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Esboço
Introdução (1.1-5)
I. Primeiro Discurso de Moisés: Relato da História Recente de Israel (1.6—4.43)
A. A Partida do Monte Sinai (1.6-18)
B. A Incredulidade em Cades-Barnéia (1.19—46)
C. As Jornadas no Deserto (2.1-15)
D. A Chegada às Planícies de Moabe (2.16—3.29)
E. A Exortação à Obediência (4.1-43)
II. Segundo Discurso de Moisés: Principais Deveres do Concerto (4.44—26.19)
A. Os Dez Mandamentos (4.44—5.33)
B. O Monoteísmo e os Imperativos (6.1-25)
C. Mandamentos, Promessas e Advertências (7.1—11.32)
D. Mandamentos Concernentes à Adoração (12.1-32)
E. Mandamentos Concernentes aos Falsos Profetas (13.1-18)
F. Mandamentos Concernentes aos Alimentos, Dízimos e ao Ano Sabático
(14.1—15.23)
G. Mandamentos a Respeito das Festas Sagradas Anuais (16.1-17)
H. Mandamentos a Respeito das Autoridades (16.18—18.22)
I. Leis Civis e Sociais (19.1—26.19)
III. Terceiro Discurso de Moisés: Renovação e Ratificação do Concerto
(27.1—30.20)
A. Obrigações Solenes de Israel (27.1-26)
B. Promessas de Bênçãos por Obediência, e de Maldições por Desobediência
(28.1-68)
C. Confirmação do Concerto e Exortações Pertinentes (29.1—30.20)
IV. Os Atos Finais de Moisés e Sua Morte (31.1—34.12)
A. Moisés Dá Instruções a Israel e Designa Josué em Seu Lugar (31.1-29)
B. O Cântico de Moisés (31.30—32.47)
C. As Instruções de Deus a Moisés (32.48-52)
D. Moisés Abençoa as Tribos (33.1-29)
E. Morte e Sepultamento de Moisés, e Conclusão (34.1-12)
Autor:
Moisés
Tema:
Renovação do Concerto
Data:
Cerca de 1405 a.C.
Considerações Preliminares
O título “Deuteronômio” vem da Septuaginta e significa “Segunda Lei”. O livro
consiste nas mensagens de despedida de Moisés, nas
quais ele sumariou e renovou o concerto entre Deus e Israel, para o bem da nova
geração de israelitas. Tinham chegado ao fim da
peregrinação no deserto e agora estavam prontos para entrarem na terra de Canaã.
A nova geração, na sua maior parte, não tinha
lembrança pessoal da primeira Páscoa, da travessia do mar Vermelho, nem da
outorga da lei no monte Sinai. Careciam de uma narração
inspirada do concerto de Deus, da sua lei e da sua fidelidade, bem como uma
renovada declaração das bênçãos resultantes da
obediência e das maldições da desobediência. Enquanto o livro de Números
registra as peregrinações no deserto, da rebelde primeira
geração de israelitas, abrangendo um período de trinta e nove anos, Deuteronômio
abrange um período de talvez um só mês, numa só
localidade, nas planícies de Moabe, diretamente a leste de Jericó e do rio
Jordão.
Deuteronômio foi escrito por Moisés (31.9,24-26; cf. 4.44-46; 29.1) e entreque a
Israel como um documento do concerto, para ser lido
por extenso diante de todo o povo, a cada sete anos (31.10-13). É provável que
Moisés tenha completado o livro pouco antes da sua
morte, cerca de 1405 a.C. A autoria mosaica de Deuteronômio é atestada: (1) pelo
Pentateuco judaico e samaritano; (2) pelos escritores
do AT (e.g., Js 1.7; 1 Rs 2.3; 2 Rs 14.6; Ed 3.2; Ne 1.8,9; Dn 9.11); (3) por
Jesus (Mt 19.7-9; Jo 5.45-47), bem como escritores do NT
(e.g., At 3.22,23; Rm 10.19); (4) por eruditos cristãos antigos; (5) por
eruditos conservadores contemporâneos; e (6) pelas evidências
internas do livro (e.g., semelhança, na estrutura literária, com textos de
pactos seculares de vassalagem do século XV a.C.). O relato da
morte de Moisés (cap. 34) evidentemente foi acrescentado logo após sua
ocorrência (mais provavelmente por Josué) como um tributo
merecido a Moisés, servo do Senhor.
Propósito
O propósito original de Moisés ao proferir seus discursos diante da nova geração
de Israel, antes de entregar as rédeas do governo a
Josué para efetuar a conquista de Canaã, foi exortar e instruir os israelitas a
respeito: (1) dos atos poderosos de Deus e as suas
promessas; (2) seus deveres segundo o concerto: a fé e a obediência; e (3) a
necessidade de dedicarem-se ao Senhor, para andarem nos
seus caminhos, amá-lo e honrá-lo de todo coração, alma e forças.
Visão Panorâmica
Com toda sua devoção, Moisés recapitulou e renovou o concerto de Deus com
Israel, mormente através de seus três discursos
inspirados. (1) O primeiro discurso de Moisés recontou a história e o fracasso
de Israel desde o monte Sinai e conclamou a nova
geração a temer a Deus e a obedecer-lhe (1.6—4.43). (2) O segundo discurso de
Moisés recapitulou e focalizou muitas leis do
concerto, que tratavam de assuntos como a observância do sábado, o culto, os
pobres, as festas sagradas anuais, a herança e os direitos
de propriedade, a imoralidade sexual, senhores e servos, e a administração da
justiça (4.44—26.19). (3) No seu terceiro discurso,
Moisés profetizou bênçãos e maldições que teriam os israelitas, conforme sua
obediência ou desobediência ao Senhor, segundo o
concerto (27.1—30.20). Os caps. finais incluem a designação de Josué por Moisés
como seu sucessor e um testemunho sobre a morte
de Moisés (31.1—34.12).
Características Especiais
Quatro fatos principais caracterizam Deuteronômio. (1) Ele proveu à nova geração
de israelitas prestes a entrar em Canaã, o alicerce e
motivação necessários para herdarem a terra prometida, ao realçar a natureza de
Deus e seu concerto com Israel. (2) É “O Livro de
Repetição da Lei”, no qual, Moisés, o dirigente de Israel, já com 120 anos de
idade, reafirmou e resumiu (em forma de sermão) a
palavra do Senhor contida nos quatro livros anteriores, do Pentateuco. (3) É “O
Livro das Memórias”. Uma admoestação típica de
Deuteronômio é: “Lembra-te, e não te esqueças”. Em vez de apresentar novas
verdades, Deuteronômio exorta Israel a conservar e
obedecer à verdade de Deus já revelada, e entregue como sua Palavra absoluta e
imutável. (4) Um ponto predominante no livro é a
fórmula “fé-mais-obediência”. Israel foi conclamado a confiar em Deus de modo
irrestrito e a obedecer aos seus mandamentos sem
vacilação. A fé-mais-obediência capacitaria os israelitas a herdar as promessas
na plenitude da bênção de Deus. A falta de fé e de
obediência, por outro lado, traria o ciclo do fracasso e do julgamento.
O Livro de Deuteronômio e Seu Cumprimento no NT
Quando Jesus foi tentado pelo diabo, Ele respondeu, citando trechos de
Deuteronômio (Mt 4.4,7,10, cf. Dt 8.3; 6.13,16). Quando
perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento da lei, sua resposta veio de
Deuteronômio (Mt 22.37; cf. Dt 6.5). Quase cem vezes,
os livros do NT citam Deuteronômio, ou a ele aludem. Uma nítida profecia
messiânica deste livro (18.15-19) é citado duas vezes em
Atos (3.22,23; 7.37). O cunho espiritual de Deuteronômio é fundamental à
revelação do NT.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 1º
1.1 AS PALAVRAS QUE MOISÉS FALOU. O NT refere-se freqüentemente ao conteúdo de Deuteronômio. Jesus citou este livro quando tentado por Satanás (Mt 4.4,7,10; cf. Dt 8.3; 6.13,16) e quando ensinou a respeito do nosso relacionamento com Deus, evidenciado no "primeiro e grande mandamento" (Mt 22.37,38; cf. Dt 6.5; 10.12; 30.6; cf. Dt 17.6; 19.15 com Mt 18.16; Jo 8.17).
1.26 FOSTES REBELDES AO MANDADO DO SENHOR. O povo
de Israel deveria ter entrado na terra prometida, trinta e nove anos antes (vv.
2,3), mas por causa da sua incredulidade e recusa em fazer a vontade de Deus,
sua entrada foi protelada (Nm 14.33,34). Deixar de viver na vontade de Deus e de
andar segundo o Espírito (Rm 8.12-15; Gl 5.16) pode resultar em atraso no plano
de Deus para a nossa vida ou, até mesmo, a supressão total desse plano. Devemos
ter um santo receio e inquietação quanto a estar fora da vontade do Senhor e de
ser privado da sua presença, graça e proteção em nossa vida (ver o estudo
A
VONTADE DE DEUS)
1.35 NENHUM DOS HOMENS... VERÁ ESTA BOA TERRA.
Todos os israelitas que não quiseram entrar na terra prometida (ver a nota
anterior; ver v. 26; Nm 14.4,26-35) perderam o direito, a partir de então, de
entrar naquela terra. A desobediência pode, muitas vezes, ser trágica, pois
poderá resultar em perda irreversível de oportunidade, bem como em julgamento
divino.
1.36 PERSEVEROU EM SEGUIR AO SENHOR. Note as
bênçãos de Deus reservadas àqueles que "perseveram em seguir ao Senhor". Deus
pelejará por eles (v. 30), os levará, "como um homem leva seu filho" (v. 31),
vai "adiante deles por todo o caminho" e mostra-lhes "o caminho por onde havíeis
de andar" (v. 33). Josué, também como Calebe, "perseverou em seguir ao Senhor"
(v. 38; Nm 14.30; 32.11,12).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 2º
2.7 DEUS ESTEVE CONTIGO. Os israelitas foram castigados por seus pecados de rebelião e de incredulidade (v. 15; 1.26-40), porém, Deus continuou, de certo modo, a ser com eles, por confessarem o seu pecado (1.45,46). Deus continuará a abençoar e dirigir aqueles que se arrependem, apesar de seus fracassos e de se apartarem por algum tempo da vida de santidade segundo a lei de Deus.
2.30 O SENHOR... ENDURECERA O SEU ESPÍRITO.
Trata-se aqui de Seom, rei de Hesbom. Deus não endurece sem motivo o coração de
ninguém (Hb 3.7-13). Endureceu o coração de Seom porque este já voltara seu
coração contra Deus e Israel (ver Ex 7.3 nota).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 3º
3.22 O SENHOR... PELEJA POR VÓS. Os israelitas defrontavam-se com inimigos poderosos, aos quais não poderiam derrotar com suas próprias forças. A tendência natural de Israel era temer as conseqüências pavorosas da derrota. Sua única certeza da vitória seria mediante a confiança em Deus (ver vv. 2,3; 1.30; 2.24,25, 31,33,36; 20.4). Quando o crente dedicado se defronta com dificuldades parecendo insuperáveis, bem como oposição esmagadora, Deus promete estar com ele e lhe dar forças e poder para cumprir a sua vontade para com ele (ver Mt 6.30 nota; Fp 4.6,7 notas).
3.25 QUE ME DEIXES PASSAR. Moisés desobedecera
gravemente a Deus, sendo-lhe então dito que ele não entraria em Canaã (Nm
20.8-12). Mesmo assim, ele implorou a Deus, pedindo-lhe que revertesse a ordem e
lhe permitisse atravessar o rio Jordão e entrar na terra prometida. Deus não o
atendeu (v. 26), a fim de ensinar que o pecado de um líder espiritual tem graves
conseqüências e incorrerá em juízo mais rigoroso (cf. Tg 3.1). O funesto
fracasso de um líder espiritual da igreja, como exemplo de obediência ao Senhor,
pode impedi-lo de exercer certas áreas do ministério evangélico (cf. Nm 20.12;
ver 20.8,12 notas).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 4º
4.1 PARA OS CUMPRIRDES, PARA QUE VIVAIS. A vida, as bênçãos e a posse de Canaã, dependiam da afinidade espiritual entre Israel e Deus (vv. 1,6,15-26,40). As promessas de Deus estendem-se a cada geração seguinte se cultivamos a plena comunhão com o Senhor (v. 9), vivemos no seu temor (v. 10), ensinamos aos nossos filhos o caminho do Senhor (vv. 9,10) e o buscamos de todo o nosso coração e de toda a nossa alma (v. 29), com verdadeira fé e amor (5.29; 6.5; ver Jo 14.21 nota; Rm 1.5 nota; Gl 5.6 nota; cf. Hc 2.4; Am 5.4).
4.2 NÃO ACRESCENTAREIS... NEM DIMINUIREIS. Tudo que
contradiz, modifica ou altera as Escrituras deve ser rejeitado pelos fiéis de
Deus. Sua Palavra, a Bíblia, é nossa autoridade suprema e nosso guia único como
verdade (12.32; Pv 30.6; Gl 3.15; Ap 22.18,19; ver o estudo
A INSPIRAÇÃO E A
AUTORIDADE DAS ESCRITURAS)
4.6 GUARDAI-OS... E FAZEI-OS.
Ver Mt 5.17 nota, sobre a lei do AT e o cristão.
4.6 POVOS. Uma razão importante para Israel permanecer fiel à lei de Deus era a
de atrair outros povos para o Senhor, demonstrando a sabedoria e as bênçãos de
seguir seus caminhos (vv. 5-8). Assim como Israel, os crentes do NT são a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa e a propriedade particular de
Deus ? povo esse chamado para anunciar as virtudes de Deus e o seu senhorio (1
Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10).
4.9 NÃO ESQUEÇAS... E AS FARÁS SABER A TEUS FILHOS.
Devemos zelosamente lembrar da obra que Deus já realizou em nossa vida, e
continuar firmes na sua Palavra, para que em nosso coração não diminuam o amor a
Deus nem as realidades da vida espiritual. A negligência, neste ponto, pode
resultar em trágica ruína espiritual para nossos filhos e netos. Precisamos ser
fiéis ao Senhor e perseverar na sua lei, para podermos transmitir aos nossos
filhos uma herança espiritual.
4.9 FILHOS... FILHOS DE TEUS FILHOS. Ver 6.7 nota.
4.10 PARA ME TEMEREM. Ver o estudo
O TEMOR DO
SENHOR
4.16 IMAGEM.
Ver Êx 20.4 nota.
4.24 DEUS, É UM FOGO QUE CONSOME. Esta expresão
descritiva refere-se ao santo zelo de Deus e à sua ira e juízo sobre aqueles que
se afastam da sua Palavra e dos seus retos caminhos, para adotarem a idolatria
(v. 23; Hb 12.25,29; cf. Ez 1.13,14,27,28; Dn 7.9,10; Ap 1.14,15; 19.11,12).
4.24 DEUS ZELOSO. Deus é um "Deus zeloso" no
sentido de não tolerar infidelidade (i.e., a adoração a outros deuses) da parte
do seu povo (v. 23). Esse tipo de "zelo" divino (às vezes traduzido "ciúme") é
santo e justo. Semelhantemente, na vida conjugal, deve haver um santo zelo
mútuo, que protege o amor de um cônjuge pelo outro. Os cônjuges devem
reivindicar amor mútuo e lealdade exclusivos, o que implica cada cônjuge
permanecer plenamente fiel e leal na vida conjugal.
4.26 POR TESTEMUNHAS... O CÉU E A TERRA. Moisés
apresenta seis predições referentes à história de Israel, caso os israelitas
enveredassem pela desobediência e infidelidade (vv. 25-31):
(1) dispersão entre as nações (vv. 26,27);
(2) sofrimento no exílio (vv. 27,28);
(3) reconciliação com Deus, de todos que o buscassem de todo o coração e alma (vv. 29-31);
(4) angústia (v. 30);
(5) retorno a Deus "no fim de dias" (v. 30); e
(6) restauração do concerto feito com seus pais (v. 31; ver também Dt 29;30; Mt 23.39 nota; Rm 11.1 nota).
4.29 DE TODO O TEU CORAÇÃO E DE TODA A TUA ALMA.
Para achar a Deus e conhecê-lo plenamente, é necessário buscá-lo com devoção
sincera e irrestrita (cf. 6.5; 10.12; 11.13; 13.3; 26.16; 30.6,10;
ver Fp 3.8-11
nota). Conhecer a Deus e experimentar o poder, a bênção e a justiça do seu
reino, não acontecem sem esforço. Acontecerá àqueles que o buscarem de todo
coração (Hb 11.6) e anelaram por sua íntima presença, a plenitude do seu
Espírito e seu dom da vida eterna.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 5º
5.2 CONCERTO. A salvação de Israel era uma dádiva de Deus, concedida consoante o compromisso de Deus segundo o concerto feito, de que Ele adotaria Israel como seus filhos e filhas a fim de cuidar deles e abençoá-los, para que tivessem vida longa na terra que Deus lhes dera (4.40). Em grato reconhecimento, Israel devia aceitar Deus como seu Senhor, para adorá-lo, amá-lo, honrá-lo e obedecer-lhe com fé viva. Para uma exposição do concerto de Deus com Israel, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ e O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS, para uma exposição do concerto do crente, em Cristo, ver Lc 22.20 nota, e o estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO.
5.7-21 OS DEZ MANDAMENTOS. Esta seção repete os dez
mandamentos, como aparecem em
Êx 20 (ver notas sobre aquele capítulo; ver o
estudo
A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO)
5.29 QUEM DERA QUE ELES TIVESSEM TAL CORAÇÃO. A
história bíblica da salvação consiste precisamente no empenho incansável de Deus
em livrar os homens e as mulheres dos seus pecados e suas conseqüências
destruidoras, e atraí-los a si mesmo.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 6º
6.4-9 OUVE, Ó ISRAEL. Este trecho é comumente chamado "o Shema" (do hb. shama?, "ouvir"). Os judeus dos tempos de Jesus eram afeitos a esse trecho, por ser recitado diariamente pelos judeus devotos, e também regularmente nos cultos da sinagoga. O "Shema" é a declaração clássica do cunho monoteísta de Deus (ver a nota seguinte). Ao "Shema" segue-se um duplo preceito para Israel:
(1) amar a Deus de todo o coração, alma e forças (vv. 5,6); e
(2) ensinar diligentemente aos seus filhos sobre a sua fé (vv. 7-9).
6.4 O SENHOR, NOSSO DEUS, É O ÚNICO SENHOR. Este
versículo juntamente com os versículos 5-9; 11.13-21; Nm 15.37-41 - ensina o
monoteísmo. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma
teogonia ou grupo de diferentes deuses; que é onipotente entre todos os seres e
espíritos do mundo (Êx 15.11). Este Deus deve ser o objeto exclusivo do amor e
obediência de Israel (vv. 4,5). Esse aspecto de "unicidade" é a base da
proibição da adoração a outros deuses (Êx 20.2). O ensino de 6.4 não contradiz a
revelação no NT, de Deus como um ser trino, que sendo uno em essência, é
manifesto como Pai, Filho e Espírito Santo (ver Mt 3.17 nota, e
Mc 1.11 nota,
para exposição sobre a natureza trina e una de Deus).
6.5 AMARÁS... O SENHOR, TEU DEUS. Deus anela
comunhão com seu povo e lhe dá esse único e indispensável mandamento, que
vincula esse povo a Ele mesmo.
(1) Retribuindo o seu amor com amor, gratidão e lealdade (4.37), os israelitas o conhecerão, e nEle se deleitarão pelas provisões do concerto.
(2) Deste mandamento, "o primeiro e grande mandamento", juntamente com o segundo mandamento: amar ao próximo (cf. Lv 19.18), depende toda a lei e os profetas (Mt 22.37-40).
(3) A verdadeira obediência a Deus e aos seus mandamentos somente é possível quando brota da fé em Deus e do seu amor (cf. 7.9; 10.12; 11.1,13,22; 13.3; 19.9; 30.6,16,20; ver Mt 22.39 nota; Jo 14.15; 21.16; 1Jo 4.19).
6.6 ESTAS PALAVRAS... ESTARÃO NO TEU CORAÇÃO. O
firme propósito de Deus é que sua Palavra esteja no coração do seu povo (cf. Sl
119.11; Jr 31.33; ver o estudo
O CORAÇÃO). Paulo declara explicitamente: "A
palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria" (Cl 3.16;
cf. 2 Tm 3.15-17). Esse preceito somente pode ser cumprido se, diária e
continuamente, examinarmos as Escrituras (Sl 119.97-100; Jo 8.31,32). Uma
maneira de fazer isso é ler o NT todo duas vezes por ano, e o AT uma vez por ano
(cf. Is 29.13;
ver Tg 1.21 nota)
6.7 E AS INTIMARÁS AOS TEUS FILHOS. Uma forma vital
de expressar amor a Deus (v. 5) é cuidar do bem-estar espiritual dos filhos e
esforçar-nos para levá-los a um real relacionamento com Deus.
(1) O ensino da Palavra de Deus aos filhos deve ser uma tarefa altamente prioritária dos pais (cf. Sl 103.13; ver Lc 1.17 nota; 2 Tm 3.3 nota; ver o estudo PAIS E FILHOS).
(2) O ensino das coisas de Deus deve partir do lar, e nisso, tanto o pai como a mãe deve participar. Cultuar a Deus no lar não é uma opção; pelo contrário, é um mandamento direto do Senhor (vv. 7-9; Êx 20.12; Lv 20.9; Pv 1.8; 6.20; cf. 2 Tm 1.5).
(3) O propósito da instrução bíblica pelos pais é ensinar os filhos a temer ao Senhor, a andar em todos os seus caminhos, a amá-lo e ser-lhe grato e a servi-lo de todo o coração e alma (10.12; Ef 6.4). (4) O crente deve proporcionar sabiamente aos seus filhos uma educação teocêntrica, em que tudo se relacione com Deus e às suas coisas (cf. 4.9; 11.19; 32.46; Gn 18.19; Êx 10.2; 12.26,27; 13.14-16; Is 38.19)
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 7º
7.3 NEM TE APARENTARÁS COM ELAS. Qualquer convívio íntimo ou afinidade do crente com o descrente acabará destruindo a separação e a santidade do povo de Deus. É o caso do casamento misto, do crente com o incrédulo, ou amizade íntima com incrédulos, que podem desviar o crente de seguir a Deus (v. 4; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)
7.9 MISERICÓRDIA... AOS QUE O AMAM. Deus escolheu
Israel movido pelo seu amor aos israelitas (vv. 7,8). Além disso, Deus prometeu
que cumpriria fielmente o seu concerto e usaria de misericórdia de geração em
geração, para com os "que o amam e guardam os seus mandamentos" (cf. 6.4-9). Não
somente o amor de Deus dependia dessa atitude de amor e obediência, mas também
disso dependia a prosperidade deles (vv. 13,14), sua saúde (v. 15) e seu triunfo
militar (vv. 16-18).
7.15 DE TI DESVIARÁ TODA ENFERMIDADE. Ver Êx 23.25,26 nota.
7.26 NÃO METERÁS, POIS, ABOMINAÇÃO EM TUA CASA. Esta "abominação" refere-se ao ouro e à prata que revestia os ídolos dos cananeus (v. 25); qualquer coisa vinculada à idolatria, tinha que ser destruída. Esta admoestação aos israelitas, no sentido de removerem das suas casas tudo quanto era abominável, tem aplicação hoje. Qualquer coisa que leva ao pecado e à imoralidade e que é contrária à natureza santa de Deus, não deve ter lugar em nossas casas (cf. Ez 5.7,9). Por isso, o crente deve tomar o máximo cuidado para não deixar que a influência do modo de vida imoral dos ímpios não se aninhe em seu lar através de pessoas ou da mídia, do lazer e divertimentos (cf. 12.29-31;18.12,13; Pv 6.16-19). Ao invés de permitirmos que o mal, o pecado e a impiedade se alojem em nossos lares, devemos de todo, a detestar; e de todo, a abominar, porque tolerar o mal dentro de casa, e até nos divertirmos com ele, é atrair a maldição de Deus (cf. 23.14; ver Rm 1.32
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 8º
8.3 O HOMEM NÃO VIVERÁ SÓ DE PÃO. O Senhor enviou provações e aflições sobre o seu povo no deserto, a fim de ensiná-lo que a vida humana não consiste meramente nas coisas materiais, mas, que o bem-estar (tanto físico como espiritual) do ser humano depende do seu relacionamento com Deus e da obe-diência à sua palavra. O Senhor Jesus citou esse trecho ao enfrentar a tentação (Mt 4.4; cf. Gn 3.4 nota). Às vezes, o Senhor permite dificuldades em nossa vida como uma forma de, paternalmente, nos ensinar a depender dEle com mais confiança, e recebermos sua Palavra com maior interesse (vv. 4,5; cf. Hb 12.3-13).
8.7 TERRA DE RIBEIROS DE ÁGUAS. Na época em que Israel entrou em Canaã, havia
ali ribeiros, córregos, fontes d'água e mananciais
profundos. A escassez de água nos tempos de Elias foi um julgamento divino (1 Rs
17.1-18.45). Ainda hoje, Deus pode usar a seca para
humilhar o seu povo e castigar os pecadores (vv. 19,20; ver 11.17).
8.12-14 PARA QUE... ESTANDO FARTO... TE ESQUEÇAS DO SENHOR, TEU DEUS. Quando em
prosperidade e abundância, as pessoas
tendem a se julgarem felizes com esta vida aqui e se realizarem na abastança
material. A prosperidade traz consigo a tentação, no sentido
abastado esquecer-se de Deus e dos seus mandamentos, e de deixar de buscar as
bênçãos espirituais, e de não mais sentir pesar pelo
pecado e o mal no mundo (ver o estudo
RIQUEZA E POBREZA)
8.18 FORÇA PARA ADQUIRIRES PODER. Trata-se, aqui, de adquirir riquezas, bens.
Este versículo afirma que Deus, às vezes, abençoava
Israel como um sinal ou confirmação do seu cumprimento do concerto com Abraão e
com os descendentes deste. Infelizmente, muitas vezes
riqueza e bens são obtidos por meios contrários aos princípios e práticas
segundo a vontade de Deus (ver o estudo
RIQUEZA E POBREZA);
tais recursos não devem ser considerados bênçãos divinas
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 9º
9.4 PELA IMPIEDADE DESTAS NAÇÕES. As nações que habitavam em Canaã foram destruídas por Deus, por causa da sua extrema iniqüidade; sua depravação era tão monstruosa e generalizada, que Deus determinou sua total extirpação como um câncer virulento. Deste modo, a conquista e o extermínio dos cananeus por Israel, era a pena de morte em escala nacional. Semelhante iniqüidade, e praticamente descontrolada, teve lugar nos dias de Noé (ver Gn 6.1-7) que caracterizará o mundo no fim dos tempos (Mt 24.37-39; 2 Tm 3.1-5; Ap 9.20,21; 19.11-21).
9.5 NÃO É POR CAUSA DA TUA JUSTIÇA. A possessão da
terra por Israel não era uma recompensa pela fidelidade desse povo, no passado.
Pelo contrário, foi concedida como um dom gratuito de Deus, por seu amor e
misericórdia. Todavia, Moisés advertiu os israelitas que eles somente
continuariam a possuir a terra se perseverassem na fé e na obediência a Deus; se
eles se tornassem ímpios como os cananeus, perderiam a posse da terra
(30.15-20). Noutras palavras, o amor e a misericórdia de Deus em dar-lhes aquela
terra, não eram incondicionais; no caso deles se desviarem do Senhor e se
esquecerem da sua palavra, também iriam perecer (8.11,14,19,20; cf. 11.22-28).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 10º
10.12 O AMES... COM TODO O TEU CORAÇÃO. Repetidas vezes, Deus ressaltou a Israel a necessidade do amor do "coração" (ver 4.29 nota; ver o estudo O CORAÇÃO).
(1) Deus não queria que seu povo trocasse o amor sincero e profundo por Ele, por meras formalidades religiosas externas, tais como a guarda dos mandamentos, prática de sacrifícios, etc. Era necessário que sempre obedecessem a Deus com um coração que o amasse e honrasse fielmente. Para os crentes do NT, a fé e o amor provenientes do coração também são essenciais ao nosso relacionamento com Deus (ver Jo 21.15 nota; Cl 3.4 nota).
(2) É de fato possível ler as Escrituras, orar, freqüentar a igreja e participar da Ceia do Senhor, sem uma devoção realmente sincera a Deus; isso chama-se legalismo (ver Mc 7.6 nota). A obediência exterior e as práticas religiosas corretas têm valor e sentido, somente quando são fruto de nossa comunhão com Jesus Cristo, mediante uma fé sincera nEle e com amor por Ele, por aquilo que Ele é, e pelo que Ele tem feito por nós.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 11º
11.19 ENSINAI-AS A VOSSOS FILHOS. Ver 6.7 nota.
11.26 A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO. Deus colocou diante do
seu povo a escolha: a bênção ou a maldição. Se obedecessem à Palavra de Deus e
permanecessem separados do pecado e da iniqüidade das nações em derredor, a
bênção de Deus viria e ficaria com eles (ver 28.1-14). Se, por outro lado,
adotassem os caminhos dos ímpios, a maldição de Deus cairia sobre eles (ver
28.15-68).
(1) Infelizmente, a maioria dos israelitas não levou a sério a advertência de Deus. Constantemente adotavam os caminhos dos ímpios e então padeciam sob a maldição divina. (2) Deus coloca a mesma escolha (i.e., "a bênção e a maldição") diante do crente do NT. Se renunciarmos ao pecado, seguirmos a Cristo e o servirmos continuamente, teremos sua bênção e seu poder. Se deixarmos a Deus e seus justos caminhos, não teremos a sua presença, sua ajuda e sua proteção.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 12º
12.2 DESTRUIREIS TODOS OS LUGARES. Os israelitas
receberam ordem para destruir todos os locais de culto das nações pagãs, e para
adorar a Deus somente no lugar determinado por Ele e da maneira ordenada por Ele
(vv. 2-15). Qualquer local de culto estranho, não destruído, seria uma tentação
para os israelitas adotarem as práticas de culto pagão.
12.5 O LUGAR QUE O SENHOR... DEUS ESCOLHER. Os
israelitas deviam adorar a Deus, não somente nos seus lares, mas também no lugar
específico, escolhido pelo próprio Deus (posteriormente, o templo de Jerusalém).
O crente hoje, também precisa de um lugar em comum, onde possa reunir-se com os
demais crentes para adorar a Deus e buscá-lo com fé. Deve ser um lugar onde Deus
põe "o seu nome" (v. 5); um lugar onde realmente se crê na sua Palavra, onde seu
Espírito está presente e a santidade de vida caracteriza o seu povo (cf. 1 Co
1.2).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 13º
13.3 NÃO OUVIRÁS AS PALAVRAS DAQUELE PROFETA. É fundamental à comunhão do crente com o Senhor, a sua fidelidade a Deus e à Palavra revelada dEle (8.3). Os versículos 1-5 mostram que a tentação visando a destruir nossa lealdade a Deus, às vezes surge através de pessoas parecendo espirituais. Várias inferências decorrem disso, para nossa vida como crentes.
(1) Deus, às vezes, testa a sinceridade do nosso amor e dedicação a Ele e à sua Palavra (cf. 8.2).
(2) Deus, às vezes, nos prova permitindo que surja entre o seu povo, pessoas afirmando que são profetas de Deus, e que realizam "sinal ou prodígio" (vv. 1,2). Tais pessoas, às vezes, falam com muita "unção", predizem corretamente o futuro, e operam milagres, sinais e prodígios. Ao mesmo tempo, porém, podem pregar um evangelho contrário à revelação bíblica, acrescentar inovações à Palavra de Deus ou subtrair partes dela (cf. 4.2; 12.32). Aceitar esses falsos pregadores, significa abdicar da fidelidade total a Deus e à sua Palavra inspirada (v. 5).
(3) O NT também, por sua vez, adverte que falsos profetas e falsos mestres perverterão grandemente o evangelho de Cristo nos últimos dias desta era. O crente deve ter firme determinação quanto a sua fidelidade à revelação escrita de Deus, como a temos na Bíblia. A autenticidade do ministério de uma pessoa e do seu ensino não deve ser avaliada apenas pela sua pregação talentosa, alocuções proféticas poderosas, realização de milagres ou número de decisões. Esses critérios tornam-se cada vez menos dignos de confiança à medida que se aproximam os tempos do fim. O padrão da verdade sempre deverá ser a infalível Palavra de Deus (ver o estudo FALSOS MESTRES, e A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS)
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 14º
14.26 BEBIDA FORTE... TU E A TUA CASA. Este versículo concerne a ocasiões especiais de adoração e ação de graças a Deus, por toda a família, a saber: homens, mulheres, jovens e crianças. O termo hebraico aqui, para "vinho" (yayin), pode significar o suco de uva fermentado ou não-fermentado. O termo hebraico para bebida fermentada (shekar) admite a tradução "bebida doce" (ver o estudo O VINHO NO ANTIGO TESTAMENTO, para o significado comum dessas duas palavras hebraicas). A tradução acima, de yayin, elimina a dificuldade, i.e., o texto aparentemente ordena que adultos e crianças adorem a Deus, tomando bebida embriagante e viciante. Qualquer estudo visando a exata interpretação deste versículo, deve levar em consideração as seguintes observações.
(1) O propósito do culto de adoração era "para que aprendas a temer ao SENHOR, teu Deus, todos os dias" (v. 23). A fim de adorar a Deus devidamente, e a aprender a temê-lo, é necessário ao adorador estar totalmente sóbrio e temperante (ver Ef 5.18 nota; 1 Ts 5.6 nota; ver o estudo O TEMOR DO SENHOR). Note que Deus requer a abstinência total de bebidas embriagantes, para que se distinga entre o que é santo e o que é profano, para ensinar corretamente os seus mandamentos (Lv 10.9) e para fazer com que ninguém esqueça da lei de Deus (ver Pv 31.4,5 notas).
(2) Os sacerdotes levitas deviam estar presentes no culto de adoração (vv.
27-29). Deus ordenou que esses sacerdotes se abstivessem de bebida embriagante
(sob pena de morte)
durante o seu ministério sacerdotal (Lv 10.9). Seria totalmente contrário ao
caráter santo de Deus, Ele ordenar o livre uso de bebida embriagante aos fiéis,
estando estes acompanhados dos sacerdotes.
(3) O evento em apreço tratava-se da Festa da -Colheita, durante a qual, produtos frescos do campo eram consumidos (v. 23). Esse fato sugere que a bebida consumida aqui, era o suco novo e fresco de uva.
(4) Além disso, as recentes descobertas de terríveis deformações causadas
pelo álcool, em fetos no ventre materno, deve-se levar em conta, antes de alguém
afirmar que um Deus onisciente, abençoou, aprovou ou ordenou que pais, mães e
crianças israelitas se "regozijassem" diante dEle, tomando bebida alcoólica e
viciante (ver Pv 23.31 nota; ver o estudo
O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO
(2))
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 15º
15.7-11 O POBRE. A obediência à lei de Deus
devia também significar um propósito resoluto de socorrer os necessitados (cf.
24.19-21; Lv 19.10). (1) Deus observa nossa atitude e desejo de ajudar os pobres
e necessitados. Devemos usar nossos recursos materiais para ajudar os realmente
necessitados (ver o estudo
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS). O espírito de
cobiça e de egoísmo que não se preocupa com as necessidades dos outros,
priva-nos da bênção de Deus (vv. 9,10). (2) O NT destaca a necessidade da
compaixão, sensibilidade e bondade para com os sofredores e outros que
enfrentaram circunstâncias difíceis que os levaram à pobreza ou à penúria (Mt
25.31-36; Gl 6.2,10)
15.13 NÃO O DESPEDIRÁS VAZIO. Os israelitas não
podiam mandar embora seus escravos sem provisões suficientes (cf. v. 12). O amor
ao próximo (cf. Lv 19.18) os compelia a prover alimentos e suprimentos
suficientes à sobrevivência deles, até conseguirem trabalho para ganhar a vida.
Semelhantemente, o princípio do amor e da justiça no novo concerto, requer que
tratemos os empregados com compaixão, eqüidade e justiça.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 16º
16.1 A PÁSCOAVer o estudo A PÁSCOA.
16.10 A FESTA DAS SEMANAS. Para estudo dos vários
dias santificados e festas de Israel,
ver Lv 23 notas.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 17º
17.7 TIRARÁS O MAL DO MEIO DE TI. A ordem de Deus aos israelitas foi que se conservassem puros, tirando do seu meio quem vivesse impiamente e transgredisse o seu concerto. O NT também ordena que a congregação discipline membros que pecam e que exclua do rol de membros aqueles que continuam vivendo em pecado e imoralidade (ver Mt 18.15-17; 1 Co 5.1-13; cf. 2 Co 2.6,7).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 18º
18.9-11 AS ABOMINAÇÕES DAQUELAS NAÇÕES. Estes versículos contêm uma lista das práticas da magia ocultista, comuns nas religiões de Canaã, as quais eram abomináveis a Deus e proibidas por Ele. Entre o povo de Deus do AT quem praticava tais coisas era morto (Lv 20.27). Por sua vez, o NT declara que quem pratica tais coisas não entrará no reino de Deus (Gl 5.20,21; Ap 22.15).
18.10 PASSAR PELO FOGO. Moisés relembra aos
israelitas que não devem imitar a prática dos cananeus, de sacrificar crianças
aos deuses pagãos, o que eles faziam, tentando influir no decurso de eventos
futuros (cf. Lv 20.2-5).
18.10 NEM ADIVINHADOR, NEM PROGNOSTICADOR. Os
adivinhos ou feiticeiros procuravam predizer eventos futuros ou desvendar
segredos, pela ação de espíritos malignos ou de algum meio humano (cf. Ap 9.21
nota). Já o plano de Deus para obtermos a verdade é ouvir os fiéis mensageiros
de Deus exporem a sua Palavra (vv. 14-22).
18.11 NEM ENCANTADOR... NEM QUEM CONSULTE OS MORTOS.
Esta lista inclui médiuns, espíritas e todos que invocam os mortos ou consultam
espíritos (i.e., demônios) para conhecerem segredos, predizer o futuro, ou
controlar coisas e pessoas. O que eles chamam de comunicação com os mortos é, na
realidade, comunicação com os demônios (cf. 1 Sm 28.7-14; 2 Rs 21.6; Is 8.19).
18.15 UM PROFETA... COMO EU. O excelso profeta
semelhante a Moisés (vv. 15,18 ) foi Jesus Cristo, o Messias (ver
At 3.22 nota).
Assim como Moisés, esse profeta seria um israelita e falaria a palavra de Deus
(vv. 18,19). Os judeus dos tempos de Jesus aguardavam a vinda desse grande
profeta (Jo 1.45; 4.19,29; 6.14; At 3.22,23; 7.37).
*
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 19º
19.21 TEU OLHO NÃO POUPARÁ. O princípio declarado aqui é que o castigo do crime deve corresponder ao delito cometido, mas não ultrapassar daí (ver Êx 21.23-25; Lv 24.17-20). A complacência para com quem lesa o inocente e o indefeso, incentiva a iniqüidade e a violência na terra (v. 19). O NT não anula esse princípio no âmbito do governo civil (cf. Rm 13.1-4), mas proíbe, terminantemente, a prática da represália nos relacionamentos pessoais (cf. Mt 5.38-41).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 21º
21.10 TEUS INIMIGOS. Os "inimigos" aqui mencionados são aqueles fora de Canaã (cf. 20.15). O povo de Deus recebera instruções anteriormente, proibindo o casamento misto de israelitas com cananeus (7.1,3,4). As instruções constantes dos versículos 10-14 protegiam a dignidade das prisioneiras, proibindo maus tratos contra elas.
21.15 DUAS MULHERES. Ter mais de uma esposa
(poligamia) resulta comumente em vida conjugal sob tensão, pois nesses casos,
inevitavelmente, há o favoritismo e o tratamento preferencial (cf. Gn 29.30). A
poligamia era praticada na era patriarcal, mas sem a aprovação de Deus. As
normas que Ele deu aqui, destinam-se a regular uma prática já existente (ver Gn
2.24 nota; 4.19 nota; 29.28 nota).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 22º
22.17 VIRGINDADE DA FILHA. Era importante que a moça israelita permanecesse pura e casta, e que fosse virgem até casar-se. Boa parte da responsabilidade neste particular dependia dos pais (v. 15). De igual modo, os pais cristãos têm idêntica responsabilidade de envidar todo esforço para proteger suas filhas (e seus filhos) no sentido de evitarem a prática sexual pré-conjugal. Devem ensinar-lhes o princípio divino da pureza e levá-las a convicções santas e puras, concernentes a esses assuntos (ver o estudo PADRÕES DE MORALIDADE SEXUAL)
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 23º
23.1 NÃO ENTRARÁ NA CONGREGAÇÃO. Entende-se que o indivíduo era proibido apenas de participar ativamente do culto coletivo. Porém, ele podia desfrutar de comunhão com Deus e participar das suas bênçãos concedidas a todos que nEle tivessem fé (cf. Is 56.3-5).
23.4 BALAÃO. Ver Nm 22.4; 24.25 e respectivas notas.
23.19 USURA. Ver Êx 22.25 nota.
23.21 VOTO. Ver Nm 30.1 nota.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 24º
24.1 ESCRITO DE REPÚDIO. O divórcio resulta do pecado humano (cf. Mt 19.8). As instruções que se acham nos versículos 1-4 foram dadas por Deus para regular o divórcio no Israel antigo. Observe o seguinte nesses versículos:
(1) O termo "coisa feia", provavelmente se refira a certa conduta vergonhosa ou imoral, porém não da gravidade do adultério. Certamente não se trata de adultério, pois a penalidade deste era a morte, e não o divórcio (cf. 22.13-22; Lv 20.10). (2) O "escrito de repúdio" era um documento legal entregue à mulher, para a rescisão do contrato do casamento, para protegê-la e liberá-la de todas as obrigações para com o seu ex-marido. (3) Depois de receber o escrito de divórcio, a mulher estava livre para casar-se de novo. Nunca poderia, porém, voltar ao seu primeiro marido, se o segundo casamento se dissolvesse (vv. 2-4). (4) A ocorrência do divórcio é uma tragédia (cf. Ml 2.16; ver Gn 2.24 nota), mas não é pecado, se tiver fundamento bíblico (ver Mt 19.9 nota; 1 Co 7.15 nota). O próprio Deus repudiou Israel por causa da sua infidelidade e adultério espiritual (Is 50.1; Jr 3.1,6-8).
24.14 POBRE E NECESSITADO. Deus muitas vezes advertiu os israelitas a não se
aproveitarem dos pobres, mas, pelo contrário, tratá-los
com compaixão e respeito. O crente que deixar de tratar os pobres e necessitados
com eqüidade, trará sobre si mesmo a condenação divina
(v. 15; cf. Tg 5.1-6; ver o estudo
O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS).
24.17 ESTRANGEIRO... ÓRFÃO... VIÚVA. Deus tem cuidado especial pelo estrangeiro,
pelo órfão e pela viúva (Êx 22.21,22; 23.9). Auxiliar os
necessitados, muito agrada a Deus (ver Lc 7.13 nota; Hb 13.2; Tg 1.27).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 25º
25.4 NÃO ATARÁS A BOCA AO BOI. Esse mandamento
estipulava que os animais de tração, recebessem rações suficientes para manter
sua força e saúde. -Deviam ser tratados caridosamente e recompensados pela sua
labuta. Os seres humanos, muito mais, merecem tratamento equitativo pelo seu
serviço. O NT aplica esse princípio aos ministros do evangelho (ver 1 Co 9.9-11;
1 Tm 5.17,18). Aqueles que labutam no ministério ou nas instituições cristãs,
devem ter salário justo e razoável.
*
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 26º
26.8 O SENHOR NOS TIROU. Israel devia sempre lembrar-se que a sua existência e redenção resultaram da providência divina em favor da nação. (1) Israel devia confessar publicamente essa verdade (vv. 3-9) e agradecer a Deus com ofertas, ações de graças, alegria, bondade para com o próximo e obediência aos seus mandamentos (vv. 12-15). (2) Nós, como crentes em Cristo, também devemos nossa vida e salvação à misericórdia de Deus, por meio de Cristo. Fomos redimidos e adquiridos pela sua morte e fomos feitos sua possessão (Ef 1.14; 1 Pe 1.18,19; 2.9,10). Doravante, devemos viver em gratidão, como sacrifícios vivos ao nosso Senhor, não nos conformando com este mundo mas, pelo contrário, sendo transformados pelo Espírito Santo para fazermos a sua vontade (Rm 12.1,2; ver Ef 2.9 nota).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 27º
27.15 E A PUSER EM UM LUGAR ESCONDIDO. Muitos
dos pecados alistados aqui eram cometidos secretamente (vv. 15,24). Israel
reconheceu, assim, que o ser humano é responsável perante Deus, mesmo estando
sozinho. Todos os nossos atos e pensamentos ocorrem à vista de Deus e na sua
presença (ver Sl 139).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 28º
28.3 BENDITO SERÁS. Ver Lc 24.50 nota.
28.15 SOBRE TI VIRÃO. Moisés profetizou as
conseqüências para quem se desvia do Senhor: castigo, destruição, grande
aflição, cativeiro e dispersão entre as nações (vv. 15-68).
28.49-57 CONTRA TI UMA NAÇÃO. Estes versículos
descrevem uma invasão da terra de Canaã, descrição esta que podia ser uma alusão
à invasão dos assírios (descrita em Os 8.1, como a investida de uma águia), à
invasão dos babilônios (descrita em Jr 48.40, como o vôo da águia; cf. 2 Rs
25.1-21; Jr 39.1-10; 52.28-30) ou ao cerco dos romanos em 70 d.C. (ver Lc 21.20
nota).
28.64 O SENHOR VOS ESPALHARÁ ENTRE TODOS OS POVOS.
A dispersão de Israel ocorreu várias vezes no decurso da sua história
quando os israelitas foram levados cativos pelos assírios (722-721 a.C.; ver 2
Rs 17.6), pelos babilônios (586 a.C.; ver 2 Rs 25.21), pelos gregos (para
Alexandria, no Egito, século III a.C.), e pelos romanos (70 d.C.; ver Lc
21.20-24;
ver também Dt 30.3, nota sobre a restauração de Israel).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 29º
29.1 AS PALAVRAS DO CONCERTO. Ver o estudo
O CONCERTO DE DEUS E OS ISRAELITAS
29.18-21 CUJO CORAÇÃO HOJE SE DESVIE DO SENHOR.
Estes versículos dizem respeito a uma pessoa dentre o povo de Deus que se
desviasse do Senhor.
(1) Deus fez as promessas da vida e da bênção a Israel,
coletivamente, i.e., como um todo ou nação (cf. 28.1; 30.15-20).
Cada indivíduo pertencente ao povo escolhido de Deus participava das bênçãos
prometidas somente enquanto permanecesse unido a Deus pela fé (ver o estudo
ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO).
(2) Qualquer indivíduo em Israel que se desviasse de Deus (v. 18), podia perder a vida eterna e as bênçãos temporais.
(3) Quem pertencesse a Deus, e depois se desviasse dEle (v. 18) e persistia nos seus próprios caminhos (v. 19), já não restava qualquer oportunidade para o perdão do pecado. Somente poderia esperar a ira de Deus e o apagamento do seu nome de debaixo do céu (v. 20; ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL)
29.19 TEREI PAZ, AINDA QUE ANDE CONFORME O BOM PARECER DO
MEU CORAÇÃO. Entre o povo escolhido de Deus, haveria aqueles que andariam
nos seus próprios caminhos pecaminosos, mas que diriam ter paz. Semelhantemente,
o NT fala a respeito de pessoas da igreja que declaram ter paz, salvação e vida
eterna, mas não se preocupam em fazer a vontade de Deus (ver 1 Jo 2.4 notas;
Ap
2.14 nota).
Deus diz que tal confissão de salvação não tem valor, e compara os tais a uma
raiz que espalha corrupção e morte como veneno, em toda a congregação (cf. Hb
12.15). Juízo terrível sobrevirá a esses indivíduos (ver nota anterior).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 30º
30.3 AJUNTAR-TE DENTRE TODAS AS NAÇÕES. Moisés profetizou uma restauração de Israel que abrangeria o seu arrependimento e o seu retorno a Deus (v. 2), livramento do cativeiro (vv. 3,4), renovação espiritual (v. 6), prosperidade e bênção (vv. 7-10). A restauração final de Israel inclui:
(1) uma restauração universal do "remanescente" de Israel (vv. 3-5; Is 10.21-23; 11.11,12; Jr 30.24; 31.1,8,10; Ez 39.25,28);
(2) o arrependimento e aceitação do Messias (vv. 2,8,10; Is 11.10,12; Jr 23.5-8; Ez 37.21-25; Os 5.15; 6.1-3; Zc 13.9; Rm 11.25-27; ver Mt 23.39 nota; ver o estudo ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO);
(3) a renovação espiritual (vv. 3-6; Jr 32.37-41; Ez 11.17-20);
(4) a bênção para Israel (Jr 31.8,10,12,13,28; Ez 28.25,26; Am 9.11-15);
(5) Israel ministrando às nações em nome de Deus (Is 49.5,6; 55.3-5; 60.1-5; 61.5,6);
(6) julgamento de Israel (Ez 20.34-38; Ml 3.2-5; 4.1) e das nações (Jr 25.29-33; Dn 2.44,45; Jl 3.1,2,12-14; ver Mt 25.32 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO);
(7) grandes bênçãos sobre todos os remanescentes dos julgamentos de Cristo, depois da grande tribulação (Is 19.22-25; 49.5; Mq 4.1-4; Zc 2.10-12; Ap 20.1-4; ver Mt 25.32 nota);
(8) a posse permanente da terra por Israel, em paz, tranqüilidade e segurança (Jr 32.37-41);
(9) restauração nos últimos dias (Os 3.4,5); e
(10) Cristo e a igreja reinando sobre Israel e as nações (ver Ap 20.4 nota)
30.20 AMANDO AO SENHOR, TEU DEUS. A lei ordenava
aos israelitas que mantivessem o seu relacionamento com Deus, amando-o e
obedecendo à sua voz (ver 6.5 nota). Para expressarem essa obediência,
precisavam reconhecer sua incapacidade de cumprir a lei, oferecendo sacrifícios
expiatórios por seus pecados (ver Lv 1.2 nota; ver o estudo
O DIA DA EXPIAÇÃO).
A vida e a salvação nunca foram prometidas como recompensa por uma perfeita
obediência. A lei pressupunha a imperfeição da fé e da obediência do povo de
Deus, e por isso proveu o sistema sacrificial que expiava o pecado. A esperança
suprema de Israel estava na misericórdia e graça de Deus.
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 31º
31.8 NÃO TE DEIXARÁ. O NT aplica essa promessa a todos que sinceramente receberem a Cristo como Senhor e Salvador (Hb 13.5).
(1) Os crentes recebem a garantia de que, se amarem a Deus acima de todas as coisas, e se puserem nEle a sua confiança acima das coisas materiais, o Senhor nunca os deixará, nem os abandonará, mas será seu ajudador (cf. 1 Rs 8.57; Tg 1.5; ver Mt 6.30,33 notas).
(2) Mediante essa promessa, devemos "esforçar-nos e animar-nos" (v. 6), e perseverar nas provações, resistir à tentações, confiar no Senhor e obedecer-lhe plenamente.
31.9 MOISÉS ESCREVEU ESTA LEI. Os mandamentos de
Deus foram entregues ao povo em forma escrita, por Moisés. A lei incluía, não
somente o conteúdo de Deuteronômio, como também a totalidade do Pentateuco
(i.e., os primeiros cinco livros da Bíblia). Tratava-se da palavra de Deus em
forma escrita, as Sagradas Escrituras inspiradas, preservadas e compiladas no
decurso da história bíblica (cf. vv. 24-26; Êx 24.4,7; Nm 33.2; Mt 8.4; Jo 5.46;
7.19; ver o estudo
A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS)
31.16 ESTE POVO... ME DEIXARÁ. O Senhor conhecia a
história de Israel, com sua disposição natural à infidelidade (ver vv. 21,27).
Assim, Deus revelou profeticamente a Moisés a apostasia futura dos israelitas, e
os juízos divinos decorrentes disso (vv. 16-18). Esta profecia foi preservada em
forma de cântico, como uma advertência de Deus às gerações futuras (v. 19; cap.
32).
31.30 AS PALAVRAS DESTE CÂNTICO. O cântico de
Moisés (cap. 32) tinha o propósito de impressionar os israelitas com o fato que
sua existência inteira era resultado da fidelidade e misericórdia de Deus. Era
tão somente o Senhor que os orientava e sustentava (cf. 32.9-13).
Israel, por sua vez, correspondeu em grande parte, procedendo com iniqüidade e
insensatez (32.5,6). O cântico termina, advertindo Israel que casos futuros de
infidelidade, rebelião e apostasia trariam castigos severos de Deus contra a
nação (ver nota anterior).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 32º
32.15 ENGORDANDO-SE. A prosperidade foi uma
causa principal de Israel esquecer-se de Deus e enveredar-se pela idolatria (cf.
8.7-20). A história comprova, repetidas vezes, que em tempos de conforto e
prosperidade, o povo de Deus é propenso a esquecer-se dEle e a deixar de buscar
a sua face. Entretanto, quando em crise, o povo de Deus seguramente busca de
coração o socorro divino (cf. o livro de Juízes).
32.17 DIABOS. No hebraico o termo é shedim,
literalmente, demônios. Termo idêntico original, aparece em Sl 106.37. Por trás
dos deuses e religiões falsos deste mundo estão os poderes espirituais dos
demônios (Sl 106.37; 1 Co 10.20; ver o estudo
A IDOLATRIA E SEUS MALES).
Os demônios podem agir através dos seus seguidores, chegando até a operar
milagres (Êx 7.11,22; 2 Ts 2.9,10; Ap 13.13; 19.20). O NT reconhece a existência
desses espíritos malignos, e conclama os crentes a batalhar contra eles pelo
poder e autoridade de Cristo (Ef 6.12; ver o estudo
PODER SOBRE SATANÁS E OS
DEMÔNIOS).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 33º
33.5 JESURUM. Um nome poético de Israel e significa "o reto", "o guardador da lei", "aquele que pratica a justiça" (cf. v. 26; 32.15; Is 44.2).
33.9 NÃO CONHECEU A SEUS IRMÃOS. Depois do pecado
de Israel, no caso do bezerro de ouro (ver Êx 32), os levitas permaneceram fiéis
a Deus, opondo-se até mesmo a seus parentes mais próximos. Foram resolutamente
leais ao concerto do Senhor e castigaram os adeptos da adoração do bezerro de
ouro. Deus os recompensou por este seu zelo pela sua causa, e os designou
guardiões da lei (v. 10) e oficiantes de sacrifícios (v. 10). Nosso amor e
dedicação a Deus e à sua Palavra, devem sempre ter a primazia em nossas vidas e
a prioridade sobre os amigos, a família ou a igreja (Mt 10.37,38; Lc 14.26).
NOTAS DE DEUTERONÔMIO 2º
34.1 SUBIU MOISÉS... AO MONTE NEBO. Aqueles que vivem sempre em comunhão com Deus, não temem a morte. Por causa da sua confiança em Deus, podem até mesmo aguardar a morte com paz e alegria (cf. Lc 2.29; Fp 1.23). Assim como Moisés, já tiveram um vislumbre da terra prometida (vv. 1-4); após a morte herdarão "a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hb 11.10; ver Fp 1.21 nota).
34.5 MORREU ALI MOISÉS, SERVO DO SENHOR. Este
registro da morte de Moisés foi provavelmente escrito por Josué, pouco depois da
morte do grande líder (v. 9). A Moisés não foi permitido entrar na terra
prometida antes da sua morte (v. 4). Todavia, muitos anos mais tarde, ele
realmente entrou naquela terra, quando apareceu no monte da transfiguração e
falou com Jesus (Mt 17.3).
34.10 NUNCA MAIS SE LEVANTOU... PROFETA ALGUM COMO MOISÉS.
Os grandes destaques na vida de Moisés foram sua íntima comunhão com Deus e sua
compreensão da natureza e da pessoa de Deus. O desejo supremo de todos os
crentes deve ser conhecer a Deus e experimentar estreita comunhão com Ele. É o
seu maior privilégio e direito como filhos de Deus (Jo 1.12; 17.3; Rm 8.14,15;
Gl 4.6).
Nenhuma pessoa que está em Cristo, e que cultiva uma vida interior consagrada
a Deus, e uma vida exterior de santidade, deixará de ter consigo a presença e a
graça de Deus. A comunhão com Deus ? Pai, Filho e Espírito Santo ? é a maior
promessa e recompensa do crente (Jo 14.15-21,23,26; Ap 3.20).
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