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Notas de Habacuque

  LIVRO DE HABACUQUE

 

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Esboço de Habacuque

Introdução (1.1)

I.As Perguntas de Habacuque (1.2—2.20)

A. Primeira Pergunta: Como Deus Pode Permitir Que a Ímpia Judá Fique sem Castigo? (1.2-4)

B. Resposta: Deus Usará a Babilônia para Castigar Judá (1.5-11)

C. Segunda Pergunta: Como Deus Pode Usar uma Nação Mais Ímpia Que Judá Como Instrumento de Juízo? (1.12—2.1)

D. Resposta: Deus Também Julgará Babilônia (2.2-20)

1. Introdução à Resposta (2.2,3)

2. Pecados de Babilônia (2.4,5)

3. Série de Cinco “Ais” contra Babilônia (2.6-19)

4. O Senhor de Toda a Terra (2.20)

II.O Cântico de Habacuque (3.1-19)

A. A Oração de Habacuque, Pedindo Misericórdia (3.1,2)

B. O Poder do Senhor (3.3-7)

C. Os Atos Salvíficos do Senhor (3.8-15)

D. A Fé Inabalável de Habacuque (3.16-19)

 

Autor:
Habacuque
Tema:
Viver pela Fé
Data:
Cerca de 606 a.C.

 

Considerações Preliminares
O autor deste livro identifica-se como “o profeta Habacuque”(1.1; 3.1). Além disso, não oferece nenhum outro dado acerca de sua pessoa nem de sua família. Seu nome, que significa “abraço”, não aparece em nenhum outro lugar
das Escrituras. A referência de Habacuque ao “cantor-mor sobre os meus instrumentos de música” (3.19), sugere que ele pode ter sido um músico levita a serviço do santo templo em Jerusalém.
Ao contrário de outros profetas, Habacuque não data a sua profecia mediante referências aos reis que foram seus contemporâneos. Mas o fato de ficar perplexo com o uso que Deus faz dos babilônios (os “caldeus” de 1.6) como
instrumento de seu juízo contra Judá, sugere um período em que Babilônia já era uma potência mundial. Portanto, a invasão de Judá era iminente (c. 608—598 a.C.). Nabucodonosor já havia derrotado os egípcios na batalha de
Carquemis (605 a.C.). O Egito, aliás, foi a última potência a se opor à expansão dos babilônios. Se a descrição do exército babilônico em 1.6-11 refere-se à marcha babilônica em direção à Carquemis, conforme interpreta-se, a data
da profecia de Habacuque seria entre 606—605 a.C., durante os primeiros anos do rei Joaquim de Judá.
As conseqüências da ascensão de Babilônia como potência mundial foram devastadoras à apóstata Judá (ver 2 Rs 24,25). Retornando do Egito, Nabucodonosor invadiu Judá, e levou a Babilônia um número considerável de cativos,
entre os quais Daniel e seus três amigos (605 a.C.). Em 597 a.C., as forças babilônicas tornaram a invadir Jerusalém, saqueando-lhe o templo, e levando outros 10.000 cativos para Babilônia, entre os quais o profeta Ezequiel.
Quando o rei Zedequias intentou livrar Judá do controle babilônico, onze anos mais tarde (586 a.C.), Nabucodonosor, enfurecido, sitiou Jerusalém, incendiou o templo, destruiu totalmente a cidade, e deportou para Babilônia a
maioria dos judeus sobreviventes. É provável que Habacuque haja vivido na maior parte deste período, onde o juízo divino revelou-se contra Judá.

Propósito
Diferentemente da maioria dos outros profetas, Habacuque não profetiza à desviada Judá. Escreveu para ajudar o remanescente piedoso a compreender os caminhos de Deus no tocante à sua nação pecaminosa, e ao seu castigo
iminente. Habacuque, após haver considerado o intrigante problema de os caldeus, uma nação deploravelmente ímpia, serem usados por Deus para tragar o seu povo em juízo (1.6-13), garante aos fiéis que Deus lidará com toda a
iniqüidade no tempo determinado. Entrementes, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), e não pelo seu entendimento. Em seguida, o profeta afiança: “exultarei no Deus da minha salvação” (3.18).

Visão Panorâmica
Os capítulos 1 e 2 registram as perguntas que Habacuque faz, em sua perplexidade, acerca dos caminhos de Deus, bem como as respostas que o Senhor lhe deu. Após ter visto tanta iniqüidade e idolatria em Judá, a primeira pergunta
do profeta é: Como Deus poderia deixar seu povo rebelde escapar sem o devido castigo? Deus responde, mostrando-lhe que, dentro em breve, estaria usando os babilônios para castigar Judá. A segunda pergunta de Habacuque
segue-se imediatamente: Como Deus poderia permitir que uma nação ainda mais ímpia e cruel que Judá castigasse a esta? A isto Deus responde, garantindo ao profeta que o dia de prestação de contas também chegaria para os
babilônios. No decurso de todo o livro, Habacuque expressa a sua fé na soberania de Deus e na certeza de que Ele é justo em todos os seus caminhos. A revelação do amor divino aos justos, e de seu propósito em destruir a ímpia
Babilônia, evoca um hino profético de louvor a Deus, e reafirma as promessas a respeito da salvação em Sião (cap. 3).

Características Especiais
Cinco aspectos básicos caracterizam a profecia de Habacuque. (1) Ao invés de profetizar a respeito da apóstata Judá, registra, em seu “diário” pessoal, suas conversações particulares com Deus, e a subseqüente revelação profética.
(2) Contém pelo menos três formas literárias distintas entre si: “diálogo” entre o profeta e Deus (1.2—2.5); “ais proféticos” clássicos (2.6-20); e um cântico profético (cap. 3) — todas com dicção vigorosa e com metáforas
pitorescas. (3) O profeta manifesta três características em meio aos tempos adversos: faz perguntas honestas ao Senhor (cap. 1); revela fé inabalável na soberania divina (2.4; 3.18,19); e manifesta zelo pelo avivamento (3.2). (4) A
visão que o profeta tem de Deus no capítulo três é uma das mais sublimes da Bíblia, e relembra a teofania no monte Sinai. Outros trechos inesquecíveis em Habacuque são: 1.5; 2.3,4,20; 3.2,17-19. (5) Nenhum profeta do AT fala
com mais eloqüência a respeito da questão da fé que Habacuque — não somente na sua declaração, “o justo, pela sua fé, viverá” (2.4), como também em seu testemunho pessoal (3.17-19).

O Livro de Habacuque ante o NT
A declaração de Habacuque de que o justo viverá por sua fé (2.4) é o texto-chave do AT usado por Paulo em sua teologia da justificação. O apóstolo cita o versículo em Rm 1.17 bem como em Gl 3.11 (cf. também Hb 10.37,38).
 

 

 

 

 

 

 

 

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NOTAS DE HABACUQUE   1º

1.1 HABACUQUE. Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605-597 a.C.) (ver Introdução). (1) O livro é único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas sim um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniqüidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. (2) Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: "Por que Deus castigaria seu povo através de uma nação mais ímpia do que ele"? No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente das circunstâncias.

1.2-4 ATÉ QUANDO... CLAMAREI EU? Habacuque ora a Deus, pedindo-lhe que pusesse fim à iniqüidade que reinava entre o povo do concerto. Deus, no entanto, parecia nada fazer a respeito, a não ser tolerar a violência, a injustiça e a destruição dos justos. As perguntas do profeta têm a ver com um antiqüíssimo tema: "Por que Deus demora tanto em castigar a iniqüidade?" e "Por que nossas orações geralmente não são prontamente atendidas?". Note, todavia, que tais queixas vinham de um coração cheio de fé num Deus justo.
1.5-11 REALIZO... UMA OBRA. Deus responde a Habacuque, e diz-lhe já ter planos para castigar Judá pelos seus pecados. Deus lançaria mão dos implacáveis babilônios a fim de corrigir a Judá. O fato de Deus usar um povo tão ímpio e pagão para castigar o seu povo deixara o profeta atônito. Era algo que parecia incrível ao povo de Deus (ver a nota seguinte).

1.12 NÃO ÉS TU DESDE SEMPRE? Habacuque fica horrorizado pelo fato de Deus usar uma nação tão iníqua para atacar a Judá. Mas ele sabe que Deus não permitiria que os babilônios aniquilassem a nação judaica, pois, mediante tal destruição, estaria cancelando seu propósito redentor à raça humana.

1.13 NÃO PODES VER O MAL. Esta expressão não significa que Deus seja incapaz de perceber o mal, pois Ele a tudo observa. Ele é onisciente (ver o estudo OS ATRIBUTOS DE DEUS). Pelo contrário: significa que Deus jamais contempla o mal para tolerá-lo ou apoiá-lo. O que deixou Habacuque perplexo foi o uso que Deus fez dos ímpios babilônios. Tem-se a impressão de que Ele tolerava os pecados destes enquanto castigava Judá que, a despeito de todos os seus pecados, não deixava de ser uma nação mais justa que os filhos de Babilônia

 

 

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NOTAS DE HABACUQUE   2º

2.2-20 ESCREVE A VISÃO. No capítulo 2, Deus responde a Habacuque acerca da predominância do mal no mundo, e do possível aniquilamento dos justos. O Senhor declara que viria um tempo em que todos os ímpios haveriam de ser destruídos, e que os únicos a ficarem firmes seriam os justos - os que se relacionam com Deus através da fé (ver v. 4 nota).

2.3 A VISÃO... PARA O TEMPO DETERMINADO. A solução do problema de Habacuque viria somente no "tempo determinado" por Deus.

(1) Então, seria colocado um ponto final à iniqüidade do mundo. Os fiéis de Deus teriam de "esperá-lo", ainda que parecesse levar tanto tempo.

(2) A semelhança de Habacuque, devemos esperar a justa intervenção de Deus no fim desta era. Quando Cristo levar os justos deste mundo, toda a iniqüidade será aniquilada (ver 1 Ts 4.16-17; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

2.4 O JUSTO, PELA SUA FÉ, VIVERÁ. É o "justo" que, no fim, emergirá vitorioso.

(1) Os retos são contrastados com os orgulhosos e ímpios. Os corações dos justos voltam-se a Deus, pois o têm como Pai. Possuem estreita comunhão com Ele, e lhe obedecem a vontade.

(2) Os justos devem viver neste mundo mediante a sua fé em Deus. "Fé", aqui, significa firme confiança em Deus e na retidão dos seus caminhos. É uma lealdade pessoal a Ele como Salvador e Senhor. É também a perseverança moral para seguir os seus caminhos. Paulo desenvolve este tema em Rm 1.17 e Gl 3.11 (cf. Hb 10.38; ver o estudo FÉ E GRAÇA)

2.6-20 AI DAQUELE. Estes versículos pronunciam os ais do juízo contra todo aquele cuja "alma... não é reta nele" (v. 4). Tais pessoas serão condenadas por causa de sua agressão (vv. 6-8), injustiça (vv. 9-11), violência e crime (vv. 12-14), imoralidade (vv. 15-17) e idolatria (vv. 18-20).
 

 

 

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NOTAS DE HABACUQUE   3º

3.1-19 ORAÇÃO. Este capítulo retrata o modo pelo qual Habacuque reage à resposta que Deus lhe dera no capítulo dois. Entre o pecado do mundo e o juízo divino, o profeta aprendera a viver pela fé em Deus, e a confiar na sabedoria dos seus caminhos.

3.2 AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA NO MEIO DOS ANOS. Habacuque sabia que o povo de Deus havia pecado, e, conseqüentemente, seria submetido ao juízo divino. Nestas circunstâncias, faz duas petições: (1) Pede a Deus que apareça entre o seu povo com nova manifestação de poder. Habacuque está ciente de que o povo não sobreviveria se o Senhor não interviesse com um derramamento de sua graça e de seu Espírito. Somente assim haveria verdadeira vida espiritual entre os fiéis. (2) Habacuque ora para que Deus se lembre da misericórdia em tempos de aflição e angústia. Sem a sua misericórdia, o povo haveria de perecer. Hoje, com os alicerces da igreja sendo abalados, quando há aflição por todos os lados, imploremos ao Senhor que torne a manifestar sua misericórdia e poder para que haja vida e renovação entre o seu povo.

3.3-16 DEUS VEIO. Nestes versículos, Habacuque refere-se à ocasião em que Deus livrou o seu povo do Egito (ver Êx 14). O mesmo Deus que viera com salvação no passado, voltaria em toda a sua glória. Todos quantos esperavam sua vinda, viveriam e veriam seu triunfo sobre impérios e nações.

3.18-19 EU ME ALEGRAREI NO SENHOR. Habacuque testifica que servia a Deus não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é Deus. Mesmo em meio ao castigo divino derramado sobre Judá (v. 16), o profeta opta por regozijar-se no Senhor. Deus seria a sua salvação e o manancial inesgotável de suas forças. Ele sabia que um remanescente fiel haveria de sobreviver à invasão babilônica, por isso proclama com confiança a derradeira vitória dos que vivem pela fé em Deus (cf. 2.4).
 

 

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