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Esboço
I. Preparação para Entrar e a Entrada em Canaã (1.1—5.15)
A. Deus Designa Josué (1.1-9)
B. Preparação para a Travessia do Jordão (1.10—3.13)
C. A Travessia do Rio Jordão (3.14—4.25)
D. Circuncisão, Páscoa e Reunião em Gilgal (5.1-15)
II. A Conquista da Terra Prometida (6.1—13.7)
A. Conquistas em Canaã Central (6.1—8.35)
1. Vitória em Jericó (6.1-27)
2. Derrota em Ai pelo Pecado de Acã (7.1-26)
3. Vitória em Ai (8.1-29)
4. Adoração e Renovação do Concerto em Siquém (8.30-35)
B. Conquistas em Canaã Sul (9.1—10.43)
1. Tratado com os Gibeonitas (9.1-27)
2. Destruição da Coalizão Amorita (10.1-43)
C. Conquistas em Canaã Norte (11.1-15)
D. Conquistas Efetuadas (11.16—12.24)
E. Territórios por Conquistar (13.1-7)
III. Repartição da Terra (13.8—22.34)
A. Tribos a Leste do Jordão (13.8-33)
B. Tribos a Oeste do Jordão (14.1—19.51)
C. Territórios Especiais (20.1—21.45)
1. Seis Cidades de Refúgio (20.1-9)
2. Cidades dos Levitas (21.1-45)
D. Retorno das Tribos do Leste (22.1-34)
IV. Mensagens de Despedida de Josué (23.1— 24.28)
A. Aos Governantes de Israel (23.1-16)
B. A Todo Israel; Renovação do Concerto em Siquém (24.1-28)
Conclusão (24.29-33)
A. Morte e Sepultamento de Josué (24.29-31)
B. Sepultamento dos Ossos de José (24.32)
C. Morte e Sepultamento de Eleazar (24.33)
Autor:
Josué
Tema:
A Conquista de Canaã
Data:
Século XIV a.C.
Considerações Preliminares
O livro de Josué é a continuação do Pentateuco. Relata a travessia do Jordão por
Israel, depois da morte de Moisés, para a
entrada em Canaã, bem como a conquista e o povoamento de Canaã pelas doze tribos
sob a liderança de Josué. A data bíblica
aproximada da invasão de Canaã por Israel é 1405 a.C. O livro abrange os 25-30
anos consecutivos da história de Israel, e conta
como Deus “deu... a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais” (21.43).
Apropriadamente, o livro recebe o nome do seu personagem principal, que se
destaca como o líder escolhido por Deus, do
começo ao fim do livro. Os antecedentes pessoais de Josué muito contribuíram
para que se tornasse o líder da conquista. Josué
viveu próximo ao fim da opressão de Israel pelo Egito, e testemunhou as dez
pragas que Deus enviou a esse país como castigo, a
primeira Páscoa, a travessia milagrosa do mar Vermelho e os sinais (e juízos)
sobrenaturais durante as peregrinações de Israel no
deserto. Serviu a Moisés como comandante militar na batalha contra os
amalequitas, pouco depois da saída do Egito (Ex
17.8-16). Somente ele acompanhou Moisés na subida ao monte Sinai, quando Deus
deu a Israel os dez mandamentos (Ex
24.12-18). Como auxiliar de Moisés, Josué demonstrava intensa devoção e amor a
Deus, e muitas vezes permaneceu na
presença do Senhor por um longo período (Ex 33.11). Era um homem que se
deleitava na santa presença de Deus. Por certo,
aprendeu muito com Moisés, seu conselheiro e guia de confiança, a respeito dos
caminhos de Deus e das dificuldades na
condução do povo. Em Cades-Barnéia, Josué serviu a Moisés como um dos doze
espias que observaram a terra de Canaã. Ele,
juntamente com Calebe, rejeitou energicamente o relatório da maioria, que
retratava a incredulidade do povo (Nm 14). Muitos
anos antes de substituir Moisés como líder de Israel, Josué demonstrou ser um
homem de fé, visão, coragem, lealdade,
obediência inconteste, oração e dedicação a Deus e à sua palavra. Quando foi
escolhido para substituir Moisés, já era um
homem “em que há o Espírito” (Nm 27.18; Dt 34.9).
A tradição judaica, no Talmude, atribui a Josué a autoria literária do livro.
Duas vezes o livro menciona o ato de escrever em
conexão com Josué (18.9; 24.26). As evidências internas do livro indicam
enfaticamente que o seu autor foi testemunha ocular
da conquista (cf. “nos” em 5.6; note-se que Raabe ainda vivia quando o autor
escreveu, 6.25). As partes do livro acrescentadas
depois da morte de Josué — e.g., 15.13-17 (cf. Jz 1.9-13); 24.29-33 — foram
talvez escritas por um dos “anciãos que ainda
viveram muito depois de Josué” (24.31). Josué morreu cerca de 1375 a.C., aos 110
anos de idade (24.29).
Propósito
O livro de Josué foi escrito como um registro da fidelidade de Deus, no
cumprimento de suas promessas pactuais a Israel,
concernentes à terra de Canaã (23.14; cf. Gn 12.6-7). As vitórias da conquista
aparecem como os atos libertadores da parte de
Deus pró Israel sobre uma decadente cultura cananéia (Dt 9.4). A violência neste
livro deve ser enquadrada nesta perspectiva. A
arqueologia confirma que o povo cananeu era caracterizado por extrema depravação
e crueldade quando Israel ocupou a terra.
Visão Panorâmica
Josué começa onde Deuteronômio termina. Israel estava acampado nas planícies de
Moabe (Dt 34.1), diretamente a leste de
Jericó e rio Jordão. O livro divide-se em três seções. (1) Seção I (1.1—5.15).
Descreve a designação de Josué por Deus, como
sucessor de Moisés, e os preparativos de Israel para entrar em Canaã (1.1—3.13),
sua travessia do Jordão (3.14—4.24), e suas
primeiras atividades na terra consoante o concerto (cap. 5). Deus prometeu a
Josué: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé,
vo-lo tenho dado” (1.3). (2) Seção II (6.1—13.7). Descreve como Israel avançou
obedientemente contra cidades-estados bem
armadas e com muros fortificados. Deus deu ao seu povo vitórias decisivas no
centro de Canaã (6—8), no sul (9; 10) e no norte
(11; 12), e assim Israel obteve o controle das terras montanhosas (de norte ao
sul) e do Neguebe. A maneira altamente singular
da conquista de Jericó demonstrou claramente a Israel quem era o Príncipe da sua
salvação (cap. 6). A derrota de Israel em Ai
revela a imparcialidade do livro e a obediência devotada que Deus requeria da
parte de Israel (cap. 7). (3) Seção III
(13.8—22.34). Descreve a repartição da terra, por Josué, entre as doze tribos; a
herança de Calebe; as seis cidades de refúgio; e
as quarenta e oito cidades levíticas dentre as tribos. O livro termina com duas
mensagens de despedida por Josué (23.1—24.28)
e um tributo post-mortem a Josué e Eleazar (24.29-33).
Características Especiais
Sete características principais sobressaem neste livro. (1) É o primeiro dos
livros históricos do AT a descrever a história de Israel
como nação na Palestina. (2) Oferece muitos aspectos da admirável vida de Josué
como o escolhido de Deus para completar a
missão de Moisés: estabelecer Israel como o povo do concerto na terra prometida.
(3) O livro registra vários milagres divinos em
favor de Israel, sendo que os dois mais notáveis são a queda de Jericó (cap. 6)
e o prolongamento das horas da luz do dia, na
batalha em Gibeão (cap. 10). (4) É o principal dos livros do AT a descrever o
conceito da “guerra santa” como missão específica
e limitada, prescrita por Deus e inclusa no contexto mais amplo da história da
salvação. (5) O livro ressalta três grandes
verdades no tocante ao relacionamento entre Deus e o seu povo do pacto: (a) sua
fidelidade; (b) sua santidade; e (c) a sua
salvação. (6) O livro ressalta a importância de manter viva a memória dos atos
redentores de Deus em favor do seu povo, e de
perpetuar esse legado de geração em geração. (7) O relato prolongado que o livro
registra da transgressão de Acã e do seu
subseqüente castigo (cap. 7), juntamente com outras admoestações, advertências e
castigos, enfatiza a importância do temor do
Senhor no coração do seu povo.
O Livro de Josué e Seu Cumprimento no NT
O nome Josué (hb. Yehoshua’ ou Yeshua’) é o equivalente hebraico do nome “Jesus”
no NT, em grego (ver 1.1 nota). Josué, no
seu encargo de introduzir Israel na terra prometida, é um tipo ou prefiguração
no AT, de Jesus, cuja obra foi levar “muitos filhos
à glória” (Hb 2.10; 4.1-13; 2 Co 2.14). Além disso, assim como o primeiro Josué
usou a espada do terrível juízo divino na
conquista, assim também o segundo Josué a usará na conquista das nações no fim
da história (Ap 19.11-16).
NOTAS DE JOSUÉ 1º
1.1 JOSUÉ, FILHO DE NUM. Josué tinha sido um auxiliar achegado e amigo fiel de Moisés durante os quarenta anos da peregrinação de Israel no deserto (Ex 17.8-13; 24.13; 32.17-19; Nm 13.8-16). Homem cheio do Espírito Santo, já designado sucessor de Moisés (Nm 27.18-24; Dt 34.9). Deus agora o mandava conduzir o povo dEle para a terra da promessa (ver Gn 12.6,7; 15.18-21). O nome Josué significa "o Senhor é salvação". A forma grega desse nome é "Jesus" (ver Mt 1.21 nota). Josué é um tipo (ou figura) de Jesus Cristo, pelo fato de introduzir o povo de Deus na terra prometida e conduzi-lo à vitória sobre seus inimigos (Hb 4.1,6-8; ver o estudo CRISTO NO ANTIGO TESTAMENTO). A conquista de Canaã (Palestina) começou cerca de 1405 a.C., e a liderança de Josué sobre Israel durou cerca de vinte e cinco anos
1.2 PASSA ESTE JORDÃO... À TERRA. Assim como as experiências de Israel no
deserto, sua entrada em Canaã e sua conquista do
país podem ser chamadas "figuras" que foram "escritas para aviso nosso" (cf. 1
Co 10.11):
(1) A terra prometida e sua conquista pelo povo de Deus tipifica, não o céu, mas a herança espiritual atual dos crentes e sua salvação em Cristo.
(2) Embora os crentes já possuam a salvação e, em certo sentido, já estejam "nos lugares celestiais em Cristo" (Ef 1.3), ainda precisam combater o bom combate da fé a fim de assegurarem sua posse da salvação final e do repouso eterno (1 Tm 1.18-20; 4.16; 6.12). Assim como foi a conquista de Canaã, tomar posse da salvação e da vida eterna também envolve a guerra e a vitória espirituais (Ef 6.10-20).
(3) Para Josué e os israelitas, a posse da terra prometida foi conseguida e mantida mediante a fé em Deus, expressa na obediência à sua Palavra e na luta contra os inimigos de Deus (vv.7-9; Dt 28 ). Para o crente do novo concerto, a posse da salvação e das bênçãos de Deus também é mantida mediante uma fé viva e presente em Cristo (ver o estudo FÉ E GRAÇA), expressa pela obediência à sua Palavra (ver Jo 3.36 nota) e na guerra espiritual contra o pecado, a carne e Satanás (Gl 5.16-21; ver Ef 6.11 nota).
Por conseguinte, a posse da terra (i.e., a herança do Senhor) pode ser perdida, conforme Josué adverte (23.16). A esperança da posse final do repouso divino definitivo acha-se na fé nas promessas de Deus (v. 6), no seu poder (3.14-17) e na sua presença pessoal (vv. 5,9)
1.5 SEREI CONTIGO. A promessa fundamental que Deus fez a Josué "serei contigo; não te deixarei nem te desampararei" é também o compromisso que Ele assume com todos os crentes na luta pela sua fé (Rm 1.17; Mt 28.20; Hb 13.5,6; cf. Dt 31.6; ver Ex 3.14 nota). A presença permanente de Deus conosco é agora uma realidade através do seu Filho (Mt 1.23) e do dom do Espírito Santo (Lc 24.49).
1.7 FAZER CONFORME TODA A LEI. Para possuírem a terra prometida, Josué e os
israelitas precisavam comprometer-se a
obedecer à Palavra de Deus escrita (ver a próxima nota). A Palavra de Deus
escrita no "Livro" (i.e., as Escrituras, v. 8) devia ser sua
autoridade máxima em confronto com todas as idéias, tradições, ou religiões
humanas. Esse princípio aplica-se igualmente aos fiéis do
antigo concerto e do novo concerto.
1.8 O LIVRO DESTA LEI. Esta expressão refere-se aos cinco primeiros livros da
Bíblia, contendo as palavras, mandamentos e
revelações de Deus a Moisés (cf. Dt 31.9-12,24-26). Evidências da fidelidade de
Josué para com a Palavra de Deus: falar a Palavra
(cf. Dt 6.7), meditar nela (cf. Sl 1.2; 119.97) e obedecê-la em tudo (cf. Ed
7.10; Tg 1.22-25).
1.8 MEDITA NELE DIA E NOITE. "Meditar" (hb. hagab) significa ler em silêncio ou
falar consigo mesmo internamente, à medida que se
pensa. Abrange refletir sobre as palavras e caminhos de Deus, e aplicá-los à
cada aspecto da vida da pessoa (Sl 1.2; 63.6; 77.12;
143.5).
1.8 FARÁS PROSPERAR O TEU CAMINHO. Aqueles que conhecem e seguem a Palavra de
Deus serão prósperos e
"bem-sucedidos", pelo fato de -possuírem a sabedoria para viverem em retidão e
de alcançarem o alvo de Deus para a sua vida (Sl
14.2; 119.99; Pv 1.3; 10.5). Os requisitos para essa prosperidade e sucesso são:
(1) ser forte, corajoso e diligente (vv. 6,7);
(2) ter a Palavra de Deus como guia supremo em tudo que cremos e fazemos (v. 7);
(3) estudar a Palavra de Deus com meditação, diariamente (v. 8); e (4) resolver buscar continuamente a presença de Deus por toda a vida (vv. 5,9). Esta mensagem dirigida a Josué enseja-nos um conjunto de princípios gerais para uma vida bem-sucedida. Não devemos jamais concluir que Deus tem a obrigação de conceder prosperidade material a todos quantos cumprirem essas condições. Princípios gerais desse tipo não são garantias absolutas, pois estão sujeitos aos desígnios soberanos de Deus para cada um de nós; às vezes, Ele permite passarmos por sofrimentos e adversidades (ver 3 Jo 1, v. 2 nota).
NOTAS DE JOSUÉ 2º
2.1 NA CASA DE UMA MULHER PROSTITUTA. A casa de Raabe (talvez uma hospedaria) seria um lugar adequado para forasteiros entrarem e obterem informações sem provocar inquietação ou suspeita.
2.1 RAABE. Raabe era uma mulher pecadora, vivendo
num ambiente pagão, mas que passou a crer no Deus de Israel como o verdadeiro
Deus do céu e da terra (vv. 10,11). Abandonou a idolatria de Canaã, e uniu-se
pela fé a Israel e a seu Deus (Hb 11.31; Tg 2.25), e veio a ser uma ancestral do
Messias (Mt 1.5,6). A salvação de Raabe ilustra o fato, que mesmo à vista do
julgamento, como era o caso naquele momento, Deus aceita qualquer pessoa "que,
em qualquer nação, o teme e faz o que é justo" (At 10.35).
2.5 NÃO SEI PARA ONDE AQUELES HOMENS SE FORAM. A
mentira de Raabe não justifica a mentira por parte dos crentes do NT, nem sequer
em circunstâncias críticas (cf. Ex 20.16; Dt 5.20). Nessa ocasião, Raabe ainda
não fazia parte do povo do concerto, submissa às leis morais desse concerto. Sua
mentira nunca teve aprovação das Escrituras, estas somente aprovam sua fé e
obras (Hb 11.31; Tg 2.25). Deus não precisava jamais de logro para cumprir suas
promessas do concerto ou para proteger os espias (1.5,6.; ver ainda Lv 19.11; Sl
101.7; Ef 4.25; Cl 3.9; Ap 21.8).
2.18,21 CORDÃO DE FIO DE ESCARLATA. O cordão
escarlata forma um paralelo com o cordeiro da Páscoa. Assim como o sangue do
cordeiro foi colocado nas portas das casas dos israelitas a fim de protegê-los
do castigo divino (Ex 12.21-23), assim também o cordão escarlata pendurado na
janela da casa de Raabe resultou em segurança e libertação para a sua família.
Por essa razão, alguns consideram que o cordão escarlata tipifica o sangue de
Cristo, de que o sangue do cordeiro pascoal era uma semelhança (ver o estudo
A
PÁSCOA)
NOTAS DE JOSUÉ 3º
3.3 A ARCA DO CONCERTO DO SENHOR. Deus estava bem presente entre o seu povo, mas de modo invisível, pois a "arca do concerto" estava entre eles, como símbolo dessa presença (Ex 25.22; Nm 10.35). Uma vez que os israelitas agora estavam sendo conduzidos para possuírem a terra prometida, o Senhor também se manifestava entre eles abertamente, através de milagres (vv. 5,14-17; 4.18).
3.5 SANTIFICAI-VOS. Este ato de santificação (cf.
Ex 19.10,14,15) fala do princípio que Deus não operará poderosamente em favor do
seu povo se este não estiver intimamente puro e em harmonia com a sua vontade.
Antes de pedirmos que Deus opere sinais e maravilhas em nosso meio, devemos
verificar se nosso coração é puro e se nossos desejos estão sob a orientação do
Espírito Santo (ver At 2.38 nota;
3.26 nota).
3.13 AS ÁGUAS... PARARÃO NUM MONTÃO. Deus dividiu
as águas do Jordão exatamente como Ele dividira as águas do mar Vermelho (Ex
14). Esse milagre foi uma evidência clara que o Deus vivo estava presente entre
o seu povo. Com essa demonstração evidente do seu poder, Deus fortaleceu a fé do
seu povo, para enfrentarem os desafios da conquista da terra prometida. Sem o
poder divino, eles não teriam tomado as cidades muradas, nem continuado a
avançar ante a extrema oposição para subjugar a nova terra.
NOTAS DE JOSUÉ 4º
4.6 VOSSOS FILHOS. Deus queria que seu povo sempre cuidasse da fé dos seus filhos (ver Dt 6.7 nota). As pedras memoriais colocadas nas ribanceiras do Jordão ensejavam uma oportunidade para os pais ensinarem aos seus filhos a respeito do poder e fidelidade de Deus. Através desses ensinos, os filhos temeriam "ao Senhor, vosso Deus, todos os dias" (v. 24; ver o estudo O TEMOR DO SENHOR)
4.21 QUE SIGNIFICAM ESTAS PEDRAS? Um monumento de
pedras era freqüentemente usado para relembrar às gerações futuras a respeito do
livramento divino e da sua graça para com o seu povo. O crente de hoje pode
escolher certas coisas ou lugares como memoriais para relembrar as grandes
coisas que Deus fez por eles. Esses memoriais devem ajudar-nos a ensinar a
nossos filhos a dependerem de Deus para os dirigir e ajudar enquanto viverem
neste mundo.
NOTAS DE JOSUÉ 5º
5.2 CIRCUNCIDAR. Sob o antigo concerto, a circuncisão assinalava todo filho homem, como descendente de Abraão, e servo do Senhor Deus. A circuncisão concedia-lhes o direito de participar das bênçãos do concerto (ver Gn 17.11 nota). Era, ainda, um sinal da sua submissão ao concerto. Embora o povo de Deus já estivesse na terra prometida, ainda era necessário o preparo espiritual da circuncisão e da Páscoa antes de iniciar a conquista propriamente dita.
5.14 PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR. Josué tem aqui
a confirmação da presença invisível de Deus e do seu exército celestial para
batalhar lado a lado com seu povo fiel (cf. At 12.5-11; 18.9,10; 23.11; 27.23).
Esse fato nos ensina que como crentes, não estamos sós em nossas lutas neste
mundo. Existem forças espirituais que lutam a nosso favor (Hb 1.14), havendo
também as que lutam contra nós. Temos o Espírito Santo, que permanece
constantemente ao nosso lado como nosso ajudador e protetor (Jo 14.16-23).
NOTAS DE JOSUÉ 6º
6.1 JERICÓ. A cidade de Jericó tinha uma área de cerca de 32 km2. Era uma cidade-fortaleza, não somente para seus habitantes, como também para os da região agrícola em derredor. Os muros tinham cerca de nove metros de altura e seis de espessura. Jericó era considerada invencível, por ter a proteção dos deuses cananeus. A captura de Jericó era a chave de toda a estratégia bélica de Josué, pois demonstraria que o Deus de Israel era superior aos deuses cananeus, logo, a derrota dos cananeus era inevitável.
6.17 A CIDADE SERÁ ANÁTEMA. Ser anátema (hb. herem)
significa que o objeto ou a pessoa era dedicado a Deus ou para destruição, ou
para seu serviço. Todos os cidadãos de Jericó foram condenados à destruição
total (Dt 13.16). O conceito inerente no termo herem é que Deus, o Criador, tem
o justo direito de destruir aqueles que se dedicam inteiramente à prática da
iniqüidade e da injustiça (Jr 18.6,7; 45.4; Mt 10.28; Lc 13.3; ver o estudo
A
DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS). Note, também, que Jericó era as primícias da
conquista, outras cidades não foram tratadas como Jericó
6.20 O MURO CAIU ABAIXO. Os muros desabaram por um
ato direto de Deus. A cidade foi tomada pela obediência de Israel à palavra de
Deus e pela fé no seu poder miraculoso (Hb 11.30; 1 Jo 5.4). Por muitos séculos
a cidade não foi reconstruída; daí, poucos restos das ruínas foram encontrados
na respectiva camada do solo em que ocorreu a destruição; quase tudo que restou
foi erodido pela ação do tempo.
6.21 TUDO... DESTRUÍRAM TOTALMENTE. Para uma
explanação da coerência entre a destruição em massa dos cananeus e o amor e a
justiça de Deus, ver o estudo
A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS
NOTAS DE JOSUÉ 7º
7.1-26 ACÃ... A IRA DO SENHOR SE ACENDEU. O pecado de Acã, suas conseqüências sobre Israel e a severa penalidade contra Acã e sua família revelam vários princípios de julgamento quando o povo de Deus peca flagrantemente.
(1) Quando há pecado grave, ou tolerância de pecado grave entre o povo de Deus, a bênção de Deus diminui, fica impedida, ou a sua perda é total. Deus não abençoará um povo que se recusa a tirar o pecado do seu meio (vv. 1,11-13,20,21,25; cf 1 Co 5.1-13).
(2) O pecado permitido na congregação do povo de Deus, expõe seus membros à influência destruidora do inimigo (e.g., Satanás e o mundo, vv. 4-13).
(3) Se tal pecado for tolerado, quando devia ser corrigido, resultará em juízo (v. 13). Se, no entanto, o pecado for declarado, confessado e removido, voltarão a bênção, a presença e a graça de Deus (vv. 22-26; 8.1,18,19; cf At 4.31-5.11). (4) O pecado entre o povo de Deus, portanto, deve ser tratado como assunto da máxima gravidade. É preciso preservar a pureza e demandar a obediência. Doutra forma, o crescimento espiritual de uma congregação ou será minguado, ou cessará totalmente (cf Ap 3.1-3,14-18).
7.12 NÃO PUDERAM SUBSISTIR PERANTE OS SEUS INIMIGOS.
A verdade deste versículo aplica-se não somente ao povo de Deus coletivamente,
mas também aos membros individualmente. O crente que vive continuamente em
pecado, sem arrependimento, isso o separará da graça de Deus. Tais pessoas já
não vivem sob a ajuda e proteção de Deus, e não poderão resistir aos inimigos da
sua alma, que a atacam e procuram destruí-la. O resultado de tal estado é
escravidão do pecado, tragédia e morte espiritual, a não ser que o pecado seja
removido (v. 13).
7.24 TOMARAM A ACÃ... E A SEUS FILHOS. Deus
castigou a família de Acã porque a narrativa deixa claro que seus familiares
sabiam a respeito do seu pecado e, sem dúvida, concordaram. Note que Dt 24.16
proíbe o castigo dos filhos pelos pecados dos seus pais. Como unidade
estreitamente formada, todos os membros da família tinham a mútua
responsabilidade de aconselhar, advertir e exortar uns aos outros, no sentido de
permanecerem todos dedicados a Deus e à sua palavra. Evidentemente isso não
ocorreu, e sofreram todos as mesmas conseqüências de Acã.
7.25 E OS APEDREJARAM COM PEDRAS. O destino eterno
de Acã e da sua família não está explanado aqui. O AT enfatiza a morte física
como conseqüência do pecado, mas não define claramente a respeito do juízo
eterno e definitivo dos indivíduos, inclusive neste caso.
NOTAS DE JOSUÉ 8º
8.30 JOSUÉ EDIFICOU UM ALTAR. A edificação desse altar no monte de Ebal e a leitura da lei ali (v. 34), revela quatro princípios para a compreensão do livro de Josué.
(1) O direito de possuir a terra prometida dependia do reconhecimento do concerto de Deus, e da lealdade a este (Dt 30.15-18).
(2) O acesso de Israel a Deus era sempre pela fé, mediante o sacrifício e a expiação pelo sangue (vv. 30,31).
(3) A continuação das bênçãos de Deus dependia dos israelitas se dedicarem a Ele com fé e amor sinceros (Dt 28-29; 30.11-20; ver Js 7.1-26 notas). A vida, a bênção, a paz e a salvação em Canaã não eram incondicionais. A fé nas promessas de Deus, evidenciada no altar, na expiação pelo sangue e nos mandamentos, era essencial para a manutenção de um relacionamento pactual com Deus (Dt 29. 18-21).
(4) A Palavra de Deus escrita era a autoridade suprema para seu povo e o
fundamento para terem a bênção de Deus, ou a sua maldição (vv. 31,32,34; 1.8;
cf. Dt 27-30; Mt 7.24-27).
NOTAS DE JOSUÉ 9º
9.14 NÃO PEDIRAM CONSELHO... DO SENHOR. Josué e
os líderes de Israel não oraram, nem buscaram a vontade de Deus no tocante aos
gibeonitas. Entraram presunçosamente num concerto irrevogável com os gibeonitas
(v. 18; 2 Sm 21.1,2). Essa decisão imprudente trouxe os cananeus ímpios para
dentro de Israel (ato este proibido em Dt 7). Os gibeonitas eram amorreus, e um
dos povos de Canaã (2 Sm 21.2; Gn 10.15,16). Em todas as decisões da vida
devemos buscar a vontade de Deus e orar pedindo sua sabedoria e orientação. Isso
nos poupará de tristezas e tragédias.
NOTAS DE JOSUÉ 11º
11.18 POR MUITOS DIAS, JOSUÉ FEZ GUERRA. A conquista de Canaã requereu uma série prolongada de campanhas com a duração aproximada de cinco anos. Esse fato pode ser deduzido da idade de Calebe, pois decorreram cinco anos, do início da conquista à ocasião em que ele recebeu a cidade de Hebrom (ver 14.6-13; Dt 2.14).
11.20 DO SENHOR VINHA QUE O SEU CORAÇÃO ENDURECESSE.
A iniqüidade dos cananeus era tão horrenda, que Deus resolveu destruí-los
(ver o estudo
A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS). Para efetuar essa destruição, Deus
endureceu os seus corações, de modo que obstinadamente guerreassem contra
Israel. Pode acontecer de uma pessoa ou nação tornar-se tão iníqua que Deus
retire delas a sua misericórdia, tornando-se inevitável o seu julgamento (cf. Hb
10.26-31)
11.23 JOSUÉ TOMOU TODA ESTA TERRA. Este versículo
resume o livro de Josué; segue-se o cap. 12 com um breve relato das conquistas
de Moisés e de Josué.
NOTAS DE JOSUÉ 13º
13.1 ERA, PORÉM, JOSUÉ JÁ VELHO. Este cap. inicia a segunda parte do livro de Josué. A conquista da terra atingira um ponto em que a resistência organizada fora destruída. "A terra repousou da guerra" (11.23), embora ainda permanecessem porções a serem conquistadas (vv. 2-6).
13.6 EU OS LANÇAREI DE DIANTE DOS FILHOS DE ISRAEL.
Deus prometeu lançar fora os cananeus de diante dos israelitas, mas a promessa
estava condicionada à obediência de Israel. Visto que Israel negligenciou o
dever de expulsar todos os habitantes daquela terra, Deus permitiu que alguns
deles permanecessem entre seu povo. Esse fato acarretou numerosos problemas aos
israelitas, especialmente o de praticarem idolatria. Deus não tem obrigação de
cumprir suas promessas se não formos fiéis às condições nelas estabelecidas.
13.7 REPARTE... ESTA TERRA POR HERANÇA. Os caps.
13-22 descrevem a divisão da terra de Canaã entre as doze tribos. Foi isto uma
profunda experiência espiritual para os israelitas. Esta partilha cumpriu a
promessa de Deus a respeito da terra prometida, e avivou a esperança da paz
completa, da qual já desfrutavam parte agora (Sl 16.6).
NOTAS DE JOSUÉ 14º
14.14 CALEBE... PERSEVERARA EM SEGUIR O SENHOR.
Calebe permaneceu fiel a Deus e recebeu integralmente a herança que lhe fora
prometida (vv. 9-14). Sua vida ilustra a fidelidade do crente e o recebimento da
dádiva prometida pelo Pai, segundo o novo concerto i.e., o Espírito Santo (At
1.4,5). Depois do arrependimento e do cumprimento das condições do novo concerto
da parte de Deus, o crente deve prosseguir e receber quaisquer dons espirituais
que Deus queira lhe outorgar (cf. Rm 12.6-8; 1 Co 12.4-31), e manifestar o fruto
do Espírito na sua vida (cf. Gl 5.22-25; At 6.3; 1 Co 2.6-16; Ef 1.17; Tg
3.13-18). Todas essas coisas constituem a herança apropriada daqueles que estão
cheios do Espírito e de poder (At 1.4-8; 2.4).
NOTAS DE JOSUÉ 16º
16.1 FILHOS DE JOSÉ. José, o décimo-primeiro
filho de Jacó, não tinha nenhuma tribo para perpetuar o seu nome, porque a sua
herança foi dada aos seus dois filhos, Efraim e Manassés (Gn 48.14-22). Como
resultado, José recebeu uma porção dupla de terra, pelo fato de Efraim e
Manassés se constituírem em duas tribos distintas.
NOTAS DE JOSUÉ 17º
17.4 CONFORME O DITO DO SENHOR. Este versículo
torna claro que os israelitas consideravam o Pentateuco como a Palavra de Deus a
ser obedecida em todos os seus detalhes. A Palavra de Deus escrita, por Ele
revelada a Moisés, constituía-se em padrão de autoridade para todo o povo de
Deus, inclusive Eleazar, o sacerdote, e Josué (v. 4).
17.13 NÃO OS EXPELIRAM DE TODO. Israel não tomou posse de toda a terra prometida, nem expulsou totalmente os cananeus, e isso por dois motivos.
(1) Queriam os lucros e a riqueza advinda do trabalho forçado e do tributo dos cananeus. Deixaram de fazer a vontade de Deus em troca de dinheiro e de conforto, e com isso plantaram as sementes da apostasia generalizada (cf. Jz 1.21,27-29; 2.11-13).
(2) Alguns povos cananeus tinham carros de ferro (vv. 16-18; Jz 1.19), e
armas de guerra superiores às dos israelitas, coisas que estes não poderiam
superar nas suas próprias forças. Começavam a perder a confiança no poder do seu
Deus para vencer os seus inimigos (cf. Sl 20.6-8).
NOTAS DE JOSUÉ 18º
18.1 ARMARAM A TENDA DA CONGREGAÇÃO. Israel
mudou seu centro de adoração, de Gilgal para Siló. Ali, erigiram o Tabernáculo,
onde se encontrava a Arca do Concerto, e onde Deus manifestava a sua presença
entre o povo, de modo especial (cf. Ex 25.8; 27.21; 34.26). O Tabernáculo
permaneceu em Siló durante todo o período dos juízes (i.e., c. 300 anos), até
sua captura pelos filisteus, nos dias de Samuel (1 Sm 4.3-5.1).
NOTAS DE JOSUÉ 20º
20.2 CIDADES DE REFÚGIO.
Ver Nm 35.11 nota.
NOTAS DE JOSUÉ 21º
21.45 PALAVRA ALGUMA FALHOU... QUE O SENHOR FALARA. Os versículos 43-45 ressaltam a fidelidade de Deus em cumprir sua promessa feita aos patriarcas (Gn 24.7; 26.3; 50.24), pois a terra prometida estava agora entregue aos descendentes de Abraão.
(1) Note que o livro de Josué fala da conquista de Canaã como estando completa (10.40-42; 11.23; 12.7-24), e ao mesmo tempo incompleta (13.2-6; 14.12; 17.12-18; 23.5). Deus foi fiel ao cumprir sua promessa com os israelitas, contudo eles tinham que cumprir a sua parte, obedecendo com fidelidade ao concerto, caso contrário, não possuiriam completamente a terra (1.6-9; 23.6-14).
(2) Semelhantemente, no novo concerto, Deus cumprirá fielmente todas as suas
promessas dirigidas aos salvos; todavia, eles têm de cumprir a sua parte,
vivendo em plena obediência, para o pleno cumprimento das promessas de Deus, e
também do seu reino (Lc 12.31). Se nos faltar alguma coisa no cumprimento das
promessas de Deus, a falha é nossa, e não do nosso Senhor. O desejo de Deus é
dar ao seu povo o reino (Lc 12.32).
NOTAS DE JOSUÉ 22º
22.12 OS FILHOS DE ISRAEL... PARA SAÍREM CONTRA ELES EM EXÉRCITO. Os filhos de Israel estavam prontos para a luta contra seus irmãos, por julgarem que eles edificaram um altar em rebeldia contra o Senhor Deus (vv. 10,11). Observe os seguintes pontos: (1) Josué e os demais israelitas achavam que a santidade e a verdade de Deus estavam sendo desprezadas (vv. 12,16,18; cf. Lv 17.8,9; Dt 13.12-15). Estavam dispostos a lutar contra seu próprio povo para defenderem a verdade e a pureza de Deus (Ef 4.15).
(2) Para demonstrarem seu amor aos seus compatriotas israelitas, Josué e os filhos de Israel enviaram primeiramente uma delegação, visando resolver o problema e conseguir a reconciliação (vv. 13-20).
(3) Alcançaram sem guerra, o mútuo entendimento e a reconciliação (vv. 21-34), e tanto a fidelidade a Deus quanto o amor ao próximo prevaleceram.
(4) A verdade e o amor prosseguem no novo concerto. O crente deve permanecer fiel à verdade de Deus e viver em santidade, sem transigir nisso; ao mesmo tempo, ele deve tratar com amor aqueles com quem ele tenha de discordar (ver Ef 4.15 nota).
22.34 TESTEMUNHO... QUE O SENHOR É DEUS. O altar
construído na margem oriental do Jordão serviria de testemunho e memorial às
futuras gerações declarando que as tribos a leste daquele rio assumiram o
compromisso de permanecer fiéis ao Senhor e somente a Ele servir. Hoje também,
sinais tangíveis de fé passam de uma geração à outra, como uma Bíblia especial,
uma coisa presenteada, uma fotografia, um objeto que faz lembrar a pessoa, ou
uma tradição que a família mantém. Essas coisas fazem o crente e sua família
lembrarem-se de sua dedicação ao Senhor.
NOTAS DE JOSUÉ 23º
23.11 PARA AMARDES AO SENHOR VOSSO DEUS. Josué exortou Israel a cultivar uma profunda comunhão com o Senhor e amá-lo devotadamente como Ele os amava (Dt 7.7,13; 11.1; 19.9). O Amor a Deus unido à gratidão seria a motivação para obedecerem a sua Palavra (v. 6) e a se separarem dos caminhos iníquos das nações (vv. 7,12). O crente do NT tem o mesmo dever de amar e dedicar-se inteiramente ao Senhor (Mt 22.37; Mc 12.30; Jo 14.15; Gl 5.6; 1 Jo 4.19).
23.12 E VOS ACHEGARDES AO RESTO DESTAS NAÇÕES.
Tendo Baal como uma das deidades masculinas principais, a religião dos cananeus
era altamente degradante.
(1) A religião deles promovia a prostituição cultual, tanto de homens como de mulheres, e o culto em si consistia em orgias sexuais degradantes. Seus profetas e sacerdotes oficialmente assassinavam, nos seus templos, criancinhas recém-nascidas em sacrifício a seus deuses (ver o estudo A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS).
(2) Deus sabia que se o seu povo convivesse com os cananeus, adotaria aquelas
práticas infames e vergonhosas. No NT, Deus continua conclamando seu
povo, da mesma forma, a separar-se do mundo ímpio (ver o estudo
O RELACIONAMENTO
ENTRE O CRENTE E O MUNDO)
23.13 SABEI CERTAMENTE. As promessas de Deus não
eram incondicionais para os israelitas. As condições para terem as bênçãos de
Deus, a comunhão com Ele e o seu poder eram o amor a Deus, expresso na
obediência aos seus mandamentos, a fé na sua providência e a separação dos
ímpios (vv. 3-13). Deus mesmo proveu a graça necessária para a preservação da
comunhão pactual, entre Ele e o seu povo.
NOTAS DE JOSUÉ 24º
24.1 AJUNTOU JOSUÉ TODAS AS TRIBOS. Josué, no
ocaso da sua vida, conclamou todo o povo para uma última reunião com Israel a
fim de levá-lo a uma renovação do concerto, em que se comprometeram a servir ao
Senhor com fidelidade e dedicação. Josué não destacou a sua atuação como líder;
pelo contrário, concentrou sua atenção na bondade de Deus e seu cuidado para com
Israel no passado (vv. 2-13), e repetidas vezes os admoestou a permanecerem
leais ao Senhor (vv. 14-28). Os autênticos dirigentes do povo de Deus precisam
ter o mesmo zelo que Josué teve pelo nome de Deus. Devem exortar os fiéis a
amarem ao Senhor, a servirem
somente a Ele e se separarem das práticas e do viver do mundo.
24.15 EU E A MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR. No
processo da salvação por Deus concedida, está o assunto da escolha individual.
Depende de cada um decidir a quem servir continuamente.Como no caso de Josué e
dos israelitas, permanecer em Deus não é um ato isolado no tempo e ocorrido uma
única vez (cf. 1.16-18; Dt 30.19,20); precisamos vez por outra reafirmar nossa
decisão feita de permanecer na fé e em obediência. A reafirmação de decisões
justas, feitas pelo crente, inclui temor ao Senhor, lealdade à verdade, a
obediência sincera e renúncia ao pecado e todos os prazeres a ele associados
(vv. 14-16). Deixar de servir e amar ao Senhor resultará depois em julgamento e
destruição (v. 20; 23.11-13).
24.16 NUNCA NOS ACONTEÇA QUE DEIXEMOS O SENHOR.
A promessa do povo, de servir somente o Senhor, foi cumprida, mas somente
enquanto Josué viveu, juntamente com os anciãos daqueles dias. Pouco tempo
depois da morte de Josué, o povo deixou o Senhor e começou a servir a outros
deuses (Jz 2.11-19).
24.25 ASSIM, FEZ JOSUÉ CONCERTO... COM O POVO. A renovação do concerto entre o Senhor e Israel importou num duplo compromisso.
(1) Deus prometeu cuidar do seu povo, e
(2) os israelitas comprometeram-se a servir unicamente ao Senhor Deus. Foi um
pacto permanente e mútuo entre Israel e Deus. Segundo o novo concerto mediante a
morte de Cristo, o crente também se compromete a seguir a Cristo através do
arrependimento, fé e obediência. Ele, por sua vez, comprometeu-se a ser nosso
Senhor e
Salvador e a nos conduzir ao lar celestial, à presença do Pai. Assim como
aconteceu a Israel no AT, primeiramente Deus veio até nós com misericórdia e
graça e estabeleceu as condições do novo concerto. Nós, como Israel dos tempos
antigos, devemos viver segundo os princípios do concerto (ver o estudo
O ANTIGO
E O NOVO CONCERTO)
FINAL DESTE LIVRO PARA RETORNAR CLIQUE NA SETA
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