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Esboço
Título (1.1)
I. O Casamento de Oséias Ilustra a Infidelidade de Israel, e a Rejeição e
Restauração da Nação (1.2—3.5)
A. O Casamento com Gomer (1.2)
B. O Nascimento dos Três Filhos (1.3-9)
C. Profecia da Restauração (1.10—2.1)
D. Gômer Como Símbolo de Israel (2.2-23)
1. O Adultério de Israel (2.2-5)
2. O Juízo Divino (2.6-13)
3. Deus Promete a Restauração de Israel (2.14-23)
E. A Redenção de Gomer (3.1-5)
II. A Mensagem de Oséias Descreve a Infidelidade, Rejeição e Restauração de
Israel (4.1—14.9)
A. O Adultério Espiritual de Israel (4.1-19)
B. O Juízo Divino Sobre Israel (5.1-14)
C. O Arrependimento Insincero de Israel (5.15—6.3)
D. O Registro dos Pecados de Israel (6.4—8.6)
1. Violação do Concerto (6.4-10)
2. Recusa em Confiar em Deus, e Obedecê-lo (6.11—7.16)
3. Servir a Falsos Deuses (8.1-6)
E. A Predição do Juízo de Israel (8.7—10.15)
1. Será Devorada pelas Nações (8.7-14)
2. A Prosperidade Evaporará (9.1-9)
3. A Madre se Tornará Estéril (9.10-17)
4. A Nação Será Destruída (10.1-15)
F. O Amor Persistente de Deus por Israel (11.1-11)
G. Repetição dos Pecados de Israel (11.12—12.14)
H. O Cuidado Passado de Deus e Sua Ira Presente (13.1-16)
1. A Idolatria de Israel (13.1-3)
2. O Cuidado Divino no Êxodo (13.4-6)
3. O Plano Divino em Destruir Israel (13.7-13)
4. O Plano Divino para a Restauração Final de Israel (13.14)
5. Insistência na Destruição Iminente de Israel (13.15,16)
I. Deus Promete Restaurar Israel (14.1-9)
1. A Chamada ao Arrependimento (14.1-3)
2. A Promessa de Bênçãos Abundantes (14.4-9)
Autor:
Oséias
Tema:
O Julgamento Divino e o Amor Redentor de Deus
Data:
715-710 a.C.
Considerações Preliminares
Oséias, cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri
(1.1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele
mesmo revela em seu livro. Que Oséias provinha de Israel, e não de Judá, e que
profetizou à sua nação, fica patente: (1) em suas numerosas referências a
“Israel” e “Efraim”, as duas principais designações do Reino do Norte; (2) na
sua referência ao Rei de Israel, em Samaria, como “nosso rei” (7.5); e (3) em
sua
intensa preocupação com a corrupção espiritual, moral, política e social de
Israel. O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se logo depois ao
ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a Israel. Amós e
Oséias são os únicos profetas do AT, cujos livros foram dedicados inteiramente
ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente.
Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava
espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência,
assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando
Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel
desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que
acabariam por produzir um falso senso de segurança. Logo após a morte de
Jeroboão II (753 a.C.), porém, a nação começa a deteriorar-se, e caminha
velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro
de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos,
Samaria seria incendiada, e os israelitas, deportados à Assíria e,
posteriormente, dispersados entre as nações. O casamento trágico de Oséias, e
sua palavra profética, harmonizavam-se com a mensagem de Deus a Israel durante
esses anos caóticos.
Deus ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições” (1.2) a fim de
ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o
casamento do profeta como alegoria, os eruditos conservadores
consideram-no literal. Parece improvável, porém, que Deus instruísse seu piedoso
servo a casar-se com uma mulher de má fama para exemplificar sua mensagem a
Israel. Parece mais provável que Oséias haja se casado com Gomer
quando esta ainda era casta, e que ela haja se tornado meretriz posteriormente.
Sendo assim, a ordem para se tomar “uma mulher de prostituições” era uma
previsão profética do que estava prestes a acontecer.
O contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão
II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias; ver
1.1) — i.e., entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não
somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e
Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma
referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos
seis reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de
morar na terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela
Assíria (722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome.
Propósito
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a
arrepender-se de sua idolatria e iniqüidade persistentes, antes que Ele
entregasse a nação ao seu pleno juízo. O livro foi escrito com o objetivo de
revelar: (1) que
Deus conserva seu amor ao seu povo segundo o concerto, e deseja intensamente
redimi-lo de sua iniqüidade; e (2) que conseqüências trágicas se seguem quando o
povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o amor
redentor. A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da
infidelidade de Israel. Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel
corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel,
prostituição espiritual.
Visão Panorâmica
Os capítulos 1—3 descrevem o casamento entre Oséias e Gomer. Os nomes dos três
filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus espalha”), Lo-Ruama (“Não
compadecida”) e Lo-Ami (“Não meu povo”). O amor
perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus
por Israel.
Os capítulos 4—14 contêm uma série de profecias que mostram o paralelismo entre
a infidelidade de Israel e a da esposa de Oséias. Quando Gomer abandona Oséias,
e vai à procura de outros amantes (cap. 1), está representando
o papel de Israel ao desviar-se de Deus (4—7). A degradação de Gomer (cap. 2)
representa a vergonha e o juízo de Israel (8—10). Ao resgatar Gomer do mercado
de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de
Deus em restaurar Israel no futuro (11—14). O livro enfatiza este fato: por ter
Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não
poderá ser adiado.
Características Especiais
Sete aspectos básicos caracterizam o livro de Oséias. (1) Ocupa o primeiro lugar
na seção do AT chamada “O Livro dos Doze”, também conhecida como os “Profetas
Menores”, por causa de sua brevidade em comparação com
Isaías, Jeremias e Ezequiel. (2) Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino
do Norte a terem um livro profético no AT (o outro é Jonas). (3) À semelhança de
Jeremias e Ezequiel, as experiências pessoais de Oséias ilustram sua
mensagem profética. (4) Contém cerca de 150 declarações a respeito dos pecados
de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria. (5) Mais do
que qualquer outro profeta do AT, Oséias relembra aos israelitas
que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles. (6) Não há
ordem visível entre suas profecias (4—14). É difícil distinguir onde uma
profecia termina e outra começa. (7) Elas acham-se repletas de vívidas figuras
de linguagem, muitas das quais tiradas do cenário rural.
O Livro de Oséias ante o NT
Diversos versículos de Oséias são citados no NT: (1) o Filho de Deus é chamado
do Egito (11.1; cf. Mt 2.15); (2) a vitória de Cristo sobre a morte (13.14; cf.
1 Co 15.55); (3) Deus deseja a misericórdia, e não o sacrifício (6.6; cf.
Mt 9.13; 12.7; e (4) os gentios que não eram o povo de Deus, passam a ser seu
povo (1.6, 9-10; 2.23; cf. Rm 9.25,26; 1 Pe 1.10). Além dos trechos específicos,
o NT expande o tema do livro — Deus como o marido do seu povo
— e diz que Cristo é o marido de sua noiva redimida, a igreja (ver 1 Co 11.2; Ef
5.22-32; Ap 19.6-9; 21.1-2, 9-10). Oséias enfatiza a mensagem do NT a respeito
de se conhecer a Deus para se entrar na vida (2.20; 4.6; 5.15;
6.3-6; cf. Jo 17.1-3). Juntamente com esta mensagem, Oséias demonstra claramente
o relacionamento entre o pecado persistente e o juízo inexorável de Deus. Ambas
as ênfases são resumidas por Paulo em Rm 6.23: “Porque o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus, nosso Senhor”.
NOTAS DE OSEÍAS 1º
1.1 DEPOIS DA MORTE DE JOSUÉ. Os eventos registrados no livro de Juízes estendem-se cerca de 1375 a.C. até 1050 a.C., quando, então, Saul foi ungido rei.
1.2 VAI, TOMA UMA MULHER DE PROSTITUIÇÕES. O relacionamento entre Deus e
Israel é freqüentemente comparado a um contrato matrimonial (e.g., Is 54.5; Jr
3.14; cf. Ef 5.22-32). "Desviando-se do Senhor", a fim de adorar aos
ídolos, Israel foi considerado por Deus como um caso de infidelidade ou
prostituição espiritual. O casamento de Oséias deveria ser, portanto, uma lição
prática para o infiel Reino do Norte. Há forte probabilidade de que Gomer não
fosse
prostituta por ocasião do seu matrimônio, tendo posteriormente se voltado ao
adultério e à imoralidade, talvez como prostituta no templo de Baal. Ao
abandonar o Senhor, ela não somente foi levada à adoração falsa, mas também ao
rebaixamento dos padrões morais. Hoje se pode ver o mesmo padrão de vida imoral
sempre que o povo de Deus se desvia da genuína dedicação ao Todo-poderoso (ver
Pv 5.3 nota).
1.4 VISITAREI O SANGUE DE JEZREEL. O mais provável é que este versículo se
refira à matança dos setenta filhos de Acabe, executada por Jeú (2 Rs 10.1-8).
Embora fosse elogiado por ter trazido o justo juízo de Deus à família de
Acabe, Jeú portara-se com demasiada severidade (2 Rs 10.30,31).
1.4 FAREI CESSAR O REINO DA CASA DE ISRAEL. Deus não demoraria para trazer juízo
e destruição ao Reino do Norte. É provável que Oséias tenha vivido até ver
cumprida esta profecia, em 722 a.C., quando os assírios
conquistaram Samaria, deportaram cerca de dez por cento da população, e tornaram
os demais habitantes parte de uma mera província assíria.
1.6 EU NÃO ME TORNAREI MAIS A COMPADECER. O nome "Lo-Ruama" (lit., "não é
compadecida" ou "ela não recebe compaixão e amor") significa que Deus, em sua
santidade, declarara ter chegado a hora de cessar a sua
longanimidade, e acionar a sua justiça. O juízo finalmente teria de vir contra o
povo pecaminoso e rebelde.
1.7 E OS SALVAREI. O Reino do Sul (Judá) não seria destruído na mesma ocasião
que o Reino do Norte -(Israel). Em virtude de o rei Ezequias estar conduzindo
sua nação pelo caminho da fé e do arrependimento, o Senhor os salvaria
naquela ocasião (2 Rs 19.32-36; Is 37.36). O reino de Judá perduraria ainda por
136 anos.
1.9 NÃO SOIS MEU POVO. Acredita-se que o terceiro filho de Gomer, um menino
chamado "Lo-Ami" (que significa "não meu povo"), não fosse de Oséias. O nome da
criança simbolizava a quebra do relacionamento pactual em
conseqüência da contínua rebeldia contra Deus mediante a idolatria. O povo do
Reino do Norte já não poderia esperar que Deus o abençoasse e o livrasse de seus
adversários. Oséias estava aprendendo, através de sua própria angústia,
sobre como se achava o coração de Deus por causa dos pecados de seu povo.
1.10,11 ISRAEL SERÁ COMO A AREIA DO MAR. A rejeição do Reino do Norte como nação
separada não significava que Deus se esqueceria de sua promessa a Abraão, Isaque
e Jacó, a respeito da terra e da nação. Apesar de Israel
haver pecado, Deus restauraria o seu povo à condição de filhos. Ele reuniria as
doze tribos para formar uma única nação sob um único líder. A promessa de
reunificação anuncia o Messias vindouro.
1.11 GRANDE SERÁ O DIA DE JEZREEL. Jezreel significa "Deus espalha". E, aqui,
tal nome é empregado num sentido ligeiramente distinto daquele que aparece no
versículo quatro. Deus espalharia o seu povo (v. 4), mas
posteriormente o recolheria das terras para onde havia sido espalhado, e o
semearia de novo na terra que lhe pertencia, assim como o agricultor esparge as
sementes no solo devidamente preparado.
NOTAS DE OSEÍAS 2º
2.2-7 CONTENDEI COM VOSSA MÃE. Oséias volta às advertências de juízo. "Contender" é um termo jurídico empregado para pleitear uma causa contra alguém envolvendo demandas, repreensões e censuras. A nação é a esposa e mãe; os israelitas são os filhos que se voltaram à idolatria. Eles precisam, pois, arrepender-se e abandonar seus amantes (2.5), i.e., os vários deuses cananeus.
2.6 PORTANTO... CERCAREI O TEU CAMINHO. O Senhor prometeu colocar obstáculos no caminho dos israelitas, não para destruí-los, mas para torná-los conscientes de que lhes seria melhor voltarem a Deus. É sempre apropriado orar, rogando a Deus que introduza dificuldades na vida dos entes queridos não salvos, ou afastados dos caminhos do Senhor, a fim de que aprendam que o melhor mesmo é voltarem a Deus e à sua misericórdia do que permanecer nas agruras do pecado.
2.8 ELA, POIS, NÃO RECONHECE. Israel atribuía suas boas colheitas aos baalins (deuses cananeus) quando, na realidade, eram a misericórdia e graça de Deus que lhe proporcionavam as boas coisas da vida. Os crentes devem reconhecer sempre a graça de Deus e as bênçãos dEle provenientes, rendendo-lhe contínua gratidão. Deixar de fazê-lo significa estar afastando-se de Deus.
2.11 FAREI CESSAR TODO O SEU GOZO. O propósito de Deus era que os dias sagrados e festas solenes de Israel fossem ocasiões de regozijo pelas bênçãos advindas do céu. Mas o regozijo dos israelitas transformara-se em mera hilaridade: risos falsos e diversões sem significado. As festas ordenadas por Deus haviam se convertido em simples reuniões sociais. O ritual já não tinha qualquer conteúdo.
2.13 SOBRE ELA VISITAREI OS DIAS DE BAAL. Deus "visitaria" o seu povo. Neste caso, a visitação significava que o Senhor aplicaria sua justiça por ter sido agravada sua natureza santa.
2.14 PORTANTO... EU A ATRAIREI. Oséias alterna as advertências de juízo com as promessas de esperança e restauração. Os dois "portanto" (hb. laken) anteriores (vv. 6,9) referiam-se ao juízo. Agora, começando com outro laken, Deus revela um maravilhoso contraste. Em sua graça, ainda conclamaria Israel a que retornasse a Ele. Assim como no Êxodo, quando tirou seu povo do Egito e o conduziu ao deserto para dar-lhe a sua Lei e introduzi-lo na terra prometida, voltaria a tirá-lo do Egito, e do pecado ali representado, para um novo deserto, onde o guiaria e o restauraria plenamente.
2.20 E DESPOSAR-TE-EI COMIGO EM FIDELIDADE. Nos tempos bíblicos, o noivado era um compromisso contratual ao nível de matrimônio. Aqui, Deus promete restaurar o relacionamento pactual entre Ele e Israel mediante o seu amor redentor, a fim de que os israelitas viessem a conhecê-lo de modo genuíno e pessoal. Em contrapartida, Deus estava a exigir justiça, retidão, amor constante, bondade e fidelidade de seu povo. De igual modo, Ele quer que os crentes, hoje, manifestem-lhe fidelidade, sincero amor e compaixão ao próximo.
2.23 E SEMEÁ-LA-EI PARA MIM NA TERRA. O propósito de Deus, ao tirar o seu
povo do Egito, foi estabelecer com a semente de Abraão um relacionamento pactual
(Ex 19.4). Este tem sido o seu eterno propósito para com a humanidade. O NT
aplica a parte final deste versículo à inclusão dos gentios na igreja como o
novo Israel (Rm 9.25,26; 1 Pe 2.10).
NOTAS DE OSEÍAS 3º
3.1 VAI OUTRA VEZ, AMA UMA MULHER... ADÚLTERA.
Agora Oséias ilustra de maneira nova o amor de Deus por Israel. Ao que parece,
Gomer havia abandonado o marido a fim de continuar prestando sua imoral adoração
a Baal.
Oséias, no entanto, jamais desistira de seu amor por ela, embora estivesse com o
coração partido. Ele devia procurá-la para expressar-lhe novamente seu amor e
cuidado, assim como Deus o faria em relação aos israelitas. Estes também haviam
partido o coração do Altíssimo ao se voltarem a outros deuses, e se deliciarem
com os "bolos de uvas" das festas pagãs.
3.2 E A COMPREI PARA MIM. É muito provável que, agora, Gomer estivesse endividada, prestes a ser vendida como escrava, conforme previam as leis. Oséias, no entanto, resgata-a por um alto preço. Tal atitude ilustra o amor redentivo de Deus pelos pecadores, que não têm como redimir-se ou salvar-se a si mesmos; sua única esperança é a graça divina.
3.5 DEPOIS, TORNARÃO OS FILHOS DE ISRAEL. Depois de muitos dias sem rei nem
príncipe, e sem os sacrifícios no santo templo, Israel voltaria a Deus e ao seu
rei davídico, i.e., o Messias. Os israelitas humilhar-se-iam, retornariam com
piedosa tristeza (2 Co 7.10), e haveriam de reconhecer a necessidade de um
Salvador Jesus Cristo.
NOTAS DE OSEÍAS 4º
4.1 O SENHOR TEM UMA CONTENDA. Este capítulo inicia uma seção que trata, pormenorizadamente, do pecado de Israel, cuja origem era a falta de conhecimento de Deus e das Escrituras (ver a nota seguinte). O crime e a violência haviam chegado a um ponto crítico; o medo e a desgraça grassavam na terra (v. 2). A criminalidade sempre aumenta quando uma nação não reconhece a Deus nem à sua Palavra como autoridade suprema.
4.6 REJEITASTE O CONHECIMENTO. A falta do conhecimento pessoal de Deus destruía os israelitas, não porque tal conhecimento se achasse fora do alcance deles. Mas porque os israelitas rejeitavam deliberadamente a verdade que Deus lhes revelara através dos profetas e de sua Palavra escrita. Não são poucos os crentes que, por não conhecerem a Palavra de Deus, estão sendo destruídos pelos costumes mundanos.
4.9 COMO É O POVO, ASSIM SERÁ O SACERDOTE. Ao invés de guiar o povo pelos caminhos da verdade e da justiça, os sacerdotes diziam aos israelitas apenas o que estes queriam ouvir. A classe sacerdotal não lhes censurava os pecados. Por causa disto, Deus castigaria tanto os líderes espirituais quanto o povo.
4.11 O VINHO, E O MOSTO. O espírito de prostituição, quer associado ao vinho velho, quer ao novo (mosto), destruía o juízo e o discernimento dos caminhos de Deus. O vinho novo não fermentado (i.e., tirosh), em si, não deixa de ser uma bênção (ver Is 65.8 nota), mas associado a atividades malignas, tais como a prostituição e a idolatria, faz-se maldição para todo o povo de Deus (v. 12; ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO ANTIGO TESTAMENTO).
4.15 VIVE O SENHOR. Os sacerdotes empregavam linguagem piedosa para enganar o
povo, e desviá-lo da genuína adoração. Os falsos mestres sabem como empregar a
linguagem bíblica para comunicar ensinos antibíblicos. Os crentes devem ouvir
cuidadosamente o que se prega para que tenham condições de avaliar se os
conceitos enunciados expressam realmente a verdade da Palavra de Deus (ver o
estudo
FALSOS MESTRES).
NOTAS DE OSEÍAS 5º
5.1 FOSTES UM LAÇO. Os guias religiosos e
políticos, que deveriam ter conduzido o povo ao Senhor, levaram-no a cair no
laço da idolatria.
5.6 ELE SE RETIROU DELES. Os israelitas compareceriam com seus rebanhos e gados
a fim de oferecer sacrifícios e buscar ao Senhor, mas não o haveriam de achar.
Ele se retirara deles, por serem iníquas as suas ações. Não havia amor, fé, nem
verdadeiro arrependimento. Seus corações haviam sido entregues aos prazeres
mundanos. O crente, às vezes, busca ajuda de Deus, e não a encontra, porque se
mantém atraído pelas paixões mundanas (cf. Tg 4.1-4; ver o estudo
A ORAÇÃO
EFICAZ)
5.10 OS QUE TRASPASSAM OS LIMITES. "Traspassar os limites" é alterar as demarcações da propriedade de um vizinho (Dt 19.14; 27.17). O intento desta ação é roubar uma faixa de terra.
5.12 COMO A TRAÇA... COMO A PODRIDÃO. Por causa da rebelião do povo, Deus lhe enviaria doenças e enfermidades. Efraim (o Reino do Norte) e Judá entrariam em decadência. O pecado atrai o juízo divino. Há apenas um remédio para o pecado: o sangue de Jesus.
5.15 IREI E VOLTAREI PARA O MEU LUGAR. Deus não atenderia à oração de Israel, até que este reconhecesse sua culpa, aceitasse o castigo e buscasse com sinceridade a ajuda divina. O capítulo seguinte registra as palavras que uma geração futura, arrependida, proferiria em oração (6.1-3).
NOTAS DE OSEÍAS 6º
6.1 E NOS SARARÁ. Noutro chamado ao
arrependimento, Oséias garante que Deus, embora julgue o pecado, deseja curar e
restaurar o seu povo.
6.2,3 DEPOIS DE DOIS DIAS, NOS DARÁ A VIDA. O genuíno arrependimento do povo de
Deus trar-lhe-ia renovada vida espiritual. Então, à medida que os fiéis
chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais
vida e bênçãos espirituais. A água é freqüentemente mencionada como símbolo, ou
tipo do Espírito Santo (ver Jo 7.37-39; Sl 1.3 nota). A chuva temporã é a que
cai na época de arar e semear a terra; simboliza a obra do Espírito Santo no AT
(ver o estudo
O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO). A serôdia é a que cai na
época da colheita; simboliza a obra do Espírito Santo no período da igreja.
6.4 A VOSSA BENEFICÊNCIA É COMO A NUVEM DA MANHÃ. "Beneficência" (hb. hesed)
refere-se ao amor pactual santo, inabalável e leal. Israel alegava amar
profundamente a Deus. Mas, assim como desaparecem a neblina e o orvalho ao calor
do dia, desvanecia-se-lhe aquele amor superficial e egoísta. Devemos sempre
testar nosso amor a Deus pela lealdade que dedicamos a Jesus Cristo, e por nossa
submissão aos seus propósitos.
6.6 EU QUERO MISERICÓRDIA... E O CONHECIMENTO DE DEUS. Na verdade, o que Deus
buscava de seu povo era "misericórdia" (hb. hesed, cf. nota anterior), i.e., o
amor constante e leal que correspondesse ao seu amor. Ele queria, também, ser
reconhecido como Senhor pelos israelitas. O Senhor Deus continua a desejar o
mesmo de nós.
NOTAS DE OSEÍAS 7º
7.2 TODA A SUA MALDADE... DIANTE DA MINHA FACE. Deus observa todos os nossos pensamentos e ações, e registra-os em seu livro. A consciência de sua presença afastar-nos-á do mal. O propósito de Satanás, por outro lado, é levar-nos a esquecer de que Deus sempre está presente, a observar-nos.
7.8 COM OS POVOS SE MISTURA. Os israelitas haviam entrado em estreita comunhão com os incrédulos, e adotado muitos de seus costumes. Como resultado, passaram a ser tão inúteis quanto um pão queimado de um lado, e cru do outro. É verdade que Deus chama os crentes a testemunharem aos perdidos e ajudá-los no que possam. No entanto, não devem manter comunhão com o mundo, pois correm o risco de adotar os seus costumes e atitudes, voltando ao pecado e distanciando-se de Deus (cf. Jd 23; ver os estudos A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE, e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO)
7.13-16 FUGIRAM DE MIM. Os israelitas rebelaram-se contra Deus, ao se
recusarem a confiar nEle como o único que os podia ajudar. Criam que o Egito e a
Assíria ofereciam mais segurança do que o Senhor Deus (v. 11). Hoje, as pessoas
cometem o mesmo pecado, quando procuram a realização pessoal através dos bens
materiais, da profissão e dos prazeres mundanos. A plenitude da vida somente
pode ser encontrada na vontade e Palavra de Deus.
NOTAS DE OSEÍAS 8º
8.2-3 A MIM CLAMARÃO. Os israelitas continuariam a invocar a Deus, e a alegar que o serviam, mas tal confissão de nada lhes adiantaria. Sua adoração achava-se corrompida pelo viver pecaminoso. Louvavam a Deus e, ao mesmo tempo, rejeitavam seus justos caminhos.
8.4 ELES FIZERAM REIS, MAS NÃO POR MIM. O povo escolhia líderes que não mereciam a aprovação de Deus. O apóstolo Paulo adverte acerca dos tempos em que as igrejas escolherão pastores não-qualificados, segundo os justos padrões de Deus (ver 2 Tm 4.3,4 nota; ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
8.7 SEMEARAM VENTOS E SEGARÃO TORMENTAS. Israel havia semeado o vento do pecado e idolatria; agora, ceifaria as tormentas das investidas assírias. Os crentes devem lembrar-se de que atitudes pecaminosas são sementes que hão de lhes produzir frutos malignos (ver Jó 4.8; Gl 6.7; cf. Sl 126.5,6; Pv 11.18; 2 Co 9.6).
8.11 ALTARES PARA PECAR. A construção de altares, no norte de Israel, não fora ordem de Deus. Os sacrifícios ali oferecidos expressavam ambições e desejos egoístas dos israelitas. A adoração ao Senhor deve basear-se nos ensinos bíblicos, e seguir as práticas da igreja neotestamentária. A falsa adoração talvez pareça bela aos sentidos, e sirva de entretenimento, mas não deixa de ser pecaminosa, pois substitui a genuína adoração por métodos mundanos (cf. Jo 4.23,24; ver o estudo ADORAÇÃO A DEUS).
8.12 MINHA LEI... É PARA ELES COMO COISA ESTRANHA. Muito antes de Oséias,
Deus já havia revelado seus mandamentos e leis aos israelitas. Mas o povo
tratava a sua Palavra como coisa estranha. Muitos são os crentes, hoje, que
raramente lêem a Bíblia, ou dão valor às leis de Deus. Os tais não se agradam
dos mandamentos divinos, pois querem continuar na prática do pecado.
NOTAS DE OSEÍAS 9º
9.3 EFRAIM TORNARÁ AO EGITO. Oséias profetiza
que Efraim (i.e., o Reino do Norte) seria levado ao exílio. O Egito simbolizava
a escravidão e a opressão que os israelitas haviam sofrido no passado; seu
Egito, agora, seria a Assíria (ver 11.5 nota).
9.7 O PROFETA É UM INSENSATO. Não eram poucos os israelitas que consideravam os
profetas de Deus loucos e insensatos (cf. 2 Rs 9.1-3,11). Mostravam-se hostis a
quem lhes profetizasse contra os pecados, e os advertisse quanto ao juízo
vindouro. Os ministros que, hoje, questionam o modo de viver dos membros da
igreja, e os confrontam por causa de sua conformidade com o mundo,
freqüentemente ver-se-ão ridicularizados.
9.15 NÃO OS AMAREI MAIS. O amor de Deus não é incondicional para com os que lhe rejeitam continuamente a graça e a Palavra. A idéia de que Deus amará para sempre o ser humano, mesmo que este viva na prática da iniqüidade, não tem apoio na revelação bíblica.
9.17 DESOCUPADOS ANDARÃO. Em cumprimento a Dt 28.65,66, Israel tornar-se-ia
uma nação de forasteiros e peregrinos, por não ter atendido às advertências dos
profetas.
NOTAS DE OSEÍAS 10º
10.1 CONFORME A ABUNDÂNCIA DO SEU FRUTO. Quanto mais a terra prosperava e produzia frutos, mais os israelitas dedicavam-se à idolatria. A prosperidade não é necessariamente uma bênção. Quanto mais dinheiro algumas pessoas recebem, tanto mais gastam consigo mesmas. Esquecem-se de Deus e das necessidades de seu reino. Tornam-se egocêntricas ao invés de teocêntricas.
10.8 DIRÃO AOS MONTES: COBRI-NOS! Os que haviam confiado nos falsos deuses, e adotado o estilo de vida sensual e pagão, clamariam aos montes e outeiros para que caíssem sobre eles, e os ocultassem da ira de Deus no dia do juízo. Os apóstatas, os inimigos de Deus e os adversários de seu povo farão o mesmo quando for derrubado o atual sistema mundano, e virem a ira divina derramada sobre a terra (cf. Lc 23.30; Ap 6.16; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)
10.12 LAVRAI O CAMPO DE LAVOURA. Trata-se do "campo de pousio", um solo tão negligenciado e endurecido que é incapaz de acolher a semente. Assim estava o coração do povo em relação à palavra de Deus (v. 13). Precisavam ser quebrantados em seus corações e mentes para que viessem a se arrepender e a sentir tristeza pelo pecado, acolhendo plenamente a palavra de Deus. Tinham de semear sementes de justiça -no sentido de buscarem sinceramente a Deus, até que voltassem a experimentar seu fiel amor e misericórdia.
10.14 SALMÃ. Este nome provavelmente refira-se a Salmaneser (2 Rs 17.3), que
conquistou Samaria em 722 a.C., e fez de Israel, o Reino do Norte, uma província
assíria. Seu filho, Sargão, posteriormente reivindicaria a vitória, mas é
possível que ele tivesse se limitado a acompanhar o pai.
NOTAS DE OSEÍAS 11º
11.1 EU O AMEI; E DO EGITO CHAMEI A MEU FILHO. Deus refere-se à ocasião em que os israelitas foram tirados do Egito para que viessem a tornar-se uma nação independente. Ele chama Israel de "filho" (cf. Ex 4.22), mas este não demorou a tornar-se inconstante e desobediente (v. 2). Mateus 2.14,15 aplica este versículo a Jesus, que foi levado ao Egito por José e Maria, e chamado de volta à Palestina depois da morte de Herodes.
11.4 CORDAS DE AMOR. Percebe-se a solicitude de Deus pelo modo como Ele atrai os seus com cordas de bondade e laços de amor e compaixão. Como Pai e Médico, cuida de seus filhos, curando-lhes as enfermidades, e guiando-os em todo o caminho. Os israelitas, porém, não reconheciam o seu amor, e desprezavam suas bênçãos. Devemos ser continuamente gratos pelo amor de Deus. Esforcemo-nos por cultivar corações agradecidos, que amem realmente a Deus..
11.5 A ASSÍRIA SERÁ SEU REI. O "Egito" representa a escravidão (ver 9.3
nota). Esta seria representada, agora, pela Assíria, que levaria cativo o
impenitente Reino do Norte. O exílio começou quando Samaria foi destruída em 722
a.C.
O Reino do Norte jamais seria restaurado como nação, embora tenha voltado à
terra da promessa um remanescente (Ed 8.35; Ez 47.13). Observe-se que o NT
revela que Ana era de Aser (Lc 2.36), uma das tribos do Norte. Portanto, a idéia
das "dez tribos perdidas" é fictícia. Alguns integrantes do Reino do Norte
rejeitaram a idolatria de Israel, e uniram-se a Judá, tanto antes quanto depois
da queda de Samaria (cf. 2 Cr 15.9; 34.9; ver 2 Rs 17.18 nota), ao passo que
outros se uniram por matrimônio com pessoas de outras nações, como é o caso dos
samaritanos (ver 2 Rs 17.24 nota).
11.8 COMO TE DEIXARIA, Ó EFRAIM? Este é um dos versículos mais poderosos da Bíblia na demonstração do amor, compaixão e tristeza intensos experimentados pelo Senhor por causa da situação dos pecadores. Demonstra claramente que seu amor e compaixão assemelham-se aos sentimentos de um pai que se importa com os filhos (Jr 31.9). Ele não quer desistir de seu povo desobediente, e fica entristecido ao ver-se obrigado a castigá-lo.
11.9 NÃO EXECUTAREI... MINHA IRA. Israel não experimentaria a totalidade da
ira de Deus. Não seria totalmente destruído; pelo contrário, Deus salvaria um
remanescente por meio do qual reedificaria a nação.
NOTAS DE OSEÍAS 12º
12.1 EFRAIM SE APASCENTA DE VENTO. Apascentar ou
perseguir o vento simbolizava as alianças de Israel com o Egito e a Assíria.
Esta política exterior não seria de nenhum proveito a Israel; não o protegeria
de seus inimigos.
12.6 CONVERTE-TE A TEU DEUS. Embora Israel fosse infiel, Deus continuava a
lembrar-lhe de que o seu povo precisava voltar-se a Ele em amor e justiça.
Voltar ao Senhor, e arrepender-se de todos os pecados, não significa meramente
sentir tristeza pelo pecado. Significa seguir ao Senhor com sinceridade, amor e
retidão, segundo as Escrituras; e, persistentemente, buscar sua face em oração.
12.7 É UM MERCADOR. Oséias dá a entender que os israelitas estavam empregando práticas comerciais dos cananeus, contrárias a Deus. Ao mesmo tempo, os mercadores achavam que não seriam considerados culpados por agirem desonestamente. Deve-se advertir sempre o povo de Deus para que não siga as práticas pecaminosas e os costumes mundanos.
12.10 E FALAREI AOS PROFETAS. Deus havia sido fiel ao seu povo, enviando
numerosos profetas para transmitir-lhe a sua mensagem, e inculcar-lhe a
veracidade de sua Palavra. Os israelitas, portanto, não poderiam alegar
ignorância quanto às exigências divinas. Como rejeitassem a revelação, Deus lhes
restituiria o desprezo com que tratavam os seus mensageiros. Os que já ouviram a
palavra de Deus serão tidos como indesculpáveis no dia do juízo.
NOTAS DE OSEÍAS 13º
13.2 MULTIPLICARAM PECADOS. Os israelitas
morreram espiritualmente ao se voltarem à adoração de Baal. Como conseqüência,
dedicaram-se cada vez mais ao pecado e à idolatria. Ao beijarem os bezerros de
ouro, demonstravam quão falsamente adoravam ao Senhor, mesclando o culto divino
com a idolatria pagã. O tríplice quadro do orvalho, da palha ("folhelho") e da
fumaça (v. 3) enfatizava que o juízo divino em breve chegaria, levando os
israelitas à destruição.
Os que procuram perverter a adoração ao Senhor, adotando os caminhos do mundo,
acabam por torná-la inútil. Não podem esperar que Deus os abençoe.
13.6 ENSOBERBECEU-SE O SEU CORAÇÃO. Deus havia abençoado a terra de Israel, e feito prosperar seus habitantes. Por causa de suas riquezas e sucesso, eles haviam se tornado auto-suficientes, a ponto de acharem que não precisavam de Deus nem de sua Palavra. Semelhantemente, os crentes que têm bênçãos em abundância, freqüentemente são tentados a achar que não precisam mais buscar a ajuda de Deus. Revelam corações e mentes com tendência a fixar-se em valores terrenos (cf. Dt 6.10-15; 8.11-20). À semelhança de Israel, os crentes que, contagiados pela soberba, esquecerem-se de Deus, serão por Ele castigados.
13.14 E OS RESGATAREI DA MORTE. A promessa de se redimir a nação da morte
significa que um remanescente seria salvo (ver 11.5 nota). O propósito de Deus
não mudou. Ele é o Redentor que nos livra da morte, do sepulcro e do inferno.
Ele acha-se em prontidão para nos livrar agora mesmo. O livramento final será no
dia da ressurreição. A morte e a sepultura são tiranos cruéis, mas não poderão
frustrar o propósito de Deus para o seu povo. O NT indica a ressurreição de
Cristo como a garantia da vitória (1 Co 15.54,55; ver o estudo
A RESSURREIÇÃO DO
CORPO)
NOTAS DE OSEÍAS 14º
14.1 CONVERTE-TE... AO SENHOR. Embora seus
pecados fossem a causa de sua ruína, os israelitas ainda tinham a oportunidade
de se arrependerem e voltar ao Senhor. Deus, porém, queria mais do que
sacrifícios sem sentido.
Queria que os israelitas oferecessem palavras provenientes do coração palavras
de submissão e louvor, que demonstrassem uma nova atitude; palavras de absoluta
confiança no Senhor. Tais palavras levariam a ações que agradariam a Deus.
14.4-7 EU VOLUNTARIAMENTE OS AMAREI. Depois de os israelitas terem suportado o castigo, Deus os curaria e os restauraria plenamente, cuidando deles assim como um pai cuida de seus filhos. Seriam caracterizados por um novo modo de vida, belo e puro como o lírio; tal como os cedros do Líbano, o povo seria forte, altamente estimado e profundamente arraigado na Palavra de Deus. Todas as figuras de linguagem nestes versículos demonstram quão precioso será para Deus o povo restaurado.
14.9 QUEM É SÁBIO? A verdadeira sabedoria inclui entender a Deus e seus
caminhos; expressa-se através de um modo de vida de acordo com os padrões de
retidão divinos (Dt 4.3-9; Sl 111.10; Pv 1.7; 8.10,32-36). A sabedoria na Bíblia
não é a simples posse de talentos intelectuais; ela é prática, e inclui um bom
relacionamento com o Senhor (ver Pv 1.2 nota).
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