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Esboço
I. Samuel: Líder Profético de Israel (1.1—8.22)
A. Nascimento de um Líder Profético (1.1—2.11)
1. A Tristeza e a Oração de Ana (1.1-18)
2. O Filho Profético de Ana (1.19-28)
3. O Cântico Profético de Ana (2.1-11)
B. Degeneração da Liderança Existente (2.12-36)
C. Transição de Eli para Samuel (3.1—6.21)
1. A Chamada Profética de Samuel (3.1-21)
2. O Julgamento da Casa e do Ministério de Eli (4.1-22)
3. Captura e Retorno da Arca (5.1—6.21)
D. Avivamento sob a Liderança de Samuel (7.1-17)
E. Israel Exige um Rei (8.1-22)
1. Israel Rejeita os Filhos de Samuel Como Líderes (8.1-5)
2. Israel Rejeita Deus Como Seu Rei (8.6-22)
II. Saul: O Primeiro Rei de Israel (9.1—15.35)
A. Transição de Samuel para Saul (9.1—12.25)
1. Saul é Escolhido (9.1-27)
2. Samuel Unge Saul (10.1-27)
3. Saul Vence os Amonitas (11.1-11)
4. Samuel Renova o Reino em Gilgal (11.12-15)
5. Discurso de Despedida de Samuel (12.1-25)
B. Começo do Reinado de Saul (13.1—15.35)
1. Guerras e Insensatez de Saul (13.1—14.52)
2. Rebeldia de Saul e Sua Rejeição (15.1-35)
III. Davi: Sua Unção e Aguardamento (16.1—31.13)
A. Samuel Unge Davi (16.1-13)
B. Deus Retira Seu Espírito de Saul (16.14—23)
C. Davi Luta contra Golias (17.1-58)
D. Davi na Corte de Saul (18.1—19.17)
1. Davi e Jônatas (18.1-4)
2. Davi Serve a Saul (18.5-16)
3. Davi Casa-se com Mical (18.17-28)
4. Saul Teme a Davi e Intenta Matá-lo (18.29—19.17)
E. Davi no Exílio (19.18—31.13)
1. Davi Foge para Samuel (19.18-24)
2. Davi Protegido por Jônatas (20.1-42)
3. Davi Auxiliado por Aimeleque, o Sacerdote (21.1-9)
4. Davi Refugia-se em Gate, na Filístia (21.10-15)
5. Um Grupo de Fugitivos e Descontentes Une-se a Davi (22.1—26.25)
6. Davi Refugia-se em Gate, na Filístia (27.1—30.31)
7. A Morte de Saul (31.1-13)
Autor:
Anônimo
Tema:
Reino Teocrático
Data:
Fins do século X a.C.
Considerações Preliminares
1 e 2 Samuel formam um só livro no AT hebraico. Levam o nome do profeta Samuel,
tido em alta estima como um proeminente líder espiritual de Israel; aquele a
quem Deus usou para pôr em ordem a monarquia teocrática. 1 Samuel
abrange quase um século da história de Israel — do nascimento de Samuel à morte
de Saul (c. 1105—1010 a.C.) — e forma o principal elo histórico entre o período
dos juízes e o primeiro rei de Israel. Enquanto o livro de 2
Samuel ocupa-se exclusivamente do rei Davi, 1 Samuel ocupa-se de três transições
importantes na liderança nacional: de Eli para Samuel; de Samuel para Saul; e de
Saul para Davi.
O caso da autoria admite 1 e 2 Samuel como uma só unidade literária. Tendo em
vista que parte do primeiro livro e a totalidade do segundo foram escritas
depois da morte de Samuel, este teria apenas contribuído com parte da
redação (cf. 10.25). O trabalho final é obra de um historiador inspirado que
empregou arquivos literários da época, inclusive as crônicas de Samuel (2 Sm
1.18; 1 Cr 27.24; 29.29), provavelmente pouco depois de 930 a.C., posto
que 1 Samuel pressupõe a divisão do reino (27.6) e 2 Samuel termina com os
últimos dias de Davi.
Propósito
1 Samuel descreve o momento decisivo da história de Israel, em que as rédeas do
governo passaram do juiz para o rei. O livro relata a tensão entre a expectativa
do povo quanto a um rei (um soberano absoluto “como o têm todas
as nações”, 8.5) e, os padrões teocráticos de Deus, pelos quais Ele era o Rei do
seu povo. O livro mostra claramente que a desobediência de Saul a Deus e sua
violação dos princípios teocráticos do seu cargo levaram Deus a
rejeitá-lo e a substituí-lo como rei.
Visão Panorâmica
O conteúdo de 1 Samuel concentra-se em três grandes líderes nacionais: Samuel,
Saul e Davi. (1) Samuel foi o último dos juízes, e o primeiro a exercer o ofício
profético (embora não fosse o primeiro profeta, cf. Dt 34.10; Jz 4.4).
Como homem de grande espiritualidade e dotado do dom profético, Samuel (a)
sabiamente conduziu Israel a um avivamento no culto a Deus (cap. 7), (b) lançou
o alicerce que situou os profetas na sua devida posição em Israel
(19.20; cf.At 3.24; 13.20; Hb 11.32) e (c) claramente estabeleceu a monarquia
israelita como reino teocrático (15.1,12,28; 16.1). A importância de Samuel como
líder espiritual do povo de Deus num período de grandes mudanças
na história de Israel ultrapassa a de todos os demais, exceto Moisés no seu
papel no êxodo.
(2) Saul tornou-se o primeiro rei de Israel, pelo fato de o povo querer um rei
humano “como o têm todas as nações” (8.5,20). Não demorou muito para ele revelar
que não tinha aptidão espiritual para exercer aquele cargo
teocrático; daí, Deus, posteriormente, rejeitá-lo (13; 15).
(3) Davi, o segundo homem, escolhido por Deus como seu representante como rei,
foi ungido por Samuel (cap. 16). Davi não quis ocupar o trono pela força ou pela
subversão, e deixou o caso nas mãos de Deus. Os capítulos
19—30 descrevem prioritariamente as fugas de Davi, por causa de Saul enciumado e
atormentado, e a paciência de Davi, que esperou até Deus agir no seu devido
tempo. O livro termina com o relato da morte trágica de Saul (cap.
31).
Características Especiais
Seis características principais assinalam o livro de 1 Samuel. (1) Expõe
claramente os padrões santos de Deus para a monarquia de Israel. Os reis de
Israel deviam ser submissos a Deus, como o verdadeiro Rei de Israel, e
obedientes à sua lei. Deviam atentar para a mensagem e a correção divina através
dos profetas. (2) Expõe os primórdios do grandioso ministério profético em
Israel, como sendo a dimensão espiritual do sacerdócio. O livro contém
as primeiras referências do AT a uma “congregação de profetas” (10.5; 19.18-24).
(3) Ressalta a importância e o poder da oração (1.10-28; 2.1-10; 7.5-10; 8.5,6;
9.15; 12.19-23), da palavra de Deus (1.23; 9.27; 15.1,10,23) e
da profecia pelo Espírito do Senhor (2.27-36; 3.20; 10.6,10; 19.20-24; 28.6).
(4) Contém farta informação biográfica descritiva da vida de três destacados
líderes de Israel — Samuel (1—7), Saul (8—31) e Davi (16—31). (5)
Contém muitas das célebres histórias bíblicas, tais como Deus falando com o
menino Samuel (cap. 3), Davi e Golias (cap. 17), Davi e Jônatas (18—20), Saul
enciumado e amedrontado por causa de Davi (18—30), e Saul e a
pitonisa de Endor (cap. 28). (6) Neste livro, temos a origem literária dalgumas
palavras citadas com freqüência: “Icabô” — que significa “nenhuma glória”, pois
“foi-se a glória” (4.21); “Ebenézer” — que significa “pedra de ajuda”,
pois “Até aqui nos ajudou o SENHOR” (7.12). Além disso, este livro é o primeiro
do AT que emprega a frase “SENHOR dos Exércitos” (e.g., 1.3).
O Livro de 1 Samuel e Seu Cumprimento no NT
1 Samuel encerra duas prefigurações proféticas do ministério de Jesus como
profeta, sacerdote e rei. (1) Samuel, nos seus dias, o principal representante
profético e sacerdotal de Deus em Israel, prefigurava o ministério de Jesus
como supremo expoente profético e sacerdotal de Deus para Israel. (2) Davi,
nascido em Belém, um pastor e rei, ungido por Deus, que levou a cabo os
propósitos de Deus para sua própria geração (At 13.36), veio a ser a
prefiguração e precursor principal do rei messiânico de Israel. O NT refere-se a
Jesus Cristo como “Filho de Davi” (e.g., Mt 1.1; 9.27; 21.9), a “descendência de
Davi segundo a carne” (Rm 1.3) e “a Raiz e a Geração de Davi” (Ap
22.16).
NOTAS DE 1° SAMUEL 1º
1.5 O SENHOR LHE TINHA CERRADO A MADRE. A esterilidade de Ana é atribuída diretamente à ação divina. Deus não lhe permitira ter filhos, a fim de prepará-la para o nascimento de Samuel. Da mesma maneira, Deus pode, às vezes, permitir que tenhamos decepções ou então conduzir-nos à situações em que nos sentimos inaptos ou inferiores, para que assim Ele possa continuar a realizar a sua vontade em nossa vida. Devemos então fazer conforme fez Ana levar diretamente ao Senhor as nossas circunstâncias e nossas mágoas, e esperar nEle (vv. 10-19; ver Rm 8.28 nota).
1.11 UM FILHO... AO SENHOR O DAREI. Ana demonstrou sua dedicação ao Senhor, pela sua disposição de dedicar seu filho à obra do Senhor. Os pais crentes de hoje também podem expressar sua dedicação a Deus e à sua obra, dedicando seus filhos e filhas ao ministério ou à obra missionária em outros países. Pais que apóiam, incentivam e oram por seus filhos desfrutarão grandemente do favor de Deus.
1.11 SOBRE A SUA CABEÇA NÃO PASSARÁ NAVALHA. Não cortar o cabelo fazia parte do voto de nazireado (ver Nm 6.5,14 notas).
1.20 TEVE UM FILHO... SAMUEL. Embora este livro, na sua maior parte, trate da transição, na história de Israel, do período dos juízes para o da monarquia, seus oito primeiros caps. ocupam-se do nascimento, infância e liderança profética de Samuel, o último juiz de Israel. Esse profeta de Deus antecedeu a instituição do reino em Israel, cujo rei devia permanecer submisso à Palavra de Deus e ao seu Espírito, manifestos em Samuel (11.14-12.25). Através da Bíblia, o profeta, como representante de Deus em Israel, tinha precedência sobre o rei e todos os demais cargos (cf. Ml 4.5,6; Lc 7.24-28).
1.28 AO SENHOR EU O ENTREGUEI. Ana deve ser reconhecida como exemplo da mãe segundo a vontade de Deus. Desde o primeiro momento em que desejou ter um filho, ela, decididamente e em oração, o apresentava diante do Senhor (vv. 10-28). Ela considerava seu filho uma dádiva graciosa da parte de Deus, e expressou sua intenção de cumprir seu voto, entregando seu filho ao Senhor (vv. 11,24-28; ver o estudo PAIS E FILHOS)
NOTAS DE 1° SAMUEL 2º
2.1 ENTÃO, OROU ANA. O cântico profético de Ana exalta o cuidado providencial de Deus para com os que lhe são fiéis (v. 9; cf. o cântico de Maria em Lc 1.46-55). Ana se regozijou, também, na salvação do Senhor e na sua santidade, e porque somente Ele é Deus (v. 2). Todos os crentes no Senhor Jesus Cristo devem nEle confiar quanto ao seu plano para nossa vida. Tudo quanto Ele permitir que ocorra em nossa vida, devemos pôr diante dEle em oração, tendo plena confiança de que nada poderá nos separar do seu amor, e que, por fim, Ele fará resultar em bem tudo quanto ocorrer conosco (Rm 8.28,31-39).
2.12 FILHOS DE BELIAL. "Belial", uma palavra hebraica que literalmente significa "sem valor, imprestável", mas que é aplicada no sentido de iniqüidade. Isso significa que os filhos de Eli eram homens maus, obreiros degenerados na casa de Deus, que se aproveitavam da sua posição para obter ganho ilícito e praticar imoralidade sexual (vv. 13-17,22; cf. Fp 3.17,18). Seu pai, Eli, o sumo sacerdote, não os disciplinou, nem os destituiu do sacerdócio (ver v. 29 nota).
2.23 OUÇO... OS VOSSOS MALEFÍCIOS. Eli protestou contra os atos vis de seus filhos, mas não os destituiu do seu encargo ministerial (cf. Nm 15.30,31). Essa falta da parte de Eli equivalia a desprezar a Deus (i.e., a natureza santa de Deus e os seus padrões para o ministério, v. 30). A Palavra de Deus declara que nenhum obreiro de conduta imoral pode ser dirigente do povo de Deus; os tais devem ser afastados dos cargos que ocupam (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
2.25 O SENHOR OS QUERIA MATAR. Os filhos de Eli endureceram o coração e pecavam
abertamente e sem constrangimento (cf.
Nm 15.30,31). Daí, a advertência de Eli não teve efeito moral sobre eles. Para
eles, já se passara o dia da salvação, estando, pois,
destinados por Deus à condenação e à morte (Rm 1.21-32; Hb 3; 10.26-31). Iam
morrer como resultado da sua própria e insolente
desobediência e da sua recusa de arrepender-se.
2.29 HONRAS A TEUS FILHOS MAIS DO QUE A MIM. Eli foi um fracasso total na
liderança espiritual da sua família e, por
conseguinte, de Israel.
(1) Como pai, não instruiu seus filhos no caminho da justiça. Quando estes seduziam as mulheres que serviam à porta do Tabernáculo (v. 22), Eli não exercitou sua vontade, nem sua autoridade espiritual para afastá-los do ministério (3.13; cf. Dt 21.18-21).
(2) O fracasso de Eli, como pai e ministro do Senhor, resultou no seguinte:
(a) o castigo divino sobre Eli, sobre seus filhos e sua família (vv. 30-36; 4.17,18);
(b) relaxamento no respeito ao ministério (v. 17);
(c) relaxamento espiritual do povo de Deus (v. 22-24) e
(d) o afastamento da glória de Deus, de Israel (4.21).
(3) A Bíblia inteira destaca a necessidade da santidade e do temor a Deus, como seu padrão para quem lida com o seu povo (cf. 1 Tm 3.1-10).
2.31 CORTAREI O TEU BRAÇO. Eli e os seus descendentes foram afastados para
sempre das funções sacerdotais. A infidelidade e
imoralidade de seus descendentes os reprovara permanentemente para a liderança
espiritual e como exemplos de espiritualidade para
Israel (vv. 30-34; 3.13,14).
2.35 UM SACERDOTE FIEL. Trata-se aqui de Samuel, que serviu como sacerdote, juiz
(7.6,15-17) e profeta (3.20,21). Desde a mais
tenra idade, Samuel foi instruído pelo sumo sacerdote Eli para o exercício dos
seus sagrados deveres (vv. 1-11; 1.24-28). Ele, mais
tarde, sucedeu a Eli como sumo sacerdote. Foi em tudo fiel a Deus em toda a sua
vida. Deste modo, Samuel prefigura o sacerdote
perfeito; Jesus, o Messias (o Ungido; cf. Sl 110; Hb 5.6).
(1) Acima de tudo, o sacerdote era chamado para ser fiel, i.e., manter fidelidade irrestrita a Deus e à sua Palavra. Isso subentende total e constante lealdade, devoção e fidelidade e, também, recusa a tudo que pudesse distanciá-lo de Deus e de seus caminhos.
(2) O NT nos ensina que
somente os que manifestam inconteste fidelidade a
Deus devem ser líderes espirituais do seu povo (Mt 24.45; 25.21; 1 Tm 3.1-13;
4.16; 2 Tm 2.2).
NOTAS DE 1° SAMUEL 3º
3.13 JULGAREI A SUA CASA PARA SEMPRE. Embora Eli pudesse ser perdoado como pessoa, pela sua falha no ministério, Deus não o restauraria, nem aos seus descendentes, para o encargo sacerdotal. Nenhuma chamada para servir ao Senhor como obreiro pode ser tida como irrevogável (ver Rm 11.29 nota).
3.20 PROFETA DO SENHOR. Samuel é uma das primeiras pessoas a exercer o
ministério profético, embora não fosse ele a primeira
pessoa a ter o dom profético (cf. Abraão, Gn 20.7; Moisés, Dt 18.15,18; Débora,
Jz 4.4).
(1) Por causa da corrupção do sacerdócio e do declínio espiritual do povo de Deus, Ele vocacionou Samuel para proclamar sua palavra ao povo (vv. 19-21), para prover um exemplo de fidelidade à sua vontade (2.35), para chamar o seu povo ao arrependimento e à renovação (7.3) e para agir como mediador entre Deus e o seu povo (7.8,9).
(2) Em torno da pessoa de Samuel
congregavam-se outros profetas, chamados a
"congregação de profetas" (19.20; 2 Rs 2.3,5; 4.38). A escola de profetas em
Ramá estava sob a direção de Samuel (19.20-22).
Através dele, esses profetas se desenvolviam espiritualmente e eram ensinados a
respeito da vontade de Deus para Israel. O
propósito de semelhante escola ou grupo de profetas era promover a renovação
espiritual e a restauração do propósito do concerto de
Deus para com Israel. Qualquer um podia aprender com eles sobre os caminhos do
Senhor.
NOTAS DE 1° SAMUEL 4º
4.2 ISRAEL FOI FERIDO. Israel foi derrotado porque o sacerdócio desvirtuou-se e o povo passou a viver em desobediência aos mandamentos de Deus. Os israelitas levaram a arca do concerto para a batalha, julgando que isso lhes garantiria a vitória (ver a nota seguinte). Ao invés disso, deveriam ter se arrependido e execrado seus caminhos pecaminosos, para terem a bênção de Deus.
4.3 TRAGAMOS... A ARCA DO CONCERTO DO SENHOR. A arca representava a presença de
Deus em Israel (cf. Êx 25.10-22; Nm
10.33-36). Os israelitas achavam que a arca lhes seria uma garantia
incondicional do favor e poder de Deus. Não compreendiam que
um símbolo das coisas espirituais não é uma garantia absoluta da realidade que
ele representa. Deus permanecia com o seu povo
somente enquanto esse povo procurasse manter comunhão com Ele, segundo o
concerto. Semelhantemente, sob o novo concerto,
alguém ser batizado em água, ou participar da Ceia do Senhor nenhum benefício
espiritual lhe trará a não ser que viva em sincera
obediência ao Senhor, trilhando seus justos caminhos (1 Co 11.27-30).
4.17 HOFNI E FINÉIAS, MORRERAM. A morte de Hofni e de Finéias, e a captura da
arca ressaltam o fato de que Deus castigará com
tragédias pessoais e ausência da sua glória àqueles que aprovam líderes
espirituais dissolutos.
4.21 ICABÔ. Esse nome significa "sem glória". A glória de Israel era Deus e a
sua presença manifesta na terra a favor do seu povo
(ver Ex 24.16 nota). A viúva de Finéias tinha justa razão em se preocupar com o
afastamento da presença de Deus (vv. 19-22), assim
como os crentes do novo concerto devem se preocupar se a presença, o poder, a
santidade e os dons do Espírito Santo deixarem de
operar entre nós.
NOTAS DE 1° SAMUEL 6º
6.12 DIREITAMENTE PELO CAMINHO DE BETE-SEMES. Deus fez com que as vacas levassem a arca de volta a Israel. Bete-Semes era uma cidade do outro lado da fronteira, no território de Judá (cf. Js 21.16).
6.19 FERIU... OS HOMENS DE BETE-SEMES. Muitos dos habitantes de Bete-Semes
desrespeitaram a ordem do Senhor, que proibiu
o povo de olhar para, ou tocar nos objetos sagrados do Tabernáculo (Nm 4.15,20).
Ao examinarem visualmente a arca do Senhor,
demonstraram ausência total de temor do Senhor e de reverência pelas coisas
santas. A honra, o respeito e o temor reverente devem
caracterizar o povo de Deus no seu relacionamento com seu Deus santo.
NOTAS DE 1° SAMUEL 7º
7.3 SE... VOS CONVERTERDES AO SENHOR... [ELE] VOS LIVRARÁ. Samuel enfatizou o princípio bíblico que se o povo de Deus espera ter dEle proteção e libertação, deve primeiramente voltar-se para Ele de todo o coração e rejeitar todas as formas de idolatria e de tolerância com o erro (cf. Rm 12.1,2). Todos, que sinceramente desejam agradar a Deus, serão objeto do seu cuidado, bênçãos e livramento (Ex 23.22; Dt 20.1-4; Js 1.5-9).
7.8 NÃO CESSES DE CLAMAR AO SENHOR. No decurso da nossa vida, a vitória sobre os
adversários espirituais depende da
oração incessante a Deus. Através da oração, temos Deus em cada aspecto da nossa
vida: trabalho, planos, família, problemas e
sucesso (ver Lc 18.1,7 notas). Deixar de orar é ficar descoberto para os ataques
de Satanás, visando à nossa derrota. Samuel
atendeu o pedido do povo oferecendo um cordeiro como holocausto, o que
significava a renovação da dedicação ao Senhor, bem
como suas orações em favor deles (v. 9).
NOTAS DE 1° SAMUEL 8º
8.1-3 SEUS FILHOS. Samuel nomeou seus filhos juízes, na parte sul de Israel,
mas eles não seguiram o bom exemplo do seu pai (v. 3).
Eles decidiram proceder erradamente, e a Bíblia, neste caso, não culpa Samuel,
como culpou Eli (2.29). Percebe-se que Samuel não
lhes permitiu exercer o sacerdócio. O procedimento dos filhos de Samuel ensina
que os filhos de pais convertidos devem ser levados a
decidir quanto à sua vida espiritual.
8.5 CONSTITUI-NOS... AGORA, UM REI. O reinado fazia parte das promessas do
concerto entre Deus e Abraão (Gn 17.6); e na
bênção que Jacó proferiu sobre seus filhos, destinou a monarquia à tribo de Judá
(Gn 49.10). Moisés previu o dia em que Israel ficaria
descontente com o governo direto de Deus (Dt 17.14,15; 28.36). Tal profecia
cumpriu-se no incidente aqui registrado, quando Israel
demandou um rei humano. Deus considerou o pedido dos israelitas como eles o
rejeitando como seu rei (v. 7) e como sua precipitação
em pôr em jogo sua missão de povo especial de Deus.
(1) Os israelitas pediram um rei humano, para que fossem "como todas as outras nações; e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras" (v. 20). Criam, erroneamente, que a razão das suas aflições e derrotas vinham da incompetência do governo, quando, na realidade, o problema era o pecado deles. Daí, eles conformarem-se com o modo de vida dos povos ímpios ao seu redor, ao invés de confiarem em Deus.
(2) Embora aquele não fosse o
momento de Deus, para eles terem um rei, e fosse injusta a sua motivação, Deus
os atendeu no que pediram. Apesar de tudo, Deus se
propôs a guiar o povo, apesar dos fracassos do governo monárquico de Israel
(12.14,15; 19-25). Isso revela o amor de Deus e a sua
paciência com a fraqueza humana.
8.7 A MIM ME TEM REJEITADO. Até a época de Samuel, o governo de Israel fora uma
teocracia, i.e., o próprio Deus governava Israel
como seu Rei. Deus governava através da orientação direta, da revelação
especial, da Palavra escrita e por intermédio de dirigentes
escolhidos e ungidos. Quando Israel pediu um governo monárquico, seus reis
passaram a assumir o cargo por sucessão hereditária e
não pela escolha direta de Deus. Surgiram, como resultado, reinados iníquos e
imorais, prejudicando o senhorio de Deus sobre o seu
povo. No final da história, Deus voltará a assumir o governo direto do seu povo,
por intermédio de Jesus Cristo, e "o seu Reino não terá
fim" (Lc 1.33; 1 Tm 1.17; Ap 20.4-6; 21.1-8).
8.22 CONSTITUI-LHES REI. Embora não fosse da vontade de Deus dar a Israel um rei
nessa ocasião, não deixou de fazê-lo (Os
13.11). Temos aqui um exemplo da história se desenrolando segundo a vontade
permissiva de Deus e não segundo a sua vontade
perfeita (ver 1 Tm 2.4 nota; ver o estudo
A VONTADE DE DEUS). Deus permitiu o
estabelecimento de um rei e o governo monárquico,
apesar dos seus problemas e infortúnios (vv. 10-18) que surgiriam, pelas
seguintes razões:
(1) Evidenciar a necessidade do reino perfeito de Deus e assim prenunciar Jesus Cristo como o Rei dos reis (Mt 2.2; 21.5; 1 Tm 1.17; 6.15; Ap 19.16);
(2) Ensinar ao seu
povo que nenhum tipo de governo no mundo inteiro solucionará seus problemas, nem
garantirá paz e segurança, enquanto houver
pecadores aqui. Somente no novo céu e na nova terra é que reinará a justiça, e a
perfeita paz e felicidade serão a porção de todos (Ap
21-22)
NOTAS DE 1° SAMUEL 9º
9.9 VIDENTE. O vidente (hb. ro'eh, "aquele que vê") era uma pessoa
especialmente capacitada por Deus, para ver na esfera do
espiritual, ou para prever eventos futuros (cf. v. 19; 2 Sm 24.11; 2 Cr 29.25;
35.15). Freqüentemente, Deus revelava ao profeta os
eventos presentes ou futuros, mediante sonhos e visões (cf. Nm 12.6); por isso,
nos períodos em que era raro o dom da profecia, está
dito que "não havia visão manifesta" (3.1). Posteriormente na história de
Israel, o vidente passou a ter uma posição aquém do profeta,
cuja missão principal era transmitir ao povo de Deus aquilo que ele via ou ouvia
da parte de Deus, a respeito da lealdade desse povo a
Deus (ver o estudo
O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO)
NOTAS DE 1° SAMUEL 10º
10.1 TEM UNGIDO O SENHOR. O propósito da unção de Saul foi:
(1) dedicá-lo a Deus para a tarefa especial à qual foi vocacionado e
(2) conferir-lhe graça eficaz e dons, para a tarefa que Deus lhe atribuíra. "O ungido do Senhor", veio a ser um termo comum para o rei de Israel (26.9; 12.3; Lm 4.20). O Rei supremo ungido por Deus é Jesus, o Messias (hb. Mashiah, "o Ungido"), a quem Ele ungiu com o Espírito Santo (Jo 1.32,33). Portanto, todos os seguidores de Jesus precisam ser ungidos com o mesmo Espírito Santo (2 Co 1.21; 1 Jo 2.20) como sacerdotes e reis, segundo o novo concerto (cf. 1 Pe 2.5,9).
10.5 PROFETIZARÃO. Este profetizar (vv. 6,10,11,13) envolvia, evidentemente,
louvor a Deus através de expressões vocais
proféticas e cânticos inspirados pelo Espírito Santo (cf. Nm 11.25).
10.6 E TE MUDARÁS EM OUTRO HOMEM. Deus transformou a disposição interior de Saul, ungindo-o com o Espírito Santo (cf. v. 9). Essa mudança não era incondicional, nem permanente, mas, sim, algo que somente podia ser mantido pela obediência a Deus. Mais adiante Saul deixou de obedecer a Deus, e então o Espírito Santo o deixou em seguida (13.13,14; 15.11; 16.14).
10.9 DEUS LHE MUDOU O CORAÇÃO EM OUTRO. Saul recebeu muitos talentos da parte de
Deus, para assisti-lo no seu serviço a
Deus e a Israel, de maneira santa. Seu coração foi transformado; foi revestido
do poder do Espírito Santo (v. 6), tinha um corpo robusto
(v. 23), uma atitude humilde (9.21) e a orientação e as orações de Samuel
(12.23-25). Note especialmente o dom da profecia (vv.
10-13), que era um sinal da sua unção como rei. Mesmo assim, por ser tão
imprudente, logo entrou pelo caminho da infidelidade a Deus
e à sua Palavra (13.13,14)
10.25 O DIREITO DO REINO. O rei de Israel devia ser bem diferente dos reis
doutras nações. Ao invés de ser um monarca absoluto,
devia ser um rei teocrático, submisso a Deus como o supremo Soberano do povo
(ver Dt 17.14-20, quanto aos deveres e leis para os
reis).
NOTAS DE 1° SAMUEL 11º
11.6 ENTÃO, O ESPÍRITO DE DEUS SE APODEROU DE SAUL... E ACENDEU-SE... A SUA
IRA. A promessa de revestimento de
poder do Espírito Santo, comunicada por Samuel a Saul, ao ungi-lo rei (10.6),
cumpriu-se aqui. Note que Saul, como rei, impôs o mesmo
tipo de liderança militar aos inimigos de Israel que os juízes (cf. Jz 14.6,
onde a mesma expressão é aplicada a Sansão). Um dos
aspectos da obra do Espírito Santo no crente é a ira genuína contra o pecado e a
crueldade com o próximo. O próprio Jesus
manifestou semelhante ira contra o pecado e a iniqüidade, em várias ocasiões
(ver Lc 19.45 nota;
Jo 11.33 nota).
NOTAS DE 1° SAMUEL 12º
12.7-18 E CONTENDEREI CONVOSCO. Samuel manifestou o verdadeiro coração de profeta, ao pleitear com o povo para este permanecer fiel a Deus e à sua lei. O próprio Samuel permaneceu fiel a Deus, sem nunca se desviar em toda sua vida, da sua integridade original pessoal, nem da sua missão, nem da sua mensagem (vv. 3-5; 2.35).
12.14 SE TEMERDES AO SENHOR... E DERDES OUVIDOS. Samuel deixou claro que a
bênção de Deus e a prosperidade da nação
não dependem de um rei, mas de buscar a Deus com temor e servi-lo com toda
obediência, conforme a sua Palavra (vv. 24,25).
12.21 E NÃO VOS DESVIEIS; POIS SEGUIRÍEIS AS VAIDADES. "Vaidades", aqui, têm o
sentido de ídolos. Samuel advertiu os
israelitas contra a adoração a deuses pagãos e vazios de poder. Somente o Senhor
Deus poderia lhes socorrer em qualquer
dificuldade. Para mais a respeito da idolatria, ver o estudo
A IDOLATRIA E SEUS
MALES
12.22 O SENHOR NÃO DESAMPARARÁ O SEU POVO. Deus continuou a assistir Israel,
apesar de os israelitas terem feito uma má
escolha e se afastado da perfeita vontade divina para eles. Na sua misericórdia
e paciência, Deus constantemente nos abençoará,
mesmo quando fazemos escolhas erradas e entramos por um caminho que não é
totalmente o da sua vontade para a nossa vida.
Quando saímos fora da vontade do Senhor, devemos buscar o seu perdão e retornar
à obediência e ao seu serviço, de todo o coração
(v. 24). Se fizermos assim, Deus nos abençoará em nossa condição atual. Se, no
entanto, persistirmos em seguir o nosso próprio
caminho, isso vai resultar em nossa ruína (v. 25).
12.23 LONGE DE MIM QUE EU PEQUE CONTRA O SENHOR, DEIXANDO DE ORAR. Samuel era um
homem de oração.
(1) Nasceu em resposta à oração da sua mãe (1.10-20); orava em favor do povo de Deus e, através da oração, viu Israel liberto do inimigo (7.5-14); orou quando Israel rejeitou a Deus (8.6); orou continua-mente para que o seu povo temesse ao Senhor e o servisse fielmente (12.23,24).
(2) O Salmo 99.6 declara que Samuel estava "entre os que invocam o seu [de Deus] nome". Jeremias 15.1 esclarece que, como intercessor, Samuel equipara-se diante de Deus a Moisés. (3) Samuel compreendia tão bem as virtudes, o poder e a relevância da oração intercessória, que considerava pecado o deixar de interceder em oração (ver o estudo A INTERCESSÃO)
12.24 TÃO-SOMENTE TEMEI AO SENHOR E SERVI-O FIELMENTE. Embora o rei Saul fosse
agora o governante de Israel, Samuel,
como profeta de Deus, continuou a conclamar tanto o rei quanto o povo a andarem
nos caminhos de Deus (v. 23). O profeta,
representando Deus e a sua Palavra, diferia de Saul e de todos os futuros reis
de Israel, como porta-voz de Deus (3.20; 15.1; Ex
7.1,2). Os reis de Israel deviam permanecer submissos à autoridade, doutrina e
repreensão de Deus através dos seus profetas (cf.
13.13,14; 15.17-23; 2 Sm 12.1-15).
NOTAS DE 1° SAMUEL 13º
13.13 NÃO GUARDASTE O MANDAMENTO QUE O SENHOR, TEU DEUS, TE ORDENOU. O Senhor tinha ordenado diretamente a Saul que esperasse em Gilgal até que chegasse Samuel, o qual ofereceria sacrifícios e lhe daria instruções (10.8). Deus testou a obediência de Saul mediante a demora deliberada de Samuel, além dos sete dias combinados. Em desespero (v. 8) e presunção (v. 9), o próprio Saul resolveu oferecer um sacrifício, de modo contrário à Palavra de Deus. Por Saul não ter cumprido o mandamento do Senhor, Samuel lhe disse que Deus lhe tiraria o reino (vv. 13,14). Embora Saul tenha permanecido como rei pelo resto da sua vida, seu filho Jônatas não o sucedeu no trono.
13.14 UM HOMEM SEGUNDO O SEU CORAÇÃO. Davi é esse homem.
(1) Davi era um homem segundo o coração de Deus, pelas seguintes razões:
(a) cria em Deus desde a sua juventude (17.34,37);
(b) buscava diligente e continuamente a face de Deus e o seu conselho, dependendo inteiramente dEle (23.2,4; 30.8; 2 Sm 2.1; 5.19,23);
(c) adorava a Deus com a totalidade do seu ser e instruía a nação inteira de Israel a fazer o mesmo (1 Cr 15;16);
(d) reconhecia humildemente que Deus era o verdadeiro Rei de Israel e que ele mesmo não passava de um representante dEle (2 Sm 5.12); e
(e) na sua conduta pública obedecia ao Senhor e cumpria a sua vontade de modo geral (cf. At 13.22).
(2) Em época posterior da sua vida, no entanto,
Davi causou profundo desgosto a Deus em várias
ocasiões, deixando de ser um homem segundo o seu coração. Ele desprezou a Deus e
à sua Palavra ao cometer os pecados de
adultério e de homicídio (2 Sm 12.7-14), e ao numerar Israel contra a vontade de
Deus (1 Cr 21.1-17).
NOTAS DE 1° SAMUEL 14º
14.1 FILISTEUS. Este capítulo destaca o fato de que Israel derrotou os
filisteus somente porque Deus agiu em favor do seu povo.
Israel estava desanimado, inferior em número e em armamento (13.19-22). Não
havia qualquer expectativa de vitória, mas ganharam a
batalha, porque "livrou o SENHOR a Israel naquele dia" (v. 23). Quando as
circunstâncias parecem estar contra nós, e os nossos
recursos são deficientes, nós, como filhos de Deus, temos o direito de invocá-lo
para nos socorrer em nossas crises (ver Hb 4.16
nota). Ele prometeu que nos seria "socorro bem presente na angústia" (Sl 46.1) e
que nos concederia graça em todas as nossas
necessidades (2 Co 12.9).
NOTAS DE 1° SAMUEL 15º
15.2 EU ME RECORDEI DO QUE FEZ AMALEQUE. Os amalequitas (i.e., descendentes de Amaleque) foram os primeiros a se oporem a Deus e à nação de Israel, no deserto (Ex 17.8-13). Representam todo poder e oposição malignos a Deus, ao seu povo e à sua verdade. Saul era responsável pela total destruição dos amalequitas e seus perversos caminhos (v. 3). Usando de falso zelo religioso como desculpa, Saul não cumpriu totalmente a ordem de Deus a respeito dos amalequitas, sendo a seguir rejeitado por Deus como rei (vv. 18-23).
15.3 MATARÁS... DESDE OS MENINOS ATÉ AOS DE PEITO. O grau de iniqüidade,
crueldade e permanente rebelião dos
amalequitas era tão grande, que a saída daquelas crianças inocentes da face da
terra era um ato de misericórdia. Note que por causa
da extrema iniqüidade da raça humana nos dias de Noé, Deus, com tristeza e
pesar, resolvera destruir todos, inclusive crianças e
nenês (Gn 6.5-7). No presente caso, também, Deus resolveu que os amalequitas
tinham de ser totalmente aniquilados. Era melhor as
criancinhas amalequitas morrerem nesse estado, do que viverem no ambiente
pervertido e ímpio de seus pais.
15.9 E SAUL E O POVO... NÃO OS QUISERAM DESTRUIR TOTALMENTE. Saul rebelou-se
contra Deus e desobedeceu às suas
claras determinações (vv. 2,3,18,19) porque não obedecia à vontade de Deus de
todo o coração. Achava que a Palavra de Deus era
boa, mas não tão sagrada ao ponto de ter de ser observada em todos os seus
pormenores. Sua rejeição da Palavra do Senhor (vv.
22,23) tornou-se mais evidente aqui, porque já tinha sido advertido por causa da
sua desobediência anterior (13.13).
15.22 O OBEDECER É MELHOR DO QUE O SACRIFICAR. Obedecer de coração à palavra de
Deus é melhor do que qualquer forma
exterior de adoração, serviço a Deus, ou abnegação pessoal. O pecado de Saul foi
seguir seu próprio conceito do certo, acima da
revelação bíblica. Esse pecado será, também, a base da apostasia final predita
para o período que de pronto precede a volta de Jesus
à terra (Mt 24.11,24; 2 Ts 2.9-12; 2 Tm 4.3,4; 2 Pe 2). O culto, a oração, o
louvor, os dons espirituais e o serviço a Deus não têm valor
aos seus olhos, se não forem acompanhados pela obediência explícita a Ele e aos
seus padrões de retidão (cf. Is 58.2; 59.2; 1 Co 13).
15.23 REBELIÃO É COMO O PECADO DE FEITIÇARIA. O pecado de "feitiçaria" procura
controlar eventos, pessoas, ou o futuro, por
meio de espíritos de pessoas falecidas (cf. Lv 19.26,31; Dt 18.9-12). A rebelião
contra a Palavra de Deus é semelhante a esse
pecado, visto que os dois envolvem a rejeição do senhorio de Deus e a tentativa
de determinar o desfecho dos fatos em contrário à
vontade de Deus. Além disso, esses dois pecados colocam o transgressor fora da
proteção de Deus e o submetem ao poder
destruidor de Satanás e dos espíritos malignos (cf. 16.14; 18.10; 19.9).
15.23 REJEITOU A TI, PARA QUE NÃO SEJAS REI. (1) A rejeição de Saul como rei e a
conseqüente rejeição de sua casa não
significavam que Deus rejeitara para sempre a Saul como pessoa. Embora o cargo
de Saul como rei jamais fosse restaurado, contudo
ele poderia ser perdoado e ter comunhão com Deus como salvo, mediante
arrependimento sincero e submissão ao Senhor (vv.
24,25,31). (2) Esse mesmo princípio verifica-se no novo concerto. Um líder
espiritual que venha a fracassar moralmente, e daí ser
permanentemente reprovado por Deus para o exercício do seu ministério
espiritual, pode, contudo, obter pleno perdão, usufruir a
salvação e a comunhão com Deus (ver o estudo
QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR)
15.35 O SENHOR SE ARREPENDEU. "Arrependeu" (hb. naham) expressa o profundo
sentimento e desgosto de Deus, diante da
rebelião de Saul. O grande pesar de Deus incluiu a tristeza que Ele sentiu por
ter posto Saul como rei sobre Israel. Note, porém, que
Deus não se arrepende como o homem se arrepende. O homem se arrepende quando
procede mal, tendo que se corrigir diante de
Deus quanto aos seus erros, ao passo que o arrependimento de Deus é basicamente
uma mudança de atitude.
NOTAS DE 1° SAMUEL 1º
16.12 LEVANTA-TE E UNGE-O. Já em tenra idade, Davi cultivava um coração voltado para Deus como seu pastor espiritual (ver Sl 23). O fiel coração de Davi diante de Deus (v. 7) foi a razão da sua escolha, por Deus, para ser o próximo rei de Israel.
16.14 O ESPÍRITO DO SENHOR SE RETIROU DE SAUL. Por Saul rebelar-se contra a
vontade de Deus, foi entregue à influência
demoníaca (ver 15.23). Os espíritos malignos agem sob a vontade permissiva de
Deus, e, às vezes, sob sua vontade direta (Jz 9.23; 1
Rs 22.19-23; ver também Lc 11.26 nota; 22.3; Rm 1.21-32; 2 Ts 2.8-12; ver o
estudo A VONTADE DE DEUS)
16.23 O ESPÍRITO MAU SE RETIRAVA. Evidentemente o Espírito Santo estava presente
na música de Davi, de modo que Saul
experimentava alívio temporário da opressão demoníaca que lhe sobreviera como
castigo divino.
NOTAS DE 1° SAMUEL 17º
17.50 DAVI PREVALECEU CONTRA O FILISTEU. A vitória de Davi sobre Golias resultou da sua fé em Deus; fé esta já testada e comprovada na sua vida. Podemos identificar cinco fatores específicos conducentes ao seu triunfo:
(1) Davi tinha seu coração entregue a Deus (16.7), e assim buscava continuamente a Deus e a sua face (cf. 1 Cr 16.10,11; Sl 27.8).
(2) Davi tinha um carinhoso e profundo zelo pela honra e reputação do Senhor Deus de Israel (vv. 26,36,46). Ele percebeu que Golias estava afrontando não somente os exércitos de Israel, mas o próprio Senhor Deus.
(3) A confiança de Davi no poder do Senhor foi fortalecida pela sua lembrança das ocasiões anteriores em que ele clamara a Deus por livramento e o recebera (vv. 34-37; cf. Sl 29.3,4).
(4) Davi confiava, não em si mesmo, mas em Deus, para obter a vitória sobre Golias e os filisteus (vv. 37,45-47; cf. Sl 33.16,17; 44.6,7; Os 1.7).
(5) O
Espírito do Senhor veio poderosamente sobre ele (16.13; cf. Zc 4.6). Sempre que
os filhos de Deus enfrentarem problemas e situações
parecendo intransponíveis, esses gigantes podem ser derrotados, se exercermos fé
como Davi, e se dependermos do poder do
Espírito Santo (Ef 3.20,21; Fp 4.13).
NOTAS DE 1° SAMUEL 18º
18.10 O MAU ESPÍRITO, DA PARTE DE DEUS, SE APODEROU DE SAUL, E PROFETIZAVA.
Ninguém vá pensar que o significado
deste texto é que Deus enviou diretamente um espírito demoníaco sobre Saul, e
sim que Deus permitiu que um espírito maligno
entrasse nele (ver 16.14 nota; ver o estudo
A VONTADE DE DEUS). A palavra
hebraica para "profetizar", pode referir-se à profecia
genuína, ou à falsa profecia. Aqui, Saul não estava profetizando pelo Espírito
de Deus; pelo contrário, sua "profecia" provavelmente consistia em expressões vocais demoníacas e em delírio
NOTAS DE 1° SAMUEL 19º
19.20 UMA CONGREGAÇÃO DE PROFETAS. Samuel fundara uma "escola de profetas". Um grupo de profetas é também mencionado nos tempos de Elias e Eliseu (cf. 1 Rs 20.35; 2 Rs 6.1-7). Eram escolas organizadas a fim de despertar, nos que tinham dons proféticos, o cultivo de uma vida de retidão e consagração por meio da preparação espiritual, para que pelo seu ministério fosse refreada a apostasia e promovida a justa obediência à Palavra de Deus. Nota-se, especialmente, a grande importância que essas escolas davam ao Espírito Santo (cf. 10.5,6).
19.21 TAMBÉM ESTES PROFETIZARAM. Os versículos 18-24 revelam que o Espírito de
Deus pode vir sobre as pessoas, tanto para
castigo, como para bênção.
(1) Saul tinha enviado "mensageiros" para prenderem Davi. Para impedir a atuação deles, o Espírito Santo os dominou pela sua presença e autoridade. O próprio Saul foi, a seguir, dominado e humilhado pelo Espírito, ao ser prostrado em êxtase durante todo um dia e uma noite.
(2) Este trecho deixa claro que quando o Espírito vem sobre um indivíduo, seja para profetizar ou qualquer outra manifestação característica, isso nem sempre significa que a pessoa está bem diante de Deus (cf. Jo 11.49-51). Saul estava em rebelião contra Deus, todavia foi dominado pelo Espírito (cf. At 22.17; Mt 7.22,23).
19.24 E ESTEVE NU POR TERRA. A palavra "nu" nas línguas bíblicas nem sempre
significa a nudez total. A expressão pode referir-se
a uma pessoa despojada da sua armadura ou das suas vestes externas e eventuais
(Jo 21.7; cf. Is 20.2; Mq 1.8).
NOTAS DE 1° SAMUEL 21º
21.1 ENTÃO, VEIO DAVI A NOBE. Os caps. 21;22 registram como Davi fugiu de
Saul e deixou de confiar totalmente em Deus. Com o
intuito de salvar sua vida, Davi mentiu (v. 2), buscou refúgio entre os
filisteus ímpios (vv. 10-15) e foi a causa indireta da morte dos
sacerdotes e de muitos outros (22.11-23; cf. Sl 52). Davi, ao recorrer à fraude,
deixou de entregar sua vida incondicionalmente ao
Senhor e à sua proteção.
NOTAS DE 1° SAMUEL 22º
22.18 MATOU... OITENTA E CINCO HOMENS. Davi permitiu que Doegue matasse
oitenta e cinco dos ministros de Deus, além
doutros inocentes, homens, mulheres e crianças. Neste mundo decaído, os
inocentes, às vezes, sofrem injustamente às mãos dos
iníquos. Nesta vida, passaremos por tribulação (At 14.22) mas, na vida do
porvir, bênçãos abundantes sobrepujarão em muito nossos
sofrimentos do tempo presente (Rm 8.18-39).
NOTAS DE 1° SAMUEL 24º
24.6 UNGIDO DO SENHOR. Esta expressão refere-se a Saul, apenas quanto ao seu papel de rei de Israel; não significa que continuava agora na unção do Espírito Santo. Davi não recebera instruções da parte de Deus no sentido de remover Saul do trono, tirando sua vida.
(1) Os versículos 6-10 não devem ser tomados como base para não disciplinar obreiros e líderes da igreja que fracassam moralmente ou que se afastam dos ensinos da Palavra de Deus (ver 1 Tm 3.1-13; 5.19,20; Tt 1.5-9). Obreiros que assim fazem devem ser destituídos dos seus cargos.
(2) Do mesmo modo, dirigentes da
igreja não podem usar esses versículos como
excusa, para não prestar contas da sua conduta diante de outros líderes e do
corpo de Cristo.
NOTAS DE 1° SAMUEL 25º
25.1 FALECEU SAMUEL. A morte de Samuel encerrou a carreira de um dos mais dedicados servos de Deus.
(1) Tinha zelo por Deus
e fez mais do que qualquer outra pessoa dos seus dias, para cumprir o que estava
no coração de Deus (2.35; 12.7-25; 15.10,11,35).
Oferece um exemplo grandioso de integridade, de honestidade, de fidelidade e de
ilibada moral (12.1-5).
(2) Legou aos seus pósteros uma reputação que o coloca na categoria de um dos maiores servos de Deus no AT. O próprio Deus falou dele e de Moisés conjuntamente (Jr 15.1). Samuel e outros santos profetas (e não os reis) representam a liderança espiritual e moral mais elevada do antigo concerto.
25.32 DEUS... TE ENVIOU. Deus enviou Abigail para impedir que Davi fizesse uma
grande injustiça contra todos os homens de Nabal
(v. 34). Davi reconheceu seu grande mal ao planejar uma vingança tão terrível
contra eles. Há ocasiões em que Deus envia alguém ao
nosso encontro para nos aconselhar segundo a sua vontade, a fim de abrir nossos
olhos e nos impedir de cometer iniqüidade. Ao
recebermos conselhos dos outros, devemos julgar nossos planos segundo a Palavra
de Deus e a orientação do Espírito em nosso
coração (ver Rm 8.14 nota).
NOTAS DE 1° SAMUEL 26º
26.9 O UNGIDO DO SENHOR. Davi evitou matar Saul, pois tinha certeza de que o
próprio Deus removeria Saul, e que Davi ocuparia o
trono no tempo determinado por Deus (ver v. 10; 13.13,14; 15.23; 16.12,13). A
situação muito singular de Davi e Saul não deve ser
tomada como motivo justo para obreiros dirigentes da igreja continuarem vivendo
em pecado e no mal (ver 24.6 nota).
NOTAS DE 1° SAMUEL 27º
27.1 A TERRA DOS FILISTEUS. Temendo as atitudes imprevisíveis de Saul, Davi
deixou de confiar em Deus. Este capítulo registra
seu comportamento antiético. Refugiou-se entre os inimigos de Deus (v. 1), agiu
de modo desumano e sem a aprovação de Deus (vv.
8-11), e recorreu à fraude (vv. 10-12). O inspirado escritor do relato registra
as ações de Davi sem aprová-las. Por um evento ser
registrado na Escritura, não significa ser ele automaticamente aprovado por
Deus. Ler 1 Crônicas 22.8, para a avaliação divina da
carreira de Davi como guerreiro.
NOTAS DE 1° SAMUEL 28º
28.6 O SENHOR LHE NÃO RESPONDEU. Saul buscou uma palavra profética da parte de Deus no meio das suas aflições, mas Deus não lhe respondeu. No seu desespero, apelou, em seguida, a uma médium espírita (vv. 7-25). A obstinação em persistir na iniqüidade, e a recusa à direção do Espírito, nos priva do socorro divino. De nada adianta invocar a Deus, sem abandonar nossos maus caminhos (ver Mt 3.2 nota).
28.12 VENDO, POIS, A MULHER A SAMUEL. Note os seguintes fatos:
(1) O espiritismo
é rigorosamente condenado nas Escrituras
(Dt 18.9-12; cf. Ex 22.18; Lv 19.26,31). Os médiuns espíritas não entram,
realmente, em contato com os mortos, mas, com espíritos
demoníacos enganadores. O registro desta história não oferece justificativa
alguma para a busca de contato com os mortos.
(2) A
mulher ficou atônita e aterrorizada quando um vulto personificando Samuel
apareceu. Isso subentende que ela não esperava ver
Samuel mas, sim, um espírito demoníaco.
NOTAS DE 1° SAMUEL 30º
30.7 ÉFODE. O éfode era uma peça do vestuário sagrado do sumo sacerdote. Era adornado com pedras preciosas, que permitiam à pessoa conhecer a vontade de Deus em determinadas situações, de modo parecido com o do uso do Urim e Tumim (cf. Ex 28.30 nota).
30.24 TAL TAMBÉM SERÁ A PARTE DOS QUE FICARAM COM A BAGAGEM. Davi determinou que
os que permanecessem em
sua terra para cuidar fielmente das provisões dos que foram para a guerra,
deviam receber uma parte igual dos despojos da batalha.
Esse princípio pode ser aplicado ao envio de missionários para outros países,
para pregarem o evangelho. Aqueles que permanecem
em sua terra, mantendo fielmente os que vão, e que oram por eles, terão
participação igual nas recompensas celestiais e na aprovação
de Deus (ver Mt 10.41 nota).
FINAL DESTE LIVRO PARA RETORNAR CLIQUE NA SETA
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