaguez, o roubo, o homossexualismo, a crueldade e
coisas semelhantes, para se obter a salvação em Cristo.

(3) Tal doutrina é uma perversão da redenção que Deus concedeu ao seu povo, e tem de ser rejeitada por todos que são leais a Deus e à Palavra dEle (ver Mt 7.21 nota; 1 Jo 2.4 nota; Ap 21.8 nota; ver o estudo PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL)


10.7 E A IRA DO SENHOR SE ACENDEU. A ira contra o pecado e a iniqüidade é um atributo intrínseco de Deus (ver o estudo OS ATRIBUTOS DE DEUS). Trata-se de uma expressão da sua bondade e amor em relação à justiça. Quando o crente em seu espírito se ira contra o pecado, violência, maldade ou injustiça, não está cometendo erro, pois tais indivíduos compartilham assim da natureza divina, participando do seu amor à justiça e sua aversão à iniqüidade (ver Mc 3.5; Rm 1.18 nota; Hb 1.9 nota)

10.16 ENTÃO, SE ANGUSTIOU A SUA ALMA POR CAUSA DA DESGRAÇA DE ISRAEL. Isto refere-se a Deus. Embora os israelitas merecessem com justiça a aflição e o aperto que passavam, Deus comoveu-se profundamente com a agonia deles.

(1) O sofrimento e o desespero deles moveram o coração de Deus, assim como o sofrimento de um filho aflige e preocupa um pai amoroso. Em certo sentido, Deus ficou com o coração partido por causa da aflição deles (cf. Ez 6.9), e moveu-se de compaixão e usou de misericórdia para com eles (Os 11.7-9).

(2) A terna misericórdia de Deus está à disposição de todos quantos pecam e que por isso sofrem terríveis conseqüências, mas que se arrependem dos seus pecados e voltam-se para Deus, buscando o perdão. Nessa triste condição podemos confiar que Deus se comove com a nossa dor e sofrimento, que tem compaixão de nós e nos restaura à sua
comunhão e bênçãos. (3) A compaixão de Deus pelos pecadores perdidos moveu-o a enviar seu Filho para reconciliar consigo mesmo os pecadores (Jo 3.16).
 

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NOTAS DE JUÍZES 11º

11.29 O ESPÍRITO DO SENHOR. Ver 3.10 nota; 15.14 nota.
11.39 VOTO... ELA NÃO CONHECEU VARÃO. Tudo indica que Jefté não ofereceu fisicamente sua filha em sacrifício (vv. 30,31), por duas razões, pelo menos:

(1) Ele certamente conhecia a lei de Deus que proibia rigorosamente sacrifícios humanos, e por certo sabia que Deus tinha tal ato como uma abominação intolerável (Lv 18.21; 20.2-5; Dt 12.31; 18.10-12).

(2) A menção enfática que "ela não conheceu varão" (i.e., não se casou), deixa claro que ela foi apresentada a Deus como um sacrifício vivo, dedicando toda sua vida
como virgem, e ao serviço do santuário nacional de Israel (Ex 38.8; 1 Sm 2.22).

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NOTAS DE JUÍZES 13º

13.1 FILISTEUS. Uma grande horda de filisteus migrou para a costa sulina de Canaã, cerca de 1200 a.C., possivelmente vinda de Creta (Jr 47.4; Am 9.7, onde "Caftor" significa Creta). Tornaram-se os principais inimigos dos hebreus no período de 1200-1000 a.C. (i.e., até aos tempos de Davi). Por terem a habilidade de fabricar armas de ferro, levavam vantagem militar sobre Israel (1 Sm 13.19-22). O nome "Palestina" deriva do termo "filisteu".

13.4 GUARDA-TE DE QUE BEBAS VINHO OU BEBIDA FORTE. Enquanto a mãe de Sansão recebeu ordens para evitar beber vinho, e quaisquer outras bebidas fermentadas durante sua concepção e gravidez, por motivos espirituais (vv. 4,5), a ciência médica moderna dá o mesmo conselho por problemas físicos. Os mais destacados especialistas em defeitos congênitos do ser humano advertem que se a gestante ingerir bebida  alcoólica, mesmo em doses mínimas durante a concepção ou gravidez, corre um grande risco de abortar ou causar defeitos e lesões congênitas e incuráveis nos seus nenês (ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO (2))


13.5 O MENINO SERÁ NAZIREU. Deus queria que Sansão fosse nazireu, e que seguindo seus elevados padrões, ele fosse um notável exemplo de vida e testemunho para o seu povo (para uma explanação do voto do nazireado, ver Nm 6.2 nota; ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO)

13.7 VINHO NEM BEBIDA FORTE. Ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO
 

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NOTAS DE JUÍZES 14º

14.3 MULHER DOS FILISTEUS... INCIRCUNCISOS? O Senhor abençoou a Sansão e o revestiu do poder do Espírito (13.24,25; 14.6,19; 15.14), mas ele cometeu erros fatais que o levaram ao fracasso espiritual e à morte física. Entre esses erros estão os seguintes:

(1) Não se firmou na palavra de Deus. Demonstrou falta de interesse e de respeito para com os mandamentos de Deus, e desprezou totalmente a lei de Deus quanto ao casamento misto (Ex 34.16; Dt 7.3; Gn 24.3,4; 26.34,35).

(2) Não fez caso do ensino que seus pais lhe transmitiram da parte de Deus, e abandonou os princípios bíblicos de vida, para fazer a sua própria vontade (13.5,8,14,24,25).

(3) Diferente de Moisés, que escolheu sofrer adversidades com o povo de Deus, ao invés de desfrutar dos prazeres passageiros do pecado (Hb 11.25), Sansão decidiu liberar suas emoções e atender seus desejos de maneira desagradável a Deus (14.3; 16.1,4; ver 15.7 nota).

(4) Visando ao proveito e à vantagens pessoais, menosprezou os dons e o poder que Deus lhe concedera.


14.4 ISTO VINHA DO SENHOR. Esta declaração não significa que a intenção de Sansão casar com uma incrédula vinha do Senhor.
Essa sua inclinação vinha do seu próprio desejo de querer companheirismo conjugal fora do povo de Deus (Tg 1.13,14). Deus, no entanto, serviu-se desse mal na vida de Sansão como ocasião para cumprir seu propósito contra os filisteus (v. 4; Gn 50.20).

14.6 O ESPÍRITO DO SENHOR. A grande força física de Sansão não provinha dele mesmo, mas do Espírito ter descido sobre ele (v. 19; 15.14; 16.28-30). Segundo o novo concerto, o Espírito Santo também vem sobre os crentes, mas não para nos dar grandes forças físicas, pelo contrário, o Espírito Santo nos reveste de poder para viver e testemunhar por Cristo (ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO)
 

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NOTAS DE JUÍZES 15º

15.7 HAVENDO-ME VINGADO EU DE VÓS. A luta de Sansão contra os filisteus era motivada primeiramente por ira e vingança pessoais, e não por causa da libertação do povo hebreu, da parte do Senhor. Esse egoísmo e falta de dedicação a Deus, por fim levaram Sansão à ruína (16.20,21).

15.14 O ESPÍRITO DO SENHOR POSSANTEMENTE SE APOSSOU DELE. No AT, uma poderosa capacitação do Espírito Santo sobre uma pessoa não significa a aprovação de Deus quanto ao modo de vida de tal pessoa (Nm 24.2). Havia, de fato, muitos reprováveis na vida de Sansão.

15.20 JULGOU A ISRAEL... VINTE ANOS. Durante os vinte anos em que Sansão foi juiz de Israel, nunca conseguiu libertar seu povo da opressão dos filisteus. Sua história consiste apenas de proezas esporádicas contra aquela nação pagã. Deus muito teria realizado através de Sansão, se este tivesse sido fiel à sua chamada, e totalmente dedicado aos propósitos de Deus para sua vida como libertador escolhido de Israel.
 

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NOTAS DE JUÍZES 16º

16.1 UMA MULHER PROSTITUTA. O problema da concupiscência insaciável de Sansão, levou-o finalmente à queda (vv. 4,19-21).
Ele preocupava-se mais em satisfazer sua paixão sensual do que em agradar ao seu Deus (vv. 1-3).

16.19 RETIROU-SE DELE A SUA FORÇA. Sansão cedeu ao pecado no caso de Dalila, por descumprir repetidamente as ordens de Deus, para manter-se separado das nações iníquas de Canaã (Dt 7.1-4). Ele não se convencia de que um crente que se iguala aos idólatras e aos imorais, fica totalmente indefeso ante o poder de Satanás, o engano e à derrota total (vv. 19-21).

16.20 JÁ O SENHOR SE TINHA RETIRADO DELE. Sansão exemplifica os crentes que acham que Deus estará sempre com eles, mesmo que continuem em suas práticas pecaminosas e imorais. O Senhor retirou-se desse juiz de Israel por causa da sua contínua desobediência (cf. 1 Co 9.27; Hb 3.6-19). Esta passagem bíblica adverte seriamente que é possível o Senhor retirar-se de uma pessoa que peca repetidamente, sem esta perceber o fato.

16.28 SANSÃO CLAMOU AO SENHOR. Sansão, sinceramente arrependido e com a fé renovada em Deus, clamou ao Senhor, e a sua oração foi ouvida. Essa demonstração de fé de Sansão resultou na sua inclusão entre os heróis da fé (Hb 11.32).

 

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NOTAS DE JUÍZES 17º

17.1 MICA. A ordem cronológica do livro de Juízes termina no cap. 16. Começando no episódio de Mica, a seção final do livro (17.1-21.25) revela os baixos padrões morais, as práticas religiosas corrompidas e a ordem social caótica de Israel durante o período dos juízes. Esses fatos demonstram que se a Palavra de Deus e seus princípios morais salutares forem abandonados, tanto os indivíduos como a sociedade como um todo, serão arruinados (Pv 14.34; 21.7). Duas vezes o escritor observa que "cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos" (17.6; 21.25; cf. Pv 14.12). A rejeição dos caminhos do Senhor resultou em tristeza, desordem e morte.


17.5 UMA CASA DE DEUSES. Mica não se submeteu à autoridade da revelação inspirada de Deus, escrita por Moisés e enganou-se, fazendo aquilo que parecia direito aos seus olhos (v. 6; Dt 11.18-25; Js 1.5-8). Enganou-se a si mesmo ao ponto de crer que podia receber a bênção de Deus (v. 13) enquanto também violava os mandamentos claros das Escrituras. Seus pecados incluía o furto (v. 2), a adoração a ídolos (vv. 3-5), a desobediência aos mandamentos de Deus (v. 6) e a nomeação de seu próprio filho como sacerdote (vv. 5-13; Nm 16.17; Dt 21.5; 2 Tm 4.3). Não havia discernimento, nem a devida moral em Israel quando a nação apartou-se de Deus.

17.6 CADA QUAL FAZIA O QUE PARECIA DIREITO AOS SEUS OLHOS. Quem vive fazendo o que julga ser direito, conseqüentemente faz o que é mau aos olhos de Deus (2.11; 4.1; 6.1; 10.6). Essa atitude de rebeldia prevalece hoje, como nos dias de Mica. Muitos querem viver segundo sua própria vontade e se aborrecem quando alguém até mesmo o próprio Deus e a sua Palavra lhes fala sobre o que podem ou não podem fazer. Quem despreza os padrões imutáveis de Deus para fazer sua própria vontade, acabará no caos espiritual, moral e social. O crente autêntico, por outro lado, observa de boa mente o querer do Senhor, conforme está revelado na sua Palavra escrita.
 

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NOTAS DE JUÍZES 18º

18.20 ENTÃO, ALEGROU-SE O CORAÇÃO DO SACERDOTE. O destaque ao sacerdote nos caps. 17;18 ressalta o fato que não somente o povo comum, mas também o sagrado ministério se corrompera. O sacerdote aqui mencionado estava disposto a servir como sacerdote doutros deuses, apenas por dinheiro e posição (17.10,12; 18.4)

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NOTAS DE JUÍZES 19º

19.1 NAQUELES DIAS. Os eventos descritos no cap. 19 revelam até que ponto alguns de Israel tornaram-se depravados e imorais depois que se desviaram de Deus.

 (1) Alguns israelitas (i.e., os filhos de Benjamim), tornaram-se homossexuais, estupradores e assassinos (vv. 22-30).

(2) Certo levita (i.e., ministro da Palavra de Deus) não se importou que sua mulher fosse estuprada e morta do lado de fora, enquanto ele abrigou-se dentro de casa (vv. 1,22,25-30). Logo, tanto o povo comum, como os ministros, descem às profundezas da corrupção moral quando rejeitam a Deus e a sua Palavra (Os 9.7-9; 10.9).

19.1 CONCUBINA. Nos tempos bíblicos, concubina era uma mulher unida conjugal e legalmente a homem, mas em posição inferior à esposa vitalícia. O AT jamais aprovou essa prática polígama (Ex 21.7-11; Dt 21.10-14; ver Gn 29.28 nota).

19.22 TIRA PARA FORA O HOMEM. Um dos piores casos de corrupção e decadência moral ocorreu em Gibeá, entre os que antes pertenceram ao povo de Deus, mas entregaram-se à perversão do homossexualismo e do estupro (Os 9.9; 10.9). Tornaram-se semelhantes aos sodomitas (Gn 19.1-11). As Escrituras consideram a sodomia e o lesbianismo como uma das últimas conseqüências da rejeição por Deus, de uma pessoa ou povo moralmente decaído (ver Rm 1.27 nota). Caso não haja arrependimento, o homossexualismo levará a "um sentimento perverso" (Rm 1.28), que poderá cometer o tipo de brutalidade descrito aqui (19.25).

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NOTAS DE JUÍZES 20º

20.1 TODOS OS FILHOS DE ISRAEL SAÍRAM. Pelo fato das tribos de Israel não cumprirem a lei de Deus, nem viverem em retidão, o resultado foi o pecado horrível descrito no cap. 19, e a recusa dos benjamitas de castigar os malfeitores (vv. 12-14). Israel como um todo afastou-se da obediência sincera à palavra de Deus, e a tribo de Benjamim afundou na apostasia total. Irrompeu a guerra civil, muitos milhares foram mortos, e a tribo de Benjamim foi quase totalmente aniquilada.

20.13 OS FILHOS DE BENJAMIM NÃO QUISERAM OUVIR. A tribo de Benjamim simpatizava mais com os indivíduos iníquos no seu meio, do que com a vítima inocente que fora tratada com tamanha crueldade (19.25).

(1) Ao recusar-se a castigar esses membros iníquos do seu grupo, a tribo inteira demonstrou:

(a) que a justiça nada valia para eles, e

(b) que perdera toda a sensibilidade moral e a lealdade à lei de Deus. Por causa disso, Deus castigou a totalidade da tribo de Benjamim (vv. 18,35,48).

(2) Uma situação similar existe hoje no novo concerto, quando as igrejas se recusam a disciplinar ou excluir membros vivendo em pecado. A tolerância do pecado e da imoralidade (i.e., a atitude de omitir a disciplina bíblica) revela falta de sensibilidade moral da própria congregação e infidelidade a Deus e à sua Palavra. O juízo divino contra tal congregação é certo (ver Mt 13.30 nota; 18.15 nota; 1 Co 5.1 notas).

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NOTAS DE JUÍZES 21º

21.7 OS QUE FICARAM DE RESTO. Somente 600 benjamitas sobreviveram a guerra (ver 20.47).

21.10 IDE E... FERI AOS MORADORES DE JABES-GILEADE. A maioria dos israelitas de Jabes-Gileade foi morta porque recusou-se a tomar parte com Israel na guerra contra os benjamitas. O pecado deles foi o de não ter ficado do lado de Deus e do seu povo contra o crime hediondo cometido por alguns dos seus concidadãos (19.22-25).

21.25 CADA UM FAZIA O QUE PARECIA RETO AOS SEUS OLHOS. O livro de Juízes termina salientando o fato que, durante a época dos juízes, os israelitas abandonaram os padrões de Deus e passaram a fazer o que julgavam certo. Mas, conforme adverte Provérbios, pensamentos e opiniões humanos não servem para decidir o que é moralmente certo (Pv 14.12; 16.25). O padrão certo para a direção da nossa vida deve ser a Palavra de Deus, e não nossas opiniões, que para aquela finalidade não passa de rebelião contra Deus. Neemias declara a respeito disso: "Porém se obstinaram, e se revoltaram contra ti, e lançaram a tua lei para trás das
suas costas... mas, pela tua grande misericórdia, não os destruíste nem desamparaste; porque és um Deus clemente e misericordioso" (Ne 9.26,31).
 

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