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NOTAS DE APOCALIPSE

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Esboço de APOCALIPSE

Prólogo (1.1-8)


I. O Senhor Glorificado e Suas Igrejas (1.9—3.22)

A. Visão do Senhor Glorificado entre os Castiçais (1.9-20)

B. As Mensagens do Senhor às Sete Igrejas (2.1—3.22)

II. O Digno Cordeiro e Seus Feitos no Desfecho da História (4.1—11.19)

A. Visão da Majestosa Corte Celestial (4.1—5.14)

1. O Deus Criador no Seu Trono e Sua Assombrosa Santidade (4.1-11)

2. O Livro Selado e o Digno Cordeiro (5.1-14)

B. Visão do Cordeiro em Relação aos Sete Selos e as Sete Trombetas (6.1—11.19)

1. A Abertura dos Seis Primeiros Selos (6.1-17)
    O PRIMEIRO EVENTO PARENTÉTICO: As Duas Multidões (7.1-17)

2. A Abertura do Sétimo Selo: Sete Anjos com Sete Trombetas (8.1-6)

3. As Seis Primeiras Trombetas (8.7—9.21)
    O SEGUNDO EVENTO PARENTÉTICO: O Anjo com um Livrinho (10.1-11)

As Duas Testemunhas (11.1-14)

4. A Sétima Trombeta (11.15-19)

III. Deus Pai e Cristo, no Grande Conflito com Satanás (12.1—22.5)

A. Visão do Conflito (12.1—15.8)

1. Do Ponto de Vista dos Inimigos Aqui na Terra (12.1—13.18)
   a. O Dragão (12.1-17)
   b. A Besta Saída do Mar (13.1-10)
   c. A Besta Saída da Terra (13.11-18)

2. Do Ponto de Vista do Céu (14.1—20)
    O TERCEIRO EVENTO PARENTÉTICO:    Sete Anjos com Sete Pragas (15.1-8)

B. A Seqüência Final do Conflito (16.1—19.10)

1. As Sete Salvas da Ira de Deus (16.1-21)

2. O Julgamento da Grande Meretriz (17.1-18)

3. A Queda da Grande Babilônia (18.1-24)

4. Regozijo no Céu (19.1-10)

C. O Auge do Conflito (19.11—20.10)

1. A Volta e o Triunfo de Cristo (19.11-18)

2. A Derrota da Besta e Seus Comparsas (19.19-21)

3. A Prisão, Soltura e Derrota Final de Satanás (20.1-10)

D. Resultado do Conflito (20.11—22.5)

1. O Julgamento do Grande Trono Branco (20.11-15)

2. A Perdição dos Ímpios (20.14,15; 21.8)

3. Novos Céus e Nova Terra (21.1—22.5)

O Epílogo (22.6-21)

Autor:
João
Tema:
A Consumação do Conflito dos Séculos
Data:
Cerca de 90-96 d.C.

 

Considerações Preliminares

O Apocalipse é o último livro do NT e singular entre os demais. Ele é, ao mesmo tempo, uma revelação do futuro (1.1,19), uma profecia (1.3; 22.7,10,18,19) e um conjunto de sete cartas (1.4,11; 2.1—3.22). (“Apocalipse” deriva da palavra
grega apokalupsis, traduzida por “revelação” em 1.1). O livro é uma revelação divina quanto à natureza do seu conteúdo, uma profecia quanto à sua mensagem e uma epístola quanto aos seus destinatários.
Cinco fatos importantes no tocante ao contexto deste livro são revelados no capítulo 1. (1) É a “revelação de Jesus Cristo” (1.1). (2) Essa revelação foi comunicada ao autor, de modo sobrenatural, por Cristo glorificado, por anjos e visões que
ele teve (1.1,10-18). (3) A comunicação foi concedida ao servo de Deus, João (1.1,4,9; cf. 22.8). (4) João teve as visões e recebeu a mensagem apocalíptica quando exilado na ilha de Patmos (80 quilômetros a sudoeste de Éfeso), por causa da
Palavra de Deus e do testemunho do próprio João (1.9). (5) Os destinatários iniciais foram sete igrejas da província da Ásia (1.4,11).
As evidências históricas e internas do livro indicam o apóstolo João como o seu autor. Irineu verifica que Policarpo (Irineu conheceu a Policarpo, e este conheceu o apóstolo João) referiu-se a João, escrevendo o Apocalipse perto do fim do
reinado de Domiciano, imperador romano (81-96 d.C.).
O livro retrata as circunstâncias históricas do reinado de Domiciano, o qual exigiu que todos os seus súditos lhe chamassem de “Senhor e Deus”. Sem dúvida, o decreto do imperador originou um confronto entre os que se dispunham a adorá-lo e
os crentes fiéis que confessavam que somente Jesus era “Senhor e Deus”. Destarte, o livro foi escrito num período em que os crentes enfrentavam intensa perseguição por causa de seu testemunho. A tribulação aparece através do contexto do
livro de Apocalipse (1.19; 2.10,13; 7.14-17; 11.7; 12.11,17; 17.6; 18.24; 19.2; 20.4).

Propósito

O propósito deste livro é tríplice. (1) As cartas às sete igrejas de Apocalipse revelam que ocorriam graves desvios do padrão bíblico da verdade e retidão segundo o NT em muitas igrejas da Ásia. João escreve, da parte de Cristo, para
repreender a transigência e pecado dessas igrejas, e chamá-las ao arrependimento e ao seu primeiro amor. (2) Tendo em vista a perseguição resultante do endeusamento do imperador, o livro de Apocalipse foi enviado às igrejas para
fortalecer-lhes a fé, firmeza e fidelidade a Jesus Cristo, e encorajar os membros a serem vencedores e permanecerem fiéis até à morte. (3) Finalmente, foi escrito para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva divina do férreo conflito entre
eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta revelação do desfecho da história. O Apocalipse revela principalmente os eventos dos últimos sete anos antes da segunda vinda de Cristo, quando, então, Deus intervirá neste mundo e vindicará seus
santos, derramando sua ira sobre o reino de Satanás. A isto seguir-se-á a segunda vinda de Cristo.

Visão Panorâmica

A mensagem profética deste livro flui através de figuras e simbolismos dramáticos, retratando a consumação de toda a mensagem bíblica da redenção. Coloca em destaque o papel de Cristo como o Cordeiro digno, que foi morto (cap. 5) e virá
com ira para julgar o mundo e expurgá-lo da iniqüidade (6–19). As outras figuras simbólicas salientes deste livro são: o dragão (Satanás), a besta que sai do mar (o Anticristo), a besta que sai da terra (o Falso Profeta) e a Grande Babilônia (o
centro do engano e poderio satânicos).
Depois do prólogo (1.1-8), há três seções principais no livro. Na primeira seção (1.9—3.22), João tem uma grandiosa visão de Cristo glorificado, no meio de castiçais (igrejas), o qual comissiona João a escrever às sete igrejas da Ásia Menor
(1.11,19). Cada carta (2.1—3.22) contém uma descrição simbólica do Senhor exaltado, visto na visão inicial, uma descrição do estado da igreja, elogio ou repreensão, ou ambos, advertência a cinco igrejas, exortação para ouvir e arrepender-se
e uma promessa a todos os vencedores. A ênfase no número sete nessa seção indica que as cartas representam uma mensagem plena e coletiva do Senhor glorificado, à igreja em qualquer lugar e em todos os tempos.
A segunda seção principal do livro (4.1—11.19) contém visões de coisas do céu e da terra, concernentes ao Cordeiro e ao seu papel no desfecho da história. Começa com uma visão da majestosa corte celestial, onde Deus está sentado,
entronizado em santidade e na luz inacessível (cap. 4). O capítulo 5 focaliza um rolo selado, sobre a consumação escatológica, à destra de Deus, e a seguir, na do Cordeiro, sendo que somente este é digno de romper os selos e revelar-lhe o
conteúdo. A abertura dos seis primeiros selos (cap. 6) dá continuação à visão iniciada nos capítulos 4–5, só que agora o cenário se transfere para a terra. Os cinco primeiros selos revelam os juízos divinos dos últimos dias, conducente ao
desfecho do fim. O sexto selo anuncia a ira vindoura de Deus. O primeiro evento parentético do livro ocorre no capítulo 7, e trata dos 144.000 selados no limiar da grande tribulação (7.1-8) e da recompensa dos santos no céu, depois desta
(7.9-17). Os capítulos 8–9 descrevem a abertura do sétimo selo, revelando outra série de julgamentos, i.e., as sete trombetas. O segundo evento parentético ocorre entre a sexta e a última trombetas. Esse evento inclui o próprio João, um livro
pequeno (10.1-11) e duas poderosas testemunhas proféticas, na grande cidade (11.1-14). Finalmente, a sétima trombeta (11.15-19) propicia uma visão antecipada da consumação (v. 15) e, como prelúdio, às cenas finais do mistério de Deus,
agora a revelar-se (12–22).
A terceira seção principal (12.1—22.5) apresenta um quadro detalhado do grande conflito dos tempos do fim, entre Deus e Satanás. Os capítulos 12 e 13 revelam que os santos na terra enfrentarão uma conspiração terrível da tríade do mal, a
saber: (1) o dragão (cap. 12), (2) a besta que sai do mar (13.1-10) e (3) a besta que sai da terra (13.11-18). Os capítulos 14 e 15 são visões para reafirmar aos santos a tribulação, a certeza de que a justiça prevalecerá, pois Deus está prestes a
derramar a sua ira final sobre o povo do Anticristo. A revelação detalhada da ira de Deus é vista na série dos sete juízos das salvas ou taças (cap. 16), no julgamento da grande prostituta (cap. 17) e na queda da Grande Babilônia (cap. 18). À
essa altura, grande regozijo irrompe no céu, ao ser anunciada a ceia das bodas do Cordeiro e sua noiva (19.1-10).
Contudo, o final ainda está para acontecer. João vê o céu aberto e Cristo saindo, montado num cavalo branco, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, para derrotar a besta e seus aliados (19.11-21). A derrota final de Satanás é precedida da
sua prisão por mil anos (20.1-6). Durante esse período, Cristo reina com os seus santos (20.4). A seguir, Satanás é solto por um breve período (20.7-9) e, logo após, lançado no “lago de fogo” por toda a eternidade (20.10). A profecia
apocalíptica termina com a cena do julgamento do grande trono branco (20.11-15), a justa condenação dos ímpios (20.14-15; 21.8) e os novos céus e nova terra como a destinação dos santos (21.1—22.5). O livro termina com advertências
para que o homem atenda à sua mensagem e obtenha a vida eterna (22.6,7,10-17).

Características Especiais

Oito características principais acham-se no Apocalipse. (1) Ele é o único livro do NT de profecia apocalíptica. (2) Como livro apocalíptico, sua mensagem é expressa através de símbolos de realidades, a respeito de tempos e eventos futuros; ao
mesmo tempo, essa mensagem encerra certo enigma ou mistério. (3) Há números com abundância no Apocalipse, inclusive 2, 3, 3 1/2, 4, 5, 6, 7, 10, 12, 24, 42, 144, 666, 1000, 1260, 7000, 12.000, 144.000, 100.000.000 e 200.000.000. O
livro destaca em especial o número sete, que ocorre 54 vezes, simbolizando plenitude total ou plena realização. (4) As visões se destacam no livro, e o cenário freqüentemente muda da terra para o céu e daí para a terra. (5) Os anjos estão
nitidamente associados às visões, decretos e ordens celestiais. (6) É um livro que revela ser demoníaca a atitude de qualquer governante terreno reivindicar divindade para si, e Jesus Cristo como o Senhor exaltado e o Soberano dos reis da terra
(1.5; 19.16). (7) O livro reflete o conteúdo das profecias do AT, sem citá-las formalmente.

Interpretação

Apocalipse é o livro de interpretação mais difícil do NT. Os leitores originais provavelmente entenderam a sua mensagem sem muita dificuldade, porém, nos séculos subseqüentes surgiram quatro escolas principais de interpretação deste livro. (1)
A escola de interpretação preterista considera que o livro e as suas profecias cumpriram-se no contexto histórico original do império romano, a não ser os capítulos 19–22, que aguardam cumprimento. (2) A interpretação historicista entende que
o Apocalipse é uma previsão profética do quadro total da história da igreja, partindo de João até o fim da presente era. (3) A interpretação idealista considera o simbolismo do livro como a expressão de certos princípios espirituais, sem limitação
de tempo, concernente ao bem e ao mal, através da história, sem prender-se a eventos históricos. (4) A interpretação futurista considera os capítulos 4–22 como profecias de eventos da história, que ocorrerão somente no fim desta era. Esta
Bíblia de estudo interpreta o Apocalipse no ponto de vista futurista.


 

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NOTAS DE APOCALIPSE 1º

1.1 REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO. Este livro é uma revelação da parte de Jesus Cristo e a respeito dEle. O livro é extremamente importante porque: (1) revela a avaliação que Cristo faz da igreja, 60 ou 65 anos depois da sua ressurreição e ascensão ao céu; e

(2) desvenda eventos futuros no tocante à tribulação, ao triunfo de Deus sobre o mal, à volta de Cristo para reinar sobre a terra e às bem-aventuranças do reino eterno de Deus.

1.3 BEM-AVENTURADO AQUELE QUE LÊ. Esta é a primeira das sete "bem-aventuranças" ou bênçãos que se acham no Apocalipse, e que são concedidas àqueles que lêem, ouvem e obedecem às coisas nele escritas. As outras seis bênçãos acham-se em 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14 (cf. Lc 11.28). O fato de ser ordenado aos crentes guardar os mandamentos do livro de Apocalipse indica tratar-se de um livro prático, de instruções morais, e não simplesmente profecias do futuro. Isso quer dizer que devemos ler este livro, não somente para compreender o plano futuro de Deus para o mundo e seu povo, mas também para aprender e aplicar os seus grandes princípios espirituais. Acima de tudo, tal leitura deve nos levar cada vez mais perto de Jesus Cristo, com fé, esperança e amor.

1.4 ÀS SETE IGREJAS. O Apocalipse é dirigido às sete igrejas da Ásia (nome antigo de uma região que agora faz parte da Turquia ocidental). Cada uma dessas igrejas consistia de várias congregações. Essas igrejas foram provavelmente selecionadas por representarem a totalidade das igrejas daqueles dias, pois o número "sete" representa um número perfeito. Aquilo que lhes foi dito, aplica-se à igreja inteira. Noutras palavras, as "sete igrejas" representam todas as igrejas no decurso desta era da igreja. Os "sete espíritos" devem representar a perfeição e o ministério do Espírito Santo à igreja (cf. 4.5; 5.6; Is 11.2,3).

1.7 EIS QUE VEM. O propósito do livro do Apocalipse é descrever o triunfo do reino de Deus, quando Cristo voltar para estabelecer o seu reino na terra; os eventos dos tempos do fim, vinculados à vinda de Cristo, são também descritos (cf. Dn 7.13; Mt 24.29,30). Apresenta uma escatologia de vitória para os fiéis e ensina que a história terminará no julgamento do sistema instaurado neste mundo por Satanás (17,18) e no reino eterno de Cristo e seu povo (20.4; 21.1-22.5).

1.8 ALFA E ÔMEGA. Alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega, a última. Deus é eterno, e desde a criação até a consumação, é Senhor sobre tudo. A Ele pertencem a vitória final sobre o mal e o domínio sobre todas as coisas (cf. 22.13).

1.9 ILHA CHAMADA PATMOS. Patmos é uma pequena ilha do mar Egeu, a uns 80 km ao sudoeste de Éfeso. João esteve prisioneiro ali porque proclamava fielmente o evangelho e foi leal a Cristo e à sua Palavra.

1.10 EM ESPÍRITO. Esta expressão refere-se a um grau específico de percepção espiritual e uma idêntica sensibilidade à comunicação com o Espírito, pela qual pode-se receber visões celestiais (cf. At 10.10).

1.12 SETE CASTIÇAIS DE OURO. Trata-se de pedestais que servem de suportes a lamparinas alimentadas a óleo, e não suportes de velas (ver Zc 4 nota); representam as sete igrejas mencionadas no versículo 11 (cf. v. 20).

1.13 FILHO DO HOMEM. Esta expressão refere-se ao Cristo exaltado, e é também empregada pelo profeta Daniel (Dn 7.13; 10.5,16). Nessa visão Cristo é descrito como rei, sacerdote e juiz das suas igrejas (vv. 13-16).

1.16 SETE ESTRELAS. As sete estrelas representam os anjos designados, um para cada igreja, para ajudá-la na sua batalha espiritual (ver v. 20; cf. Mt 18.10), ou os pastores dessas igrejas. A "espada de dois fios" representa a Palavra de Deus, que, tanto corta o pecado, tirando-o das igrejas e trazendo a graça de Deus, como corta uma igreja, deixando-a fora do reino de Deus, como juízo (3.14-22).

1.19 COISAS QUE TENS VISTO... AS QUE SÃO... HÃO DE ACONTECER. Aqui temos um esboço do livro de Apocalipse:

(1) as coisas que João viu (cap. 1);

(2) as coisas que são (caps. 2,3);

(3) as coisas que acontecerão no futuro (i.e., eventos antes e depois da vinda de Cristo à terra, caps. 4-22).

1.20 AS SETE IGREJAS. Ver o estudo A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 2º

2.2 QUE DIZEM SER APÓSTOLOS. Um dos principais cuidados de Jesus, ao dirigir sua mensagem final às sete igrejas, foi preveni-las da apostasia por tolerar falsos mestres, profetas ou apóstolos, que distorciam a Palavra de Deus ou enfraqueciam seu poder e autoridade nas igrejas.

(1) Cristo ordena que as igrejas testem todos os que alegam autoridade espiritual.

(2) Note que Cristo censurou as igrejas de Pérgamo (vv. 14-16) e Tiatira (v. 20) por acolherem, ao invés de resistirem, os que eram desleais à verdade e padrões da Palavra de Deus (ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES)

52.4 DEIXASTE A TUA PRIMEIRA CARIDADE. Isto se refere ao primeiro e profundo amor e dedicação que os efésios tinham por Cristo e sua Palavra (Jo 14.15,21; 21; 15.10).

(1) Esta advertência nos ensina que conhecer a doutrina correta, obedecer a alguns dos mandamentos e ir aos cultos na igreja não bastam (Mt 5.17). A igreja deve ter, acima de tudo, amor sincero a Jesus Cristo e sua Palavra como um todo (2 Co 11.3; cf. Dt 10.12).

(2) O amor sincero a Cristo resulta em devoção sincera a Ele, em pureza de vida e em amor à verdade (2 Co 11.3; ver Mt 22.37,39 notas; Jo 21.15 nota).

2.5 TIRAREI... O TEU CASTIÇAL. Cristo rejeitará toda congregação ou igreja que não se arrepender de sua falta de amor e obediência ao Senhor Jesus Cristo, e a removerá do seu reino.

2.6 ABORRECES AS OBRAS DOS NICOLAÍTAS, AS QUAIS EU TAMBÉM ABORREÇO. Os nicolaítas (cf. v. 15) eram certamente adeptos do ensino de Balaão (cf. v.15), i.e., que a imoralidade sexual não afeta nossa salvação em Cristo. O NT declara o contrário; tais pessoas não herdarão o reino de Deus (1 Co 6.9,10). Deus abomina o ensino herético que diz podermos ser salvos e, ao mesmo tempo, viver na devassidão. Repelir aquilo que Deus abomina é característica principal de quem é leal a Cristo (Sl 139.21; Pv 8.13; ver Jo 3.19 nota).

2.7 AO QUE VENCER. O vencedor (gr. nikon) é aquele que, mediante a graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentou o novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e Satanás.

(1) Cercado de muita oposição e apostasia, o vencedor se recusa a conformar-se com o mundo e a impiedade dentro da igreja (v. 24). Ele ouve e atende aquilo que o Espírito diz às igrejas (v. 7), permanece fiel a Cristo até ao fim (v. 26) e aceita somente o padrão de Deus para a vida cristã, revelado na sua santa Palavra (3.8).

(2) Nas igrejas de Deus, o vencedor, e somente o vencedor, comerá da árvore da vida (v. 7), não sofrerá o dano da segunda morte (v. 11), receberá o maná escondido e um novo nome no céu (v. 17), terá autoridade sobre as nações (v. 26), seu nome não será removido do livro da vida, será honrado por Cristo diante do Pai e dos anjos (3.5), permanecerá com Deus no seu templo, terá sobre si o nome de Deus, de Cristo e da Nova Jerusalém (3.12) e será para sempre filho de Deus (21.7).

(3) O segredo da sua vitória é a morte expiadora de Cristo, seu próprio testemunho fiel acerca de Jesus e a perseverança no amor a Cristo até à morte (12.11; cf. 1 Jo 5.4). Note que, ou vencemos o pecado, o mundo, e Satanás, ou somos por eles vencidos, acabando por sermos lançados no lago de fogo (v. 11; 3.5; 20.15; 21.8). Não há grupo neutro.

2.9 POBREZA. Pobreza (gr. ptocheia) significa "que não possui nada". A pobreza dos cristãos em Esmirna era geral; economicamente, não tinham recursos, mas Jesus diz que eram ricos espiritualmente. Note o contraste com a igreja de Laodicéia, que tinha grandes riquezas materiais, mas espiritualmente era desgraçada, miserável e pobre (3.17; cf. Mt 6.20; 2 Co 6.10; Tg 2.5).

2.11 SEGUNDA MORTE. Trata-se do castigo eterno, o lago de fogo (cf. 20.6,14; 21.8), do qual somente o vencedor fiel escapará (ver v. 7 nota).

2.13 TRONO DE SATANÁS. Isso pode significar um lugar onde a influência de Satanás e o mal estavam sobremaneira multiplicados, pois Pérgamo era um centro de adoração ao imperador romano.

2.14 A DOUTRINA DE BALAÃO. Balaão foi um falso profeta que vendeu seus serviços a um rei pagão, e que o aconselhou a seduzir Israel a comprometer sua fé por meio da idolatria e imoralidade (Nm 22.5,7; 25.1,2 nota; 31.16; 2 Pe 2.15 nota). A doutrina de Balaão refere-se, portanto, a mestres e pregadores corruptos que, em Pérgamo, levavam suas congregações à transigência fatal com a imoralidade, o mundanismo e as falsas ideologias; tudo por amor à promoção pessoal ou vantagem financeira. Segundo parece, a igreja em Pérgamo tinha mestres que ensinavam ser a fé salvífica em Cristo compatível com a prática da imoralidade.

2.16 CONTRA ELES BATALHAREI. Jesus se oporá a qualquer pessoa que, na sua igreja, favorecer uma atitude tolerante para com o pecado (v. 15; ver v. 6 nota; 1 Co 5.2 nota; Gl 5.21 nota); Ele promete que batalhará contra os crentes mundanos, caso não se arrependam.

2.17 OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ. Devemos prestar atenção às advertências do Espírito Santo. Ele continua a falar às sete igrejas da Ásia, nos ordena a vencer o pecado no mundo e nos proíbe tolerar a imoralidade em nosso meio. Se não formos vitoriosos nessa área crítica, seremos privados da presença de Deus e do poder do Espírito Santo, tornando-nos inimigos do reino de Deus. Se, por outro lado, vencermos, receberemos o maná escondido da vida espiritual e uma "pedra branca", que significa o triunfo da nossa fé sobre tudo quanto procura destruir nossa devoção a Cristo.

2.20 TOLERARES... JEZABEL, MULHER QUE SE DIZ PROFETISA. Um pecado prevalecente na igreja de Tiatira era a tendência de tolerar o pecado, a iniqüidade o ensino antibíblico entre seus líderes (vv. 14,20). João cita uma pessoa específica:
Jezabel, nome este derivado da Jezabel do AT e que representa a idolatria e a perseguição aos santos (1 Rs 16.21; 19.1-3; 21.1-15; ver 21.25 nota). Alguns em Tiatira provavelmente aceitaram os falsos mestres, pelo fato de falarem em nome de Deus e terem grande popularidade e influência. Cristo condena o pecado da transigência com o erro. Devemos rejeitar qualquer preletor que coloca suas próprias palavras acima da revelação bíblica (ver 1 Co 14.29 nota) e declara que Deus aceita, na igreja, a quem comete atos imorais, participando dos prazeres pecaminosos do mundo. Alguns, na igreja, costumam tolerar tais falsos ensinos, por indiferença, medo de confronto, amizade pessoal ou pelo desejo de paz, harmonia, autopromoção ou dinheiro. Deus excluirá tal igreja, juntamente com os seus líderes (vv. 20-23; ver também Lc 17.3,4 nota).

2.24 AOS RESTANTES. Houve em Tiatira os que ficaram firmes na palavra de Cristo e seus padrões de justiça. Deus os conhece e promete que reinarão com Ele sobre as nações (v. 26). "As profundezas de Satanás" (i.e., "os segredos profundos") talvez se refiram ao falso ensino de que, para experimentar plenamente a graça e a salvação divinas, devemos penetrar nas profundezas do pecado e conhecer todos os tipos de males.
 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 3º

3.3.1 ESTÁS MORTO. A igreja de Sardes estava espiritualmente morta, e somente uns poucos membros permaneciam fiéis ao evangelho. Exteriormente, parecia viva e ativa, tinha uma reputação de sucesso e espiritualidade. É possível que tivesse uma forma impressionante de adoração, mas não o verdadeiro poder e retidão no Espírito Santo. Jesus, no entanto, via os seus corações.

3.4 TENS EM SARDES ALGUMAS PESSOAS. No decurso da história da igreja, sempre houve alguns (i.e., um remanescente) que "não contaminaram suas vestes" e que procuraram manter a simplicidade e pureza de devoção a Cristo, que os apóstolos e muitos outros conheciam nos dias do NT (2 Co 11.3).

3.5 RISCAREI O SEU NOME. Fica claro que qualquer pessoa que experimenta o novo nascimento, mas que posteriormente deixa de perseverar na fé e de viver vitoriosamente, terá seu nome tirado do livro da vida (ver 2.7 nota). Ter o nome apagado do livro da vida é perder a própria vida eterna (2.7,10,11) e ser finalmente lançado no lago de fogo (20.15). É isso que o Espírito diz às igrejas (v. 6; 13.8; 17.8; 20.12; 21.17; cf. Ex 32.32).

3.7 FILADÉLFIA. Filadélfia era uma igreja fiel, que guardava a palavra de Cristo e não o negava. Os membros tinham suportado a oposição do mundo, resistido à conformação às tendências malignas das demais igrejas e perseverado na lealdade a Cristo e na verdade do evangelho do NT (vv. 7-10). Por causa da perseverança deles na fidelidade, Deus promete livrá-los da hora da provação (ver a nota seguinte).

3.10 A HORA DA TENTAÇÃO. A promessa de Cristo, no sentido de livrar os fiéis de Filadélfia da hora da tentação, é idêntica à promessa bíblica aos tessalonicenses, de que seriam preservados da "ira futura" (1 Ts 1.10). Esta promessa é válida para todos os fiéis de Deus, em todas as eras (vv. 13,22). Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a "todo o mundo" nos últimos anos desta era, imediatamente antes do estabelecimento do reino de Cristo na terra (5.10; 6.19; 20.4). A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades:

(1) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os ímpios (6.18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1 Ts 5.2 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO).

(2) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, i.e., contra os que aceitarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles, haverá fome, sede, exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e lágrimas (7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o martírio (6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (9.3-5; 12.12), violência de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (6.9; 12.17; 13.15-17). Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (14.13).

(3) Quanto aos vencedores anteriores àquele tempo (ver 2.7 nota; Lc 21.36 nota), Deus os preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão o Senhor nos ares, antes de Deus derramar a sua ira (ver Jo 14.3 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira.

(4) Os crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas coisas que estão para vir sobre o mundo, só o conseguirão mediante a fidelidade a Cristo e sua Palavra e a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36 nota), para não serem enganados (ver Mt 24.5 nota)

3.11 VENHO SEM DEMORA. A estreita conexão entre este versículo e o 10 indica:

(1) que a vinda de Cristo, para arrebatar da terra a sua igreja, será o meio de livramento dos fiéis (cf. 1 Ts 1.10; 4.14-18), e

(2) que o livramento da hora da provação e da tribulação está reservado somente aos que permanecerem em Cristo e na sua Palavra (v. 8).

3.15,16 FRIO NEM QUENTE... MORNO. Esta é a descrição da condição espiritual da igreja de Laodicéia.

(1) A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor; professa o cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente "desgraçada e miserável" (vv. 17,18).

(2) Cristo faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv. 15-17).

(3) Cristo faz também um convite sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv. 18,19).

(4) Nesta era de igreja morna, firmes são as promessas de Cristo às igrejas vencedoras. Ele virá a elas com bênçãos e no poder do Espírito Santo (vv. 20-22), e abrirá uma porta para que possam glorificar o seu nome e proclamar o evangelho eterno (v. 8).

3.20 SE ALGUÉM OUVIR A MINHA VOZ. A igreja de Laodicéia, em sua próspera auto-suficiência e seu mundanismo (vv. 15-18), tinha rejeitado o Senhor Jesus Cristo. O convite de Cristo, como estando fora da porta da igreja, é um apelo seu por comunhão com qualquer pessoa que se arrepender da mornidão espiritual (v. 21).

3.22 O ESPÍRITO... ÀS IGREJAS. Devemos sempre ter em mente a distinção entre as igrejas locais e o Espírito Santo. As igrejas estão subordinadas ao Espírito de Deus e à sua Palavra inspirada (2 Tm 3.15,16; 1 Pe 1.24,25; 2 Pe 1.20,21). Essa distinção entre o Espírito e as igrejas locais pode ser expressa através das seguintes verdades bíblicas:

(1) O Espírito não é propriedade das igrejas, nem de qualquer instituição humana. Ele é o Espírito de Deus e de Cristo, e não o Espírito das igrejas (v. 1). O Espírito é livre para operar onde quiser, de conformidade com os padrões justos de Deus (Jo 1.33; 4.24; 7.39; 14.17).

(2) O Espírito Santo representa o senhorio atual de Cristo sobre as igrejas. O Espírito e a sua Palavra são a autoridade final. As igrejas devem constantemente julgar suas normas de fé e conduta pelo Espírito. Uma igreja não deve depositar fé noutra igreja; nem obedecer ou seguir outra igreja. O Espírito e a Palavra inspirada são maiores do que as igrejas históricas.

(3) O Espírito Santo permanecerá em qualquer igreja, somente à medida que esta permanecer fiel a Cristo e à sua Palavra e observar o que o Espírito disser às igrejas (2.5,16,22,23; 3.3,15,16).
 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 4º

4.1 AS COISAS QUE DEPOIS DESTAS. Muitos expositores bíblicos crêem que, à essa altura do livro, Cristo já retirou do mundo os fiéis e vencedores. Sendo assim, o arrebatamento da igreja fiel (ver Jo 14.3 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA) precede o período da tribulação (6-18). Crê-se assim pelas seguintes razões:

(1) A partir de 4.1, não ocorre mais a palavra "igreja" ou "igrejas", até 22.16.

(2) A noiva de Cristo (i.e., a igreja) só aparece no capítulo 19, já com Cristo no céu, antes de Ele voltar à terra para julgar os ímpios e reinar no milênio (ver 20.4 nota).

(3) A promessa dada à igreja de Filadélfia, de preservá-la da hora da tribulação em escala mundial, pertence a todos os crentes que permanecerem leais a Cristo antes da grande tribulação (ver 3.10 nota)

4.4 VINTE E QUATRO ANCIÃOS. Quem são esses anciãos? Alguns crêem que representam a totalidade da igreja no céu (ver Jo 14.3 nota; 2 Tm 4.8; 1 Pe 5.4). Outros entendem que podem ser anjos governantes; note, porém, que os anjos ficam em derredor desses anciãos (7.11; cf. 5.11). Ainda outros acreditam que representam Israel e a igreja, juntos em adoração a Deus e ao Cordeiro, i.e., a associação de 12 (Israel) mais 12 (a igreja) soma 24 (o povo de Deus das duas eras).

4.5 OS SETE ESPÍRITOS DE DEUS. Os sete Espíritos de Deus representam a presença plena do Espírito Santo diante do trono de Deus. É possível que a frase derive da sétupla expressão do Espírito, em Is 11.2. O Espírito Santo é comparado a um fogo ardente, no seu juízo contra o pecado, segundo a pureza divina (cf. Is 4.4; Jo 16.8).

4.6 QUATRO SERES VIVENTES. Estes quatro seres viventes provavelmente representam a totalidade da criação vivente (v. 7). Todas as criaturas viventes de Deus o glorificarão e o adorarão e serão libertas da maldição do pecado (vv. 8-11).

4.8 SANTO, SANTO, SANTO. A totalidade da criação exalta e louva a santidade de Deus (ver o estudo O LOUVOR A DEUS). Ser santo significa ser separado do pecado, da injustiça e de todo o mal; e dedicado à retidão, à bondade, à justiça e à pureza. Esse é um atributo eterno de Deus; sua santidade nunca mudará (cf. Is 6.1-3 notas; ver o estudo OS ATRIBUTOS DE DEUS)


 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 5º

5.1 UM LIVRO. Este "livro" ou rolo é da máxima importância, porque contém a revelação do que Deus determinou para o futuro do mundo e da humanidade. Descreve como o mundo será julgado, bem como o triunfo final de Deus e seu povo sobre todo o mal. Quando cada selo é aberto, uma parte do conteúdo do livro é revelada numa visão (cap. 6; cf. Ez 2.9,10).

5.4 EU CHORAVA MUITO. João chora, porque sabe que se não for achada uma pessoa digna para abrir o livro, o propósito de Deus, de juízo e de bênção para o mundo, permanecerá sem cumprimento.

5.5 O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ. Cristo é retratado como leão, indicando que Ele reinará sobre toda a terra. Ele provém da tribo de Judá e da família de Davi. Esses títulos de Jesus, como o Messias vitorioso (Gn 49.9,10) e o Rei eterno estão de conformidade com as promessas feitas a Davi (Is 11.1,10; 2 Sm 7.12-16).

5.6 CORDEIRO, COMO HAVENDO SIDO MORTO. Cristo, aparecendo como um Cordeiro que leva as marcas de ter sido morto, mostra que Ele ofereceu-se a si mesmo no Calvário para expiar os pecados da raça humana. Significa que a dignidade, poder, autoridade e vitória de Cristo provêm da sua morte sacrificial na cruz (vv. 9-14). "Cordeiro" é o símbolo principal no Apocalipse para representar Cristo (e.g., vv. 6,7; 12.11; 15.3; 17.14; 21.22; 22.1,3). Cristo julgará os que rejeitaram o seu sacrifício como o Cordeiro de Deus (6.16,17). As "sete pontas" representam o poder e a força de um soberano (1 Rs 22.11; Dn 7.24); quanto aos "sete Espíritos", ver 4.5 nota.

5.8 AS ORAÇÕES DOS SANTOS. Refere-se à intercessão dos santos em favor da vinda do reino, quando, então, reinarão sobre a terra (vv. 9,10). A oração deles é: "Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu" (Mt 6.10; ver 6.6 nota; 2 Pe 3.12 nota; cf. Sl 141.2).

 


 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 6º

6.1 HAVENDO O CORDEIRO ABERTO UM DOS SELOS. O próprio Jesus Cristo (i.e., o Cordeiro) rompe todos os selos que desvendam os julgamentos devastadores de Deus contra o mundo (vv. 1,3,5,7,9,12). Isso indica que os julgamentos são divinos na sua origem, pois foram entregues às mãos de Cristo (5.1,7; cf. Jo 5.22). Por todo o livro de Apocalipse, os julgamentos sob a forma de pragas são chamados "a ira de Deus" (vv.16,17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).

6.1 ABERTO UM DOS SELOS. Alguns intérpretes entendem que o rompimento do primeiro selo é o início da tribulação de sete anos, i.e., o tempo futuro de sofrimento e juízos sem precedentes que antecedem a segunda vinda de Cristo à terra (ver Dn 9.27; cf. Jr 30.7; Dn 12.1; Ap 6.17; 7.14; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). Outros crêem que os selos descrevem os últimos três anos e meio da tribulação, freqüentemente chamada "a grande tribulação". Ainda outros consideram que são o começo do julgamento divino, perto do fim da presente era. Os julgamentos divinos ocorrem em séries sucessivas. A primeira série é a dos sete selos (cap. 6); a segunda é a das sete trombetas (8-9; 11.15-19); e a terceira, as "sete taças da ira de Deus" (cap. 16; ver 8.1 nota)

6.2 UM CAVALO BRANCO. Quatro cavaleiros se apresentam quando os quatro primeiros selos são abertos (cf. Zc 1.8-17; 6.1-8); representam o julgamento divino contra o sistema mundial corrupto e maligno e contra os ímpios. Muitos intérpretes bíblicos crêem que o cavaleiro do cavalo branco é o anticristo (1 Jo 2.18), o futuro dominador mundial, que deve iniciar suas atividades no início dos últimos sete anos (ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). Deus permite que ele engane todos que se opõem a Cristo. Sua conquista inicial realiza-se sem guerra aberta, pois a paz só é tirada da terra a partir dos tempos do segundo cavaleiro (v. 4; cf. 1 Ts 5.3; Dn 9.26,27). Por outro lado, todos os demais cavaleiros são personificações, de modo que aquele que estava assentado no cavalo branco pode simbolizar a conquista ou um espírito poderoso da parte de Satanás, a ser solto nos tempos do fim

6.4 OUTRO CAVALO, VERMELHO. O cavalo vermelho e seu cavaleiro representam a guerra e a morte violentas, que Deus permitirá quando trouxer sua ira contra o mundo (cf. Zc 1.8; 6.2). A tribulação será um período de violência, morte e guerra.

6.5,6 UM CAVALO PRETO. O cavalo preto com seu cavaleiro simboliza uma grande fome (cf. Jr 4.26-28; Lm 4.8,9; 5.10). Haverá escassez de produtos básicos de sobrevivência, e a carestia será grande; a fome se alastrará por todo o mundo. O "azeite e o vinho" referem-se à oliveira e à videira, que não sofrem tanto na seca quanto os cereais. Embora tenha havido fome durante a época da igreja (Mt 24.7), esse trecho alude a uma fome específica durante a tribulação.

6.8 UM CAVALO AMARELO. O cavalo amarelo, ou pálido, e seu cavaleiro que se chama Morte, simbolizam uma escalada terrível da guerra, da fome, da morte, das pragas, das enfermidades e das feras perigosas. Esse julgamento será tão terrível que uma quarta parte da raça humana será morta.

6.9 MORTOS POR AMOR DA PALAVRA DE DEUS. Quando é aberto o quinto selo, João vê o que está acontecendo no céu. Os "mortos por amor da palavra de Deus" são os que foram martirizados por sua fé em Cristo e pela verdade da sua Palavra.

(1) A eles foi dito que tivessem paciência, porque muitos outros ainda morreriam pela sua fé em Cristo (cf. 7.13,14; 13.15; 18.24; 20.4).

(2) O período da tribulação será um tempo terrível de perseguição para quem crer no evangelho e permanecer fiel a Deus e sua Palavra (ver 3.10 nota; 7.9 nota; 14.6 nota). Talvez os mártires do passado estejam incluídos entre os que estão "debaixo do altar".

6.10 NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE. Os que estão no céu oram para que os ímpios que rejeitaram a Deus e mataram os seus seguidores recebam a justiça divina. Há momentos em que Deus leva o seu povo a orar para que a justiça prevaleça, o mal seja destruído e Cristo seja exaltado acima de todos aqueles que se opõem a Ele. Esta oração não pede vingança pessoal, pois provém do zelo por Deus e pela retidão e da preocupação com os sofrimentos do seu povo.

6.12 UM GRANDE TREMOR DE TERRA. Os juízos catastróficos de Deus, descritos aqui, abrangem tremores físicos no mundo, comoções cósmicas, densas trevas e terror para os habitantes da terra (vv. 15-17; cf. Is 34.4; Jl 2.30,31; Ag 2.6; Mt 24.29). Isso ainda não é o fim da tribulação. Vem a seguir o sétimo selo (cap. 8).

6.16 CAÍ SOBRE NÓS. Todos os que não forem arrebatados da terra para encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17) experimentarão pavor e desespero ao procurarem fugir para esconder-se.

6.16 IRA DO CORDEIRO. A ira do Cordeiro descrita nos capítulos 6-19 deve alertar todos os leitores quanto à medida do ódio de Deus contra o pecado, a imoralidade e a iniqüidade impenitente. É o mesmo que a ira de Deus (cf. 15.7; ver Rm 1.18 nota; Hb 1.9 nota). Os fiéis da igreja de Cristo não estão destinados à ira de Deus (1 Ts 5.9), pois Jesus prometeu que virá para livrá-los da ira vindoura (ver 3.10 nota; 1 Ts 1.10 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)


 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 7º

7.1 VI QUATRO ANJOS. O capítulo 7 é um interlúdio entre o sexto e o sétimo selos, mostrando os que permanecerão fiéis a Cristo durante a grande tribulação. Esses fiéis de Deus (6.17) são tanto judeus (vv. 3-8) como não-judeus (vv. 9,10,13-15). Eles aceitam o evangelho eterno proclamado pelos anjos (14.6).

7.2 O SELO DO DEUS VIVO. O selo era um instrumento ou anel que imprimia num objeto a marca identificadora do dono. O selo de Deus numa pessoa identifica-a como pertencente a Deus e sob seu cuidado (cf. Ef 1.13).

7.4 CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL. Os 144.000 são descritos como servos de Deus (v. 3), provenientes das tribos dos filhos de Israel (vv. 4-8). Deus assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a Deus e que pertencem a Ele (cf. 9.4; Ez 9.1-6; 2 Tm 2.19).

(1) Talvez sejam os primeiros convertidos de uma grande colheita de almas ganhas para Deus, dentre todas as nações e tribos e povos e línguas, durante a tribulação (v. 9).

(2) Alguns intérpretes da Bíblia entendem que esses novos crentes dentre os filhos de Israel serão comissionados e capacitados pelo Espírito Santo para pregar o evangelho durante os negros dias da tribulação.

(3) Serem selados por Deus não significa que estejam protegidos da morte física nem do martírio resultante da perseguição por Satanás (v. 14). Estão, no entanto, protegidos do juízo divino direto e da aflição demoníaca (9.4).

7.9 UMA MULTIDÃO. João descreve uma cena no céu: uma grande multidão de pessoas, provenientes de todas as nações, que foram salvas mediante a fé em Cristo. Estarão com Deus (v. 15), livres de dor e tristeza (vv. 16,17; ver 6.9 nota). Essa multidão, salva pelo "sangue do Cordeiro", devem ser os santos da tribulação, pois João declara que "vieram de grande tribulação" (v. 14). Aqueles que, então, aceitarem a Cristo serão objetos de perseguição por parte de Satanás e dos iníquos (cf. 12.9-17).

7.14 GRANDE TRIBULAÇÃO. A grande tribulação é um tempo de julgamento divino sobre um mundo ímpio que rejeitou a Cristo, mas também um tempo de ira e perseguição satânicas contra os que recebem a Cristo e a sua Palavra (12.12). Durante esse período, muitos santos sofrerão terrivelmente como objetos da ira de Satanás e dos ímpios (vv. 9-14; 6.9-11; 20.4; cf. 14.13; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). O conflito entre a retidão e o mal é tão grande que somente pode ser chamado "grande tribulação". Esta expressão em grego diz literalmente: "a tribulação, a grande". Na língua grega, a repetição do artigo definido reforça a -declaração

7.17 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Esta promessa pode referir-se à remoção de qualquer lembrança que nos possa causar sofrimento, pesar ou remorso. No céu não haverá qualquer privação, sofrimento ou tristeza (v. 16).


 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 8º

8.1 O SÉTIMO SELO. A abertura do sétimo selo dá início aos juízos das sete trombetas. Os juízos das trombetas são juízos parciais (8-9; 11.15-19), ao passo que os juízos das sete taças(cap. 16) são mais severos. O juízo da sétima trombeta anunciará as sete taças de juízo (11.15; 16.1-21). O silêncio no céu deve-se ao horror diante dos julgamentos vindouros contra o pecado.

8.3 AS ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS. As repetidas menções às orações dos santos (5.8; 8.3,4) indicam que as orações de intercessão dos crentes são da máxima importância para a destruição do mal e para o estabelecimento da justiça na terra (ver 5.8 nota).

(1) João menciona as orações de todos os santos. Sendo assim, as orações dos santos da tribulação, na terra, são reforçadas pela intercessão de todos os santos no céu (cf. 6.9-11). Os santos no céu estão muito interessados nos eventos na terra.

(2) Note que Deus, em certo sentido, entesoura as nossas orações. Embora o Senhor nem sempre responda imediatamente a todas elas, Ele não as deixa de lado, mas as reserva para o momento certo de serem atendidas.

8.7 SARAIVA E FOGO... SANGUE. Começam os quatro primeiros julgamentos das trombetas. (1) Uma terça parte da vegetação da terra é destruída por fogo e saraiva; uma terça parte do mar e dos rios é poluída; os céus, o sol, a lua e as estrelas são escurecidos durante uma terça parte do dia e da noite (vv. 7-13). (2) Os julgamentos afetam os seres humanos também, pois muitos são mortos (v. 11). O julgamento é limitado a uma terça parte do mundo, porque o propósito do julgamento é advertir as pessoas e trazê-las ao arrependimento (9.20,21).

8.8 UM GRANDE MONTE ARDENDO EM FOGO. Isto pode ser um grande meteorito ardente, que cai no mar, mata uma terça parte da vida marítima e destrói muitos navios.

8.11 ABSINTO. "Absinto" é uma planta amarga, que representa o julgamento divino e a tristeza humana (ver Dt 29.18; Pv 5.4; Jr 9.15; Am 5.7).

8.13 UM ANJO VOAR. Aqui os mais depurados textos gregos contêm "águia", em vez de "anjo". O tríplice "ai" de lamentação da águia é para advertir que os três próximos julgamentos serão muito mais intensos e devastadores do que os precedentes. O quinto e o sexto julgamentos envolverão forças demoníacas terríveis (cap. 9).

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 9º

9.1 UMA ESTRELA... POÇO DO ABISMO. A estrela que cai do céu é provavelmente um anjo que executa o julgamento divino; é citado como "ele", no versículo 2 (no original). O poço do abismo é o lugar de aprisionamento dos demônios (cf. 11.7; 17.8; 20.1,3; Lc 8.31; 2 Pe 2.4; Jd 6). A besta, que é o anticristo, sai do abismo (11.7) onde Satanás ficará preso por mil anos (20.3).

9.3 VIERAM GAFANHOTOS. Estes gafanhotos representam um vultoso número de demônios e também intensa atividade demoníaca na terra, perto do fim da história (ver nota anterior; ver Mt 25.41 nota, sobre os anjos caídos). Têm o poder de escorpiões para causar dores e grandes sofrimentos (v. 10). Seu ataque é dirigido contra os ímpios na terra durante um período de cinco meses (vv. 5,10), mas não lhes será permitido atormentar os crentes (v. 4).

9.6 BUSCARÃO A MORTE E NÃO A ACHARÃO. A dor provocada pelos gafanhotos demoníacos é tão severa, que as pessoas desejarão morrer, mas não lhes será possível (vv. 5,6). Este julgamento revela

(1) que a iniqüidade e a impenitência, com toda certeza, receberão a retribuição divina (ver Rm 1.18 nota), e

(2) que quando as pessoas se opõem a Deus e sua verdade, preferindo o mal, tornam-se vítimas de Satanás. Forças malignas tomarão posse da sua natureza, alma e vida (ver 1 Tm 4.1 nota; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS)

9.7 O ASPECTO DOS GAFANHOTOS. A aparência e o ruído dos demônios serão aterradores (vv. 7-9). Suas "couraças" (v. 9), talvez signifiquem que armas humanas não poderão destruí-los.

9.11 TINHAM SOBRE SI REI. O anjo que comanda os gafanhotos é chamado "Abadom", que significa "destruição" (cf. Jó 26.6; Pv 15.11), ou "Apoliom", que significa "destruidor".

9.14 SOLTA OS QUATRO ANJOS. O sexto anjo solta quatro anjos, que devem ser anjos maus ou demônios, posto que os anjos santos não vivem presos. Os quatro anjos são soltos para matar uma terça parte da população do mundo (v. 15). São soltos junto ao rio Eufrates porque, na história do AT, a área do Eufrates simbolizava uma invasão militar através da qual Deus exerce julgamento (cf. Is 8.5-8; 10.5-7).

9.16 DUZENTOS MILHÕES. Os intérpretes bíblicos diferem grandemente entre si quanto ao significado dos duzentos milhões de cavaleiros.

(1) Alguns dizem que representam espíritos demoníacos vindos do abismo, sob a liderança dos quatro anjos (v. 14; ver 9.3 nota).

(2) Outros entendem que são tropas de cavalaria, representando muitos exércitos reunidos para batalha.

9.18 FOGO... FUMAÇA.. ENXOFRE. O que João viu, relembra o julgamento de Deus contra Sodoma e Gomorra (Gn 19.24,28; cf. Jd 7). Essas palavras são a advertência de Deus no sentido de que aqueles que andam nos caminhos pecaminosos de Sodoma, com toda certeza experimentarão o julgamento de Sodoma (Gn 19.14).

9.20 NÃO SE ARREPENDERAM. Nem mesmo o julgamento divino leva as pessoas ao arrependimento. Isso demonstra as profundezas da depravação humana, com seu apego aos prazeres pecaminosos (cf. Jr 17.9). Os pecados mais graves dos últimos dias e do período da tribulação são (vv. 20,21):

(1) a adoração aos demônios e a prática do espiritismo, ocultismo e magia (Dt 32.17; 1 Co 10.20);

(2) o homicídio e a violência;

(3) a feitiçaria (gr. pharmakeia), que inclui drogas, ocultismo em geral e bruxaria (18.23; 21.8; 22.15; Gl 5.20; ver a nota seguinte);

(4) imoralidade sexual e a pornografia; e

(5) roubo e iniqüidade (cf. Rm 1.24,28-31).

9.21 DAS SUAS FEITIÇARIAS. A feitiçaria aumentará muito nos últimos dias, antes do período da tribulação e durante ele (18.23; 21.8; 22.15; 1 Tm 4.1). A feitiçaria está vinculada ao ocultismo. Isso inclui a pretensa comunicação com os mortos, poderes sobrenaturais, paranormais e demoníacos, com o propósito de manipular ou influenciar coisas ou pessoas. O uso de drogas costuma fazer parte da feitiçaria.
 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 10º

10.1 OUTRO ANJO FORTE. O capítulo 10 descreve a visão do anjo com um livrinho. É um interlúdio entre a sexta trombeta (tocada em 9.13) e a sétima (tocada em 11.15).

10.2 UM LIVRINHO. O anjo, ao colocar seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra, dá a entender que esse livrinho contém uma mensagem que afeta o destino do mundo inteiro.

10.3 SETE TROVÕES. Isto tem a ver com certos aspectos da ira e julgamento futuros, de Deus (cf. 8.5; 11.19; 16.18). A João não foi permitido revelar a mensagem dos sete trovões (v. 4). Isso indica que no período da tribulação ocorrerão julgamentos não revelados nos selos, nas trombetas e nas taças. Portanto, ninguém sabe de antemão tudo quanto ocorrerá naquele tempo. Não devemos, pois, ser dogmáticos quanto à seqüência dos eventos do livro do Apocalipse.

10.7 O SEGREDO DE DEUS. No período do toque da sétima trombeta (11.15), cumprir-se-ão todas as profecias que Deus revelou aos seus profetas referentes aos dias finais. Trata-se do cumprimento do propósito de Deus quanto à volta de Cristo à terra e o estabelecimento do seu reino (11.15).

10.9 TOMA-O E COME-O. O "livrinho", cujo sabor é doce como mel, mas que se torna amargo no estômago, fala do misto de bênçãos e maldições no Apocalipse. A Palavra de Deus é doce para seus servos ouvi-la e observá-la (Sl 19.9,10), mas ao mesmo tempo ela anuncia o julgamento contra o pecado e a iniqüidade, que virá sobre os incrédulos (cf. Lc 19.41-44; Jr 15.16; 20.8,9; Ez 3.1-3; Am 5.10).
 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 11º

11.1 MEDE O TEMPLO DE DEUS. O capítulo 11 continua o interlúdio (que começou no cap. 10) acerca de Israel e do templo, e dá uma idéia da vida espiritual de então daquele povo. Os eventos aqui registrados ocorrem na cidade onde o Senhor foi crucificado, i.e., Jerusalém (v. 8). Israel continua na incredulidade durante essa parte da tribulação. O "templo de Deus" pode referir-se à existência de um templo em Jerusalém nesse período, o qual será profanado pelo anticristo (ver 13.14,15; Dn 9.27; 12.11; 2 Ts 2.4; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). A medição do templo significa que Deus medirá a condição espiritual do povo judaico (cf. Ez 40; Zc 2)

11.2 PISARÃO. Durante a tribulação, Israel e a "Cidade Santa" serão oprimidos pelos gentios e sofrerão grandemente durante 42 meses (ver Lc 21.24 nota). Israel será severamente julgado por causa da sua rejeição a Cristo e da sua imoralidade semelhante a "Sodoma" (vv. 8,13). Os 42 meses provavelmente se refiram ao período final, de três anos e meio, da tribulação (cf. Dn 7.25; 9.27 nota; 12.7).

11.3 MINHAS DUAS TESTEMUNHAS. Deus enviará duas testemunhas para pregar o evangelho e profetizar a respeito do futuro; terão grande poder sobrenatural (vv. 5,6) e exercerão o seu ministério no poder do Espírito. Serão grande ameaça ao Anticristo e a todo o mundo ímpio durante um período de 1260 dias, e neutralizarão os sinais e maravilhas dos profetas da Besta (13.13,14). As duas testemunhas têm poder como Moisés e Elias (ver Ml 4.5 nota).

11.4 OLIVEIRAS... CASTIÇAIS. Através desta linguagem, João está dizendo que as duas testemunhas receberão o poder do Espírito Santo para revelarem a luz, a verdade de Deus (ver Zc 4.2-14 notas).

11.7 A BESTA... AS MATARÁ. As duas testemunhas são mortas porque apresentam a verdade do evangelho e bradam fielmente contra os pecados do povo. Jerusalém é, neste tempo, chamada "Sodoma" por causa da sua imoralidade, e "Egito" devido ao seu mundanismo (v. 8). A besta é o anticristo (cf. 13.1; 14.9,11; 15.2; 16.2; 17.3,13; 19.20; 20.10) ou o "homem do pecado" (2 Ts 2.3-10). Note-se que as duas testemunhas não podiam ser mortas até completarem a sua obra. Assim é o caso de todos os servos de Deus que permanecem fiéis a Ele.

11.11 CAIU GRANDE TEMOR. Por causa da ressurreição das duas testemunhas (vv. 11,12) e do julgamento divino (v. 13), um remanescente em Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a Deus (v. 13).

11.15 TOCOU O SÉTIMO ANJO. O soar da sétima trombeta anuncia que o mundo tornou-se o reino de Cristo, e que Ele reinará para sempre (ver 20.4 nota; Ez 21.26,27; Dn 2.44; 4.3; 6.26; Zc 14.9). Noutras palavras, a sétima trombeta abrange eventos que se estendem até a volta de Cristo e que incluem, portanto, os julgamentos das sete taças (a partir do cap. 16). O soar da sétima trombeta é seguido de um trecho parentético, revelando alguns eventos relacionados com o período da tribulação (12.1-15.4).

11.16 VINTE E QUATRO ANCIÃOS. Os vinte e quatro anciãos profetizam o que acontecerá na vinda de Cristo. As nações ficarão enfurecidas, os mortos serão julgados (v. 18) e Deus destruirá os que destruíam a -terra, i.e., os iníquos (19.20,21).

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 12º

12.1 E VIU-SE UM GRANDE SINAL. O capítulo 12 apresenta quatro grandes conflitos entre Deus e Satanás:

(1) entre Satanás e Cristo e sua obra redentora (vv. 1-5).

(2) Entre Satanás e os fiéis em Israel (vv. 6, 13-16).

(3) Entre Satanás e o céu (vv. 7-9).

(4) Entre Satanás e os crentes (vv. 10,11,17).

12.1 UMA MULHER. Esta mulher simboliza os fiéis de Israel, através dos quais o Messias (i.e., o menino Jesus, vv. 2,4,5) veio ao mundo (cf. Rm 9.5). Isso é indicado não somente pelo nascimento do menino, mas também pela referência ao sol e à lua (ver Gn 37.9-11) e às doze estrelas, que naturalmente se referem às doze tribos de Israel.

12.3 UM GRANDE DRAGÃO VERMELHO. Este dragão é Satanás (ver v. 9). As sete cabeças, chifres e diademas representam sua grande astúcia e poder.

12.4 A TERÇA PARTE DAS ESTRELAS. Isto pode referir-se à queda original de Satanás do céu e aos anjos que com ele caíram (2 Pe 2.4; Jd 6), ou ao grande poder que ele tem no universo. Neste versículo, Satanás procura destruir o menino Jesus.

12.5 UM FILHO, UM VARÃO. O filho varão é Jesus Cristo, e seu arrebatamento refere-se à sua ascensão ao céu após a sua ressurreição (Lc 24.51; At 1.9-11).

12.6 A MULHER FUGIU. Aqui, a mulher simboliza os fiéis de Israel na última parte da tribulação (cf. os 1260 dias, metade exata do período da tribulação).

(1) Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus tementes a Deus, opor-se-ão à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade as Escrituras, eles aceitam a verdade de que Jesus Cristo é o Messias (Dt 4.30,31; Zc 13.8,9). São socorridos por Deus durante os últimos três anos e meio da tribulação, e Satanás não poderá vencê-los (ver vv. 13-16).

(2) Quem de Israel aceitar a religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado e destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23; Ez 11.17-21; 20.34-38; Zc 13.8,9).

12.7-9 BATALHA NO CÉU. A tribulação significa não somente grandes conflitos espirituais na terra, mas também nos céus.

(1) Satanás é derrotado, precipitado na terra (cf. Lc 10.18) e não lhe é mais permitido acesso ao céu.

(2) O céu se regozija (vv. 10-12), porque Satanás já não é uma força espiritual nos lugares celestiais (ver Ef 6.12 nota). Ao mesmo tempo, isso causa "ais" em relação aos que vivem na terra (vv. 12,13). É possível que essa expulsão de Satanás dê início à grande tribulação.

12.10 O ACUSADOR DE NOSSOS IRMÃOS. Satanás acusa os crentes diante de Deus. Sua acusação é que os crentes servem a Deus por interesse pessoal (cf. Jó 1.6-11; Zc 3.1).

12.11 ELES O VENCERAM. Os crentes fiéis vencem Satanás ao serem libertos do seu poder pelo sangue do Cordeiro, falando resolutamente de Cristo e demonstrando disposição de servir a Cristo, custe o que custar.

12.12 DIABO... TEM GRANDE IRA. Satanás sabe que está perdido, que sua derrota final se aproxima, e que tem poder somente na terra. O "pouco tempo" refere-se ao período da tribulação. Sua grande ira resulta em sofrimentos por toda parte para os santos (v. 11).

12.13 PERSEGUIU A MULHER. Satanás procura destruir a mulher (ver v. 6 nota). Aqueles em Israel, que aceitarem a Cristo, serão vigiados e perseguidos por Satanás e pelos seguidores do anticristo (cf. Mt 24.15-21). Deus dará proteção sobrenatural aos santos de Israel durante esse período (vv. 14-16).

12.17 O DRAGÃO... FOI FAZER GUERRA. Satanás, confinado à terra, sabe que lhe resta pouco tempo para perseguir a mulher (ver v. 6 nota) e ao restante da sua semente. A "mulher" pode referir-se aos fiéis de Israel na Judéia, e o "resto da sua semente", aos judeus crentes noutras partes do mundo.

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 13º

13.1 VI SUBIR DO MAR UMA BESTA. O capítulo 13 descreve o conflito entre o anticristo e Deus e também o seu povo durante a tribulação. A besta que sobe do mar é o último grande governo mundial da história, e consiste em dez reinos sob o controle do anticristo (ver 17.12 nota; Dn 2.40-45 notas; 7.24,25 nota; 11.36-45 nota). O mar representa muitas nações (cf. 17.15). Satanás concede seu poder a esse governo e o usa contra Deus e contra seu povo (v. 2). Ver 17.8-11, para a explicação dada pelo anjo a respeito da besta.

13.2 BESTA... SEMELHANTE AO LEOPARDO. A besta do versículo 2 é a mesma besta do versículo 1, que representa não somente o reino gentílico mundial dos tempos do fim, mas também o rei daquele reino. Esta besta é uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o domínio político e religioso do mundo daqueles tempos (ver 17.13; Dn 7.4-6; 8.25; 9.27). É chamado o "homem do pecado", em 2 Ts 2.3,4 e o "anticristo", em 1 Jo 2.18 ("anti" quer dizer "em lugar de"; assim sendo, o anticristo afirmará ser o Cristo verdadeiro, o Messias verdadeiro, Mt 24.24,25; 2 Ts 2.3,4). Ele fará uma aliança com a nação de Israel (Dn 9.27 nota; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO)

13.3 FERIDA DE MORTE. Aparecerá ao mundo que o anticristo foi mortalmente ferido e depois revificado pelo poder miraculoso de Satanás (vv. 2,14; cf. 2 Ts 2.9; ver Ap 17.8 nota). Conclui-se que Deus permitirá a Satanás, nesta ocasião, imitar o poder de Cristo, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana (cf. 2 Ts 2.9,10).

13.7 FAZER GUERRA AOS SANTOS. Durante a tribulação, o povo terá de escolher entre a nova, popular e fácil religião, ou crer em Cristo e permanecer fiel.

(1) Quem permanecer fiel a Deus e à sua Palavra será perseguido e talvez morto (ver 6.9 nota; 7.9 nota).

(2) Satanás vencê-los-á, não no sentido de destruir a sua fé, mas causando a morte de muitos (6.9-11). Durante "quarenta e dois meses" o anticristo perseguirá os santos (v. 5).

13.8 ADORARAM-NA TODOS. O anticristo se apresentará como se fosse Deus com poder sobrenatural demoníaco (2 Ts 2.4,9). Isso levará o povo a adorá-lo. A religião do anticristo ensina a divinização da humanidade como está divulgando a Nova Era (Gn 3.5). Ao invés da verdade de que em Cristo Deus se tornou homem (Jo 1.14), o Anticristo propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de Deus (2 Ts 2.4). Atualmente, a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final dessa doutrina.

13.8 CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. A morte redentora de Cristo, pela salvação da humanidade, foi determinada por Deus desde o início da criação do mundo (ver 17.8 nota; Gn 3.15; 1 Pe 1.18-20).

13.11 OUTRA BESTA. Esta outra besta ajudará a primeira (ver v. 2 nota) a preparar o mundo para adorar o anticristo (v. 12) e a enganar a humanidade mediante a operação de grandes milagres (vv. 13,14; cf. Dt 13.1-3; 2 Ts 2.9-12). Esta outra besta trata-se do "falso profeta" (19.20; 20.10). Uma imagem do anticristo será colocada no templo de Deus (Dn 9.27; Mt 24.15). Seus "dois chifres semelhantes aos de um cordeiro" simbolizam seu esforço para enganar o povo, fingindo ser amoroso, manso e solícito. Na realidade, porém, seu caráter nada tem de cordeiro, mas de dragão (cf. Mt 7.15).

13.12 ADOREM A PRIMEIRA BESTA. A segunda besta liderará uma falsa igreja ecumênica que adorará o anticristo. Isso será efetuado, em grande parte, mediante grandes sinais e maravilhas (vv. 13,14). Sua atuação, em certos aspectos, será uma imitação do ministério sobrenatural do Espírito Santo (cf. 2 Ts 2.9,10).

13.15 MORTOS TODOS OS QUE NÃO ADORASSEM A IMAGEM DA BESTA. Será baixado um decreto ordenando a morte de todos que se recusarem a adorar o governante mundial e sua imagem. Noutras palavras, muitos que resistirem ao anticristo e permanecerem fiéis a Jesus, selarão sua fé com suas vidas (ver 6.9 nota; 14.12,13; 17.9-17).

13.16 UM SINAL. O Anticristo procurará obter o total controle econômico do mundo. Todo mundo será obrigado a adorá-lo e a receber um sinal na mão ou na testa, a fim de poder comprar ou vender (vv. 16,17), identificando, assim, os adeptos dessa religião mundial do anticristo. Quem recusar aceitar o sinal será procurado para ser morto (v. 15).

13.18 SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS. No Apocalipse, o Anticristo tem um nome: "a besta", mas ele também tem um número: 666. Muitos comentaristas estão de acordo que, nas Escrituras, "seis" é o número do homem e "três" é o número de Deus. Sendo assim, três vezes seis deve referir-se a um homem que se apresenta como se fosse Deus. Assim como os imperadores romanos e muitos outros, antes e depois deles, o anticristo julga-se um deus (ver v. 8 nota; 2 Ts 2.4).


 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 14º

14.1 CENTO E QUARENTA E QUATRO MIL. Os capítulos 14 e 15 introduzem os julgamentos dos capítulos 16?18 e revelam a recompensa reservada aos que perseveram na fé em Jesus (v. 12; 15.2-4). O capítulo 14 começa descrevendo uma cena de 144.000 crentes proeminentes que aparecem no céu perto do Cordeiro. Certamente representam os mais consagrados e fiéis do povo de Deus de todos os tempos que desfrutam de graça e posição especiais no céu (ver a nota seguinte). A cifra 144.000 não significa que o número deles é restrito a esse total. Qualquer crente pode passar a pertencer a esse grupo mediante a fé, o amor e o serviço devotado a Deus.

14.4 NÃO ESTÃO CONTAMINADOS COM MULHERES. Esta expressão tem sentido espiritual. Os 144.000 permaneceram puros, recusando-se a se conformar com o sistema mundial ímpio (ver o estudo O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO), ou a pertencer à igreja apóstata dos últimos dias (ver 17.1 notas). Note o caráter dos que estarão perto de Cristo no céu.

(1) Estão separados do mundo e da igreja apóstata (v. 4; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).

(2) Seguem a Cristo (cf. Mc 8.34; Jo 14.21 nota).

(3) Dedicam-se a Deus e a Cristo (v. 4).

(4) Não falam mentira (v. 5; cf. 21.27-22.15). (5) São moralmente inculpáveis (ver o estudo A SANTIFICAÇÃO)

14.6 O EVANGELHO ETERNO. Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de Cristo será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a Deus, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao anticristo (vv. 7,9).

14.8 CAIU BABILÔNIA. Babilônia, aqui, representa o sistema político, religioso e comercial do mundo inteiro nos tempos do fim (ver 17.1 nota). Temos aqui a predição da sua queda (ver caps.17,18, para mais detalhes).

14.9 SE ALGUÉM ADORAR A BESTA. Aqueles que adoram a besta e recebem o seu sinal (ver 13.16 nota), selarão seu próprio destino, sofrerão julgamentos divinos e serão atormentados para todo o sempre (vv. 9-11; 9.4, 13.21; 16.2; ver Mt 10.28 nota). A advertência é dirigida aos incrédulos (v. 6) e aos santos que serão tentados a negar a sua fé ante o grande perigo do martírio (vv. 12,13).

14.12 GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS. O destino dos seguidores da besta é terrível (vv. 9-11). Por isso, os santos devem continuar a "guardar os mandamentos de Deus e a fé em Jesus". Por causa da sua lealdade a Cristo provavelmente serão mortos (ver a nota seguinte).

14.13 BEM-AVENTURADOS OS MORTOS QUE... MORREM NO SENHOR. Os que morrem pela fé em Cristo durante a tribulação são especialmente abençoados. São libertos da perseguição, dos suplícios e do tormento, e estarão com Cristo.

14.14-16 SEMELHANTE AO FILHO DO HOMEM. Esse alguém como "filho do homem" é uma figura de Cristo, como estando pronto para lançar a foice do julgamento, num mundo já maduro na iniqüidade (vv. 14-20). Os versículos 14-16 são uma antevisão dos eventos de 16.12-16 e 19.11-20.

14.19 GRANDE LAGAR. Nos tempos bíblicos, as uvas eram colocadas numa grande gamela e pisadas a pés para a extração do vinho (i.e., o suco de uva). No AT pisar as uvas é uma figura da execução da ira divina contra os ímpios (Is 63.3 nota; cf. Ap 19.15). Na ocasião da volta de Cristo, depois da tribulação, os incrédulos serão reunidos e julgados no vale de Josafá (Sl 110.6; Jl 3.2,12-14; ver Mt 25.32 nota), e depois executados (ver Mt 13.40; Lc 17.37 nota; cf. Sl 97.3-5; Pv 2.22; Is 63.1-6; 66.15-17; Jr 25.30-33; Ap 19.15).

14.20 SAIU SANGUE. Uma grande matança ocorre nos últimos dias da tribulação. Trata-se da batalha de Armagedom (Zc 14.1-4; ver Ap 16.16 nota; 19.17-19). Aqui temos uma antevisão dela.
 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 15º

15.1 SETE ÚLTIMAS PRAGAS. Estas pragas são os julgamentos divinos finais sobre a terra, durante a tribulação. São os julgamentos contidos nas "sete salvas de ouro" (v. 7) descritos no capítulo 16. Essas salvas, ou taças, podem ser o desdobrar do julgamento da sétima trombeta (ver 11.15 nota).

15.2 VITORIOSOS DA BESTA. Em pé numa superfície de cristal (cf. 4.6), vemos aqui os que não abandonaram sua fé em Cristo ao serem perseguidos, ameaçados ou mortos pelo anticristo (cf. 13.7-11).

15.5 TABERNÁCULO DO TESTEMUNHO. João viu no céu um templo semelhante ao Tabernáculo do AT que continha os Dez Mandamentos (Ex 32.15; 40.34-35; Nm 17.7). Isso significa que os julgamentos da tribulação são o resultado da repulsa de Deus ao pecado e da rejeição, pelos homens, da Palavra divina.

15.7,8 CHEIAS DA IRA DE DEUS. Este será o último dos julgamentos divinos contra um mundo ímpio, antes do reino de Cristo. O fato de que ninguém poderá entrar no templo de Deus enquanto não terminarem as pragas, significa que ninguém poderá interceder para interromper os juízos (v. 8). Deus decretou o justo juízo do pecado, que será completo e sem misericórdia.


 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 16º

16.1 IRA DE DEUS. Começa agora o derramamento das sete taças da ira de Deus antes da volta pessoal de Cristo à terra. Uma grande guerra mundial ocorrerá perto do fim desses julgamentos (v. 14; ver v. 16 nota; Dn 11.36-45 nota). Esses julgamentos serão mais intensos e mais severos do que os anteriores.

16.3 SE TORNOU EM SANGUE. O mar fica tão contaminado que toda criatura vivente dentro dele morre, e sua cor poluída parece sangue (Ex 7.20-25). O mesmo ocorre também às fontes e aos rios (v. 4).

16.7 JUSTOS SÃO OS TEUS JUÍZOS. Aqueles que questionam a justiça de Deus nos seus juízos, não compreendem o mal hediondo do pecado, nem a intensa ira de Deus contra ele. Um Deus santo e justo por natureza opõe-se ao mal, e o castiga (ver Jo 3.19 nota; Hb 1.9 nota; Sl 119.137).

16.9 GRANDES CALORES. Uma grande onda de calor se espalhará por toda a terra, de modo tão insuportável, que as pessoas blasfemarão contra Deus (cf. Ml 4.1). Seus corações de tão endurecidos, recusam-se a arrepender-se (ver v. 11 nota). Compare isso com a condição sublime dos que estão no céu, dos quais está escrito: "nem sol nem calma alguma cairá sobre eles" (7.16).

16.10 O TRONO DA BESTA. A quinta taça começa a lançar em confusão o domínio mundial do anticristo. Esse julgamento específico é centralizado no seu quartel-geral e nos seus seguidores.

16.11 NÃO SE ARREPENDERAM. No meio do terrível julgamento divino, homens e mulheres optarão por viver no pecado e por persistir na sua rebelião contra a justiça. O arrependimento é o único ato que pode interromper os julgamentos divinos (cf. 2.21; 9.21; 16.9), mas se recusam a fazê-lo.

16.12 OS REIS DO ORIENTE. Trata-se das nações do Oriente que, impulsionadas por forças satânicas, participarão de um grande conflito, a saber, a guerra do Armagedom (ver v. 16 nota; 19.17-21). O sexto anjo prepara o caminho para a guerra final da presente era, secando o rio Eufrates para deixar os exércitos do Oriente aproximarem-se de Israel (Is 11.15).

16.13 RÃS. Estes espíritos imundos são demônios que operam milagres e, assim, enganam as nações para apoiarem o mal, o pecado e o anticristo. O "dragão" é o mesmo Satanás (12.9), e a "besta" equivale ao Anticristo (cap. 13).

16.14 DEMÔNIOS, QUE FAZEM PRODÍGIOS. Durante a tribulação, os governantes das nações ficarão endemoninhados. Enganados por Satanás através de seus milagres, urdirão um plano louco que lançará o mundo inteiro num grande holocausto (ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO e O PERÍODO DO ANTICRISTO)

16.16 ARMAGEDOM. Armagedom (gr. harmagedon), localizado no centro-norte da Palestina, significa "vale do Megido" será o ponto central da batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso (v. 14). Essa guerra será travada perto do fim da tribulação, e acabará quando Cristo voltar para destruir os ímpios (ver 14.19 nota), para libertar o seu povo e para inaugurar seu reino messiânico. Note os seguintes fatos no tocante a esse evento.

(1) Os profetas do AT profetizaram o evento (Dt 32.43; Jr 25.31; Jl 3.2,9-17; Sf 3.8; Zc 14.2-5). (2) Satanás e os seus demônios reunirão muitas nações sob a direção do anticristo a fim de guerrearem contra Deus, contra seus exércitos, contra seu povo e para destruir Jerusalém (vv. 13,14,16; 17.14; 19.14,19 ; ver também Ez 38,39 ; Zc 14.2). Embora o ponto central esteja na terra de Israel, o evento do Armagedom envolverá a totalidade do mundo (Jr 25.29-38). (3) Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o anticristo e os seus exércitos (19.19-21; Zc 14.1-5), e todos aqueles que desobedecem ao evangelho (Sl 110.5; Is 66.15,16; 2 Ts 1.7-10). Deus também enviará destruição e terremotos sobre o mundo inteiro nesse período (vv. 18,19; Jr 25.29-33).

16.19 GRANDE BABILÔNIA. Ver a nota seguinte.
 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 17º

17.1 UM DOS SETE ANJOS... FALOU COMIGO, DIZENDO-ME. Os capítulos 17,18 retratam a queda da grande Babilônia (16.19).

(1) A Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniqüidade na política, na religião e no comércio (ver Jr 50.1 nota; 51.1-64 nota).

(2) Babilônia será totalmente destruída durante os últimos três anos e meio desta era. A Babilônia religiosa (i.e., a prostituta) será destruída pelo anticristo (vv. 16,17), ao passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na sua vinda (19.11-21).

17.1 GRANDE PROSTITUTA. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18; Tg 4.4), e significam um povo que professa servir a Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses. Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a esposa do Cordeiro (19.7,8). A prostituta é súdita de Satanás; a esposa é súdita de Cristo. Satanás veste a prostituta (v. 4); Deus veste a esposa do Cordeiro (19.8). A morte eterna é a porção da prostituta; a glória eterna é o destino da esposa. Concernente a esta falsa religião:

(1) A prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos, o poder da piedade (2 Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24).

(2) Ela se alinhará com os poderes e a filosofia de "Babilônia", i.e., o estilo de vida do mundo com sua imoralidade (v. 2; 3.16). Os poderes político e religioso se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações (v. 18).

(3) Seus líderes perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo (v. 6). Ela será uma miscelânea de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores e objetivos religiosos. Ela se tornará "morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo" (18.2; cf. Is 47.12,13).

(4) A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de "Babilônia", para que não sejam condenados com ela.

(5) Deus fará com que o anticristo a destrua (ver v. 16 nota).

17.2 OS QUE HABITAM NA TERRA. O verdadeiro parentesco da grande prostituta (ver a nota anterior) não é com Cristo, mas com o mundo.

(1) Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela. Os falsos sistemas religiosos permitem que seus membros professem que são de Deus e ao mesmo tempo pratiquem adultério.

(2) Transigência com o poder político e tolerância com a injustiça são suas características. Como prostituta, essa igreja apóstata negocia sua influência com o mundo sem vacilar (18.3).

17.3 UMA BESTA DE COR ESCARLATE. Esta besta é o futuro governo mundial, a Babilônia política, que apóia a falsa organização religiosa mundial (para comentários sobre "as sete cabeças", ver v. 10 nota; sobre os "dez chifres", ver v. 12 nota).

17.4 UM CÁLICE DE OURO. Este cálice cheio de "abominações", mas externamente atraente, revela a condição espiritual da igreja apóstata dos últimos dias (cf. Mt 23.27,28). Essa igreja do cálice de ouro oferecerá ao povo, tanto as coisas de Deus, como a satisfação carnal, i.e., um cristianismo pervertido, que ensina aos seus adeptos a prática da imoralidade e ao mesmo tempo lhes diz que são aceitos por Deus.

17.5 BABILÔNIA. O nome "Babilônia" provém de "Babel", que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13).

17.6 SANGUE DOS SANTOS. Naqueles dias, a religião falsa, aliada ao sistema político mundial, perseguirá a todos que verdadeiramente se dedicarem a Cristo e à fé bíblica.

17.8 A BESTA QUE... JÁ NÃO É, E HÁ DE SUBIR DO ABISMO. Alguns interpretam este versículo presumindo ser o Anticristo uma pessoa que já viveu em algum tempo da história, mas que agora está morta, e que no futuro subirá do abismo, permanecendo na terra por um certo período e, por fim, será destruída (cf. vv. 8-11; 19.20). Outros relacionam o versículo com a declaração de João, em 13.3 (ver nota).

17.8 ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA, DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. Estas palavras não poderão ser usadas para comprovar a eleição predeterminada do indivíduo para a salvação, ou perdição; pois, de acordo com a Bíblia, o nome de alguém pode ser apagado do livro da vida por infidelidade e abandono da fé (3.5; ver 13.8 nota; cf. Sl 69.28).

17.10 SETE REIS. Alguns acreditam que os sete reis representam sete reinos do mundo (os cinco reinos passados são, admite-se, Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia). Aqui está dito que o Império Romano é o seguinte (i.e., aquele que "existe"). Este reino corresponde aos pés de ferro e de barro da imagem vista em Dn 2.41-43 nota. São os estados nacionalistas que surgiram após a queda do Império Romano até ao tempo presente. O reino posterior, o oitavo (v. 11), será o do Anticristo.

17.11 A BESTA... É... O OITAVO. A besta, o anticristo (cap. 13), será o derradeiro império mundial. É um "dos sete" (ver nota anterior), mas também é o "oitavo". Isso pode significar que pertence ao mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pertenciam os sete primeiros, mas que não faz parte daquele grupo (ver v. 8 nota). O anticristo será destruído no final da tribulação.

17.12 OS DEZ CHIFRES... SÃO DEZ REIS. Estes reis são dez nações que exercerão grandes poderes políticos e apoiarão o futuro governante mundial (v. 13). Constituem uma confederação mundial de nações que se oporão a Cristo e à verdadeira fé bíblica (cf. Dn 7.23-25).

17.14 COMBATERÃO CONTRA O CORDEIRO. Cristo destruirá o anticristo e aos que a ele se aliam na batalha final de Armagedom (ver 16.14,16 notas).

17.15 ÁGUAS. A prostituta assentando-se em muitas águas indica que haverá um só sistema religioso, ecumênico, universal e apóstata, na primeira parte da tribulação. Essa falsa religião será substituída pela religião do anticristo, ao assumir seu grande poder político (Mt 24.15; 2 Ts 2.3,4).

17.16 ABORRECERÃO A PROSTITUTA. A certa altura do reinado do anticristo, a prostituta (ver v. 1 nota) será odiada por ele e seus adeptos, os quais a destruirão totalmente, e às suas instituições. Este é o julgamento divino contra o sistema religioso mundial que rejeitou a verdade de Deus em Cristo. Isso pode ocorrer na metade da tribulação de sete anos, quando a besta declara ser um deus, exigindo que todos lhe adorem (13.8,15; ver Dn 9.27; 11.36-38; ver os estudos A GRANDE TRIBULAÇÃO e O PERÍODO DO ANTICRISTO)


 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 18º

18.2 CAIU A GRANDE BABILÔNIA. No capítulo 18, a grande Babilônia é vista principalmente quanto ao seu aspecto comercial e político.

(1) Alguns julgam que Babilônia, aqui, representa uma cidade ou nação literal, reunindo os aspectos ímpios da cidade descrita neste capítulo.

(2) Outros pensam que ela represente a totalidade do sistema mundial ímpio, sob o domínio do anticristo. Aqui, o sistema comercial de Babilônia é destruído (cap. 18); no capítulo 19, o sistema político é julgado por Deus no fim da tribulação (cf. 19.17-21; Is 13.1-11).

18.4 SAI DELA, POVO MEU. Esta é a chamada profética de Deus à última geração de fiéis para que saiam da grande Babilônia (v. 2), pois quem do povo de Deus permanecer no seu sistema ímpio, será inevitavelmente "participante dos seus pecados" e, por isso, incorrerá "nas suas pragas". A chamada para separação do mundo e das instituições religiosas falsas tem sido um aspecto essencial da salvação em toda a história da redenção (cf. Is 52.11; Jr 51.45; 1 Co 11.32; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE)

18.7 SE GLORIFICOU E EM DELÍCIAS ESTEVE. O sofrimento e a miséria que sobrevirão à Babilônia comercial serão propocionais à vanglória e à vida opulenta que levou. Seus empresários ricos, poderosos e inescrupulosos que rejeitaram a Deus e acumularam riqueza em detrimento dos outros, serão agora despojados de sua riqueza num só dia (v. 8; cf. Tg 5.1-6).

18.9 OS REIS DA TERRA... SOBRE ELA PRANTEARÃO. Chorarão e prantearão aqueles cujo interesse principal era o dinheiro, o luxo e a satisfação do prazer que era o deus de suas vidas. Já não podem tirar proveito de suas mercadorias, pois acabaram as suas riquezas (cf. Tg 5.1-9). Aqui, Deus manifesta com clareza sua repulsa a negócios e governos que se firmam na avareza e no poder opressivo. Deus está contra os que buscam riquezas, conforto e prazer, desprezando os modestos valores de Jesus Cristo. Aqueles que vivem no luxo e nos prazeres, ignorando a Deus, serão abatidos pela sua ira.

18.20 ALEGRA-TE SOBRE ELA. Todos os fiéis no céu e na terra se regozijam diante do justo juízo de Deus contra o grande sistema satânico do mal com todas as suas manifestações malignas, prazeres pecaminosos, luxo egoísta, governo humanista e comércio ímpio. A celebração exuberante dos santos no céu, descrita em 19.1-10, é proporcional à sua aflição no presente pelo sucesso do mal neste mundo. A marca do verdadeiro filho de Deus é sua aflição diante da conduta imoral das pessoas ao seu redor. Ele será afligido continuamente aqui pelos atos iníquos que vê, e dos que ouve falar (2 Pe 2.7,8).

18.21 BABILÔNIA... NÃO SERÁ JAMAIS ACHADA. Um anjo anuncia a queda final de Babilônia política. O anticristo e seu sistema mundial ímpio será totalmente destruído na "batalha naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso", quando Cristo voltar à terra (16.14; ver 14.8; 16.14,16 notas; 19.11-21; cf. a queda de Babilônia, em Dn 5).
 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 19º

19.1 DEPOIS DESTAS COISAS. O capítulo 19 trata do fim da tribulação e da gloriosa segunda vinda de Cristo à terra para julgar as nações, abater os ímpios e reinar com o seu povo.

19.1 ALELUIA. Esta é a primeira das quatro ocasiões em que a palavra "aleluia" ocorre no NT (ver 1,3,4,6). Ela deriva-se de duas palavras hebraicas: halal, que significa "louvor", e Jah, uma forma abreviada do nome "Javé" ou "SENHOR", significando, então "louvai ao Senhor". Aqui, os salvos no céu louvam ao Senhor, porque Deus julgou o mundo e vingou aqueles que o mundo fez sofrer, e porque Jesus Cristo está voltando à terra para reinar (vv. 6,11; 20.4). Esse é o hino "aleluia" do céu.

19.7 A SUA ESPOSA SE APRONTOU. Na cronologia do capítulo 19, vemos a "noiva" (i.e., a igreja, 2 Co 11.2) já no céu, antes da vinda de Cristo à terra. Os intérpretes vêem aí uma indicação de que a igreja já foi arrebatada antes da vinda de Cristo, conforme vemos em 19.11-21 (ver o estudo O ARREBATAMENTO). Duas razões para isso.

(1) A noiva (cf. 21.2) está totalmente preparada no céu, para "as bodas do Cordeiro", logo, a igreja já deve ter sido arrebatada, achando-se no céu.

(2) A noiva, já no céu, está vestida com "as justiças dos santos", i.e., seus atos de retidão (v. 8). Para os atos de retidão dos santos serem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.

19.10 O TESTEMUNHO DE JESUS É O ESPÍRITO DE PROFECIA. Em última análise, todas as profecias bíblicas se relacionam com Jesus e com sua obra redentora e exaltam-no.

19.11 VI O CÉU ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam.

19.14 EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato.

19.15 FERIR... AS NAÇÕES. Quando Cristo voltar à terra, castigará as nações ímpias e rebeladas contra Ele. Reger "com vara de ferro" significa destruí-las (cf. Sl 2.9). Pisar o lagar indica quão terrível é seu julgamento (cf. Is 64.1,2; Zc 14.3,4; Mt 24.29,30; cf. Ap 14.19 nota).

19.15 DO FUROR E DA IRA DO DEUS TODO-PODEROSO. Esta é uma séria advertência da aversão de Deus pelo pecado. A idéia humanista de que Cristo faz vista grossa ao pecado e à imoralidade por causa do seu amor não tem lugar na revelação que Ele faz de si mesmo neste livro (ver a nota seguinte).

19.17 À CEIA DO GRANDE DEUS. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom (ver 16.16 nota).

(1) Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de Deus na terra será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o campo da batalha. É chamada a "ceia do grande Deus", porque Deus a ordenará para as aves de rapina.

(2) Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e impiedade deste mundo. Outras profecias que, com toda a probabilidade, referem-se a esse evento vindouro, são: 14.14-20; 16.13-16; 17.14; Jr 51.27-36; Ez 39.17-20; Jl 3.9-15; Sf 3.8; Zc 14.2-5.

19.19 PARA FAZEREM GUERRA. Deus permitirá que agentes demoníacos reúnam as tropas das nações, na região de Armagedom, como parte dos preparativos para esta cena (ver 16.16 nota; Jr 25.32,33; Jl 3.2; Sf 3.8; Zc 14.2,3).

(1) Este conflito durará pouco. O anticristo será destruído e também todos os ímpios (vv. 19-21).

(2) O julgamento divino não somente abrange os exércitos ali reunidos, mas também o mundo inteiro (Jr 25.29-33).

19.20 FALSO PROFETA... FIZERA OS SINAIS. João volta a descrever o falso profeta e a sua religião mediante uma só característica destacada: enganava a muitos, operando sinais, maravilhas e milagres (cf. 13.13-15; cf. 2 Ts 2.9,10). A conclusão é óbvia: nos últimos dias, aqueles que forem fiéis a Cristo e aos seus mandamentos (cf. 14.12) não devem avaliar a verdade tão somente por haver sucesso ou milagres. O próprio Senhor adverte solenemente: "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mt 24.24; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO)

19.21 OS DEMAIS FORAM MORTOS. Deus destrói os ímpios em toda a terra (ver Jr 25.29-33). Logo, nenhuma pessoa não-salva entrará no reino milenial de Deus (20.4). Durante a tribulação, o evangelho foi devidamente anunciado dos céus por anjos a todos os que habitavam na terra. Aqueles que rejeitaram a verdade, receberam "a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade" (2 Ts 2.11,12). Note que os injustos "não hão de herdar o Reino de Deus" (1 Co 6.9-11; cf. Gl 5.21). Eles serão separados dos justos, depois que Cristo voltar em glória e serão destinados ao castigo eterno (Mt 25.31-46).
 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 20º

20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10).

20.3 PARA QUE MAIS NÃO ENGANE AS NAÇÕES. As nações que existirão durante o reino de Cristo na terra são formadas pelos crentes que estavam vivos no fim da tribulação (ver 19.21 nota; 20.4 nota). Embora a palavra "nações" seja, às vezes, especificamente usada para os ímpios, João também a usa para representar os salvos (21.24; 22.2).

20.4 TRONOS; E ASSENTARAM-SE SOBRE ELES. Aqueles que se assentam nos tronos são provavelmente os vencedores oriundos de todos os tempos (cf. 2.7 nota) e possivelmente incluem os santos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; 3.6; Hb 11.39,40). Aqueles que "viveram" (i.e., voltaram à vida) depois da volta de Cristo são, conforme é declarado, os que foram fiéis a Ele e que morreram durante a tribulação (6.9; 12.17). João não menciona a ressurreição dos santos da igreja que morreram, porque ela já ocorreu quando Cristo retirou sua igreja da terra e a levou ao céu (ver Jo 14.3 nota; 1 Co 15.51 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa "mil anos". As características deste reino são as seguintes:

(1) Foi predito no AT (Is 9.6; 65.19-25; Dn 7.13,14; Mq 4.1-8; Zc 14.1-9; cf. Ap 2.25-28).

(2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3 notas).

(3) Do reino milenial de Cristo participarão os salvos da igreja (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4), e, possivelmente, os santos ressurretos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; Hb 11.39,40), e os santos mártires da tribulação (ver a nota precedente).

(4) O povo do milênio a ser governado por Cristo consistirá dos que permanecerem fiéis a Ele durante a tribulação e até à sua vinda; e dos que nascerem durante o milênio (14.12; 18.4; Is 65.20-23; ver Mt 25.1 nota).

(5) Nenhum inconverso entrará nesse reino (ver 19.21 nota).

(6) Aqueles que reinarem com Cristo terão autoridade sobre todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais nações (v. 6; 3.21; 5.10; 20.6; Mt 19.28; ver Sf 3.9-20 nota).

(7) Haverá paz, segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4; Mq 4.4; Zc 9.10; ver Zc 2.5 nota; 9.8 nota).

(8) A natureza será restaurada à sua condição original, de ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-13; 98.7-9; Is 14.7,8; 35.1,2,6,7; 51.3; 55.12,13; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25 nota; Ez 36.8-15 nota; Zc 14.8 nota).

(9) Todos que optarem pela senda da impiedade, da rebelião e da desobediência serão castigados (vv. 7-10).

(10) No fim dos mil anos, o reino será entregue ao Pai, por Jesus (1 Co 15.24); então começará o reino final, eterno e perfeito de Deus e do Cordeiro (21.1-22.5).


20.6 PRIMEIRA RESSURREIÇÃO. Esta expressão inclui a ressurreição de Cristo e de todo o povo de Deus. A ressurreição dos ímpios ocorrerá no fim do milênio (vv.12,13; Is 26.19-21; Dn 12.2,13; Jo 11.25,26; 5.28,29; 1 Co 15.20,52; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

20.7 SATANÁS SERÁ SOLTO. No fim do reino de Cristo, Satanás será solto.

(1) O próprio Satanás, enganando-se ao ponto de supor que ainda poderá derrotar a Deus, sairá a enganar aqueles que quiserem rebelar-se contra o reino de Cristo, e ajuntará uma multidão de semelhantes rebeldes.

(2) "Gogue e Magogue" (v. 8; expressão oriunda de Ez 38,39), representa as nações do mundo rebeladas contra Deus e a sua justiça.

20.8 ENGANAR AS NAÇÕES. Esta é a última rebelião contra Deus. Muitos dos que nascem durante o milênio, optam manifestamente pela rejeição do senhorio visível de Cristo, e escolhem Satanás e a sua mentira. O julgamento divino é a sua destruição e ruína total (v. 9).

20.10 O DIABO... LANÇADO NO LAGO DE FOGO. O poder de Satanás acabará então, pois Deus o lançará no lago de fogo para todo o sempre (ver Is 14.9-17). Ali, ele não reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.

20.11 FUGIU A TERRA E O CÉU. Pode ser uma referência à destruição do universo e à criação de novo céu e nova terra (21.1; cf. Is 51.6; 2 Pe 3.7,10-12).

20.11-13 GRANDE TRONO BRANCO. O julgamento aqui descrito é chamado o "Julgamento do Grande Trono Branco", abrangendo os perdidos de todas as épocas. Alguns entendem que os que foram salvos durante o reino milenar de Cristo na terra, serão incluídos nesse julgamento.

20.14 LAGO DE FOGO. A Bíblia descreve um quadro terrível do destino dos perdidos.

(1) Fala de "tribulação e angústia" (Rm 2.9), "pranto e ranger de dentes" (Mt 22.13; 25.30), "eterna perdição" (2 Ts 1.9) e "fornalha de fogo" (Mt 13.42,50). Fala das "cadeias da escuridão" (2 Pe 2.4), do "tormento eterno" (Mt 25.46), de um "inferno" e de um "fogo que nunca se apaga" (Mc 9.43), de um "ardente lago de fogo e de enxofre" (19.20) e onde "a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite" (14.11). Realmente, "horrenda coisa é cair nas mãos de Deus vivo" (Hb 10.31); "bom seria para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26.24; ver também Mt 10.28 nota).

(2) Os crentes do NT tinham nítida consciência do destino de quem vive no pecado. Por essa razão eles pregavam com lágrimas (ver Mc 9.24; At 20.19 nota) e defendiam a Palavra infalível de Deus e o evangelho da salvação contra todas as distorções e as falsas doutrinas (ver Fp 1.17 nota; 2 Tm 1.14 nota; ver o estudo OS PASTORES E SEUS DEVERES).

(3) O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que seja tarde demais (ver Jo 3.16 nota)

20.15 LIVRO DA VIDA. Ver 3.5 nota.

 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 21º

21.1 UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA. O alvo e expectativa finais da fé do NT é um novo mundo, transformado e redimido, onde Cristo permanece com seu povo e a justiça reina em santa perfeição (cf. Sl 102.25,26; Is 65.17; 66.22; Rm 8.19-22; Hb 1.12; 12.27; 2 Pe 3.13). Para apagar todos os sinais do pecado, haverá a destruição da terra, das estrelas e galáxias. O céu e a terra serão abalados (Ag 2.6; Hb 12.26-28) e desaparecerão como fumaça (Is 51.6); as estrelas se derreterão (Is 34.4) e os elementos serão dissolvidos (2 Pe 3.7,10,12). A terra renovada se tornará a habitação dos homens e de Deus (vv. 2,3,10; 22.3-5). Todos os redimidos terão corpos semelhantes ao corpo ressurreto de Cristo, i.e., corpo real, visível e tangível, porém incorruptível, poderoso e imortal (Rm 8.23; 1 Co 15.51-56).

21.2 A NOVA JERUSALÉM. A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá à terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13,16; ver o estudo A CIDADE DE JERUSALÉM). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8)

21.4 LIMPARÁ... TODA LÁGRIMA. Os efeitos do pecado, tais como a tristeza, a dor, a mágoa e a morte (7.16,17; Gn 3; Rm 5.12; Is 35.10; 65.19), já se foram para sempre, porque as coisas más do primeiro céu e da primeira terra foram-se completamente. Os crentes apenas se lembrarão das coisas santas que valem a pena ter na memória; decerto não se lembrarão do que lhes causaria tristeza (Is 65.17).

21.7 QUEM VENCER. O próprio Deus declara quem herdará as bênçãos do novo céu e da nova terra: aqueles que perseverarem fielmente como vencedores em Cristo (ver 2.7 nota). Quem viveu no pecado e na iniqüidade será lançado no lago de fogo (ver a nota seguinte).

21.8 QUANTO AOS TÍMIDOS, E AOS INCRÉDULOS. Deus menciona oito classes de pessoas que terão sua parte no lago que arde com fogo e enxofre.

(1) Os "tímidos" são os que temem a desaprovação e as ameaças do povo a ponto de darem menos valor à lealdade a Cristo e à verdade da sua Palavra. Sua segurança e status pessoais em relação aos outros valem mais para eles do que a fidelidade a Cristo. Entre os tais, estão os crentes acomodados que desistem da luta espiritual e se deixam vencer (cf. Mc 8.35; 1 Ts 2.4 nota; 2 Tm 2.12,13 notas).

(2) Entre os "incrédulos" estão incluídos os que já foram crentes em Cristo, mas que foram vencidos por vários pecados como os já citados. Ser crente em Cristo e viver praticando tais iniqüidades é uma abominação para Deus.

(3) Há igrejas, hoje, anunciando que é possível alguém ser a um só tempo verdadeiro filho de Deus e também imoral, mentiroso, adúltero, homossexual e homicida. Tais pessoas contradizem as claras palavras de Deus, aqui registradas (cf. 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21; Ef 5.5-7).

21.9 A ESPOSA, A MULHER DO CORDEIRO. Esta metáfora, aplicada à cidade santa, significa que o povo de Deus habitará nela. João usa linguagem simbólica para descrever a cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do entendimento humano (ver 21.9-22.5).

21.12-14 DOZE PORTAS. O muro da cidade sugere a segurança que os salvos desfrutam ali, e também que a cidade está reservada a um povo separado. Muro fala também de separação. As doze portas representam Israel (v. 12), e os doze alicerces representam a igreja (v. 14). Isto destaca o fato de que seus habitantes são os santos de Deus do AT e do NT.

21.16 A CIDADE ESTAVA SITUADA EM QUADRADO. O tamanho da cidade indica que ela terá espaço suficiente para os salvos glorificados de todas as eras. "Doze mil estádios" equivalem a aproximadamente 2.260 km. A cidade é descrita como um cubo. No AT, o Santo dos Santos, no Tabernáculo, onde Deus se encontrava com o seu povo, formava um cubo perfeito. Portanto, a cidade inteira ficará cheia da glória e da santidade de Deus.

21.22 O SEU TEMPLO É... DEUS... E O CORDEIRO. A presença e a comunhão íntima com Deus permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo.

21.24-26 AS NAÇÕES ANDARÃO À SUA LUZ. Estes versículos indicam que a nova Jerusalém não abrange a totalidade da nova terra, pois a cidade tem portas, pelas quais os justos poderão entrar e sair. A nova Jerusalém pode ser a capital da nova terra.

21.25 ALI NÃO HAVERÁ NOITE. Este "ali" refere-se apenas à cidade santa, pois não está dito que não haverá noite na nova terra. Alguns acreditam que haverá noite, além da cidade, porque Deus prometeu que o dia e a noite nunca cessarão (Gn 8.22; Sl 104.5; 148.3-6; Is 66.22,23; Jr 33.20,21,25).

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE APOCALIPSE 22º

22.1 O RIO PURO DA ÁGUA DA VIDA. Pode se tratar de um rio literal, simbolizando o Espírito Santo e a vida, bênção e poder espiritual que Ele provê (cf. 7.17; 21.6; 22.17; Is 44.3; Jo 7.37-39)

22.2 A ÁRVORE DA VIDA. Esta árvore simboliza a vida eterna concedida a todos que habitam a nova cidade (Gn 2.9; 3.22). As folhas salutares da árvore indicam a ausência, ali, de tudo que causa sofrimento físico ou espiritual (cf. Ez 47.12). Note que mesmo em nosso novo corpo, dependeremos do Senhor para a vida, força e saúde.

22.4 VERÃO O SEU ROSTO. Este é o alvo final da história da redenção: Deus habitando no meio do seu povo fiel, numa terra purificada de todo o mal. Nessa nova terra, os santos verão a Jesus e com Ele habitarão; o Cordeiro de Deus, que pelo seu amor os redimiu mediante a sua morte na cruz. É a grande felicidade dos salvos: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5.8; cf. Ex 33.20,23; Is 33.17; Jo 14.9; 1 Jo 3.2).

22.7 PRESTO VENHO. Ver 1 Co 15.51, nota sobre a perspectiva do tempo no NT, em relação à volta de Cristo (ver também Rm 13.12 nota).

22.10 NÃO SELES AS PALAVRAS. A mensagem profética do livro deve ser proclamada a todos os crentes e a todas as igrejas (cf. Dn 12.4).

22.11 FAÇA INJUSTIÇA AINDA. Isso pode significar que todos que rejeitarem a profecia contida no Apocalipse continuarão nos seus pecados. Os crentes, portanto, devem perseverar praticando a justiça e vivendo em santidade até a volta de Cristo.

22.12 SEGUNDO A SUA OBRA. Ver 1 Co 3.15 nota; ver o estudo O JULGAMENTO DOS CRENTES.

22.15 QUALQUER QUE AMA E COMETE A MENTIRA. Note como os dois últimos capítulos da Bíblia destacam o caso da mentira. Os praticantes da mentira são mencionados três vezes:

(1) todos os mentirosos, "a sua parte será no lago que arde com fogo" (21.8);

(2) os que cometem mentira não entrarão na cidade eterna de Deus (21.27); e

(3) os que amam e cometem mentira estarão fora do reino eterno de Deus. A mentira é o pecado final condenado na Bíblia, possivelmente porque foi uma mentira que levou à queda da raça humana (Gn 3.1-5; cf. Jo 8.44). Estas palavras solenes devem servir de advertência a todos que, inclusive na igreja, acham que Deus tolera a mentira e o engano.

22.17 O ESPÍRITO E A ESPOSA DIZEM: VEM. A última menção do Espírito Santo na Bíblia mostra-o levando a esposa (i.e., a igreja) a convidar todos os que quiserem a salvação a virem a Cristo. A igreja está capacitada pelo poder do Espírito Santo a levar a efeito a evangelização do mundo (At 1.5-8; 2.4).

22.19 DEUS TIRARÁ A SUA PARTE. João termina o livro de Apocalipse com uma advertência sobre a possibilidade de perdermos nossa parte na árvore da vida e na cidade santa. Evitemos uma atitude descuidada para com este livro, ou qualquer parte das Sagradas Escrituras. Outra atitude a evitar é a de optarmos por crer somente em determinadas partes da revelação de Deus e rejeitarmos outras partes não gostamos (v. 19), ou o caso de ensinar nossas próprias idéias como se estas fossem a própria Palavra de Deus (v. 18). Como ocorreu no princípio da raça humana na terra, deixar de cumprir plenamente a Palavra de Deus é questão de vida e morte (ver Gn 3.3,4).

22.20 VEM, SENHOR JESUS. A Bíblia termina com a promessa de que Jesus breve voltará, à qual João responde: "Vem, Senhor Jesus". Este anseio é também o de todos os cristãos verdadeiros.

(1) Esta súplica é também uma confissão de que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado.

(2) Temos toda razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que aquele que é chamado "a Palavra de Deus" (19.13) e "a resplandecente Estrela da Manhã" (v. 16) descerá do céu para levar da terra os seus fiéis para a casa do Pai (Jo 14.1-3; 1 Ts 4.16-18), depois Ele voltará em glória e triunfo para reinar para sempre como "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (19.16). Essa é a nossa imutável esperança e jubilosa expectativa (2 Pe 1.19).
 

 

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