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Notas de Ezequiel

  LIVRO  DE  EZEQUIEL

 

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Esboço EZEQUIEL

 

I. A Chamada e Nomeação de Ezequiel (1.1—3.27)

A. A Visão da Glória de Deus (1.1-28)

B. O Ministério da Palavra Profética (2.1—3.27)

II. A Mensagem Profética de Juízo para Judá e Jerusalém (4.1—24.27)

A. Sinais Proféticos do Juízo Vindouro (4.1—5.17)

1. Um Tijolo (4.1-3)

2. Ezequiel Deita-se de Lado (4.4-8)

3. O Pão Minguado (4.9-17)

4. A Navalha Afiada (5.1-17)

B. Mensagens Proféticas do Juízo Vindouro (6.1—7.27)

C. Visões Proféticas do Juízo Vindouro (8.1—11.25)

1. Visão das Abominações no Templo (8.1-18)

2. Visão da Destruição de Jerusalém (9.1-11)

3. Visão do Afastamento da Glória (10.1-22)

4. Visão dos Governantes Ímpios e da Retirada da Glória (11.1-25)

D. Sinais, Mensagens e Parábolas Proféticas do Juízo Vindouro (12.1—24.27)

1. Sinais do Exílio de Jerusalém (12.1-28)

2. Mensagem contra os Falsos Profetas (13.1-23)

3. Mensagem contra os Anciãos Idólatras (14.1-23)

4. Parábolas da Videira Inútil (15.1-8), das Mulheres Adúlteras (16.1-23) e das Duas Águias (17.1-24)

5. Uma Lição (18.1-32) e uma Lamentação (19.1-14)

6. Mais Mensagens e Sinais do Juízo de Jerusalém (20.1—24.27)

III. A Mensagem Profética de Juízo para as Nações Estrangeiras (25.1—32.32)

A. Amom (25.1-7)

B. Moabe (25.8-11)

C. Edom (25.12-14)

D. Filístia (25.15-17)

E. Tiro (26.1—28.19)

F. Sidom (28.20-26)

G. Egito (29.1—32.32)

IV. A Mensagem Profética da Restauração de Israel (33.1—48.35)

A. O Atalaia da Restauração (33.1-33)

B. As Promessas da Restauração (34.1—39.28)

C. A Visão da Restauração (40.1—48.35)

 

Autor:
Ezequiel
Tema:
O Juízo e a Glória de Deus
Data:
590-570 a.C.

 

Considerações Preliminares

O contexto histórico do livro de Ezequiel é a Babilônia durante os primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a.C.). Nabucodonosor levou cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas: (1) em 605 a.C., jovens judeus
escolhidos foram deportados para Babilônia, entre eles Daniel e seus três amigos; (2) em 597 a.C., 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando Ezequiel entre eles; e (3) em 586 a.C. as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a
cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada à Babilônia. O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante a hora mais tenebrosa da história do AT: os sete anos que precederam a destruição, em 586 a.C. (593-586 a.C.), e
os quinze anos seguintes (586-571 a.C.). O livro provavelmente completou-se cerca de 570 a.C.
Ezequiel, cujo nome significa “Deus fortalece”, era de família sacerdotal (1.3) e passou os vinte e cinco primeiros anos da sua vida em Jerusalém. Estava se preparando para o trabalho sacerdotal do templo quando foi levado prisioneiro à
Babilônia em 597 a.C. Uns cinco anos mais tarde, aos trinta anos (1.2,3), Ezequiel recebeu sua chamada profética da parte de Deus, e a partir daí ministrou fielmente durante vinte e dois anos, pelo menos (29.17). Ezequiel tinha uns dezessete
anos quando Daniel foi deportado e, portanto, os dois eram praticamente da mesma idade. Ezequiel e Daniel foram contemporâneos de Jeremias, porém mais jovens que ele e, provavelmente, foram por ele influenciados, por ser profeta mais
velho em Jerusalém (cf. Dn 9.2). Quando Ezequiel chegou à Babilônia, Daniel já era bem conhecido como homem de elevada sabedoria profética; Ezequiel refere-se a ele três vezes no seu livro (14.14,20; 28.3). Ao contrário de Daniel, Ezequiel
era casado (24.15-18), e vivia como um cidadão comum entre os exilados judeus, junto ao rio Quebar (1.1; 3.15,24; cf.Sl 137.1).
O livro claramente atribui suas profecias a Ezequiel (1.3; 24.24). O uso do pronome pessoal “eu” através do livro, juntamente com a harmonia estilística e a linguagem, indicam a autoria exclusiva de Ezequiel. As profecias de Ezequiel têm datas
exatas por causa de sua organização em datá-las (cf. 1.1,2; 8.1; 20.1; 24.1; 26.1; 29.1,17; 30.20; 31.1; 32.1,17; 33.21; 40.1). Seu ministério começou em julho de 593 a.C. e continuou, pelo menos, até a última profecia registrada em abril de
571 a.C.

Propósito

O propósito das profecias de Ezequiel foi duplo: (1) entregar a mensagem divina do juízo ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1—24) e às sete nações estrangeiras ao seu redor (25—32); e (2) conservar a fé do remanescente fiel a Deus no
exílio, concernente à restauração de seu povo segundo o concerto e à glória final do reino de Deus (33—48). O profeta também ressaltava a responsabilidade pessoal de cada indivíduo diante de Deus, ao invés de somente culpar os antepassados
e seus pecados como a causa do exílio como julgamento (18.1-32; 33.10-20)

Visão Panorâmica

O livro de Ezequiel está bem organizado, e seus quarenta e oito capítulos dividem-se naturalmente em quatro seções principais: (1) A seção introdutória (1—3) descreve a poderosa visão que Ezequiel teve da glória e do trono de Deus (cap. 1) e
o encargo divino que o profeta recebeu para seu ministério profético (2; 3).
(2) A segunda seção (4—24) contém a mensagem contundente de Ezequiel sobre o juízo vindouro e inevitável de Judá e Jerusalém, devido a sua obstinada rebeldia e apostasia. Durante os últimos sete anos de Jerusalém (593-586 a.C.), Ezequiel
advertiu os judeus de Jerusalém e os cativos em Babilônia, que não deviam alimentar a falsa esperança de que Jerusalém sobreviveria ao julgamento. Os pecados passados e presentes de Jerusalém provocavam a sua segura ruína. Ezequiel
trombeteia sua mensagem profética de juízo através de várias visões, parábolas e atos simbólicos. Os capítulos 8—11 descrevem como Deus levou Ezequiel a Jerusalém numa visão para profetizar contra a cidade. No capítulo 24, a morte da
querida esposa do profeta serviu de parábola e sinal da destruição de Jerusalém.
(3) A terceira seção (25—32) contém profecias de juízo contra sete nações estrangeiras que se alegravam da calamidade de Judá. Na profecia sobremaneira longa contra Tiro, aparece uma descrição mascarada de Satanás (28.11-19) como o
verdadeiro agente por trás do rei de Tiro.
(4) A seção final do livro (33—48) assinala uma transição na mensagem do profeta, que mudou do terrível juízo para o consolo e a esperança futuros (cf. Is 40—66). Depois da queda de Jerusalém, Ezequiel profetiza a respeito do avivamento e
restauração futuros, quando, então, Deus será o verdadeiro pastor do seu povo (cap. 34) e dará aos seus um “novo coração” e um “novo espírito” (cap. 36). Neste contexto surge a famosa visão de Ezequiel, de um exército de ossos secos que
ressuscitam mediante a mensagem profética (cap. 37). O livro termina com a descrição da restauração escatológica do templo santo, da cidade santa de Jerusalém, e da terra santa de Israel (40—48).

Características Especiais

Sete características principais assinalam o livro de Ezequiel. (1) Contém um grande número de visões surpreendentes, de parábolas arrojadas e de ações simbólicas e excêntricas, como um meio de expressão da revelação profética de Deus. (2)
Seu conteúdo é organizado e datado com cuidado: registra mais datas do que qualquer outro livro profético do AT. (3) Duas frases características ocorrem do começo ao fim do livro: (a) “então saberão que eu sou o SENHOR” (sessenta e cinco
ocorrências com suas variantes); e (b) “a glória do SENHOR” (dezenove ocorrências com suas variantes). (4) Ezequiel recebe de Deus, de modo peculiar, os nomes de “filho do homem” e “atalaia”. (5) Este livro registra duas grandiosas visões
do templo: uma delas mostra-o profanado e à beira da destruição (8—11), e a outra, purificado e perfeitamente restaurado (40—48). (6) Mais do que qualquer outro profeta, Ezequiel recebeu ordens de Deus para identificar-se pessoalmente
com a palavra profética, expressando-a através do simbolismo profético. (7) Ezequiel salienta a responsabilidade pessoal do indivíduo e sua responsabilidade diante de Deus.

O Livro de Ezequiel ante do NT

A mensagem dos capítulos 33—48 concerne, em síntese, à futura obra redentora de Deus conforme revela no NT. Fala não somente da restauração física de Israel à sua terra, como também da sua restauração final futura, i.e., sua plena
realização reservada por Deus, como o Israel espiritual, junto às nações como resultado de missões. Profecias importantes em Ezequiel a respeito do Messias do NT: 17.22-24; 21.26,27; 34.23,24; 36.16-38 e 37.1-28.

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  1º

1.1 NO TRIGÉSIMO ANO. Esta expressão refere-se, provavelmente, à idade de Ezequiel. Nessa ocasião, ele habitava entre os cativos em Babilônia, para onde fora levado em 597 a.C., nove anos após a chegada ali de Daniel, e onze anos antes da destruição de Jerusalém. Ezequiel foi chamado para ministrar como profeta durante o cativeiro, proclamando a mensagem de Deus aos exilados, ao mesmo tempo em que Jeremias pregava em Jerusalém. Ezequiel ministrou durante vinte e sete anos,
pelo menos. O cativeiro babilônico de Judá durou aproximadamente setenta anos (de 605 a 538 a.C.).

1.3 VEIO... A PALAVRA DO SENHOR A EZEQUIEL. Ezequiel era sacerdote. Ele recebeu sua chamada profética em 593 a.C., quatro anos depois de chegar à Babilônia. Certamente, estabeleceu-se junto ao rio Quebar, possivelmente um canal navegável, ligado ao rio Eufrates, cerca de 80 km a sudeste de Babilônia. Sua missão era expor a razão do cativeiro, predizer a queda de Jerusalém, levar o povo exilado de volta a Deus e avivar a esperança dos exilados mediante a promessa divina de sua restauração.

1.4 OLHEI. Ezequiel recebe uma visão da glória e da santidade de Deus (ver v. 28 nota). As visões de Deus (v. 1) eram fundamentais ao seu ministério entre exilados.

1.5 QUATRO ANIMAIS. Estes seres viventes são posteriormente identificados como querubins (10.20). Os querubins são seres angelicais que manifestam aos seres humanos a santidade e a glória de Deus (cf. 1 Cr 28.18; Sl 18.10; ver o estudo OS ANJOS, E O ANJO DO SENHOR). Podem acompanhar a Deus em ocasiões de condenação ou de bênção. Guardaram o jardim do Éden depois da queda (Gn 3.22-24). Nas extremidades do propiciatório, sobre a arca da aliança, estavam dois querubins de ouro (Êx 25.18-22). Nesta visão de Ezequiel, os querubins manifestavam aos exilados a glória e a santidade de Deus, através da dita visão

1.10 A SEMELHANÇA DO SEU ROSTO. Os rostos de homem, de leão, de boi e de águia representam a criação por Deus, dos seres viventes (cf. Ap 4.7). Nos novos céus e na nova terra, a totalidade da criação de Deus, plenamente redimida da maldição do pecado, manifestará a glória divina.

1.12 O ESPÍRITO. Os querubins são dirigidos pelo Espírito que, sem dúvida, refere-se ao Espírito de Deus (cf. v. 20).

1.13 BRASAS DE FOGO ARDENTES. Estas brasas falam da santidade de Deus (cf. Êx 3.1-5) e o seu juízo no castigo do pecado (cf. Ap 20.14,15). O fogo que se movimenta simboliza a energia e o poder do Espírito Santo, o qual está sempre em ação e jamais descansa.

1.16-25 O ASPECTO DAS RODAS. Ezequiel vê uma espécie de carro-trono em movimento constante. Deus é manifesto num trono móvel que nunca pára, e que vai para onde o Espírito ordena. A linguagem figurada simboliza a soberania de Deus sobre todas as coisas, e a sua presença em todas as esferas da sua criação. Ele está presente com os exilados às margens do rio Quebar.

1.26 COMO QUE A SEMELHANÇA DE UM HOMEM. Ezequiel vê Deus sentado num trono, na semelhança de um homem. Esta visão mostra que quando Deus resolveu revelar-se plenamente, Ele o fez em forma humana mediante Jesus Cristo (cf. Fp 2.5-7; Cl 2.9).
1.28 DA GLÓRIA DO SENHOR. Este versículo provê o significado da visão toda, i.e., uma visão da glória de Deus (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS).

(1) Deus revelou a Ezequiel a sua glória e poder a fim de prepará-lo para a obra à qual Ele o chamava. O Senhor ia continuar a aparecer a Ezequiel no decurso da sua vida, a fim de sustentá-lo naquele ministério (3.12,23,24; 8.2-4; 9.3; 10.1-22; 11.22,23; 43.2-4).

(2) O aparecimento da glória de Deus a Ezequiel indicava que ela já saíra do templo de Jerusalém (cf. 1 Rs 8.11; Sl 26.8; 63.2), e que agora estava sendo manifesta aos exilados. Ezequiel profetizou posteriormente que a glória de Deus voltaria a Canaã e a Jerusalém (ver 43.2,3,7).

(3) Assim como Ezequiel precisava de uma visão da glória de Deus a fim de prepará-lo para servir ao Senhor, assim também nós precisamos experimentar o poder da glória e a santidade de Deus antes de ingressarmos na sua obra (cf. Is 6). Obtemos a compreensão de Deus em toda a sua glória mediante Jesus Cristo (cf. Jo 1.14), o Espírito Santo (1 Pe 4.14) e a Palavra de Deus (2 Co 3.7-11; ver At 1.8 notas)

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  2º

2.1 FILHO DO HOMEM. Deus se refere a Ezequiel mais de noventa vezes como filho do homem . Este título ressalta a humildade e a fragilidade do profeta, e servia para lembrar-lhe da sua dependência do poder do Espírito Santo para capacitá-lo a cumprir o seu ministério. Jesus também empregava este título em alusão a si mesmo (Mt 8.20; 9.6; 11.19; Mc 2.28; 8.31,38; 9.9; Lc 5.24; Jo 3.13), salientando o seu relacionamento com a raça humana e sua dependência do Espírito Santo (cf. Dn 8.17).

2.2 ENTROU EM MIM O ESPÍRITO. Ezequiel fica revestido do poder do Espírito de Deus para proclamar a mensagem de Deus. Hoje, como naquela ocasião, Deus requer que seu povo receba o revestimento do Espírito Santo para pregar o evangelho com eficácia a todas as nações (ver At 1.8; 2.4).

2.5 ESTEVE NO MEIO DELES UM PROFETA. Deus precisa de servos autênticos e fiéis para proclamarem a sua Palavra ao povo. Servos que falem tudo quanto Ele quer, sem medo e sem transigência com o erro. Sua mensagem não é determinada pela reação dos ouvintes, mas, sim, entregue com total lealdade a Deus e à sua verdade (v. 7). Se alguns ouvintes decidem resistir a Deus e à sua lei, que o façam, porém esses profetas vão continuar a entregar a mensagem de Deus, repreendendo o pecado e a rebeldia, e conclamando o povo a ser fiel ao Senhor.

2.10 LAMENTAÇÕES. A mensagem inicial de Ezequiel seria de juízo, e haveria de causar lamentações entre os que a ouvissem.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  3º

3.1 COME ESTE ROLO. No rolo, estavam escritas as palavras e juízos de Deus para o seu povo. Comer o rolo simbolizava que Ezequiel precisava receber a mensagem de Deus, e comprometer-se com ela antes de proclamá-la.

3.3 ERA NA MINHA BOCA DOCE COMO O MEL. Embora a mensagem de Ezequiel fosse de destruição e de lamentação, Deus fez com que ela se tornasse doce como mel, para o próprio profeta. A Palavra de Deus, pelo fato de ser a palavra divina, será amada e apreciada por todos que se dedicam a Deus e à sua causa.

3.7 NÃO TE QUERERÁ DAR OUVIDOS. O povo não queria acreditar na mensagem profética de julgamento contra Jerusalém, porque continuava endurecido contra a verdade. Para ajudar Ezequiel a enfrentar aquela rejeição iminente, Deus prometeu dar-lhe coragem e determinação para proclamar a Palavra profética em qualquer situação.

3.14 EU ME FUI MUI TRISTE. Ezequiel ficou muito triste por causa das calamidades iminentes que Deus o incumbiu de anunciar. Embora angustiado, ele permaneceu fiel à sua vocação. Um sinal seguro de que o crente está bem diante de Deus é que ele ama a justiça, e detesta a iniqüidade, assim como Deus o faz (ver Hb 1.9 nota).

3.18 AO ÍMPIO: CERTAMENTE MORRERÁS. Ezequiel era um atalaia para advertir os seus compatriotas de que a sua persistência no pecado e na rejeição a Deus resultava em morte. Se Ezequiel deixasse de advertir os ímpios, ele seria considerado responsável pela morte deles.

(1) Segundo o novo concerto, o fiel ministro de Deus também deve advertir sua congregação a que não viva no pecado, para que não seja excluída do reino de Deus (ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota; Ef 5.5 nota). Aqueles que ensinam que o crente pode viver uma vida ímpia e imoral sem comprometer a sua salvação eterna, sofrerão eles mesmos o severo juízo divino.

(2) Sempre devemos lembrar que Deus nos ordenou ir ao mundo inteiro e proclamar o evangelho (Mt 28.18-20; At 1.8), e que isso inclui a advertência da morte eterna para todos aqueles que não se arrependerem, nem crerem em Cristo (cf. At 17.22-31). Deus, portanto, constituiu a igreja como um atalaia (ver Mt 18.15 nota).

3.20 ELE MORRERÁ. O justo que se desvia dos caminhos do Senhor, e passa a viver na impiedade, e não se arrepende, sofrerá juízo divino e morrerá. Notem-se as palavras do apóstolo Paulo: se viverdes segundo a carne, morrereis , i.e., tereis a morte eterna (Rm 8.13).

3.26 FICARÁS MUDO. Ezequiel foi impedido de falar ao povo, a não ser quando recebia uma mensagem direta do Senhor. Os israelitas recusaram-se a ouvir e obedecer à mensagem dos profetas. Deus os deixou sem sua palavra, ao determinar o silêncio do profeta Ezequiel. O mutismo de Ezequiel durou aproximadamente sete anos e meio, até a queda de Jerusalém (24.27; 33.32).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  4º

4.1 TOMA UM TIJOLO. Deus ordenou que Ezequiel simbolizasse o cerco de Jerusalém e o exílio subseqüente, por meio de atos específicos. Retratou estes eventos com uma miniatura de cerco da cidade. A assadeira de ferro (v. 3)
talvez represente a força resistente dos babilônios. Mediante este ato figurativo, Ezequiel gravou na mente dos exilados o fato de que o próprio Deus ia enviar os babilônios contra Jerusalém.
4.4 DEITA-TE SOBRE O TEU LADO ESQUERDO. Deus mandou Ezequiel suportar, de modo simbólico, o castigo que Ele determinara sobre Israel e Judá (ver a nota seguinte). Cada dia que Ezequiel ficava deitado sobre o seu lado, representava um ano de pecado da nação hebréia como um todo. Ele não ficava o dia inteiro deitado sobre o seu lado, pois tinha outras tarefas a cumprir (vv. 9-17).

4.5 TREZENTOS E NOVENTA DIAS. O número de dias determinados a Ezequiel para ficar deitado sobre o seu lado correspondia aos anos de pecado de Israel e de Judá. Os 390 anos parecem abranger o período da monarquia de Salomão à queda de Jerusalém. Os quarenta anos a mais atribuídos a Judá (v. 6) podem representar o reinado extremamente ímpio de Manassés, que influenciou Judá pelo resto da sua história (2 Rs 21.11-15).

4.9-11 FAZE DELES PÃO. O propósito da pouca comida e água era simbolizar a escassez de provisões em Jerusalém durante o cerco (vv. 16,17). A fome seria severa.

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  5º

5.1,2 TOMA UMA FACA AFIADA. Ezequiel rapou a cabeça e a barba e dividiu seu cabelo em três porções, e assim simbolizou o destino dos habitantes de Jerusalém. A terça parte do cabelo queimada representava os que morreriam de peste ou de fome; a outra terça parte morreria pela espada e a última terça parte seria dispersa no exílio (v. 12).

5.3 UM PEQUENO NÚMERO. Os poucos cabelos colocados nas vestes de Ezequiel representavam um remanescente preservado por Deus. Até mesmo algumas pessoas do remanescente seriam queimadas e sofreriam o juízo divino (v. 4).

5.11 POIS QUE PROFANASTE O MEU SANTUÁRIO. Uma das razões principais da ira de Deus contra Jerusalém foi porque ela profanou o templo com a adoração de ídolos (ver 8.11). O NT adverte os crentes contra este mesmo pecado terrível. O apóstolo Paulo declara que Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá (1 Co 3.17). Nesta passagem, o templo é uma igreja local ou um grupo de igrejas. Uma pessoa profana a igreja de Deus quando a esta pertence, participando dos cultos, mas vivendo no pecado e propagando doutrinas antibíblicas.

5.17 EU, O SENHOR, FALEI. O livro de Ezequiel declara cerca de sessenta vezes que Deus executará juízo contra Judá. Não se deve dar a entender que Deus não castiga a quem profana a sua igreja (ver a nota anterior) ou a quem rejeita os seus caminhos. Deus cumpre a sua palavra e suas advertências de juízo. Para mais pormenores deste assunto, ver o livro de Apocalipse.

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  6º

6.4 VOSSOS ÍDOLOS. O pecado principal dos israelitas contra o Senhor era o da idolatria. Repetidas vezes, desdenharam da bondade de Deus, e dedicaram sua adoração e lealdade a outros deuses. Hoje, uma pessoa torna-se idólatra sempre que busca satisfação e prazeres, ou ajuda, nas coisas deste mundo (ver Mt 6.19-24; Cl 3.5) Ao invés de confiar somente em Deus como a esperança da sua vida, busca o socorro do presente século. Para uma visão mais completa sobre o assunto, ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES)

6.9 TERÃO NOJO DE SI MESMOS. O castigo divino levaria alguns a reconhecerem a gravidade do seu pecado, a sentirem profunda tristeza por sua transgressão e, conseqüentemente, a voltarem para Deus. Note-se que o arrependimento não é meramente uma mudança de idéia, mas também uma mudança de atitude. É um pesar e quebrantamento da parte de Deus, pelo pecado individual (Sl 51.17; 2 Co 7.9,10).

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  7º

7.7 CHEGADO É O DIA DA TURBAÇÃO. O dia da ira e da destruição estava bem próximo dos israelitas. Sua rebelião contra Deus terminaria abruptamente (vv. 2,3,6), quando Ele os castigasse pelas suas abominações; poucos sobreviveriam. Hoje, até parece que Deus não está atento à iniqüidade e imoralidade das nações. Porém, a Bíblia nos assegura repetidas vezes que o dia do Senhor está perto (cf. Am 5.18-20), um dia de grande julgamento, que trará destruição e a ira divina sobre o mundo inteiro (ver 1 Pe 4.7,17). Assim como o dia do Senhor veio, por fim, contra Judá, assim também virá contra todos os ímpios, impuros e arrogantes deste mundo (ver 1 Ts 5.2 nota).

7.25 VEM A DESTRUIÇÃO. No início, o pecado talvez pareça agradável e prazenteiro, mas concluída a sua trajetória, fica o seu rastro de destruição, angústia e desespero. O único caminho de livramento é a volta para Deus, com arrependimento e fé, e confiar nos méritos da morte expiatória de Jesus Cristo.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  8º

8.1 A MÃO DO SENHOR JEOVÁ. Ezequiel experimentou uma grandiosa visitação da presença e poder de Deus ao ser transportado a Jerusalém em visões de Deus (v. 3; 2 Co 12.1-4). Os crentes do NT, de modo semelhante, experimentavam a presença e o poder de Deus quando recebiam a plenitude do Espírito Santo (At 4.29-31), acompanhada de visões e sonhos (At 2.16-18). Os crentes dos nossos dias devem pedir, buscar e clamar para que o Espírito Santo venha sobre eles com poder (Lc 11.5-13) e lhes conceda os dons espirituais, para testemunharem de Cristo (At 1.8; 2.4,16-18). Desta forma, a Palavra de Deus será transmitida à sua casa e ao mundo, com ousadia, poder e maravilhas para convencer-nos plenamente (At 2.1-12,37-41; 1 Ts 1.5; Hb 2.4).

8.3 ME TROUXE A JERUSALÉM. Ezequiel foi transportado ao templo de Jerusalém, em visões de Deus (v. 3), para que visse as abominações que o povo cometia. Esta revelação deixou claro por que Deus julgaria a cidade santa.

8.6 PARA QUE ME AFASTE DO MEU SANTUÁRIO? Deus revelou a Ezequiel que Ele não habitaria no templo, se a idolatria e outros pecados fossem tolerados. Da igual maneira, Jesus declarou que as igrejas que se comprometem com o mundo, que desprezam o ensino bíblico ou que toleram a imoralidade ficarão sem a sua presença, e não terão lugar no reino de Deus (ver Ap 2;3).

8.14 TAMUZ. Tamuz era o deus babilônico da vegetação. Quando a vida vegetal morria no outono, o povo lamentava, julgando ser aquilo a morte do ídolo. As mulheres de Judá abandonaram a Deus, o Senhor, e voltaram-se para deuses como esse, em busca de socorro e benefícios.

8.17 CHEGAR O RAMO AO SEU NARIZ. Este ato possivelmente era parte do ritual da adoração idólatra ao sol ou à natureza.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  9º

9.2 SEIS HOMENS. São anjos designados por Deus para executarem o seu julgamento contra a cidade. Cada um portava uma arma (v. 1) com a qual mataria todos os iníquos (vv. 5,6). Juntamente com eles apareceu um sétimo anjo, 0vestido de linho branco, com um estojo de escrivão à sua cinta. Sua tarefa era pôr uma marca na testa de todos que permaneciam fiéis a Deus (vv. 2-4,11; cf. Ap 7.3; 9.4; 14.1; 22.4; ver a nota seguinte).

9.4 QUE GEMEM POR CAUSA DE TODAS AS ABOMINAÇÕES. Deus ordenou que, no juízo, fossem poupados somente os que se mantivessem fiéis a Ele e à sua Palavra. (1) A lealdade deles a Deus era determinada por seu amor à justiça e a sua angústia e aversão quanto aos pecados cometidos ao seu redor. Receberiam, pois, um sinal especial de identificação da parte de Deus a letra hebraica taw (a última letra do alfabeto hebraico, que tinha originalmente a forma de cruz). (2) Tristeza pelo pecado é evidência da verdadeira fé salvífica. Quem realmente pertence ao Senhor sente o mesmo pesar que Ele sente, ao ver o pecado em ação no mundo e na igreja (ver Hb 1.9 nota).

9.6 COMEÇAI PELO MEU SANTUÁRIO... PELOS HOMENS MAIS VELHOS. O julgamento divino começa com o próprio povo de Deus (ver 1 Pe 4.17), principalmente os líderes espirituais culpados. Pastores e demais obreiros da igreja têm maior responsabilidade diante de Deus, de serem sempre fiéis à sua Palavra e de terem sempre uma vida justa e santa (Tg 3.1). A falta do seu bom exemplo levará muita gente a desviar-se do Senhor e da sua Palavra.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  10º

10.2 BRASAS ACESAS. As brasas acesas, espalhadas sobre a cidade, simbolizavam julgamento e destruição. Pouco depois dessa visão, os babilônios destruíram Jerusalém (2 Cr 36.19; 2 Rs 25.8,9).

10.4 SE LEVANTOU A GLÓRIA DO SENHOR. O enfoque dos capítulos 10 e 11 é a retirada da glória e presença de Deus do templo e da cidade (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS). Primeiramente, a glória de Deus retirou-se do lugar santíssimo, e colocou-se à entrada do templo (v. 4). Em seguida, retirou-se do templo e repousou sobre o carro-trono dos querubins (v. 18). Os querubins conduziram a glória de Deus até à porta oriental do templo (v. 19), e então ela retirou-se totalmente da área do templo. Por fim, a glória divina deixou a cidade de Jerusalém e pousou sobre o monte das Oliveiras (11.23).

(1) A glória de Deus retirou-se do templo por causa do pecado e idolatria do povo. Deus retirou-se da sua casa de modo relutante e aos poucos, mas por causa da sua santidade, Ele teria de separar-se da idolatria do templo.

(2) O que aconteceu com Israel e o templo pode também acontecer com as igrejas. Se os pastores tolerarem o pecado, e deixarem que Satanás e o mundanismo tomem pé, a glória e a presença de Deus se afastarão da congregação, que se tornará uma igreja de aparência, sem as manifestações do Espírito Santo (ver 1 Co 14).

(3) Devemos buscar com zelo a glória e a presença de Deus e, ao mesmo tempo, repelir todo pecado e mal na igreja (ver Hb 1.9 nota). Qualquer outra atitude levará à transigência espiritual e ao juízo divino (ver Ap 2;3; cf. Dt 31.17; 1 Sm 4.21; Os 9.12)
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  11º

11.12 FIZESTES CONFORME OS JUÍZOS DAS NAÇÕES QUE ESTÃO EM REDOR DE VÓS. Assim como a nação de Judá adotou as falsas religiões das nações vizinhas, assim também o povo de Deus é constantemente tentado a conformar-se com os modos e costumes dos ímpios. Devemos resistir ao desejo de adotar práticas e costumes de vida dos ímpios. Pertencemos a Deus. Ele nos chama para sermos um povo santo, separado da presente geração corrupta (ver Rm 12.1,2 notas; ver os estudos A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE; e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO). Os que resistem ao espírito de mundanismo, devem ao mesmo tempo proclamar com ousadia a verdade eterna do evangelho e seus santos padrões

11.16 SERVIREI DE SANTUÁRIO, POR UM POUCO. Deus responde a pergunta de Ezequiel no tocante ao remanescente de Israel (v. 13), ao declarar que Ele ainda velava pelos exilados; Ele seria um santuário para eles e os congregaria de novo na terra prometida (vv. 16-20).

11.17-21 E VOS DAREI A TERRA DE ISRAEL. Esta profecia cumpriu-se parcialmente quando um remanescente voltou do cativeiro babilônico (seu retorno começou em 538 a.C.). Estes versículos predizem, ainda, um futuro reagrupamento de Israel no fim desta era (ver Ap 12.6 nota).

11.19 UM ESPÍRITO NOVO POREI DENTRO DELES. Esta profecia começou a cumprir-se por ocasião da ressurreição de Cristo (ver o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS) e do derramamento do Espírito Santo no Pentecoste (ver At 2.4 nota; cf. Jl 2.28,29). Ezequiel profetizou que o Espírito Santo ia capacitar o povo salvo a viver segundo a vontade e a lei de Deus. O Espírito Santo com todos os seus dons e operações está hoje à disposição de todos quantos depositam sua fé em Cristo

11.23 E A GLÓRIA DO SENHOR SE ALÇOU. A glória de Deus retirou-se de Jerusalém e se pôs sobre o monte das Oliveiras (ver 10.4 nota). Mais tarde, Ezequiel teve uma visão do retorno da glória divina, quando o Senhor estabelecer o seu reino eterno (43.1-4).
 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  12º

12.2 CASA REBELDE. Judá não creu que Deus iria destruir Jerusalém e abolir o rei da linhagem davídica. Os judeus eram o povo escolhido do Senhor, e julgavam que Deus os protegeria, não importando os atos pecaminosos. Por isso, o Senhor designou Ezequiel como um sinal à nação (v. 6), ao revelar por atos simbólicos o que a nação sofreria como resultado da sua rebeldia. Aqui Ezequiel dramatiza mais dois fatos simbólicos (vv. 3-7 e vv. 17-20) desse julgamento iminente do povo de Judá.

12.3-7 PREPARA MOBÍLIA PARA MUDARES. A ordem de Deus foi para Ezequiel representar o papel de um cativo mudando-se para outro local, deixando seus pertences, exceto o absolutamente essencial à viagem. Este ato ilustrava a próxima leva de exilados de Jerusalém, a ser transportada à Babilônia. Isto também desestimulava nos exilados a esperança fictícia de voltarem em breve a Jerusalém.

12.5 ESCAVA... A PAREDE. Este ato ilustra a tentativa desesperada dos judeus de escaparem do cativeiro (vv. 5-7).

12.6 COBRIRÁS A FACE. Este ato refere-se, provavelmente, à vergonha e à aflição que os cativos sofreriam.

12.10-13 O PRÍNCIPE EM JERUSALÉM. O príncipe é o último rei de Judá, Zedequias, que residia em Jerusalém. Ezequiel profetizou que Deus o destinara ao juízo. Seria levado cativo à Babilônia; porém, não a veria (v. 13), porque seus captores o cegariam (ver 2 Rs 25.7; Jr 39.6,7).

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  13º

13.2-23 PROFETIZA CONTRA OS PROFETAS. Deus condena os falsos profetas de Israel que profetizavam a inexistência de julgamento iminente. Anunciavam que os israelitas estavam seguros, embora vivessem no pecado, inclusive
na idolatria (ver Jr 6.14 nota; 23.17 nota). Quanto a esses falsos profetas, Deus declarou: Eu sou contra vós (v. 8).
13.10 ENGANANDO O MEU POVO, DIZENDO: PAZ. Os falsos profetas criaram nos judeus uma falsa segurança, prometendo-lhes paz e livramento, embora descumprissem, por rebeldia, as suas leis. Por isso, Deus os extirparia da
nação de Israel (ver a nota anterior). (1) Hoje, há falsos profetas na igreja que ensinam ser possível ter a vida eterna em Cristo, e ao mesmo tempo, viver na prática da imoralidade, do homossexualismo, feitiçaria, ou de qualquer outro tipo
de abominação. (2) O apóstolo Paulo previne que o crente não deve se deixar enganar por tais mentiras (Ef 5.6), pois os que tais coisas praticam não terão herança no reino de Deus (ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota; Ef 5.5 nota).
13.18 AI DAS [MULHERES] QUE... Estas mulheres viviam na prática de feitiçaria, espiritismo e magia negra. Até empregavam poderes malignos para eliminar fisicamente o próximo (v. 19). Tais profetisas atavam panos nos punhos
como amuletos, e usavam véus enfeitiçados (vv. 20,21).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  14º

14.3 ÍDOLOS NO SEU CORAÇÃO. Os anciãos de Israel (v. 1) eram culpados de idolatria no coração, i.e., não eram leais a Deus e à sua Palavra. Desprezaram a vontade divina, e queriam viver de maneira ímpia. Como Deus não respondesse suas orações, ficaram sem direção alguma. Semelhantemente, aqueles que hoje buscam orientação de Deus, não a terão, se seus corações estiverem cheios de impiedade e demais coisas pecaminosas do mundo (ver o estudo A IDOLATRIA E SEUS MALES)

14.9,10 O PROFETA... DESTRUÍ-LO-EI. Deus destruiria qualquer profeta que tolerasse, apoiasse, ou incentivasse a idolatria dos israelitas. Semelhantemente, os pastores que toleram membros da igreja, em pecado, e não os disciplinam serão considerados tão culpados como esses membros hipócritas.

14.14 NOÉ, DANIEL E JÓ. O julgamento que estava para vir sobre Jerusalém era tão certo que até mesmo estes três homens de Deus, conhecidos pela sua retidão (Gn 6.9; Jó 1.1,8; 2.3; Dn 6.4,5,22), não poderiam livrar ninguém mediante as suas orações intercessórias.

14.16 NEM A FILHOS NEM A FILHAS LIVRA-RIAM. A condição moral de Judá tornou-se tão pecaminosa, que nem as justas orações de Noé, Daniel e Jó seriam suficientes para salvar seus próprios filhos. O crente deve tomar muito cuidado quanto ao ambiente social e educacional de seus filhos. O ambiente pode tornar-se tão ímpio que nem nossa vida santa, nem nossas ferventes orações conseguirão levar esses filhos a aceitar Cristo como seu Senhor e Salvador.

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  15º

15.2-8 A VIDEIRA. Este passo compara os habitantes de Jerusalém a uma videira que não dá fruto e que, por isso mesmo, é inútil. Neles não havia o fruto da justiça e da fidelidade ao Senhor (v. 8). Por isso, seriam queimados (v. 6). Jesus também ensinou que todos os crentes que não permanecem nEle e nem dão fruto serão cortados e lançados no fogo (ver Jo 15.1-7 notas).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  16º

16.1-63 JERUSALÉM. Este capítulo retrata Jerusalém como uma esposa, e Deus como seu marido (ver Os 1.2 nota). De início, Jerusalém não tinha nenhum dote natural que lhe desse o direito de ser a cidade escolhida de Deus. Mas Deus a enalteceu com amor, cuidou dela, e fez dela uma cidade de beleza e esplendor. Ela, porém, foi ingrata com o marido, tornou-se infiel e começou a adulterar. Por causa da sua prostituição, ela receberia pena de morte (cf. Lv 20.10).

16.3 DA TERRA DOS CANANEUS. Jerusalém foi fundada originalmente, não pelos hebreus, mas pelo povo pagão de Canaã (cf. Gn 14.18; Js 15.63).

16.6 VIVE. Deus deu vida a Jerusalém, e a escolheu para ser a cidade santa, e impulsionou Davi a conquistá-la dos jebuseus (2 Sm 5.6-10).

16.8-14 ENTREI EM CONCERTO. Jerusalém, como escolhida por Deus, recebeu dEle bênçãos e dádivas. Sob seus cuidados, ela cresceu até à plena maturidade, e o Senhor a embelezou e a reivindicou para si mesmo. Depois do casamento, a fama dela percorreu o mundo antigo (especialmente durante os reinados de Davi e de Salomão).

16.8 ESTENDI SOBRE TI... DO MEU MANTO. Esta metáfora simboliza a proteção e a celebração de um contrato de núpcias (cf. Rt 3.9 nota).

16.15 PROSTITUÍAS-TE. Jerusalém começou a confiar na sua beleza e nas suas riquezas (cf. Dt 6.10-12) ao invés de confiar em Deus. Fez-se prostituta ao tornar-se espiritualmente infiel ao Senhor, abandonando-o. Entrou em concerto com outras nações (cf. 1 Rs 11.1-13), e começou a adorar seus deuses. Hoje, cometem adultério espiritual as igrejas ou pessoas que se desviam do Senhor e se entregam aos prazeres pecaminosos e às coisas mundanas, e não a Deus e ao seu reino.

16.17 TE PROSTITUÍSTE. Os habitantes de Jerusalém, além de cometerem prostituição espiritual, participavam da imoralidade sexual física no culto pagão da fertilidade praticado nas religiões cananéias.

16.20 FILHOS... FILHAS... SACRIFICASTE. Por fim, a apostasia de Jerusalém resultou na sua participação nos sacrifícios de crianças (cf. 2 Rs 16.3; 21.6) e em todos os tipos de abominações religiosas dos pagãos (vv. 21-25).

16.37-42 AJUNTAREI TODOS OS TEUS AMANTES. Jerusalém praticara adultério espiritual com outras nações e seus deuses (ver v. 15 nota). Agora, Deus usaria aquelas mesmas nações para castigá-la. Elas trariam destruição tão devastadora que não haveria necessidade de mais castigos (vv. 39-41).

16.43 NÃO TE LEMBRASTE... DA TUA MOCIDADE. Durante o seu desenvolvimento, Jerusalém dependia do Senhor e das suas bênçãos. Ela, todavia, se esqueceu desse tempo, e passou a preferir outros deuses. Este mesmo erro trágico, igrejas e denominações cometem hoje, quando deixam de buscar primeiro o reino de Deus, i.e., sua justiça, paz, alegria, e poder do Espírito Santo (cf. Rm 14.17). Ao invés disso, toleram o mundanismo e ausência de vida espiritual e de manifestações do Espírito.

16.60 EU ME LEMBRAREI DO MEU CONCERTO QUE CONTIGO FIZ. Depois do castigo de Jerusalém e de toda  casa de Israel, Deus se lembraria da sua promessa feita a Abraão (cf. Gn 17.7,8; Lv 26.42; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ) e restauraria os israelitas à terra de Canaã e à comunhão com Ele. Esse novo concerto referido por Jeremias (Jr 31.31-34) e Ezequiel (11.18-20; 36.26-28; 37.26-28) requereria o sacrifício e morte expiatória de Jesus Cristo na cruz
 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  17º

17.3 UMA GRANDE ÁGUIA. Ezequiel expressa a mensagem de Deus em forma de uma parábola. A grande águia refere-se a Nabucodonosor, rei de Babilônia (ver v. 12); Líbano é uma referência a Jerusalém (ver v. 12). Nos tempos bíblicos, o Líbano era a extremidade norte da terra prometida (Js 1.4; 12,7).

17.4 A PONTA MAIS ALTA DOS SEUS RAMOS. Esta especificação refere-se a Joaquim, rei de Judá, levado cativo à Babilônia (ver 2 Rs 24.11-16).

17.7 MAIS UMA GRANDE ÁGUIA. Esta águia representa Faraó do Egito. O rei Zedequias, de Judá, rebelou-se contra Nabucodonosor e apelou ao Egito, pedindo ajuda militar (vv. 15-17; Jr 37.3,7; 2 Rs 24.20).

17.10 VENTO ORIENTAL. O vento oriental refere-se ao exército babilônico. O último rei de Judá, Zedequias, quebrou seu juramento de lealdade a Nabucodonosor, feito em nome do Senhor; por isso seria levado cativo à Babilônia, e morreria ali (vv. 15-21; ver 2 Rs 25.7).

17.22 PRINCIPAL DOS SEUS RENOVOS. O próprio Deus plantaria um Renovo, o Messias, Jesus Cristo; seu reino seria estabelecido em toda a terra (ver 34.23 nota; Is 11.1 nota; Jr 23.5,6 nota).

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  18º

18.1-32 QUE TENDES VÓS? Tudo indica que muitos judeus criam que seu castigo era resultado dos pecados de seus antepassados e que, portanto, Deus era injusto. Não reconheciam que seus próprios pecados eram piores que os de seus pais. Cada um é responsável pelos seus próprios pecados e pela sua recusa em aceitar a Jesus como seu Salvador, e viver em santidade.

18.2-4 ESTA PARÁBOLA. A parábola em miniatura, do versículo 2, e também em Jr 31.29, é um provérbio com base provavelmente em Êx 20.5 e Dt 5.9, textos nos quais está dito que os filhos são afetados pelos pecados dos pais. Ezequiel deixa claro, porém, que esses textos não visavam ensinar que os filhos devem ser castigados pelos pecados dos pais. Cada um presta conta de seus próprios pecados. Em Rm 6.23 temos esse mesmo princípio, sob as seguintes palavras: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor .

18.5-9 SENDO, POIS, O HOMEM JUSTO. Estes versículos descrevem a pessoa que vive bem diante do Senhor; ela o ama com dedicação e anda em retidão e justiça. Tal pessoa viverá para sempre com Deus. Paulo ressaltou esta mesma verdade ao declarar: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção (Rm 2.7); esta maneira de viver é agora possível, pela graça de Deus mediante a fé em Cristo (Ef 2.8-10).

18.10-13 UM FILHO LADRÃO. Os filhos ímpios, de um pai temente a Deus, serão responsáveis pelos seus próprios pecados. Devem arrepender-se e servir a Deus, e assim se livrarem da morte espiritual e eterna (ver Rm 2.8).

18.21-23 SE O ÍMPIO SE CONVERTER. Deus promete a salvação a todo e qualquer ímpio que abandone seus pecados e venha para Deus. Ninguém é obrigado a continuar nos pecados da sua família (cf. vv. 18,19). Deus quer salvar cada pecador. Ele jamais tem prazer que o ímpio morra no pecado (cf. 1 Tm 2.4).

18.24 DESVIANDO-SE O JUSTO. O justo que confia em Deus e anda nos seus caminhos não deve pensar que está eternamente seguro, caso mais tarde se desvie e se rebele contra Deus. A condição de tal pessoa, ao morrer, será como a daquele que sempre viveu no pecado. A Bíblia adverte aos crentes: Se viverdes segundo a carne, morrereis (Rm 8.13; ver também Hb 2.3; 3.6; 2 Pe 2.20-22; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL)

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL 19º

19.1-14 UMA LAMENTAÇÃO. A lamentação deste capítulo compara o último rei de Judá a um leão enjaulado, e a nação, a uma videira destruída.

19.3,4 LEÃOZINHO. O jovem rei Joacaz (ver 2 Rs 23.31-34) reinou durante três meses; depois, foi levado para o Egito, como cativo, onde morreu.

19.5-9 OUTROS DOS SEUS FILHOTES. Esta indicação refere-se ou ao rei Joaquim, ou ao rei Zedequias. Ambos foram levados para o cativeiro em Babilônia (ver 2 Rs 24.8 25.7).

19.10-14 TUA MÃE. A leoa (Israel, ver vv. 1,2) é retratada, aqui, como uma videira frutífera arrancada, cujos galhos foram queimados. O que sobrou da videira foi plantado num deserto (i.e., o cativeiro babilônico).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  20º

20.1-49 ALGUNS DOS ANCIÃOS. Este capítulo expressa a triste verdade que a história de Israel foi de constante idolatria e fracasso moral. Ezequiel disse aos anciãos, seus contemporâneos, que eles ainda mantinham em seus corações o amor aos ídolos. Portanto, também eram culpados diante de Deus.

20.9 POR AMOR DO MEU NOME. Deus não destruiu totalmente os israelitas no deserto, depois do êxodo, porque Ele queria preservar a honra do seu nome. Deus se revelou a eles, quando os tirou do Egito, para cumprir sua promessa de bênção universal, através do seu povo escolhido (ver Gn 12.1-3).

20.12 MEUS SÁBADOS. O propósito da observância por Israel dos sábados semanais e anuais era lembrar ao povo que este fora separado como povo santo, para manifestar diante do mundo a justiça e a glória de Deus (ver Êx 31.13-17; Lv 23.32).

20.30 VÓS VOS CONTAMINAIS... À MANEIRA DE VOSSOS PAIS? A pergunta terminante deste capítulo é: Vocês, israelitas, continuarão a se contaminar? O crente deve, cada dia, render-se ao Espírito Santo, para servir à causa de Cristo, ou então ceder aos desejos pecaminosos da natureza humana (Rm 6. 11-14; Gl 5.16-25).

20.32 SEREMOS COMO AS NAÇÕES. A tentação é constante sobre o povo santo, para que este venha a se conformar com a maneira de viver do mundo. E, assim, deixar de ser o povo especial de Deus. O crente deve sempre perguntar-se: (1) devo ceder às pressões dos colegas na escola, no emprego, ou dos amigos? (2) sou diferente no meu viver e no meu modo de agir, ou devo adaptar-me à conduta e expectativas dos incrédulos (ver Rm 12.1,2 notas)?

20.34-44 E VOS TIRAREI. Deus prometeu que traria Israel de volta do cativeiro depois de expurgar os rebeldes e os malfeitores (cf. 11.17,21; Ml 3.2-5). Um remanescente fiel voltaria à sua terra (cf. Is 10.21-23) e não mais profanaria o nome de Deus por desobediência ou idolatria (v. 39). Esse remanescente desfrutaria das bênçãos do novo concerto (ver Jr 31.31-34; Hb 8.1; 10.18).


 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  21º

21.3-32 A MINHA ESPADA. O juízo contra Jerusalém e Judá viria através da espada (i.e., através do exército babilônico) que Deus usaria para desfechar o referido juízo.
21.3 O JUSTO E O ÍMPIO. Nas catástrofes naturais, ou nas calamidades de âmbito nacional, justos e injustos freqüentemente sofrem os mesmos males. Note-se, porém, que a Bíblia declara que os justos não sofrerão o castigo eterno dos ímpios (ver 18.1-24).

21.12 ESPANTOS TERÁ O MEU POVO. O povo de Deus não aceitou a correção através da disciplina; agora, sem outra alternativa, Deus o entregou à espada. Permanecer obstinado e rebelde sob castigo divino resulta em ser condenado juntamente com o mundo (ver Hb 12.5 nota).

21.19-23 REI DA BABILÔNIA. Os espíritas de então tentavam predizer o futuro mediante o exame do fígado de um animal morto (v.21). Ezequiel afirma, no entanto, que Deus prevaleceu sobre as práticas pagãs do rei Nabucodonosor, a fim de cumprir a sua vontade (vv. 22-24; cf. Jr 27.6).

21.27 ATÉ QUE VENHA AQUELE. Ezequiel prediz a continuação da linhagem davídica, mas que o trono somente será restaurado quando chegar o Rei Messiânico para estabelecer o seu reino (cf. Gn 49.10; Zc 9.9; Mt 21.1-11; Ap 19.11-16; 20.4). Jesus Cristo, o Messias, ainda reinará sobre Israel.
 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  22º

22.2-12 A CIDADE SANGUINÁRIA. Jerusalém tornara-se uma cidade violenta e cheia de iniqüidade. Não respeitava as coisas sagradas, nem a família. Não cuidava dos pobres e necessitados. A imoralidade era generalizada. A fraude e o suborno predominavam. Tudo isso porque o povo se desviou de Deus e da sua Palavra. Daí, veio o castigo severo de Deus sobre o povo judeu. Hoje, a condição social e espiritual das cidades no mundo inteiro é semelhante àquela de Jerusalém antiga. Caso essas cidades não se arrependam, perecerão, assim como pereceu Jerusalém. Nações, cidades e povos que desprezam a Deus e seus caminhos ceifarão por fim as conseqüências disso.

22.25-28 SEUS PROFETAS. Em vez de permanecerem leais a Deus e à sua santa vocação, os líderes espirituais do povo aproveitavam-se de seus cargos para obterem lucro financeiro para si, e entregavam-se ao prazer pecaminoso. Alguns chamados líderes cristãos dos nossos dias cometem os mesmos pecados, e causam danos incalculáveis à igreja.

22.28 SEUS PROFETAS... PREDIZENDO-LHES MENTIRA. Os profetas de Jerusalém estavam disfarçando a situação. Como resultado disso, o povo não temia a Deus e persistia no pecado. Hoje, há pastores que aliviam os crentes com respeito à gravidade do pecado, garantindo-lhes que:

(1) todos pecam igualmente;

(2) vivemos numa época em que é impossível vencer o pecado e a imoralidade, por causa da extrema iniqüidade;

(3) somos simples seres humanos, e portanto, ninguém pode viver conforme os padrões santos de Deus;

(4) Deus nos ama exatamente como somos; não importa o que façamos. Não há, pois, nenhuma razão para se ter receio dEle, ou temer o seu castigo; e

(5) Deus não vê o pecado do crente; Ele só vê a justiça de Cristo no crente.

22.30 BUSQUEI... UM HOMEM. A corrupção dos líderes (vv. 25-28) e do povo (v. 29) era tão grande em Judá que Deus não encontrou uma só pessoa disposta a levar o povo de volta a Deus. É uma tragédia, quando certas igrejas estão tão dominadas pelo mundanismo que Deus não encontra ninguém na congregação disposto a interceder, i.e., a tapar o muro ou ficar na brecha da situação, espiritualmente crítica; ninguém para bradar contra a decadência espiritual e moral, ninguém para liderar a oração com humilhação, com verdadeiro arrependimento e com sincera busca da face de Deus, visando um avivamento espiritual (cf. 2 Cr 7.14). Nestes casos, é comum certos crentes fiéis manterem silêncio, por receio ou acomodação, quando deviam tornar-se fervorosos intercessores por um avivamento.

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  23º

23.2 DUAS MULHERES. O povo de Deus é representado como duas irmãs - Samaria (o Reino do Norte, ou Israel) e Jerusalém (o Reino do Sul, ou Judá). Ezequiel descreve-as como mulheres infiéis a Deus, que cometeram adultério espiritual, prostituindo-se com outras nações.

23.5-9 PROSTITUIU-SE. Israel entrou em aliança primeiramente com a Assíria (2 Rs 15.19-29) e depois com o Egito (2 Rs 17.3-6). Depois, começou a conformar-se com as práticas pagãs e a idolatria dessas nações. A irmã mais nova, Judá, a seguir, agiu da mesma forma (cf. 2 Rs 24.1; Is 7.1-25; 30-31).

23.35 ME LANÇASTE PARA TRÁS DAS TUAS COSTAS. Voltar às práticas e valores ímpios do mundo depois de desfrutar da salvação e libertação da parte de Deus, equivale a desprezar o Senhor e lançá-lo fora como algo inútil (cf. Hb 6.1-8).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  24º

24.2 ESCREVE O NOME DESTE DIA. Esta data era 15 de janeiro de 588 a.C. Ezequiel recebeu esta mensagem no mesmo dia em que começou o cerco de Jerusalém. O cerco durou quase dois anos e causou a ruína total de Jerusalém.

24.3-12 PÕE A PANELA AO LUME. Deus dá a Ezequiel uma parábola para o seu povo rebelde. Jerusalém é figurada como uma panela, e seus habitantes como pedaços de carne e ossos selecionados. Os babilônios comeriam a carne e os ossos. Depois de consumido o conteúdo da panela, esta seria purificada ainda mais, pelo fogo do juízo até que seu metal ficasse em brasa, suas impurezas derretidas e sua ferrugem consumida (v. 11).

24.13 NUNCA MAIS SERÁS PURIFICADA... ENQUANTO... Jerusalém não quis que Deus a purificasse da sua impureza; agora o justo juízo divino cairia sobre ela. Semelhantemente, todas as nações estarão sob a ira de Deus, no tempo do fim. É somente pelo justo juízo de Deus que o mundo será purificado do pecado (Ap 5.22).

24.16 O DESEJO DOS TEUS OLHOS. Deus avisou a Ezequiel que este perderia a esposa, a quem ele muito amava; contudo, ele não deveria lamentar publicamente a sua morte, nem participar dos rituais de luto. Deus não proibiu, com esta ordem, que Ezequiel sentisse pesar no seu íntimo pela perda da esposa. O fato de Ezequiel deixar de externar qualquer pesar servia de sinal aos exilados de que a queda de Jerusalém e do templo seria tão devastadora que os judeus não conseguiriam expressar sua tristeza da maneira comum.

24.18 FIZ... COMO SE ME DEU ORDEM. A obediência de Ezequiel nessa situação deve ter sido uma das suas tarefas mais difíceis como profeta. Embora sob grande tristeza por causa da perda da sua esposa, tinha de continuar profetizando dia após dia a um povo rebelde. Compartilhava dos sofrimentos de Deus, pois o próprio Deus ficaria sem o seu povo, sua cidade e o seu templo, assim como seu profeta fiel ficara sem sua esposa querida. Ser fiel a Deus pode significar um preço alto a pagar. De igual modo, os crentes do NT são conclamados a compartilhar dos sofrimentos de Cristo (ver 2 Co 1.7; 4.10,11).


 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  25º

25.1 32.32 DIRIGE O ROSTO CONTRA. Estes capítulos contêm profecias contra sete nações hostis a Deus, à sua palavra e ao seu povo. Ezequiel revela, nestes oito capítulos, que todas as nações, um dia, prestarão contas a Deus, e que os poderes deste mundo nunca destruirão o seu plano de salvação. Embora as forças ímpias do mundo pareçam vitoriosas às vezes, virá o dia em que Deus julgará toda iniqüidade, as nações ímpias perecerão, e seu povo fiel desfrutará a plena salvação.

25.2,3 FILHOS DE AMOM. Os amonitas eram um povo que vivia a leste de Israel, povo este que Deus castigou por se alegrar grandemente na queda de Jerusalém e na destruição do templo.

25.4 AOS DO ORIENTE. Esta expressão provavelmente refira-se aos soldados do exército babilônico.

25.8 JUDÁ É COMO TODAS AS NAÇÕES. Ezequiel profetizou que Moabe seria castigado porque os moabitas criam que o Deus de Israel não era maior do que os deuses pagãos das outras nações (cf. v. 11).

25.12 VINGATIVAMENTE. Os edomitas seriam castigados por causa do seu ódio violento contra Israel.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL 26º

26.2 TIRO. Tiro, na costa mediterrânea, ficava a uns 96 km a noroeste de Nazaré. Parte da cidade era uma ilha, e parte estava na praia ao sopé dos montes do Líbano. Tiro alegrou-se com a queda de Jerusalém, porque o seu povo projetou lucro financeiro através de um movimento comercial, agora livre da concorrência de Judá. Tiro visava maiores riquezas, à custa do prejuízo do próximo; isso provocou o castigo divino (ver também Is 23). A cidade foi subjugada por muitas nações (v. 3), a começar dos babilônios, a seguir os persas, e depois os gregos, comandados por Alexandre Magno (332 a.C.).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL 27º

27.1-36 LAMENTAÇÃO SOBRE TIRO. Tiro possuía uma grande frota de navios mercantes. Este capítulo retrata Tiro como um grande e belo navio, que leva mercadorias e tesouros para muitas nações. Não obstante, Deus no seu julgamento destruirá o navio, e muitos lamentarão semelhante ruína. Compare-se este capítulo com Ap 18, onde o julgamento divino destrói o centro comercial do mundo (ver Ap 18.2-9 notas).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  28º

28.1-10 PRÍNCIPE DE TIRO. O pecado maior do rei de Tiro era o orgulho, que o levou a exaltar-se qual divindade. Por isso, ele sofreria o julgamento divino e desceria à cova como todos os mortais (v. 8). Muitos hoje, especialmente os que foram enganados pelos ensinos da Nova Era , crêem que realmente são deuses, ou que estão se tornando deuses. Esses enganadores e suas vítimas, caso não se convertam a Deus, receberão a mesma condenação do rei de Tiro.

28.12 REI DE TIRO. No devido contexto, a profecia de Ezequiel contra o rei de Tiro parece conter uma referência velada a Satanás como o verdadeiro governante de Tiro e como o deus deste mundo (cf. 2 Co 4.4; 1Jo 5.19). O rei é descrito como um visitante que estava no jardim do Éden (v. 13), que fora um anjo, querubim ungido (v. 14), e uma criatura perfeita em todos os seus caminhos, até que nela se achou iniqüidade (v. 15). Por causa do seu orgulho pecaminoso (v. 17), foi precipitado do monte de Deus (vv. 16,17; cf. Is 14.13-15).

28.25 QUANDO EU CONGREGAR A CASA DE ISRAEL. Ezequiel realça freqüentemente a promessa da restauração de Israel (11.17; 20.34,41,42; 34.13; 36.24; 37.21; 38.8; 39.27). A restauração plena de que tratam as profecias somente ocorrerá após o julgamento das nações, nos tempos do fim. Ao restaurar a nação de Israel para servi-lo em justiça, Deus demonstrará que cumprirá todos os seus propósitos neste mundo (Gn 12.7; 26.3; 35.12).

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  29º

29.1 32.32 EGITO. Estes capítulos contêm sete profecias de juízo contra o Egito. O Egito foi julgado por ser uma potência mundial que adorava a muitos deuses do paganismo e se vangloriava, com arrogância, do seu poderio.
29.8 TRAREI SOBRE TI A ESPADA. Deus enviaria Nabucodonosor, rei de Babilônia, contra o Egito, para reduzi-lo mais baixo do que os outros reinos (v. 15; cf. vv. 19,20). A Babilônia atacou o Egito em 572 e 586 a.C.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  30º

30.3 O DIA DO SENHOR. A ruína do Egito prenuncia o iminente Dia do Senhor , quando, então, Deus submeterá a juízo todas as nações ímpias do mundo (ver 1 Ts 5.2,4 notas).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  31º

31.3 A ASSÍRIA. Ezequiel compara a situação do Egito à Assíria, nos seus dias de glória, seguida de queda. A Assíria, antes, potência mundial, foi destruída por Babilônia, a mesma nação que derrotaria o Egito.
31.11 PELA SUA IMPIEDADE. Os juízos divinos não são arbitrários; são sempre conforme a impiedade de indivíduos ou nações. Não é desejo de Deus aplicar juízo, mas oferecer perdão a todos que vêm a Ele mediante o seu Filho Jesus Cristo.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  32º

32.2 LAMENTAÇÃO SOBRE FARAÓ. Esta lamentação zomba de Faraó, que se julgava tão forte como um leão ou um grande monstro marinho. Ele, porém, teria que prestar contas ao Senhor Deus, assim como todos os líderes mundiais um dia terão de fazer.

32.18-31 À TERRA MAIS BAIXA. O Egito junta-se aqui às demais nações ímpias, no mundo inferior dos perdidos, sob castigo por sua crueldade e injustiça (v. 27). Outros líderes poderosos, já mortos, falariam ali sobre o Egito (v. 21).

 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  33º

33.6 O SEU SANGUE DEMANDAREI DA MÃO DO ATALAIA. O atalaia que visse a destruição iminente e não advertisse o povo, seria culpado do sangue de quem morresse.

(1) Semelhantemente, no reino de Deus, o profeta ou pregador que não avisar uma igreja morna de que o juízo está à porta será considerado culpado do sangue dos membros da igreja.

(2) Em grande parte, todos os crentes têm a responsabilidade de testemunhar aos perdidos e ajudar a cumprir a tarefa missionária entregue à igreja por Jesus (ver Mt 28.19 nota). Iremos prestar contas a Deus se nos recusarmos a obedecer à grande comissão de Jesus (ver At 20.26 nota).

33.11 NÃO TENHO PRAZER NA MORTE DO ÍMPIO. Deus quer que todos se voltem a Ele, busquem a salvação, e assim não morram nos seus pecados (ver 2 Pe 3.9 nota). Os crentes devem compartilhar do desejo de Deus pelo arrependimento dos ímpios.

33.12-20 NO DIA EM QUE PECAR. Deus julga a todos de maneira reta e justa.

(1) O justo que se desvia de Deus e volta para o pecado será responsável pelos seus pecados e, caso não se arrependa, morrerá nos seus pecados. Não pode depender dos seus atos de justiça realizados no passado para salvar-se (vv. 12,13).

(2) Por outro lado, o ímpio que se volta para Deus e se desvia do pecado será salvo, e nenhum dos seus pecados será lembrado contra ele (vv. 14-16); receberá o dom da vida eterna.

 (3) Este trecho, portanto, acentua a importância do nosso presente relacionamento com Deus. O crente desviar-se de Deus e da sua Palavra, e ficar a supor que a sua fé e boas obras do passado o salvarão, é para ele espiritualmente fatal. Inversamente, se o desviado volta para Deus com verdadeiro arrependimento e fé, Deus o aceita, sem levar em conta os seus pecados passados (ver 18.21-24 notas).

33.21 FERIDA ESTÁ A CIDADE. Ezequiel recebeu a notícia, em Babilônia, de que Jerusalém caíra. Isto deu cumprimento às suas profecias, e vindicou a sua mensagem diante do povo. O ministério de Ezequiel mudou a partir daqui. Suas profecias passam a tratar da redenção e restauração de Judá num futuro distante.

33.31 SE ASSENTAM DIANTE DE TI. Os israelitas escutavam Ezequiel, mas não obedeciam a Palavra de Deus. Seus corações estavam longe do Senhor. Eles viam a Ezequiel como um ator no palco, e a mensagem de Deus, como uma forma de passatempo (v. 32). Os crentes devem tomar cuidado para não fazerem do culto uma encenação montada, tipo show, como passatempo. Tais coisas não honram a Deus, e o Espírito Santo não manifestará a sua presença num culto desse tipo (ver o estudo ADORAÇÃO A DEUS). O crente deve ser, não somente ouvinte da Palavra de Deus, mas também praticante (ver Tg 1.22).


 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  34º

34.2-31 OS PASTORES DE ISRAEL. Ezequiel profetiza contra os líderes de Israel, i.e., seus reis, sacerdotes e profetas. Com sua cobiça, corrupção e egoísmo, deixaram de guiar o povo de Deus no caminho em que Ele os queria.
Estavam a explorar o povo (v. 3), e manipular os cidadãos para obterem lucro pessoal, ao invés de lhes dar assistência espiritual (v. 4). Esses líderes, portanto, eram culpados do cativeiro de Judá, e Deus ia julgá-los. Em contraste com os pastores infiéis, Ezequiel passa a profetizar que um dia Deus enviará um Pastor segundo seu próprio coração (i.e., o Messias), que realmente cuidará do povo. Então, o rebanho, ao invés de ser explorado e manipulado, terá chuvas de bênção (v. 26).

34.11 PROCURAREI AS MINHAS OVELHAS E AS BUSCAREI. Porque os líderes de Israel fracassaram, o próprio Senhor assumiria a direção do seu povo. Ele cuidaria do seu rebanho (vv. 11-16), julgaria entre as ovelhas, carneiros e bodes (vv. 17-24), e estabeleceria um concerto de paz (vv. 25-31).

34.23 LEVANTAREI SOBRE ELAS UM SÓ PASTOR. Este pastor é Jesus, o Messias, que veio da linhagem de Davi (cf. Sl 89.4,20,29; Jr 23.5,6). Pastoreou o povo de Deus como um justo sacerdote, profeta e rei. Ele é o bom pastor (Jo 10.14), que deu a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.1-8; 1 Jo 3.16; cf. 1 Pe 2.25; 5.4). No futuro, quando o povo de Deus for restaurado à sua terra, o Messias estabelecerá o seu reino de paz e de justiça (ver a nota seguinte).

34.25 UM CONCERTO DE PAZ. O Pastor-Messias restaurará a paz e a perfeição que caracterizavam a vida anterior à entrada do pecado no mundo (Gn 1.3). Esse concerto é chamado um concerto novo (ver Jr 31.31-34), que terá a sua plena concretização quando o reino de Deus for estabelecido para sempre nos novos céus e na nova terra (Ap 21;22). Então haverá chuvas de bênção para os redimidos (v. 26) e a plena presença de Deus entre o seu povo (v. 30).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  35º

35.2 DIRIGE O TEU ROSTO CONTRA O MONTE SEIR. Ezequiel profetiza contra a Iduméia ou Edom (monte Seir, cf. v. 15), descendentes de Esaú. Eram inimigos perpétuos de Israel (v. 5); depois da queda de Israel e de Judá, eles pretendiam possuir a terra prometida (v. 10). Mas todas as suas tentativas de conquistar a terra fracassariam porque Deus os derrubaria (vv. 10-15). Não conseguiriam impedir que Deus consumasse o seu plano de restaurar Israel.

35.10 AS DUAS TERRAS. Esta expressão refere-se a Israel e Judá.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  36º

36.2-7 O INIMIGO. Os inimigos de Israel seriam castigados por (1) difamarem Israel (v. 3); (2) por saquearem Israel (vv. 4,5), e (3) pela sua tentativa de apoderar-se da terra prometida (v. 2).
36.8-15 Ó MONTES DE ISRAEL. Nestes versículos, Deus personifica a terra prometida e lhe fala diretamente. Ele promete que restaurará a terra devastada, e fará dela um lugar de bênção (vv. 13,14). Esta profecia cumprir-se-á plenamente quando Israel possuir a terra da Palestina durante o reino milenar de Cristo.

36.20-22 PROFANARAM O MEU SANTO NOME. Israel profanou o nome de Deus ao praticar a iniqüidade, e a nação foi escravizada. Então, as nações consideraram aquela derrota como um sinal de fraqueza do Senhor. Deus, portanto, quis restaurar os israelitas à sua terra, não primeiramente por amor a eles, mas para vindicar a santidade do seu grande nome. Quando chegasse a hora, todas as nações saberiam que o Senhor Deus de Israel é o único Deus verdadeiro (v. 23; cf. 1 Rs 18.20-39).

36.26,27 UM CORAÇÃO NOVO. Deus promete que restaurará Israel, não só no sentido material, mas também espiritualmente. Essa restauração inclui um novo e sensível coração nos israelitas, de modo a obedecerem a Palavra de Deus. Além disso, Deus porá o seu Espírito Santo neles (cf.11.19,20; Sl 51.7-11; ver Rm 11.26 nota; ver o estudo ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO). Essa obra de Deus abrange o novo concerto estabelecido por Cristo (ver Jr 31.31-34)

36.27 DENTRO DE VÓS O MEU ESPÍRITO. É impossível uma pessoa ter a vida eterna e andar nos caminhos do Senhor, se o Espírito Santo não habitar nela. É essencial que sejamos sensíveis à voz e à direção do Espírito Santo (ver os estudos O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO, e A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO)

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  37º

37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do Espírito Santo, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. Deus mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas:

(1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8), e

(2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de Deus e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas duas etapas.

37.10 O ESPÍRITO ENTROU NELES, E VIVERAM. A restauração de Israel à vida nos faz lembrar a criação do homem conforme relata Gn 2.7. Adão foi primeiro formado fisicamente, e a seguir, Deus lhe deu o fôlego da vida . Semelhantemente, a nação morta de Israel deveria primeiramente ser restaurada fisicamente, e depois, Deus daria aos israelitas o fôlego de vida (i.e., derramaria sobre eles o seu Espírito).

37.12-14 À TERRA DE ISRAEL. A visão dos ossos vivificados teria seu cumprimento na restauração de Israel, não somente material, mas também espiritual. Essa restauração teve seu início no tempo de Ciro (cf. Ed 1), mas só terá pleno cumprimento quando Deus congregar os israelitas na sua terra, nos tempos do fim, numa ocasião de grande despertamento espiritual. Muitos judeus crerão em Jesus Cristo e o aceitarão como seu Messias antes de Ele voltar para estabelecer o seu reino (cf. Rm 11.15,25,26; ver o estudo ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO)

37.16-23 TOMA UM PEDAÇO DE MADEIRA. Depois da morte de Salomão, o povo de Deus dividiu-se em dois reinos (ver 1 Rs 12): um, chamado Judá, e o outro, Israel (ou às vezes Efraim). Deus agora promete que os dois reinos serão reunificados num só reino, com um só Rei sobre eles.

37.24 MEU SERVO DAVI. O Messias vindouro é chamado Davi porque Ele seria o descendente de Davi e o cumprimento do concerto davídico (cf. 2 Sm 7.16; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM DAVI). Ele purificará Israel do pecado, e o povo receberá o perdão e guardará a lei de Deus. Esses benefícios entraram em vigor mediante a sua morte na cruz e o ministério do Espírito Santo (cf. 36.16-32; Jr 31.31-34)

 

 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  38º

38.2-23 GOGUE... MAGOGUE. Neste capítulo, Ezequiel descreve uma coalizão de nações que farão um ataque final contra Israel depois da restauração de Israel à sua pátria, na tentativa de destruir a nação e apossar- se da sua terra.
O líder dessas nações chama-se Gogue. As nações invasoras não terão êxito; serão derrotadas pelo próprio Deus.

38.2 GOGUE. Gogue é o rei da terra de Magogue e o principal governante de Meseque e Tubal. Em Gn 10.2, Magogue, Meseque e Tubal são os nomes dos filhos de Jafé. Por conseguinte, a batalha futura aqui descrita será travada por um descendente de Jafé. Gogue também pode ser um nome representativo da iniqüidade e da oposição a Deus (ver Ap 20.7-9). Esses países localizam-se, possivelmente, ao extremo norte de Israel (vv. 6,15; 39.2). Serão apoiados por exércitos vindos do leste e do sul (v. 5). É difícil determinar a ocasião dessa batalha, mas evidentemente não se trata da mesma batalha de Gogue e Magogue, de Ap 20.7-9, que ocorrerá no fim do milênio.

38.5,6 PERSAS, ETÍOPES E OS DE PUTE. Países aliados das forças de Gogue: Pérsia (Irã), Etiópia (ao sul do Egito), Pute (Líbia, ou outro país do norte da África), Gomer (nação situada ao norte do mar Negro) e a casa de Togarma (Armênia, a leste do mar Negro).

38.21,22 A ESPADA DE CADA UM. Deus confundirá os exércitos invasores, de modo que algumas nações se voltarão contra os seus aliados. Ele também derrotará diretamente os exércitos por meio de terremotos, enfermidades e outros meios catastróficos.
 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL 39º

39.1-29 PROFETIZA... CONTRA GOGUE. Este capítulo reafirma o julgamento divino contra Gogue e descreve o aniquilamento total do inimigo de Israel. Destaca a intervenção milagrosa de Deus a favor do seu povo.
39.6 SABERÃO QUE EU SOU O SENHOR. Pela destruição dos exércitos das nações perversas e invasoras, o Senhor manifesta a sua glória de tal maneira que todos sabem que somente Ele é o SENHOR.

39.9 POR SETE ANOS. Os sete anos (ver também o v. 12) podem ser literalmente sete anos, ou podem tratar-se de um número simbólico a indicar a completa destruição dos inimigos. Seja como for, a mensagem deste capítulo é clara: a vitória final será do povo de Deus, e todo o mal e sofrimento serão suplantados.
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  40º

40.1 43.27 EM VISÕES DE DEUS. Ezequiel teve a visão do templo em 573 a.C., vinte e cinco anos depois de ter começado o seu exílio (vv. 1,2). O propósito da visão foi despertar a fé dos israelitas mediante a promessa de uma plena restauração da glória de Deus no futuro, que resultará numa unção e bênção que durarão para sempre.

40.5 A CASA. Esta casa refere-se ao templo, a casa de Deus. Há três interpretações principais da visão do templo que teve Ezequiel: (1) um templo simbólico, figura do estado eterno descrito em Ap 21;22; (2) um templo simbólico das bênçãos do reino milenar; (3) um templo literal, futuro, a ser edificado no reino milenar. Independente do caso da interpretação, os ensinamentos principais aqui, são (1) de que, um dia, a presença de Deus e a sua glória voltarão ao seu povo para sempre (43.4-7), e (2) que as bênçãos de Cristo fluirão qual rio cada vez mais profundo (47.1-12).

40.5 UM MURO FORA DA CASA. Este muro demarca a área do templo e o separa do resto da cidade. O crente, cujo corpo agora é o templo vivente do Espírito Santo (1 Co 6.19), deve conservar-se separado da sociedade pecaminosa ao seu redor, e dedicado a Deus e aos seus santos propósitos (ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)

40.38 O HOLOCAUSTO. Ver 43.18-27 nota.
 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  41º

41.1 AO TEMPLO. O templo da visão de Ezequiel difere um pouco do templo de Salomão. Não há menção do altar do incenso, do candelabro, nem da arca da aliança. Não consta uma explicação dessa diferença.
 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  43º

43.5 A GLÓRIA DO SENHOR ENCHEU O TEMPLO. O livro de Ezequiel começou com uma visão inspiradora e de reverente temor, da glória de Deus. Os capítulos 8 11 descrevem como a glória de Deus afastou-se aos poucos, do templo e da cidade de Jerusalém, por causa dos pecados do povo. Ezequiel termina relatando outra visão inspiradora: a glória, o poder e o amor de Deus voltam a encher o templo. Devemos ansiar com toda prioridade ver a glória de Deus manifestada na igreja mediante a operação do Espírito Santo (ver o estudo A GLÓRIA DE DEUS). O crente que não possui esse desejo santo e ardente está atestando o seu declínio espiritual entre o povo de Deus

43.7 HABITAREI NO MEIO DOS FILHOS DE ISRAEL. O plano eterno de Deus é habitar para sempre com o seu povo, em comunhão de amor e zelo. A bênção e a alegria que Ele reservou para seus filhos ultrapassam os limites da nossa compreensão (cf. 1 Co 2.9; Ap 21;22).

43.12 A LEI DA CASA. O princípio fundamental do templo de Deus é a santidade, a qual demanda a separação de todo o pecado e mal. Assim também, o crente, como templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), deve viver de conformidade com o Espírito de santificação (Rm 1.4), e continuar purificado de todo pecado (1 Co 6.18-20; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)

43.18-27 PARA OFERECEREM... HOLOCAUSTO. O retorno dos sacrifícios de animais depois do definitivo e perfeito sacrifício de Cristo tem sido uma dificuldade para os intérpretes. Uns entendem que o templo de Ezequiel e seus sacrifícios não podem ser literais, porque o sacrifício expiatório de Jesus cumpriu e tornou sem efeito os sacrifícios do AT (ver Hb 9.10-15; 10.1 4,8). É possível que Ezequiel descreva, na linguagem do AT, as bênçãos do sacrifício expiador de Cristo, que é válido para sempre. Outros entendem que os sacrifícios são literais, oferecidos como memoriais do sacrifício de Cristo na cruz. N do E - Assim como hoje a igreja celebra a Ceia do Senhor, com sentido retrospectivo, i.e., como memorial da obra redentora já consumada uma vez para sempre, por Cristo, o sacrifício perfeito.

 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  44º

44.3 O PRÍNCIPE. Somente o príncipe pode entrar pela porta oriental do templo. Sua função parece ser a de dirigir a congregação na adoração (45.17). A identidade do príncipe não é revelada, mas não pode ser o Messias, pois aquele oferece holocaustos em seu próprio favor (45.22) e tem filhos no sentido natural (46.16).
44.15 SACERDOTES LEVÍTICOS, OS FILHOS DE ZADOQUE. Zadoque permaneceu fiel a Deus quando outros levitas foram infiéis a Deus (1 Rs 1). Por sua lealdade, ele e seus descendentes receberam o privilégio de ministrar diante do Senhor no templo futuro. Essa honra concedida a Zadoque revela que o grau da nossa fidelidade a Deus durante a nossa vida terrena determinará a nossa posição no reino eterno de Deus (ver o estudo O JULGAMENTO DO CRENTE)

44.17-31 QUANDO ENTRAREM PELAS PORTAS. A norma expressa nestes versículos, para os sacerdotes, mostra que Deus deve ser adorado com santa reverência.
 

 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  45º

45.1-8 A TERRA POR... HERANÇA. Estes versículos falam da terra que devia ser reservada como herança para os sacerdotes que ministram diante do Senhor, no seu santo templo.

45.9-12 AFASTAI A VIOLÊNCIA E A ASSOLAÇÃO. Ezequiel exorta os líderes a cessarem sua opressão e violência e, pelo contrário, praticarem a justiça e serem honestos.

45.21 A PÁSCOA A Festa da Páscoa, de sete dias de duração, comemorava o livramento de Israel, do cativeiro do Egito (ver o estudo A PÁSCOA). O êxodo foi o evento mais importante do AT relacionado à redenção de Israel.

 


 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  46º

46.1-24 SÁBADO... LUA NOVA. Este capítulo trata das ofertas e da adoração no dia de sábado, no dia da lua nova (vv. 1-8), nas solenidades das festas determinadas (vv. 9-12) e nas oferendas diárias (vv. 13-15).
 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  47º

47.1-12 SAÍAM UMAS ÁGUAS DE DEBAIXO... DA CASA. Ezequiel vê na sua visão um rio vivificador que sai do templo. À medida que o rio avança, vai aumentando em profundidade e largura (vv. 2-5), levando vida e progresso por onde passa (vv. 9-12). O rio deságua no mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8,9). O propósito do rio é comunicar vida abundante, da parte de Deus, à terra e aos seus habitantes (v. 12; cf. Zc 14.8). (1) Esse rio é semelhante ao rio que fluía no jardim do Éden (Gn 2.8-10), e ao rio da vida, da nova Jerusalém (Ap 22.1,2), que flui do trono de Deus. (2) Esse rio também é semelhante ao que Jesus mencionou: Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre (Jo 7.38). Essa água viva é o Espírito Santo e as bênçãos de vida que Ele veio trazer.

47.21-23 PARA VOSSA HERANÇA E PARA A DOS ESTRANGEIROS QUE PEREGRINAM NO MEIO DE VÓS. A terra de Israel será novamente dividida entre as tribos de Israel, porém agora em faixas, na direção leste-oeste. O propósito de Deus, no entanto, não é tornar a edificar a parede de separação que estava no meio (Ef 2.14), entre judeus e gentios. Os estrangeiros residentes em Israel também receberão uma herança entre as tribos. Alguns crêem que os filhos aqui mencionados (v. 22) são filhos espirituais, e que os gentios que ministraram entre o povo de Israel compartilharão de sua herança, na terra restaurada.
 

 

 

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NOTAS DE EZEQUIEL  48º

48.1-29 NO TERMO. Este capítulo final de Ezequiel continua delimitando as fronteiras da terra restaurada e a localização das tribos (47.13 48.29).
48.11,12 QUE NÃO ANDARAM ERRADOS. Mais uma vez, Deus ressalta que aqueles que permanecerem fiéis à sua vontade e aos seus santos caminhos enquanto viverem na terra, terão recompensa no reino futuro. Aqui, o galardão para os filhos de Zadoque é o privilégio de habitarem perto do santuário de Deus (ver 44.15 nota). Tem importância eterna o esforço do crente, que de todo o coração permanece fiel a Deus e que repele as influências desta geração má.

48.35 O SENHOR ESTÁ ALI. O livro de Ezequiel termina com a grande promessa de que, um dia, Deus habitará eternamente com seu povo; promessa esta repetida em Ap 21.3: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará . A maior bênção para nós, como povo de Deus, é termos Deus em nosso meio; esta é a essência da alegria e da felicidade. Como resultado da presença eterna de Deus, nunca mais o crente sofrerá tristeza, desprazer e aflições como aqui neste mundo (Ap 21.4). Esta é a nossa suprema visão e esperança enquanto aguardamos o dia da vinda do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
 

 


 


 

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