2corintios

NOTAS DE 2 CORÍNTIOS

  CARTA  DE  2 CORÍNTIOS

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Esboço de 2 CORÍNTIOS


Introdução (1.1-11)


I. Defesa de Paulo em Prol da Maioria Leal (1.12—7.16)

A. Contestação de que Ele Era Inconstante (1.12-22)

B. Explicação da Mudança nos Seus Planos de Viagem (1.23—2.17)

C. Esclarecimento Sobre a Natureza do Seu Ministério (3.1—6.10)

1. A Serviço de um Novo Concerto (3.1-18)

2. Às Claras e Verdadeiro (4.1-6)

3. Com Sofrimento Pessoal (4.7—5.10)

4. Com Dedicação e Ternura (5.11—6.10)

D. Apelo Pessoal aos Coríntios e Consideração Afetuosa por Eles (6.11—7.16)

II. A. Coleta para os Cristãos Necessitados de Jerusalém (8.1—9.15)

A. A Graça da Liberalidade Cristã (8.1-15)

B. Tito e Suas Providências Para a Oferta (8.16-24)

C. Um Apelo Por uma Oferta Imediata (9.1-5)

D. Um Apelo Por uma Oferta Generosa (9.6-15)

III. A Resposta de Paulo à Minoria Descontente (10.1—13.10)

A. Resposta às Acusações de Covardia e Fraqueza (10.1-18)

B. Relutante Auto Defesa do Apostolado de Paulo (11.1—12.18)

1. Justificativa do Tom Jactancioso (11.1-15)

2. Declaração de Não Ser Inferior aos Judaizantes (11.16—12.10)

3. Prerrogativas Legítimas do Apostolado de Paulo (12.11-18)

C. A Advertência de uma Terceira Visita Iminente (12.19—13.10)

1. Preocupação Pelos Coríntios (12.19-21)

2. Exortação à Firmeza (13.1-10)

Conclusão (13.11-14)

Autor:
Paulo
Tema:
Glória Através do Sofrimento
Data:
55/56 d.C.

 

Considerações Preliminares

Paulo escreveu esta epístola à igreja de Corinto e aos crentes de toda a Acaia (1.1), identificando-se duas vezes pelo nome (1.1; 10.1). Tendo Paulo fundado a igreja em Corinto, durante sua segunda viagem missionária, manteve
contato freqüente com os coríntios a partir de então, por causa dos problemas daquela igreja (ver a introdução a 1 Coríntios).
A seqüência desses contatos e o contexto em que 2 Coríntios foi escrito são os seguintes: (1) Depois de alguns contatos e correspondência inicial entre Paulo e a igreja (e.g. 1 Co 1.1; 5.9; 7.1), ele escreveu 1 Coríntios, de Éfeso,
(primavera de 55 ou 56 d.C.). (2) Em seguida, ele fez uma viagem a Corinto, cruzando o mar Egeu, para tratar de problemas surgidos na igreja. Essa visita, no período entre 1 e 2 Coríntios (cf. 13.1,2), foi espinhosa para Paulo e
para a congregação (2.1,2). (3) Depois dessa visita afonosa, informes chegaram a Paulo em Éfeso de que seus adversários estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma parte da igreja a
rejeitá-lo. (4) Respondendo, Paulo escreveu 2 Coríntios, na Macedônia (outono de 55 ou 56 d.C.). (5) Pouco depois, Paulo viajou outra vez a Corinto (13.1), permanecendo ali cerca de três meses (cf. At 20.1-3a). Foi ali que
escreveu a Epístola aos Romanos.

Propósito

Paulo escreveu esta epístola a três classes de pessoas em Corinto. (1) Primeiro, escreveu para encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual. (2) Escreveu para contestar e desmascarar os falsos apóstolos que
continuavam a difamá-lo, para, assim, enfraquecer a sua autoridade e o seu apostolado, e distorcer a sua mensagem. (3) Escreveu, também, para repreender a minoria na igreja influenciada por seus oponentes e que não acatavam a
sua autoridade e correção. Paulo reafirmou sua integridade e sua autoridade apostólica em relação a eles, esclareceu os seus motivos e os advertiu contra novas rebeliões. 2 Coríntios visou a preparar a igreja como um todo, para sua
visita iminente.

Visão Panorâmica

2 Coríntios tem três divisões principais. (1) Na primeira (1—7), Paulo começa dando graças a Deus pela sua consolação em meio aos sofrimentos em prol do evangelho, elogia os coríntios por disciplinarem um grande transgressor e
defende a sua integridade ao alterar seus planos de viagem. Em 3.1—6.10, Paulo apresenta o mais extenso ensino do NT sobre o verdadeiro caráter do ministério. Ressalta a importância da separação do mundo (6.11—7.1) e
expressa sua alegria ao saber, através de Tito, do arrependimento de muitos na igreja de Corinto, que antes desacatavam a sua autoridade apostólica (7). (2) Nos caps. 8 e 9, Paulo exorta os coríntios a demonstrar a mesma
generosidade cristã e sincera dos macedônios, ao contribuírem na campanha por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de Jerusalém. (3) O estilo da epístola muda nos caps. 10—13. Agora, Paulo defende o seu apostolado,
discorrendo sobre a sua chamada, qualificações e sofrimentos como um verdadeiro apóstolo. Com isso, Paulo espera que os coríntios reconheçam os falsos apóstolos entre eles, o que os poupará de futura disciplina quando ele lá
chegar. Paulo termina 2 Coríntios com a única bênção trinitária no NT (13.14).

Características Especiais

Quatro fatos principais caracterizam esta epístola. (1) É a mais autobiográfica das epístolas de Paulo. Suas muitas referências pessoais são feitas com humildade, desculpas e até mesmo constrangimento, mas foi necessário, tendo em
vista a situação em Corinto. (2) Ultrapassa todas as demais epístolas paulinas no que tange à revelação da intensidade e profundidade do amor e cuidado de Paulo por seus filhos espirituais. (3) Contém a mais completa teologia do
NT sobre o sofrimento do crente (1.3-11; 4.7-18; 6.3-10; 11.23-30; 12.1-10), e de igual modo, sobre a contribuição cristã (8—9). (4) Termos-chaves, tais como fraqueza, aflição, lágrimas, perigos, tribulação, sofrimento,
consolação, jactância, verdade, ministério e glória, destacam o conteúdo incomparável desta carta.


 

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NOTAS DE  2 CORÍNTIOS 1º

1.4 NOS CONSOLA EM TODA A NOSSA TRIBULAÇÃO. A palavra "consolar", aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. Deus desempenha incomparavelmente esse papel, pois Ele envia aos seus filhos o Espírito Santo, que é chamado "O Consolador" (gr. Parakletos; ver Jo 14.16 nota). O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste (Rm 8.35-39). Deus, às vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS)

1.5 AFLIÇÕES... CONSOLAÇÃO. Do começo ao fim desta epístola, Paulo ressalta que a vida cristã envolve sofrimento (que deve ser considerado como uma participação ou comunhão com Cristo no sofrimento) e a consolação de Cristo. Nesta era, portanto, Cristo sofre com seu povo e em favor do seu povo, devido à tragédia do pecado no mundo (cf. Mt 25.42-45; Rm 8.22-26). Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa de Cristo.

1.8-10 ATÉ DA VIDA DESESPERAMOS. O crente fiel, vivendo em obediência e comunhão com Cristo e amado por Ele, ainda assim pode passar por experiências envolvendo perigo, medo, ansiedade, desespero e desesperança; circunstâncias estas que nos oprimem além da nossa capacidade humana de resistir. (1) Quando aflições severas ocorrem em nossa vida, não devemos pensar que Deus nos abandonou ou deixou de nos amar. Ao invés disso, devemos lembrar-nos de que essas mesmíssimas coisas aconteceram aos fiéis servos de Deus, nos tempos do NT. (2) Deus permite essas provações desalentadoras a fim de que Cristo se aproxime de nós e, à medida que olhamos para Ele com fé, leve-nos à vitória completa (2.14; 12.7-10; 13.4).

1.11 AJUDANDO-NOS TAMBÉM... COM ORAÇÕES. Um princípio bíblico comprovado é que nossas orações pelo próximo liberarão o poder e a atuação de Deus na vida de outras pessoas. Por causa disso, devemos nos animar a interceder por aqueles que enfrentam necessidades (cf. Rm 1.9; Ef 1.16; Fp 1.3; Cl 1.3; 1 Ts 1.2).

1.12 NOSSA GLÓRIA É ESTA. A base de Paulo para alegrar-se e gloriar-se era a sinceridade e a integridade do seu comportamento. Ele tomara a resolução de que, por toda sua vida cristã, permaneceria fiel ao seu Senhor; recusar-se-ia a conformar-se com o mundo, que crucificou seu Salvador, e perseveraria na santidade, até Deus levá-lo para o lar celestial (Rm 12.1,2). Na vida eterna futura, nossa maior alegria será a consciência de termos vivido a nossa vida "com simplicidade e sinceridade de Deus", por Cristo nosso Salvador.

1.20 O AMÉM. O "amém" final da oração e da confissão do cristão expressa sua confiança no amor e na fidelidade de Deus e na certeza das suas promessas. É a voz da fé, reafirmando a verdade do imutável evangelho de Cristo e identificando-se com ela. Em Ap 3.14, o Senhor Jesus é chamado o "Amém".

1.22 O PENHOR DO ESPÍRITO. Paulo esboça quatro aspectos da obra de Deus no crente, mediante o Espírito.

(1) O Espírito Santo firma o crente e o ajuda a perseverar na vida de fé (ver 1 Pe 1.5 nota).

(2) O Espírito Santo unge o crente para revesti-lo de poder para testemunhar (ver At 1.8 notas), para realizar as obras de Cristo (Is 61.1; Mt 10.19,20; Jo 14.12; At 10.38) e para conhecer a verdade (1 Jo 2.20,27).

(3) O Espírito Santo é o selo oficial da possessão de Deus, que marca o crente como sua propriedade e que produz um caráter santo na sua personalidade (cf. 3.18; Gl 5.22; Ef 1.13).

(4) O Espírito Santo que em nós habita é um "penhor", i.e., uma garantia para o crente e, ao mesmo tempo, as primícias da vida melhor com Cristo, no futuro (5.5; Rm 8.23; ver Ef 1.13,14 nota).

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 2º

2.4 EM MUITA TRIBULAÇÃO E ANGÚSTIA DO CORAÇÃO. Este trecho revela uma das qualificações essenciais do ministro do evangelho, que é um coração amoroso e sensível e que se angustia e chora ao ver o povo de Deus desviando-se do caminho reto e voltando a envolver-se com o pecado e o engano (cf. Sl 126.5,6; Mc 9.24 nota; ver Lc 19.41, nota; Jo 11.35 nota; At 20.19 nota).

2.6 BASTA AO TAL ESTA REPREENSÃO. Neste trecho vemos a igreja do NT disciplinando um membro da igreja que cometera delito grave (ver 1 Co 5).

(1) A fim de defender a integridade da igreja de Cristo (cf. 1 Co 5.1,2), a congregação local precisa disciplinar o culpado, visando a restaurá-lo, não com tanta severidade que ele perca de vista a esperança da misericórdia divina e a volta à comunhão da igreja (v.7).

(2) Depois de uma disciplina condizente, se o culpado arrepender-se sinceramente e lamentar aquilo que fez, deve ser perdoado e consolado em espírito de amor (vv. 7,8).

(3) A disciplina e a restauração do culpado devem ser praticadas com espírito de mansidão (Gl 6.1), tristeza, sinceridade, repúdio ao mal, temor a Deus e à sua Palavra, zelo pela reputação de Deus e o propósito de que haja justiça no tratamento do caso do culpado (ver 7.11; cf. 1 Co 5.5-13). Muitas igrejas, hoje, abandonaram a disciplina eclesiástica do NT. Defendem a tolerância do pecado, defendem o perdão incondicional, oferecem uma graça barata e se recusam a ouvir o que o Espírito diz às igrejas (ver Ap 2-3). Como resultado, o pecado é tratado levianamente e o temor de Deus desaparece (ver Mt 18.15, nota sobre disciplina eclesiástica). É o cristianismo fácil e falso de que nos fala 2 Pe 2.19.

2.10 PARA QUE NÃO SEJAMOS VENCIDOS POR SATANÁS. Uma das nossas defesas principais contra os ataques de Satanás é saber que ele luta continuamente para levar vantagem sobre nós e para nos desviar da nossa devoção sincera a Cristo (ver Ef 6.11 nota).

2.14 NOS FAZ TRIUNFAR EM CRISTO. Paulo descreve os crentes como conduzidos por Deus num desfile aqui no mundo, seguindo a Cristo, como triunfo e troféu da sua graça redentora. Por meio desse desfile triunfal, o conhecimento de Cristo e a vida redimida do crente se manifestam como suave aroma diante de Deus e dos homens. Para Deus, isso é agradável e para os seres humanos resulta em vida ou em morte (vv. 15,16).

2.17 FALSIFICADORES DA PALAVRA DE DEUS. Paulo descreve, aqui, pregadores de então que reduziam as exigências do evangelho a fim de obterem lucro, aceitação e sucesso (cf. 11.4,12-15). Eram talentosos e persuasivos, mas, secretamente, insinceros. Cobiçavam dinheiro e visavam à preeminência (cf. Jo 10.12,13; Fp 1.15,17; 1 Pe 5.2; 2 Pe 2.1-3,14-16).

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 3º

3.3 ESCRITA... NAS TÁBUAS DE CARNE DO CORAÇÃO. Sob o novo concerto estabelecido pelo sangue de Cristo (Mt 26.28), o Espírito Santo escreve a lei de Deus, não em tábuas de pedra, conforme ocorreu no Sinai (Êx 31.18), mas nas "tábuas do coração" (ver o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO). Por isso, o crente tem a lei de Deus no coração e, pelo poder do Espírito, consegue guardá-la (ver Jr 31.33 nota; Ez 11.19 nota). Essa lei interior consiste em amar a Deus e ao próximo (cf. Mt 22.34-40; Rm 13.8-10)

3.6 A LETRA MATA. Não é a lei nem a Palavra de Deus escrita, em si mesmas, que destroem. Trata-se, pelo contrário, das exigências da lei, que sem a vida e o poder do Espírito, trazem condenação (vv. 7.9; cf. Jr 31.33; Rm 3.31; ver o estudo FÉ E GRAÇA). Mediante a salvação em Cristo, o Espírito Santo concede vida e poder espiritual ao crente para que este faça a vontade de Deus. Mediante o Espírito Santo, a letra da lei já não mata

3.8 O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO. Aqui, Paulo chama o "novo testamento" ou o novo concerto "o ministério do Espírito", referindo-se à ministração do Espírito Santo. Mediante a fé em Cristo, recebemos o Espírito Santo, nascemos de novo (ver o estudo A REGENERAÇÃO), e recebemos a promessa do batismo no Espírito (At 1.8; 2.4). Todos os benefícios redentores em Cristo, vêm através do Espírito Santo. É Ele quem nos transmite a presença de Cristo e todas as suas bênçãos (v. 9; ver o estudo A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO)

3.17 ONDE ESTÁ O ESPÍRITO... AÍ HÁ LIBERDADE. A liberdade que vem através de Cristo (Gl 5.1) é, acima de tudo, libertação da condenação e escravidão do pecado (vv. 7-9; Rm 6.6,14; 8.2; Ef 4.22-24; Cl 3.9,10) e do domínio total de Satanás (At 26.18; Cl 1.13; 1 Pe 5.8).

(1) A verdadeira libertação começa quando o crente se une a Cristo (At 4.12; Ef 1.7) e recebe o Espírito Santo (ver o estudo A REGENERAÇÃO). A libertação da escravidão espiritual é mantida através da presença contínua do Espírito Santo no crente, e pela obediência deste à orientação do Espírito (Rm 8.1ss; Gl 5.18; cf. Jo 15.1-11).

(2) A liberdade proporcionada por Cristo não é uma liberdade para o crente fazer o que quer (1 Co 10.23,24), mas para fazer o que deve (Rm 6.18-23). A liberdade espiritual nunca deve ser usada como pretexto para o mal, nem como justificativa para conflitos (Tg 4.1,2; 1 Pe 2.16-25). A liberdade cristã deixa o crente livre para servir a Deus (1 Ts 1.9) e ao próximo (1 Co 9.19), segundo a justiça (Rm 6.18ss.). Agora somos servos de Cristo (1 Co 7.22; Rm 1.1; Fp 1.1), vivendo para agradar a Deus, pela graça (Rm 5.21; 6.10-13)

3.18 REFLETINDO... A GLÓRIA DO SENHOR. Significa experimentar a sua presença, o seu amor, a sua justiça e o seu poder através da oração e do Espírito Santo, quando permanecermos nEle e na sua Palavra. Isto resulta em sermos transformados à sua semelhança (4.6; cf. Cl 1.15; Hb 1.3). Na presente era, essa transformação é progressiva e parcial. Quando, porém, Cristo voltar, nós o contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa (1 Jo 3.2; Ap 22.4).


 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 4º

4.4 O DEUS DESTE SÉCULO. O "deus deste século", ou "príncipe deste mundo" é Satanás (cf. Jo 12.31; 14.30; 16.11; Ef 2.2; 1 Jo 5.19), que exerce poder sobre boa parte da atividade deste mundo. Ele governa como usurpador e seu governo é temporário e não absoluto. Satanás continua agindo, mas somente segundo a vontade permissiva de Deus, até ao fim da história (Ap 19.11-20.10). Aqueles que não se submetem a Jesus Cristo, permanecem sob o controle de Satanás. Este cega os olhos deles à verdade e à glória do evangelho, a fim de não serem salvos. A solução para esta trágica situação é neutralizar a atividade dele, mediante a intercessão e pregar o evangelho no poder do Espírito Santo (At 1.8), para que o povo ouça, entenda e decida crer ou não (vv. 5,6; ver Mt 4.10 nota sobre Satanás).

4.7 ESSE TESOURO EM VASOS DE BARRO. O cristão é um "vaso de barro" que, às vezes, passa por tristezas, lágrimas, aflições, perplexidades, fraquezas e temores (cf. 1.4, 8,9; 7.5). Mas o cristão não é derrotado por causa do "tesouro" celestial que nele está. O cristianismo não é a eliminação da fraqueza, nem meramente a manifestação do poder divino através da fraqueza humana (12.9). Isto significa: (1) que em toda aflição podemos ser mais do que vencedores mediante o poder e o amor de Deus (Rm 8.37), e (2) que nossas fraquezas, aflições e sofrimentos, nos tornam totalmente receptivos à graça abundante de Cristo, e permitem que a sua vida seja manifesta em nossos corpos (vv. 8-11; cf. 12.7-10).

4.8 ATRIBULADOS, MAS NÃO ANGUSTIADOS. Se experimentamos a presença de Cristo e o seu poder em nossa vida, absolutamente nenhuma aflição, perturbação, enfermidade ou tragédia provocará nossa derrota espiritual. Quando as circunstâncias exteriores se tornam insuportáveis e nossos recursos humanos se esgotam, os recursos divinos nos são dados, para aumentar e desenvolver nossa fé, esperança e força. Deus não abandonará seus filhos fiéis, em nenhuma circunstância (Rm 8.35-39; Hb 13.5).

4.11,12 ENTREGUES À MORTE. Para um cristão ministrar vida a outra pessoa, ele deve compartilhar dos sofrimentos de Cristo e experimentar na sua própria vida a operação da morte (v. 12). A abnegação, a aflição, a decepção e o sofrimento por amor a Cristo farão com que nossa vida ministre a graça ao próximo (cf. 11.23-29; Rm 8.36,37; Fp 1.29; 1 Pe 4.14). Jesus ensinou esse mesmo grande princípio do quebrantamento, em Jo 12.24,25.

4.16 HOMEM EXTERIOR... INTERIOR. O "homem exterior" é nosso corpo físico, sujeito à decadência, e que vai caminhando para a morte por causa da mortalidade e aflições da vida (v.17). O "homem interior" é o espírito humano; o nosso ser interior, que recebe a vida espiritual de Cristo. Embora nosso corpo envelheça e decaia, experimentamos a renovação contínua, mediante a outorga constante da vida e poder de Cristo, cuja influência capacita a nossa mente, nossas emoções e vontade a se conformarem com a sua semelhança e propósito eterno.

4.17 LEVE... TRIBULAÇÃO... PESO ETERNO DE GLÓRIA. As aflições e as privações suportadas na vida dos que permanecem fiéis a Cristo, são leves em comparação com a abundância de glória que temos em Cristo. Essa glória já está parcialmente presente, mas só no futuro será experimentada plenamente (cf. Rm 8.18). Quando alcançarmos a nossa herança no céu, poderemos dizer que as tribulações mais severas não eram nada em comparação com a glória do estado eterno. Não devemos, portanto, desesperar-nos, perder a esperança, nem deixar nossa fé diminuir, em meio aos nossos problemas.

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 5º

5.1 SE A NOSSA CASA TERRESTRE... SE DESFIZER. Paulo usa a expressão condicional: "se a nossa casa terrestre... se desfizer", porque sabia que Cristo poderia voltar logo, e, neste caso, não experimentaria a morte; pelo contrário, seu corpo seria imediatamente transformado (ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Essa mesma dupla possibilidade, a saber: a morte ou a transformação, existe para o crente de hoje. Cristo declarou que não sabemos o dia nem a hora da sua volta (Mt 24.36,42,44); esse evento, portanto, é sempre iminente e enseja uma motivação poderosa para uma vida santa (ver Mt 24.42 notas; 1 Jo 3.2,3)

5.1 NOSSA CASA TERRESTRE DESTE TABERNÁCULO.

(1) A expressão "casa terrestre" refere-se ou ao corpo terreno do crente ou à sua vida terrena.

(2) "Temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus". Isto provavelmente refere-se a um corpo temporário preparado para o crente no céu, enquanto ele aguarda o seu corpo da ressurreição; ou refere-se ao ambiente da vida celestial. Alguns entendem que esse trecho difícil ensina que os crentes, depois da morte, e enquanto aguardam a ressurreição, existem como espíritos desincorporados, como sombras, sem corpo. Notamos, no entanto, que Moisés e Elias, no monte da transfiguração, aparecem revestidos de corpo celestial, embora ainda aguardassem seu corpo ressurreto (ver o estudo A RESSURREIÇÃO DO CORPO). Além disso, em Ap 6.9-11, a descrição das almas no céu revela que elas podem ser vistas, que usam vestes brancas compridas; i.e., não são almas sem corpo

5.8 PARA HABITAR COM O SENHOR. Fica claro, segundo este versículo e outros (e.g., Lc 23.42,43; Fp 1.23), que não existe, para os salvos, nenhum espaço de tempo indefinido, entre a morte e a vida futura. A morte do crente leva-o, imediatamente, à presença de Cristo (1 Co 13.12). Logo, para o crente, morrer é lucro (Fp 1.21). Isto não significa que Cristo não está presente, agora mesmo, com os crentes, pois a obra do Espírito Santo é transmitir ao crente a presença de Cristo (ver o estudo A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO). Indica, sim, que agora estamos com o Senhor pela fé e não em pessoa (Hb 11.1)

5.10 O TRIBUNAL DE CRISTO. Para uma exposição sobre o que acontecerá ao crente no dia do julgamento da igreja, ver o estudo O JULGAMENTO DO CRENTE

5.17 NOVA CRIATURA É. Mediante a palavra criativa de Deus (4.6), os que aceitam Jesus Cristo pela fé, são feitos novas criaturas, pertencendo totalmente a Deus e constituindo o seu povo, onde impera o Espírito Santo (Rm 8.14; Gl

5.25; Ef 2.10). O crente é uma nova criatura (Gl 6.15; Ef 2.10; 4.24; Cl 3.10), renovada segundo a imagem de Deus (4.16; 1 Co 15.49; Ef 4.24; Cl 3.10), que compartilha da sua glória (3.18), que experimenta a renovação do conhecimento (Cl 3.10) e do entendimento (Rm 12.2), e que vive em santidade (Ef 4.24).

5.18 NOS RECONCILIOU CONSIGO MESMO. A reconciliação (gr. katallage) é um dos aspectos da obra de Cristo como redenção. Refere-se à restauração do pecador à comunhão com Deus.

(1) O pecado e a rebelião da raça humana trouxeram como resultado, hostilidade contra Deus e alienação dEle (Ef 2.3; Cl 1.21). Essa rebelião provoca a ira de Deus e seu julgamento (Rm 1.18,24-32; 1 Co 15.25,26; Ef 5.6).

(2) Mediante a morte expiatória de Cristo, Deus removeu a barreira do pecado e abriu um caminho para a volta do pecador a Deus (v.19; Rm 3.25; 5.10; Ef 2.15,16).

(3) A reconciliação entra em vigor mediante o arrependimento e a fé pessoal em Cristo, do pecador (Mt 3.2; Rm 3.22).

(4) A igreja recebeu de Deus o ministério da reconciliação (v. 18), para conclamar todas as pessoas a se reconciliarem com Ele (v. 20; ver Rm 3.25 nota).

5.21 O FEZ PECADO POR NÓS. As Escrituras não declaram em nenhum lugar que Cristo foi "pecador". Ele sempre permanece como o imaculado Cordeiro de Deus. Cristo tomou, sim, nossos pecados sobre si, e Deus Pai o fez objeto do seu juízo ao tornar-se Ele uma oferenda na cruz pelos nossos pecados (Is 53.10). Jesus, ao sofrer o nosso castigo na cruz, tornou possível a Deus perdoar os pecadores, sem violar sua própria justiça (Is 53.5; Rm 3.24-25 notas).

5.21 NÓS... FEITOS JUSTIÇA DE DEUS.

(1) "Justiça" não se refere aqui à justiça legalista, mas à justiça experimental do crente como nova criatura, i.e., quanto ao seu caráter e estado moral, que se fundamenta em sua fé em Cristo e dela flui (Fp 3.9; ver Rm 3.21 nota; 4.22 nota). O contexto total desta passagem (vv. 14-21) diz respeito ao crente viver para Cristo (v.15), controlado pelo "amor de Cristo" (v.14), tornar-se "nova criatura" em Cristo (v.17) e desempenhar o ministério da reconciliação como representante de Deus e da sua justiça na terra (vv. 18-20; ver 1 Co 1.30 nota sobre Jesus Cristo como a justiça do crente).

(2) A justiça de Deus é manifestada e experimentada neste mundo pelo crente, quando este permanece em Cristo. Somente à medida em que vivemos em união e comunhão com Cristo é que nos tornamos justiça de Deus (ver Jo 15.4,5; Gl 2.20 nota; 1 Jo 1.9).
 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 6º

6.1 NÃO RECEBAIS A GRAÇA DE DEUS EM VÃO. Paulo cria, indubitavelmente, que era possível o crente receber a graça de Deus e experimentar a salvação (v.2), e depois, por causa de descuido espiritual ou de viver em pecado
deliberado, abandonar a fé e a vida do evangelho, e voltar a perder-se. Todos devem ser exortados a se reconciliarem com Deus e a receber a sua graça (5.20). Aqueles que recebem a graça de Deus devem ser exortados a não recebê-la
em vão (cf. vv. 14-18).
6.4 NAS AFLIÇÕES... NAS ANGÚSTIAS. Ver 11.23 nota sobre os sofrimentos de Paulo.

6.10 COMO POBRES. Não é uma contradição para o evangelho, quando um cristão verdadeiramente dedicado é financeiramente pobre. Paulo afirma que possuía poucos bens deste mundo, mas, como servo de Deus, tornava outros espiritualmente ricos (cf. 8.9; At 3. 1ss; Ef 3.8).


6.14 JUGO DESIGUAL COM OS INFIÉIS. Diante de Deus, há apenas duas categorias de pessoas: as que estão em Cristo e as que não estão (vv. 14-16; ver o estudo TRÊS CLASSES DE PESSOAS). O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo. Neste contexto estão as sociedades nos negócios, as ordens secretas (Maçonaria), namoro e casamento com
incrédulos. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à convivência social ou econômica, ou com o intuito de mostrar ao incrédulo o caminho da salvação (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)


6.16 O TEMPLO DE DEUS COM OS ÍDOLOS? Paulo apresenta um forte argumento no sentido de um crente nascido de novo, sendo templo de Deus e do Espírito Santo (Jo 14.23; 1 Co 6.19; ver o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO), não poder ser habitado por demônios.

(1) Os ídolos, tanto no AT quanto no NT, representavam demônios (Dt 32.17; 1 Co 10.20,21; ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES). Logo, a pior forma de profanação no AT era colocar ídolos no próprio templo de Deus (2 Rs 21.7,11-14). Semelhantemente, nunca devemos profanar nosso corpo, a habitação do Espírito Santo, permitindo aos demônios ter acesso a ele (cf. v.15, onde "Belial" refere-se a Satanás; ver também Lc 10.19 nota; 2 Tm 2.25,26; 1 Jo 4.4; 5.18).

(2) Embora um espírito imundo não possa habitar lado a lado com o Espírito Santo num verdadeiro crente, pode haver circunstâncias em que um espírito maligno aja num indivíduo cuja conversão esteja em marcha, não estando ele ainda plenamente regenerado pelo Espírito Santo (ver o estudo A REGENERAÇÃO). A conversão pode, às vezes, envolver a expulsão de demônios de uma pessoa que, sinceramente, deseja seguir a Cristo, mas que está enfrentando problemas maiores com certos pecados. Até ser aniquilado aquele poder ou controle demoníaco, a pessoa não poderá experimentar uma salvação plena e completa e, assim, tornar-se "templo do Deus vivente" (cf. Mt 12.28,29; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

6.17 APARTAI-VOS. Ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE
 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 7º

7.1 TEMOS TAIS PROMESSAS. Paulo afirma com toda clareza que não podemos reivindicar as promessas maravilhosas e graciosas de Deus alistadas em 6.16-18, sem uma vida de separação e de santidade (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE). Este fato explica por que alguns perderam sua alegria cristã (Jo 15.11), sua proteção divina (Jo 17.12,14,15), resposta às orações (Jo 15.7,16) e o senso da presença paternal de Deus (Jo 14.21,23). Uma vida de parceria com o mundo significa perder a presença e as promessas de Deus

7.1 PURIFIQUEMO-NOS. Os crentes precisam purificar-se de todo pecado, do corpo e do espírito. Fazer isso significa romper totalmente com toda forma de transigência ímpia e resistir, continuamente, aos desejos da carne. Devemos mortificar as ações pecaminosas do corpo, repudiá-las cada vez mais e fugir delas (vv. 9-11; Rm 8.12,13; Gl 5.16).

7.5 FOMOS ATRIBULADOS... TEMORES. Mais uma vez, as palavras e as experiências de Paulo nos relembram que problemas exteriores e temores interiores podem também ocorrer ao crente verdadeiramente dedicado e nascido de novo.

7.6 CONSOLA OS ABATIDOS. Faz parte da natureza de Deus consolar os deprimidos e abatidos, uma vez que Ele é o Deus das misericórdias e da consolação (1.3). Na realidade, quanto mais somos afligidos, tanto maior será o consolo e a presença de Cristo em nossa vida. Note, neste versículo, que foi através de Tito que Deus consolou Paulo. Devemos sempre ser sensíveis à orientação do Espírito Santo, quando Ele nos dirigir para consolar e animar uma pessoa necessitada.

7.10 TRISTEZA SEGUNDO DEUS... TRISTEZA DO MUNDO. Aqui, Paulo identifica dois tipos de tristezas.

(1) Há a tristeza autêntica, causada pelo pecado, que leva ao arrependimento. Consiste numa mudança de atitude, que nos leva a voltar-nos contra o pecado, e para Deus. Esse tipo de arrependimento leva à salvação. Para Paulo, o arrependimento do pecado e a fé em Cristo são responsabilidades humanas quanto à salvação (ver Mt 3.2 nota).

(2) Em contraste, os que não se arrependem, se entristecem repetidamente devido às conseqüências do seu pecado; tal tristeza conduz à morte e à condenação eternas (Mt 13.42,50; 25.30; Rm 6.23).

 

 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 8º

8.1-9.15 ÀS IGREJAS DA MACEDÔNIA. Estes dois capítulos contêm instruções sobre a oferta para os crentes pobres de Jerusalém. As palavras de Paulo abarcam o ensino mais completo do NT sobre a contribuição financeira cristã. Os princípios, aqui, definidos são ensinos para os crentes e para as igrejas de todos os tempos (ver a nota seguinte).

8.2 RIQUEZAS DA SUA GENEROSIDADE. Os princípios e as promessas da contribuição cristã contidos nesses dois capítulos são os seguintes:

(1) Pertencemos a Deus; aquilo que possuímos está confiado às nossas mãos pelo Senhor (v. 5).

(2) Devemos tomar a decisão firme, em nosso coração, de que serviremos a Deus, e não ao dinheiro (v.5; Mt 6.24).

(3) A contribuição é feita para ajudar os necessitados (v. 14; 9.12; Pv 19.17; Gl 2.10; ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS), para promover o reino de Deus (1 Co 9.14; Fp 4.15-18), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprendermos a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).

(4) A contribuição deve ser em proporção ao que ganhamos (vv. 3,12; 1 Co 16.2).

(5) A contribuição é considerada uma prova do nosso amor cristão (v.24) e deve ser realizada de modo sacrificial (v.3) e voluntária (9.7).

(6) Ao contribuirmos com nossas ofertas para Deus, semeamos não somente dinheiro, mas também fé, tempo, serviço, e, assim, colhemos mais fé e outras bênçãos (v.5; 9.6,10-12).

(7) Quando Deus nos dá em abundância, é para que multipliquemos as nossas boas obras (9.8; Ef 4.28).

(8) Quando contribuímos, isso aumenta a nossa dedicação a Deus (Mt 6.21) e propicia suas bençãos sobre nossos assuntos financeiros (Lc 6.38). Para mais exploração sobre contribuição financeira, ver o estudo DÍZIMOS E OFERTAS.


8.9 JESUS CRISTO... SE FEZ POBRE. Dar, de modo sacrificial, fez parte essencial da natureza e do caráter de Jesus Cristo aqui no mundo. Porque Ele se fez pobre, nós, agora, participamos das suas riquezas eternas. Deus quer uma atitude idêntica entre os crentes, como evidência da sua graça operando em nosso ser. Todos os dons da graça e da salvação, o reino do céu e, até mesmo, o vitupério por causa de Cristo são as riquezas eternas que recebemos em lugar dos trapos da nossa iniqüidade (Lc 12.15; Ef 1.3; Fp 4.11-13,18,19; Hb 11.26; Ap 3.17).

 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 9º

9.6 POUCO... CEIFARÁ. O cristão pode contribuir generosamente, ou com avareza. Deus o recompensará de acordo com o que ele lhe dá (Mt 7.1,2). Para Paulo, a contribuição não é uma perda, mas uma forma de economizar; ela trará benefícios substanciais para quem contribui (ver 8.2 nota; 9.11 nota). Paulo não fala primeiramente da quantidade ofertada, mas da qualidade dos desejos e dos motivos do nosso coração ao ofertarmos. A viúva pobre deu uma oferta pequena, mas Deus a considerou uma quantia grande por causa da proporção da dádiva e pela dedicação total que ela revelou ter (ver Lc 21.1-4 nota; cf. Pv 11.24,25; 19.17; Mt 10.41,42; Lc 6.38).

9.8 ABUNDAR EM VÓS TODA GRAÇA. O crente que contribui com o que pode, para ajudar os necessitados, verá que a graça de Deus suprirá o suficiente para suas próprias necessidades, e até mais, a fim de que possa ser fecundo em toda boa obra (cf. Ef 4.28).

9.11 EM TUDO ENRIQUEÇAIS. Para que a generosidade seja manifesta exteriormente, o coração deve antes estar enriquecido de amor e compaixão sinceros para com o próximo. Dar de nós mesmos e daquilo que temos, resulta em:

(1) suprir as necessidades dos nossos irmãos mais pobres;

(2) louvor e ações de graças a Deus (v.12) e

(3) amor recíproco da parte daqueles que recebem a ajuda (v.14).
 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 10º

10.1 EU, PAULO, VOS ROGO. A maioria dos crentes coríntios aceitou a autoridade de Paulo e se submeteu aos seus ensinos e apostolado (7.8-16). Havia, no entanto, uma minoria, orientada por falsos obreiros, que subvertia o evangelho, fazendo o trabalho de Satanás (11.13,14), e que continuava a resistir a Paulo e a caluniar sua pessoa e seu caráter. Nos caps. 10-13, Paulo se dirige a esses falsos crentes.

10.4 AS ARMAS DA NOSSA MILÍCIA. Nossa luta é contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6.12). Por isso, as armas carnais e humanas, tais como argúcia, habilidade, riqueza, capacidade organizacional, eloqüência, persuasão, influência e personalidade são, em si mesmas, inadequadas para destruir as fortalezas de Satanás. As únicas armas adequadas para desmantelar os arraiais de Satanás, a injustiça e os falsos ensinos são as que Deus nos dá.

(1) Essas armas são poderosas porque são espirituais e provêm de Deus. Noutros trechos, Paulo alista algumas dessas armas a dedicação à verdade, uma vida de retidão, a proclamação do evangelho, a fé, o amor, a certeza da salvação, a Palavra de Deus e a oração perseverante (Ef 6.11-19; 1 Ts 5.8). Mediante o emprego dessas armas contra o inimigo, a igreja sairá vitoriosa. Isto é: a presença e o reino de Deus se manifestarão poderosamente para salvar os pecadores, expulsar demônios, santificar os crentes, batizá-los no Espírito Santo e curar os enfermos (ver o estudo SINAIS DOS CRENTES).

(2) A igreja de nossos dias é freqüentemente tentada a enfrentar o desafio do mundo por meios carnais e com as armas mundanas, i.e., sabedoria, filosofia e psicologia humanistas, atrações emocionantes, atividades nas igrejas centradas em passatempo, etc. Com muita freqüência, essas coisas servem, hoje, como substitutas das práticas básicas do NT: a oração fervente, a fidelidade incondicional à Palavra de Deus e a proclamação fervorosa do evangelho, com poder. Tais armas, porém, não trarão um reavivamento no Espírito Santo, porque não têm nenhuma possibilidade de destruir as fortalezas do pecado, livrar-nos do poder de Satanás e desfazer as paixões malignas que grassam no mundo de hoje. Se usarmos as armas do mundo, apenas secularizaremos a igreja e a privaremos das armas da fé, da justiça e do poder do Espírito Santo. Tragicamente, isso resultará em a igreja ser vencida pelos poderes das trevas e suas famílias serem dominadas e manipuladas pelas forças do mal, que agem no mundo

10.5 LEVANDO CATIVO TODO ENTENDIMENTO. A nossa guerra contra o mal inclui o alinhamento de todos os nossos pensamentos com a vontade de Cristo. Deixar permanecer em nossa mente pensamentos contrários à santidade de Deus nos levará ao pecado e à morte espiritual (Rm 6.16,23; 8.13). Siga os quatro passos abaixo para sujeitar todos os seus pensamentos ao senhorio de Cristo:

(1) Saiba que Deus conhece todos os seus pensamentos, e de que nada jamais se oculta dEle (Sl 94.11; 139.2,4,23,24). Somos tão responsáveis diante de Deus pelos nossos pensamentos, quanto somos pelas nossas palavras e ações (5.10; Ec 12.14; Mt 12.35-37; Rm 14.12).

(2) Saiba que a mente é um campo de batalha. Alguns pensamentos têm sua origem em nós mesmos, enquanto outros provêm diretamente do inimigo. Levar cativo todo o pensamento à obediência de Cristo demanda uma guerra espiritual contra a natureza humana pecaminosa e as forças satânicas (Ef 6.12,13; cf. Mt 4.3-11). Quando você for atacado com pensamentos maus ou imundos, resista-os e rejeite-os firmemente em nome do Senhor Jesus Cristo. Permita que a paz de Deus guarde o seu coração e mente, em Cristo Jesus (Fp 4.7). Nas lutas espirituais lembre-se de que nós, crentes, vencemos nosso adversário pelo sangue do Cordeiro, pela palavra do nosso testemunho e por dizer um "NÃO" persistente ao diabo, à tentação e ao pecado (Tt 2.11,12; Tg 4.7; Ap 12.11; cf. Mt 4.3-11).

(3) Seja resoluto ao concentrar a sua mente em Cristo e nas coisas celestiais, e não nas coisas terrenas (Fp 3.19; Cl 3.2). Compreenda que a mente firmada no Espírito é vida e paz, ao passo que a mente firmada na carne é morte (Rm 8.6,7). Encha sua mente da Palavra de Deus (Sl 1.1-3; 19.7-14; 119) e com aquilo que é verdadeiro, justo e de boa fama (Fp 4.8).

(4) Tenha cuidado com aquilo que seus olhos vêem e seus ouvidos ouvem. Recuse-se terminantemente

(a) a deixar seus olhos serem um instrumento de concupiscência (Jó 31.1; 1 Jo 2.16) e

(b) a colocar diante dos seus olhos qualquer coisa má ou vil, quer livros, revistas, quadros, televisão/vídeo/filmes ou cenas da vida real (Sl 101.3; Is 33.14,15; Rm 13.14).

10.12 SE MEDEM A SI MESMOS. Comparar-nos aos padrões contemporâneos e à vida dos crentes em nosso redor demonstra que ainda estamos sem a compreensão apropriada da vontade de Deus. O padrão com o qual devemos nos medir é o padrão revelado em Cristo e na doutrina dos apóstolos, no NT.
 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 11º

11.3 CORROMPIDOS OS VOSSOS SENTIDOS. Alguns em Corinto enfrentavam o grave perigo de serem enganados por falsos pregadores e de aceitarem um evangelho distorcido (v.4). Ao acolherem os ensinos desses "obreiros fraudulentos" (v.13), afastavam-se da sua devoção sincera a Cristo. Nas igrejas dos nossos dias, também há os que se apresentam como ministros da justiça (v.15), mas cujos ensinamentos contradizem a Palavra de Deus e levam seus seguidores ao naufrágio espiritual (ver as duas notas seguintes; Mt 23.13 nota). Precisamos precaver-nos contra estes (ver o estudo FALSOS MESTRES e OS PASTORES E SEUS DEVERES)

11.4 ALGUÉM PREGAR... OUTRO EVANGELHO. Os falsos mestres podem declarar que a revelação bíblica é verdadeira e, ao mesmo tempo, afirmar que possuem revelações extra-bíblicas ou conhecimentos de igual autoridade às Escrituras, e válidos para a igreja inteira. Esses falsos ensinos geralmente envolvem a fé cristã num sincretismo de outras religiões e filosofias. Resultam daí os seguintes erros:

(1) A suposta nova "revelação" é colocada no mesmo nível de autoridade que a revelação bíblica apostólica original.

(2) As Escrituras ocupam um lugar secundário, e Cristo é colocado em lugar inferior em relação aos "santos", ou fundadores de um movimento ou igreja.

(3) Os falsos mestres alegam ter uma compreensão mais profunda ou exclusiva das supostas "revelações ocultas" nas Escrituras.

11.13 OBREIROS FRAUDULENTOS, TRANSFIGURANDO-SE EM APÓSTOLOS. Satanás, o grande enganador (v.3; Jo 8.44), utiliza homens maus como seus agentes, transformando-os em "falsos apóstolos e obreiros fraudulentos".

(1) A Bíblia diz que esses ministros e líderes enganosos são pessoas que, capacitadas por Satanás,

(a) dão a impressão de realizarem grandes coisas na obra de Deus (v. 15; Ap 13.2),

(b) pregam mensagens evangélicas atraentes (v.4; ver 1 Tm 4.1 nota) e

(c) aparentam ser pessoas santas, mas, na realidade, rejeitam a piedade e negam a sua eficácia (2 Tm 3.5).

(2) Esses obreiros se disfarçam em "apóstolos de Cristo" (v.13) e "ministros da justiça" (v.15). Dessa maneira, imitam os verdadeiros ministros de Cristo e colocam na sua mensagem toda "aparência de piedade" (2 Tm 3.5). Parecem sinceramente solícitos e amorosos, e falam em perdão, paz, felicidade, fraternidade e muitas outras coisas construtivas, mas vivem sob a influência de Satanás. O evangelho deles é, geralmente, segundo o raciocínio humano, e não uma interpretação verdadeira da revelação de Deus, como temos nas Escrituras (cf. Gl 1.6,7; 1 Pe 2.1-3). A sua mensagem não é segundo a doutrina apostólica do NT (ver 1 Jo 4.1 nota).

(3) Todos os crentes devem precaver-se desses ministros e líderes enganosos (vv. 3,4; Mt 7.15; 16.6) e não devem se deixar levar pelo carisma deles, nem por sua eloqüência, preparo, milagres, altas estatísticas ou mensagem popular.

(4) Todos os líderes religiosos devem ser julgados de conformidade com sua atitude e fidelidade, ante a redenção, pelo sangue de Jesus Cristo, e o evangelho, conforme ensinaram Jesus e os escritores do NT (ver Gl 1.9 nota; ver o estudo FALSOS MESTRES)


11.23 OS SOFRIMENTOS DE PAULO. O Espírito Santo, através das palavras de Paulo, revela-nos a angústia e o sofrimento de uma pessoa totalmente dedicada a Cristo, à sua Palavra e à causa em prol da qual Ele morreu (ver o estudo O SOFRIMENTO DOS JUSTOS). Paulo comungava com os sentimentos de Deus e vivia em sintonia com o coração e os sofrimentos de Cristo. Seguem-se vinte formas da participação de Paulo nos sofrimentos de Cristo. Ele fala em:

(1) "muitas tribulações" enfrentadas ao servir a Deus (At 14.22);

(2) sua aflição no "espírito", por causa do pecado dominante na sociedade (At 17.16);

(3) servir ao Senhor com "lágrimas" ( 2.4);

(4) advertir a igreja "noite e dia com lágrimas", durante um período de três anos, por causa da perdição das almas, pela distorção do evangelho por falsos mestres, contrários à fé bíblica apostólica (At 20.31; ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES);

(5) sua grande tristeza ao separar-se dos crentes amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13);

(6) a "grande tristeza e contínua dor" no seu coração, por causa da recusa dos seus "patrícios" em aceitarem o evangelho de Cristo (Rm 9.2,3; 10.1);

(7) as muitas provações e aflições que lhe advieram por causa do seu trabalho para Cristo (4.8-12; 11.23-29; 1 Co 4.11-13);

(8) seu pesar e angústia de espírito, por causa do pecado tolerado dentro da igreja (2.1-3; 12.21; 1 Co 5.1,2; 6,8-10);

(9) sua "muita tribulação e angústia do coração", ao escrever àqueles que abandonavam a Cristo e ao evangelho verdadeiro (2.4);

(10) seus gemidos, por causa do desejo de estar com Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (5.1-4; cf. Fp 1.23);

(11) suas tribulações "por fora e por dentro", por causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (7.5; 11.3,4);

(12) o "cuidado" que o oprimia cada dia, por causa do seu zelo por "todas as igrejas" (v.28);

(13) o desgosto consumidor que sentia quando um cristão passava a viver em pecado (v.29);

(14) o desgosto de proferir um "anátema" sobre aqueles que pregavam outro evangelho, diferente daquele revelado no NT (Gl 1.6-9);

(15) suas "dores de parto" para restaurar os que caíam da graça (Gl 4.19; 5.4);

(16) seu choro por causa dos inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18);

(17) sua "aflição e necessidade", pensando naqueles que podiam decair da fé (1 Ts 3.5-8);

(18) suas perseguições por causa da sua paixão pela justiça e pela piedade (2 Tm 3.12);

(19) sua lastimável condição ao ser abandonado pelos crentes da Ásia (2 Tm 1.15); e

(20) seu apelo angustiado a Timóteo para que este guarde fielmente a fé genuína, ante a apostasia vindoura (1 Tm 4.1; 6.20; 2 Tm 1.14)

 

 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 12º

12.2 UM HOMEM EM CRISTO. Paulo se refere a si mesmo como "um homem em Cristo", que foi levado ao céu, a fim de receber revelações, provavelmente, a respeito do evangelho de Cristo e das glórias indescritíveis do céu, reservadas aos crentes (v.7; cf. Rm 8.18; 2 Tm 4.8). Esse grande privilégio e revelação concedidos a Paulo, fortaleceram-no e capacitaram-no a suportar os sofrimentos prolongados e severos que lhe sobrevieram durante seu ministério apostólico.

12.2 TERCEIRO CÉU. As Escrituras indicam que há três lugares chamados céu. (1) O primeiro céu é a atmosfera que circunda a Terra (Os 2.18; Dn 7.13). (2) O segundo céu é o das estrelas (Gn 1.14-18). (3) O terceiro céu, também chamado paraíso (vv. 3,4; Lc 23.43; Ap 2.7), é a habitação de Deus e o lar de todos os salvos que já daqui partiram (5.8; Fp 1.23). Sua localização exata não está revelada.

12.7 UM ESPINHO NA CARNE. A palavra "espinho" comunica a idéia de dor, de aflição, de sofrimentos, de humilhação, ou de enfermidades físicas, mas não a de tentação para pecar (cf. Gl 4.13,14). (1) O espinho de Paulo permanece indefinido, de modo que aqueles que têm qualquer "espinho" na vida podem, assim, aplicar a si mesmos a lição espiritual dessa passagem. (2) O espinho de Paulo pode ter sido uma ação demoníaca contra ele, permitida por Deus, mas por Ele limitada (v.7; Jó 2.1ss). (3) Ao mesmo tempo, esse espinho de Paulo lhe foi dado para impedir que se orgulhasse a respeito das revelações que recebera. (4) O espinho de Paulo tornou-o mais dependente da graça divina (v. 9 nota; Hb 12.10).

12.8 TRÊS VEZES OREI AO SENHOR. Muitas vezes, quando Deus responde a oração sincera com um "não", é porque algo muito melhor Ele vai conceder (ver a nota seguinte; Ef 3.20).

12.9 A MINHA GRAÇA TE BASTA. A graça é a presença, o favor e o poder de Deus em nossa vida. É uma força, um poder celestial outorgado àqueles que invocam a Deus. Essa graça descerá sobre o crente fiel que suportar suas fraquezas e dificuldades, por amor ao evangelho (Fp 4.13; ver o estudo FÉ E GRAÇA).

(1) Quanto maior a nossa fraqueza e provações ao servirmos a Cristo, tanto mais graça Deus nos dará para cumprir a sua vontade. Aquilo que Ele nos outorga é sempre suficiente para vivermos nossa vida diária, para trabalharmos por Ele e para suportarmos nossos sofrimentos e "espinhos" na carne (cf. 1 Co 10.13). Enquanto estivermos perto de Cristo, Ele nos outorgará a sua força celestial.

(2) Devemos gloriar-nos em nossas fraquezas e ver nelas valor eterno, porque elas fazem com que o poder de Cristo desça sobre nós e habite em nós, à medida que avançamos nesta vida em direção ao nosso lar celestial

12.15 GASTAREI E ME DEIXAREI GASTAR PELAS VOSSAS ALMAS. O espírito de Paulo, de amor devotado àqueles a quem ele procura ajudar, é um exemplo para todos os pastores, professores, missionários e obreiros em geral. Suas palavras retratam o seu amor devotado (cf. 6.11-13; 7.1-4), como o de um pai por seus filhos. É um amor que o levava a gastar-se até o fim, para o bem dos outros; um amor que não pensa em si, mas que demonstra genuína solicitude àqueles que estão sob seus cuidados. Paulo não quer nada em troca, contanto que seus corações estejam voltados para Cristo. Todo fiel ministro do evangelho deve possuir esse tipo de amor.

12.20 DETRAÇÕES, MEXERICOS. A Bíblia condena os pecados da língua que prejudicam o próximo, como sendo ofensas graves contra a lei cristã do amor. Qualquer tipo de conversa que rebaixa o próximo ou que difama seu caráter deve ser reprovada. A conversa ou menção de delitos do próximo devem ser feitos somente com um motivo sincero de ajudar tal pessoa, ou de proteger os outros e o reino de Deus (Rm 1.29; Ef 4.31; 2 Tm 4.10,14,15; 1 Pe 2.1).

12.21 CHORE POR MUITOS DAQUELES QUE... PECARAM. Os ministros cristãos devem chorar por aqueles na igreja que se recusam a arrepender-se do seu pecado e abandoná-lo, pois estão espiritualmente mortos. A mensagem trágica para eles é a palavra que Paulo dirige aos coríntios (1 Co 6.9), aos gálatas (Gl 5.21) e aos efésios (Ef 5.5,6); palavra essa que declara a sua exclusão do reino de Deus.
 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE 2 CORÍNTIOS 13º

13.2 NÃO LHES PERDOAREI. O amor do pastor aos membros da sua igreja (ver 12.15 nota) requer austeridade e não somente afeição. Chega a hora em que a paciência termina a sua caminhada e, para o bem da igreja, os transgressores não devem ser mais tolerados. É caso então de santa justiça, e não de indulgência.

13.5 EXAMINAI-VOS... SE PERMANECEIS NA FÉ. Nenhum conhecimento é tão importante para os crentes como a certeza de que têm a vida eterna (ver Jo 17.3 nota). Todos os cristãos professos devem examinar a si mesmos para ver se a sua salvação é uma realidade presente (ver o estudo A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO)

13.13 GRAÇA... AMOR... COMUNHÃO. A bênção impetrada por Paulo dá testemunho da crença na Trindade, mantida pela igreja do NT. Paulo ora para que os coríntios tenham continuamente a experiência

(1)da graça de Cristo, i.e., da sua presença, poder, misericórdia e consolo;

(2) do amor paternal de Deus, com todas as suas bênçãos e

(3) da comunhão cada vez mais profunda com o Espírito Santo. Sendo essa tríplice realidade uma bênção sempre presente em nossa vida, nossa salvação está garantida.
 

 

 

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